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Paralisação de rodoviários na Região Metropolitana de Salvador é encerrada; categoria cobra direitos trabalhistas de empresas que fecharam

Paralisação de rodoviários na Região Metropolitana de Salvador é encerrada; categoria cobra direitos trabalhistas de empresas que fecharam

A paralisação dos rodoviários na Região Metropolitana de Salvador, iniciada na manhã desta quarta-feira (8), foi encerrada no início da tarde, segundo informações do sindicato da categoria. No entanto, por volta das 12h30 os funcionários ainda se preparavam para retomar o serviço a qualquer momento.

Os manifestantes afirmam que a medida foi tomada por falta de repasse da PEC das empresas, processo que inclui o pagamento da rescisão de duas empresas de transportes que atuavam na RMS e fecharam.

A decisão foi tomada após uma reunião entre a categoria e o Governo do Estado. Ficou definido que o dinheiro será repassado para o sindicato, que fará o depósito para os funcionários.

Por causa da paralisação, os ônibus do sistema metropolitano não saíram das garagens e os pontos da região ficaram lotados nas primeiras horas do dia.

Três milhões de passageiros são transportados diariamente por 339 ônibus de sete empresas, que circulam pelos municípios de Camaçari, Candeias, Dias d'Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz.

A prefeitura de Lauro de Freitas informou que o transporte municipal foi reforçado a partir das 5h. O reforço foi divulgado após os rodoviários do sistema anunciarem a paralisação.

A paralisação teve como objetivo cobrar o pagamento da rescisão de duas empresas de transportes que atuavam na RMS e fecharam. Segundo os rodoviários, o Governo da Bahia seria o responsável por repassar a quantia para os funcionários.

"É um dinheiro do governo federal que foi destinado para as empresas que estão colapsadas. As empresas precisam receber esse dinheiro. Parte desse dinheiro as empresas que faliram já deram os créditos para pagar as rescisões dos trabalhadores que estão sem receber”, disse o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do Transporte Metropolitano de Salvador, Mário Cleber.

A equipe TV Bahia pediu um posicionamento da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) sobre o caso e aguarda retorno.

Em nota, a prefeitura de Lauro de Freitas informou que a prefeita Moema Gramacho terá uma reunião com o representante dos rodoviários também nesta quarta. O encontro tem como objetivo intermediar o processo de negociação e chegar a um acordo com a categoria. O horário não foi divulgado.

De acordo com Mário Cleber, 513 trabalhadores estão envolvidos nesse processo.

O presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do Transporte Metropolitano de Salvador afirmou ainda que o valor de R$ 36 milhões foi depositado nas contas do Governo da Bahia em outubro do ano passado, mas não foi repassado até o momento.

Na terça-feira (7), a categoria se reuniu com os representantes do governo, mas, de acordo com o presidente do sindicato, as partes não entraram em acordo.

"Nós tivemos uma rodada de negociação dupla ontem, mas não houve acordo, porque a gente acha que a única fórmula que eles têm é dizer o dia que vão pagar e quanto cada empresa vai receber. Precisa fazer o rateamento desse dinheiro".

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