Mbappé demorou a chamar o protagonismo para si na final da Copa do Mundo do Catar contra a Argentina, mas reagiu de forma brilhante no segundo tempo do jogo disputado no estádio Lusail, neste domingo (18), e foi um dos nomes do confronto, apesar da França ter ficado com o vice-campeonato.

Decisivo, o jogador de 23 anos marcou os três gols da seleção francesa na etapa final e levou a decisão para os pênaltis. A reação começou após o intervalo, quando a Argentina vencia o duelo por 2x0.

Apesar de não ter erguido a taça, os números o colocam numa prateleira rara. Mbappé se tornou o segundo jogador a conseguir fazer um hat-trick numa final de Copa. Antes dele, só o inglês Geoff Hurst conseguiu o feito, em 1966.

Campeão da Copa de 2018 com apenas 18 anos, Mbappé também colocou o nome em outra lista seleta, de jogadores que conseguiram marcar em duas finais de Mundial. Antes, Vavá, Pelé, Breitner e Zidane já haviam conseguido o feito.

Além disso, ele se isolou como maior goleador em finais de Copa. Nenhum jogador balançou a rede quatro vezes em decisões do Mundial como ele. Além dos três anotados contra a Argentina neste domingo, ele assinou um na final de 2018, quando a França foi campeã.

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Lionel Messi fez uma atuação brilhante ao longo da Copa do Mundo do Catar. E foi coroado com o prêmio de melhor jogador da competição. O astro recebeu a Bola de Ouro do torneio neste domingo (18), após a vitória da Argentina sobre a França, nos pênaltis. Mbappé, da França, terminou como o segundo melhor e Modric, da Croácia, ficou em terceiro.

Aos 35 anos, o camisa 10 argentino conquistou o título em sua quinta e última Copa. Autor de sete gols e três assistências ao longo do Mundial do Catar, Messi se tornou o atleta com mais partidas disputadas na competição.

Enzo Fernández e Emiliano Martínez, ambos da Argentina, também foram premiados. O primeiro venceu como revelação, enquanto o goleiro levou a Luva de Ouro, troféu dado ao melhor arqueiro no torneio.

Já Mbappé ficou com a Chuteira de Ouro, que é dada ao artilheiro da competição. O francês de 23 anos fez um hat-trick na final e chegou aos oito gols no Catar. Messi ficou em segundo no quesito, com sete gols - sendo dois na decisão

 

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Já dizia Xande de Pilares que "não é um perdedor quem sabe a dor de uma derrota enfrentar". A máxima, contida nos versos da música 'Clareou', do Grupo Revelação, se provou real quando torcedores baianos, ainda ressentidos com a eliminação do Brasil diante da Croácia nas quartas de finais, se juntaram neste domingo (18) para torcer e curtir durante a final da Copa do Mundo, disputada entre Argentina e França.

Na espera pela abertura da área de evento do Clube Espanhol desde às 11h30, o empresário José Luís, 44, já estava com receio de perder o jogo, programado para iniciar às 12h. Toda a sua expectativa estava sendo direcionada para a Argentina, seleção pela qual estava torcendo. "Vou deixar um pouco a rivalidade de lado. Eu acho que o Messi, pelo grande atleta que foi e é, e pelo que ele representa para o futebol, merece ser premiado com uma Copa do Mundo. Então, por isso vou torcer pela Argentina", explicou.

Em Salvador, a torcida foi dividida. De um lado, estava a seleção francesa, carrasca do Brasil, responsável por nosso vice em 1998 e pela eliminação canarinho em 2006. Do outro lado, estava a seleção argentina, maior rival da seleção brasileira, que ganhou a final da Copa América em 2021 em pleno Maracanã, diante do Brasil. Frente ao dilema, a opção adotada pelo engenheiro Lucas Rapouso, 28, foi não torcer.

"O jogo morreu nas quartas de finais. Depois de Brasil e Croácia, a Copa para mim acabou. Só em 2026 agora. A Argentina é nosso maior rival e a França é aquela coisa, não dá para torcer para europeu de graça, então ficamos em cima do muro", apontou.

Apesar da rivalidade, por ser admirado por muitos, Messi e sua seleção venceriam de lavada se o resultado no campo dependesse da quantidade de torcedores presentes no Clube Espanhol no início do jogo. À medida que foi o espaço foi enchendo, a torcida se tornou mais equilibrada. Durante o primeiro tempo, o engenheiro de petróleo Maurício Oliveira, 35, não se conteve de alegria pelo placar. "O jogo está muito bom. A Argentina está controlando, já meteu 2 a 0 e vai ser campeã. Estou na torcida por isso", afirmou.

O estudante Kauan Trindade, 18, era um dos que estavam torcendo pela França e se recusou a aceitar a história que o destino estava prestes a traçar. "A Argentina não pode ganhar essa Copa. Eu espero que, agora que o Messi já fez o gol dele, ele possa ser eliminado com um pouco de felicidade. Se a França ganhar, eu comemoro no show, estou em casa", declarou.

Com a vitória da Argentina nos pênaltis, o desejo de Kauan não se realizou. Contudo, como tudo em Salvador pode virar oportunidade de festejar, desta vez, o roteiro não saiu dos trilhos e cumpriu seu papel. Mesmo com a derrota da França, o estudante teve motivo para comemorar. Isso porque, com programação pós-jogo, além da transmissão da partida, o evento Ginga, que reuniu a torcida brasileira para curtir e aproveitar os jogos da Copa do Mundo, contou com as apresentações de Mumuzinho, Saulo, Parangolé, Dan Valente e Pedro Chamusca, no Clube Espanhol.

O estudante de medicina João Vitor Coutinho, 24, que comprou ingresso com o objetivo de comemorar seu aniversário com o hexa, estava ali apenas por conta das atrações. Uma vez que a taça não veio para o Brasil, o jeito foi não desperdiçar a oportunidade de curtir. Assim como ele, a estudante de engenharia Priscila Santos, 27, aproveitou a chance para se animar.

"O clima ficou pesado para caramba desde que o Brasil saiu da Copa. A forma com que a gente perdeu doeu, porque era só uma questão de manter o placar. Eu não vi mais nenhum jogo depois da eliminação. O objeto real para estar aqui é o show de Saulo, a Copa é última opção", frisou Priscila.

Com o modo tanto faz ativado, a estudante Mariana Moraes, 21, estava na expectativa de festejar ao lado do namorado ao som de Mumuzinho. "Eu não estou nem aí para esse jogo. Por mim qualquer um ganha, o importante é eu assistir meu show e tudo certo", garantiu, aos risos.

Ao som do apito final, o enfermeiro Diego Bonfim, 29, não perdeu tempo. "Foi um jogo muito emocionante, decidido nos últimos segundos. Essa Copa tinha que ser da Argentina. Agora vou curtir o show e muito", finalizou.

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A espera foi longa, mas a Argentina, enfim, é tricampeã da Copa do Mundo. Liderados por Lionel Messi, os hermanos acabaram com o jejum de 36 anos e conquistaram o título sobre a França, em uma das finais mais incríveis da competição. A taça só veio nos pênaltis, por 4x2, após empate em 3x3 neste domingo (18), no estádio Lusail.

O jogo parecia até que ia ser tranquilo para os sul-americanos, que abriram 2x0 com Messi e Di María em um primeiro tempo de amplo domínio. Mas os franceses precisaram de um intervalo de apenas 3 minutos na etapa final para empatar, com dois de Mbappé.

Assim, a disputa foi para a prorrogação. E o jogo continuou louco. Messi recolocou os argentinos à frente do placar já na segunda etapa do tempo extra, mas Mbappé, de pênalti, empatou e levou a decisão aos pênaltis. Nas cobranças, os argentinos se deram melhor.

O título coroa a carreira brilhante de Lionel Messi, um dos melhores jogadores da história. Em sua última Copa do Mundo, o astro realiza o maior sonho. De quebra, se tornou o atleta com mais partidas em Copas e o primeiro a marcar em quatro duelos de mata-mata na competição (no atual formato).

O último troféu da Argentina em Mundial havia sido em 1986, no México. Antes, a seleção havia conquistado a taça em 1978, em casa. Assim, os hermanos entram no seleto grupo dos tricampeões mundiais. O primeiro time a conseguir o feito foi o Brasil, hoje penta. A Alemanha (em 1990) e a Itália (em 1982) também já comemoraram três vezes - atualmente, são tetra.

O jogo

A França mal pareceu ter entrado em campo no primeiro tempo. Os Bleus até tentaram ensaiar alguma coisa, mas logo foram totalmente dominados pelos argentinos na etapa.

O primeiro bom lance dos hermanos veio aos 4 minutos, em uma bomba de Mac Allister, defendida por Lloris. Pouco depois, Di María fez boa jogada pela esquerda e cruzou para trás. De Paul ficou com a bola, ajeitou e chutou, só que Varane desviou para fora.

A pressão continuou, principalmente com Di María e Messi. Até que a Argentina conseguiu abrir o placar - e com os dois como protagonistas. O meia surgiu em jogada individual, passou por Dembelé, invadiu a área e foi derrubado. O árbitro assinalou o pênalti. O camisa 10 bateu com categoria e fez o 1x0, aos 22 minutos.

O gol não mudou as posturas das equipes. Os sul-americanos seguiram em busca de gols, enquanto os franceses continuavam perdidos em campo.

Assim, não demorou para a Argentina fazer o segundo. E foi um golaço, em uma aula de contra-ataque: Mac Allister tocou para Messi no meio do campo. O capitão tocou rápido para Julián Álvarez, que lançou de volta para Mac Allister. Ele invadiu a área e deu lindo passe para Di María chegar batendo, na saída de Lloris: 2x0, aos 35 minutos.

Os argentinos voltaram para o segundo tempo querendo mais. Aos 3 minutos, Messi abriu com Di María na esquerda, que inverteu para De Paul chegar batendo, de primeira, para a defesa de Lloris. Dez minutos depois, o goleiro foi novamente acionado, em chute de Julián Álvarez. Messi também tentou, mas o chute, travado, foi para fora.

Depois de incríveis 74 minutos (67 regulamentares e 7 de acréscimos), a França deu a primeira finalização na final, em um cabeceio sem perigo de Kolo Muani. O jogo até parecia que estava decidido, com gritos de 'olé' da torcida argentina, aos 32. Só parecia. Um minuto depois, tudo começaria a mudar. E a França, do nada, renasceria.

Kolo Mouani arrancou na esquerda, invadiu a área e foi derrubado por Otamendi. Mbappé foi para a cobrança e bateu firme, recolocando os franceses no jogo, aos 34.

O gol inflamou os europeus. E, dois minutos depois, veio o empate. Coman desarmou Messi no meio de campo, avançou e acionou Rabiot. O volante cruzou, Mbappé ajeitou para Thuram de cabeça, que devolveu. O camisa 10 pegou de primeira e deixou tudo igual.

Em busca da virada, a França foi para cima. Mbappé tentou o hat-trick, Rabiot quis deixar o dele... Já a Argentina viu Messi receber fora da área e mandar uma bomba no gol, aos 51. Mas Lloris espalmou o chute, e levou o jogo para a prorrogação.

No primeiro tempo extra, a Argentina teve duas chances lindas. Aos 14, Messi fez linda jogada, tabelou com Mac Allister e soltou para Lautaro Martínez, em boa posição. O atacante chutou, mas foi travado pela zaga. A sobra ainda ficou com os hermanos, e Montiel mandou uma bomba na direção do gol, só que Varane tirou. No minuto seguinte, Lautaro ganhou uma linda bola, dominou e chutou, para fora.

O jogo ficou ainda mais enlouquecedor no segundo tempo da prorrogação. Aos 3 minutos, Messi tocou para Enzo Fernández, que acionou Lautaro Martínez. O atacante bateu firme, Lloris defendeu, mas deu rebote. Messi chegou batendo e fez o 3x2.

Mas, de novo, quando parecia que a partida estava decidida para a Argentina, a França ressurgiu. Depois de um chute de Mbappé na entrada da área, Montiel se jogou na bola abrindo os braços, e o árbitro assinalou o pênalti. Mbappé fez o terceiro - dele e dos Bleus - e empatou, aos 10 minutos.

A decisão foi para os pênaltis. Tanto Mbappé quanto Messi converteram suas penalidades. Na sequência, Coman perdeu para a França e Dybala colocou os argentinos na frente. Tchouameni também errou, enquanto Paredes acertou. Kolo Muani fez e deu esperança para os europeus, mas Montiel garantiu o título à Argentina.

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Pela primeira vez em 92 anos, Argentina e França estarão frente a frente em uma final de Copa do Mundo. Lideradas por dois dos principais craques do momento, as duas seleções se enfrentam no domingo (18), às 12h, em Lusail, em busca do tricampeonato.

França e Argentina vivem momentos completamente diferentes, mas com pontos semelhantes. Aos 35 anos, Messi é mais uma vez o comandante da equipe celeste. Mas o camisa 10 não é o mesmo das últimas Copas. Lionel está "Maradoneado", como os argentinos gostam de falar.

Messi tem se comportado como o líder que a Argentina sempre esperou. Se fora de campo ele apresenta temperamento mais explosivo, dentro dele tem deixado a sua versão mais conhecida. São cinco gols em seis jogos, o que faz dele um dos favoritos a ficar com título de melhor jogador do Mundial do Catar.

Por sinal, a sintonia entre campo e arquibancada tem embalado os sul-americanos na competição. Nem mesmo a derrota para a Arábia Saudita na estreia freou o ímpeto da torcida, que transforma a atmosfera dos estádios em cada jogo.

Outro ponto forte da Argentina está na beira do campo. O técnico Lionel Scaloni saiu de interino para transformador da seleção. Ele já havia deixado a sua marca na conquista da Copa América de 2021 e mostrou capacidade de evolução. Scaloni abriu mão de conceitos, deixou o 'campo falar mais alto' e moldou o time de formas diferentes contra adversários distintos ao longo da campanha na Copa. Para chegar à decisão, os argentinos deixaram pelo caminho Austrália, Holanda e Croácia no mata-mata.

A França, por outro lado, busca um bicampeonato consecutivo para uma geração considerada de ouro. O título com sobras em 2018, na Rússia, deu o sinal de que os franceses têm potencial para dominar o cenário nos próximos anos. Mas o técnico Didier Deschamps precisou remontar o time às vésperas da Copa.

A França sofreu com problemas médicos. Jogadores importantes como os meio-campistas Pogba e Kanté e o atacante Benzema foram cortados do Mundial. Ao todo foram 10 atletas lesionados, incluindo o lateral esquerdo Lucas Hernández, que se machucou na estreia.

Mesmo assim, os franceses mostraram que têm reposição à altura. Apesar da derrota para a Tunísia, quando já estava classificada, a equipe passou tranquila pela primeira fase. Mbappé confirmou o seu bom momento com gols e assistências. Companheiros no PSG, ele lidera junto com Messi a artilharia da Copa, ambos com cinco gols.

Griezmann é mais um que se reinventou pela seleção. O atacante foi deslocado para o meio-campo e é o principal motor dos 'bleus'. Até mesmo o centroavante Giroud, criticado por não ter balançado as redes no título de 2018, colocou o pé na forma e já marcou quatro gols no Catar.

A campanha até a final mostrou que os franceses têm um time sólido, embora não imbatível. A equipe passou por sufoco contra a Inglaterra, nas quartas de final, e Marrocos, na semifinal. Mas o talento individual foi preponderante para confirmar o favoritismo e colocar a França em mais uma decisão de Copa do Mundo.

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A camisa amarela vai ficar guardada. No terceiro jogo da Copa do Mundo do Catar, o Brasil entrará em campo vestindo azul. Depois de usar o uniforme principal nas vitórias contra Sérvia e Suíça, a Seleção Brasileira precisará adotar a segunda opção nesta sexta-feira (2), às 16h, no estádio Lusail, quando enfrenta Camarões, no encerramento da fase de grupos.

Como a equipe africana é a mandante do jogo, tem o direito de escolher o uniforme que vai utilizar. Camarões jogará com sua camisa principal, que tem a cor verde como predominante, além de amarelo e vermelho em detalhes. Por isso, o Brasil vai estrear a camisa azul na Copa do Catar.

O Brasil já está classificado às oitavas de final do Mundial. Mesmo que não estivesse, não haveria problema com superstição, já que o retrospecto da camisa azul é bastante positivo.

Diante de Camarões, a Seleção Brasileira vai usar o uniforme azul em Copas do Mundo pela 12ª vez. Com ela, a equipe acumula até aqui oito vitórias, um empate e duas derrotas. Foram 25 gols marcados e 17 sofridos.

Dentre os triunfos com a camisa azul em Copas do Mundo, o maior destaque vai para a final do Mundial de 1958 contra a anfitriã Suécia, quando a Seleção Brasileira comemorou o primeiro título mundial brasileiro: 5 x 2.

Vale registrar também a vitória diante da Holanda (3x2), nas quartas de final, e contra a Suécia (1x0), na semifinal, do tetracampeonato de 1994, na Copa do Mundo disputada nos Estados Unidos. Teve também a vitória contra a Inglaterra (2x1), nas quartas de final do pentacampeonato em 2002.

Confira a seguir todos os jogos disputados pelo Brasil em Copas do Mundo com a camisa azul:

Brasil 6 x 5 Polônia - Copa do Mundo de 1938

Brasil 5 x 2 Suécia - Copa do Mundo de 1958

Brasil 2 x 1 Argentina - Copa do Mundo de 1974

Brasil 0 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 1974

Brasil 3 x 1 Polônia - Copa do Mundo de 1978

Brasil 1 x 1 Suécia - Copa do Mundo de 1994

Brasil 3 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 1994

Brasil 1 x 0 Suécia - Copa do Mundo de 1994

Brasil 2 x 1 Inglaterra - Copa do Mundo de 2002

Brasil 1 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 2010

Brasil 2 x 0 Costa Rica - Copa do Mundo de 2018

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Um novo recorde será estabelecido por Daniel Alves na sexta-feira (2), na Copa do Mundo do Catar. Ao entrar em campo contra Camarões, às 16h, no estádio Lusail, o baiano de Juazeiro se tornará o jogador mais velho a defender o Brasil na história dos 22 Mundiais disputados. O lateral direito do Pumas, do México, completou 39 anos em 6 de maio.

Daniel já detém o recorde de brasileiro mais velho a ir para uma Copa, o que aconteceu com a convocação atual. Agora, será o também o mais vivido a entrar em campo, já que nas duas partidas anteriores ele não saiu do banco. Dessa vez, com o Brasil classificado para as oitavas de final, Tite vai escalar os reservas na terceira e última rodada da fase de grupos.

Curiosamente, Daniel Alves supera um colega de elenco. O capitão Thiago Silva quebrou o recorde na estreia, dia 24 de novembro, quando foi um dos titulares da Seleção na vitória sobre a Sérvia por 2x0. O zagueiro entrou em campo aos 38 anos. Também enfrentou a Suíça, quatro dias depois.

A dupla de 2022 supera Djalma Santos e Nilton Santos, bicampeões mundiais pelo Brasil em 1958 e 1962. Djalma, que foi da mesma posição de Daniel Alves, tinha 37 anos quando disputou a Copa de 1966, na Inglaterra, a última das quatro que jogou.

Ele era o recordista por uma diferença de três meses em relação à “Enciclopédia”, apelido de Nilton Santos, ídolo do Botafogo e um dos maiores laterais esquerdos da história, que tinha a mesma idade quando disputou o Mundial de 1962, no Chile.

Apesar de ter quebrado o recorde brasileiro, Daniel Alves não é o jogador mais velho presente na Copa do Catar. Esta marca cabe ao experiente goleiro mexicano Alfredo Talavera, com 40 anos de idade - o único “quarentão” no torneio. O meia Atiba Hutchinson, do Canadá, o zagueiro Pepe, de Portugal, e o goleiro Eiji Kawashima, do Japão, também têm 39 e são alguns dias mais velhos do que o baiano.

Esta é a terceira Copa do Mundo de Daniel Alves. Ele esteve na África do Sul, em 2010, e no Brasil, em 2014. O lateral seria convocado para a edição de 2018, na Rússia, mas ficou fora por ter sofrido uma lesão no joelho direito um mês antes.

Já Thiago Silva está em sua quarta Copa, igualando este outro recorde entre jogadores brasileiros. Ele foi reserva na África do Sul, em 2010, e sustentou a titularidade da zaga em 2014, no Brasil, em 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.

Neste quesito, Thiago agora faz companhia a sete ex-atletas que foram a quatro Copas do Mundo - nem todos jogaram nas quatro. Veja a lista abaixo:

Thiago Silva (2010, 2014, 2018 e 2022)
Pelé (1958, 1962, 1966 e 1970)
Nilton Santos (1950, 1954, 1958 e 1962)
Castilho (1950, 1954, 1958 e 1962)
Djalma Santos (1954, 1958, 1962 e 1966)
Emerson Leão (1970, 1974, 1978 e 1986)
Cafu (1994, 1998, 2002 e 2006)
Ronaldo (1994, 1998, 2002 e 2006)

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A alegria está estampada no rosto da torcida brasileira. No primeiro jogo do Brasil sem Neymar na Copa do Mundo do Catar, o volante Casemiro surgiu como herói improvável e garantiu a vitória por 1x0 sobre a Suíça, nesta segunda-feira (28), no estádio 974. O resultado colocou a equipe nas oitavas de final com uma rodada de antecedência.

O Brasil passou sufoco contra os suíços, mas se manteve na liderança do grupo G, com seis pontos em duas partidas. A Suíça aparece em segundo, com três, seguido por Sérvia e Camarões, que têm um ponto cada.Na próxima sexta-feira (2), a Seleção fecha a participação na primeira fase contra Camarões precisando de um empate para garantir o primeiro lugar da chave.

Nas ausências de Danilo e Neymar, Tite optou por improvisar o zagueiro Eder Militão na lateral direita e promoveu o retorno do volante Fred ao time, avançando Lucas Paquetá para a função de armador.

As equipes apresentaram propostas completamente diferentes. A Suíça fez um jogo de paciência. Isolado, o centroavante Embolo praticamente não tocou na bola e pouco incomodou o goleiro Alisson.

Diante do ferrolho suíço, a Seleção usou da superioridade técnica para tentar quebrar as linhas. Com toques rápidos, os homens de meio-campo tentavam encontrar Richarlison e Vinícius Júnior em boa condição. Mas tava difícil. Com características diferentes, Paquetá não conseguiu dar a mesma dinâmica de drible que Neymar apresenta e que seria importante para superar a marcação.

Na melhor chance brasileira no primeiro tempo, Raphinha cruzou da direita e Vinícius Júnior sozinho mandou de primeira. O goleiro Sommer evitou o gol. Bastante marcado, o atacante do Real Madrid teve muita dificuldade para fazer as jogadas em velocidade. A primeira etapa terminou sem bola na rede.

Percebendo a dificuldade brasileira para criar, Tite não pensou muito e mudou o time no intervalo. O meia-atacante Rodrygo foi para o jogo na vaga de Lucas Paquetá. Quem esperava um Brasil mais incisivo com a alteração, se enganou. Lenta, a equipe trabalhava a bola com pouca objetividade.

Para piorar, a Suíça começou a gostar do jogo. Widmer recebe livre do lado direito do ataque suíço, invadiu a área e cruzou rasteiro. Marquinhos tirou com um carrinho providencial. Na sequência, Vargas tentou o chute, mas a bola se perdeu em escanteio.

O Brasil voltou a mudar o time. Bruno Guimarães entrou no lugar de Fred. Quando conseguiu colocar a bola no chão com lucidez, a jogada saiu. Na roubada de bola, Casemiro lançou Vinicius Júnior. O atacante ganhou da marcação, invadiu a área e tocou no cantinho de Sommer. Mas a arbitragem flagrou impedimento de Richarlison na origem da jogada e anulou o lance.

O gol anulado ligou o Brasil. Mais presente no campo de ataque, a Seleção começou a pressionar. De tanto insistir, o gol saiu. Aos 37 minutos, Vinicíus Júnior iniciou a jogada, Rodrygo tocou de primeira, e Casemiro, no melhor estilo atacante, pegou de primeira dentro da área. Sem chances para o goleiro Sommer. Foi o gol que garantiu a Seleção nas oitavas de final da Copa do Mundo.

FICHA TÉCNICA

Brasil 1x0 Suíça - Copa do Mundo (2ª rodada)

Brasil: Alisson, Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Alex Telles); Casemiro, Fred (Bruno Guimarães) e Paquetá (Rodrygo); Raphinha (Antony), Richarlison (Gabriel Jesus) e Vinícius Júnior. Técnico: Tite.

Suíça: Sommer, Widmer (Frei), Akanji, Elvedi e Ricardo Rodríguez; Freuler, Sow (Aebischer) e Xhaka; Rieder (Steffen) , Embolo (Seferovic) e Vargas (Edimilson Fernandes). Técnico: Murat Yakin.

Local: estádio 974 (Catar)
Gols: Casemiro, aos 37 minutos do 2º tempo
Cartão amarelo: Fred (Brasil); Rieder (Suíça)
Arbitragem: Ivan Barton (El Salvador), auxiliado por David Moran (El Salvador) e Zachari Zeegelaar (Suriname)
VAR: Drew Fischer (Canadá)

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O caminho para o hexa começou da melhor forma possível. No estádio de Lusail, palco que abrigará a final da Copa do Mundo, o Brasil estreou diante da Sérvia e mandou a zebra trotar longe daquele gramado. Ao contrário das rivais Argentina e Alemanha, a Seleção Brasileira venceu por 2x0, nesta quinta-feira (24), e mantém firme os planos de passar sem sustos da fase de grupos no Catar.

E para quem nunca havia disputado uma partida de Copa do Mundo, Richarlison fez da vitória sobre a Sérvia um belo cartão de visitas. O atacante do Tottenham, da Inglaterra, balançou as redes duas vezes, uma no oportunismo e outra no puro talento, e mostrou por que Tite não abriu mão de sua escalação no time titular.

O treinador foi a campo com uma escalação ofensiva. Colocou Vinícius Jr. em campo, sacando Fred, volante, e recuando Lucas Paquetá para a posição. Com isso, o ponta do Real Madrid atuou pelo lado esquerdo do ataque, enquanto Neymar ficou na posição clássica de um camisa 10.

Essa escalação pode ser considerada inédita porque, apesar da formação do meio-campo já ter sido testada, a linha de defesa estava diferente. Em setembro, no amistoso contra Gana, o penúltimo antes do Mundial, as laterais foram ocupadas por Éder Militão e Alex Telles, enquanto hoje Alex Sandro e Danilo preencheram suas posições habituais.

E a escolha por Vini Jr. tinha um principal objetivo: apostar na boa fase do jovem jogador, que estreou em Copas do Mundo, e, taticamente, abrir espaços na defesa sérvia. Como era esperado, o adversário impôs à Seleção algumas dificuldades. A começar pela estatura da equipe europeia, que tem média de 1,88m e dificulta na movimentação de bola aérea tanto ofensiva quanto defensiva. A saída era, de fato, buscar jogadas em velocidade para quebrar a linha de marcação armada pelo técnico Dragan Stojkovic, com cinco homens.

Nos dez primeiros minutos, o jogo foi muito disputado no meio-campo, sem chances para qualquer um dos lados. Dali em diante a Seleção cresceu, minou as investidas da Sérvia e passou a ter a bola, chegando a bater mais 60% de posse em quase toda a primeira etapa.

Com a bola, a equipe tinha dificuldades para passar da linha de marcação, tanto que a primeira finalização próxima do gol saiu apenas aos 34 minutos e foi fácil para o goleiro Vanja Milinkovic-Savic encaixar.

Antes disso, outra oportunidade de dentro da área saiu com uma infiltração de Vini Jr. nas costas da defesa sérvia, mas Vanja saiu do gol para tirar a bola rasteira e levou a melhor mais uma vez. De fora da área, as chances saíram dos pés de Neymar, que tentou gol olímpico, e Casemiro, ambos sem levar perigo à meta adversária.

Na defesa, Alisson pouco tocou na bola e a cobertura pelas laterais também funcionou. A Sérvia não finalizou nenhuma bola na meta brasileira

O segundo tempo voltou com o Brasil em cima, buscando sempre o gol. Raphinha perdeu de cara com o goleiro logo no primeiro minuto. Em outro lance, Neymar recebeu cruzamento da esquerda e finalizou para fora. Alex Sandro arriscou de fora da área e carimbou a trave.

Tudo isso antes de finalmente furar o bloqueio sérvio. Vinícius Júnior a todo momento chamava jogadas individuais pelo lado esquerdo, e foi de lá que saíram os gols.

No primeiro, Neymar carregou pela meia-lua e tocou na área para Vini Jr, que bateu de chapa, Vanja deu rebote e Richarlison, que não tinha finalizado no jogo até então, fez valer a máxima do centroavante: no lugar certo e na hora certa. O camisa 9 só precisou deixar a perna, a bola bateu e entrou na rede. Brasil 1x0 aos 16 minutos.

Daí em diante a Seleção passou a encontrar muito mais facilidade de chegar ao ataque, ao passo em que a Sérvia fez duas substituições imediatas decorrentes da necessidade de abrir o time para buscar o ataque. E então só deu Brasil.

Vini Jr. teve a chance de fazer o segundo, mas escorregou na hora de chute e bateu para fora. Depois fez tabelinha com Neymar, só que a defesa estava atenta. Na jogada seguinte dele, saiu o gol. Aliás, o golaço.

O atacante do Real Madrid adentrou a área pela esquerda, cruzou para o centro e Richarlison fez o gol mais bonito da primeira rodada da Copa do Mundo, encerrada hoje.

Foi um gol para apresentar Richarlison àquele torcedor que só vê futebol de quatro em quatro anos. O camisa 9 aparou a bola, girou e acertou o voleio no canto: 2x0 no placar e caminho aberto para a vitória.

Tite aproveitou a vantagem para mexer no time e colocou em campo outros atacantes, como Gabriel Jesus, Rodrygo, Antony e Martinelli. Além de Fred, que entrou no meio-campo no lugar de Paquetá.

Àquela altura, a Sérvia estava entregue - o pouco que assustou foi enquanto o jogo esteve 1x0. Casemiro, com categoria, acertou o travessão e quase fez um golaço. Fred teve sua oportunidade e parou no goleiro.

A partida mostrou a força coletiva do Brasil, muito equilibrado entre defesa e ataque e com individualidades que podem desequilibrar um jogo. O próximo é contra a Suíça, na segunda-feira (28), às 13h (de Brasília).

Preocupação com Neymar

Apesar da vitória, nem tudo terminou bem para o Brasil no Estádio Lusail. Neymar saiu machucado no tornozelo. Em um dos lances de ataque no segundo tempo, ele recebeu um carrinho em uma dividida que acabou tirando o atacante do campo nos minutos finais.

Na saída para os vestiários, o jogador passou mancando, sem a chuteira do pé direito e com o tornozelo inchado. Ainda não há informações sobre a gravidade da lesão, que deve afastá-lo do jogo contra a Suíça.

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A Fifa abriu nesta quarta-feira, às 7h (de Brasília), a primeira fase da venda de ingressos para a Copa do Mundo do Catar, que acontecerá de 21 de novembro a 18 de dezembro de 2022. O primeiro período da comercialização vai até o dia 22 de fevereiro.

A partir desta quarta, os torcedores podem enviar seus pedidos de ingressos. Nesta promoção inicial, não fará diferença se as inscrições forem enviadas no primeiro dia, no último dia ou em qualquer outro momento, pois todos os ingressos serão alocados após o encerramento do período de inscrição.

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- Esta é uma Copa do Mundo da FIFA para o Catar, a região e o mundo, e os produtos lançados hoje refletem o objetivo da FIFA de levar o belo jogo para o maior número possível de torcedores em todo o mundo - disse a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura.

Caso o número de ingressos solicitados para alguma partida exceda a carga total disponível para o mercado doméstico ou internacional, os ingressos serão alocados por meio de um processo de sorteio. Todos os candidatos aprovados, parcialmente aprovados e não aprovados serão notificados do resultado de suas inscrições até 8 de março, junto com as etapas seguintes e o prazo para pagamento.

Assim como foi a política de ingressos da Fifa nas edições de 2010, 2014 e 2018 da Copa do Mundo, os residentes do país anfitrião se beneficiarão exclusivamente de uma categoria de preço especial.

- A primeira Copa do Mundo no Oriente Médio e no mundo árabe será um evento extraordinário e, junto com nossos parceiros, detentores de direitos e outras partes interessadas, o Catar mal pode esperar para reunir os torcedores para celebrar sua paixão pelo futebol, experimentar uma nova cultura e aproveitar tudo o que nosso país e região têm a oferecer - disse Nasser Al Khater, CEO da Copa do Mundo do Catar.

Covid-19

A Fifa e Catar afirmam estar comprometidos em colocar a saúde em primeiro lugar. O Estado do Catar fornecerá as proteções necessárias para a saúde e a segurança de todos os envolvidos na Copa do Mundo. Todos os participantes devem seguir os conselhos de viagem das autoridades do Catar e as orientações mais recentes do Ministério da Saúde Pública do Catar. Informações completas sobre as medidas de segurança da Covid-19 serão comunicadas antes do torneio.

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