Veja 10 maneiras de garantir bons descontos na conta da farmácia

Veja 10 maneiras de garantir bons descontos na conta da farmácia

Se tem uma despesa que assusta o consumidor e dói no bolso, atualmente, é o preço dos remédios. Em maio, o Senado aprovou um projeto de lei que suspende o reajuste anual na tabela de preços de medicamentos esse ano, em função da pandemia, mas o comprometimento da renda com esse gasto deixa muita gente com dor de cabeça ao sair da farmácia. Não por acaso, o estudante Guilherme Rocha, 33 anos, tem gastado R$ 1 mil por mês, só com medicação.

“Preciso tomar medicamentos de uso contínuo. Mesmo com o desconto, o Alprazolam (para tratar ansiedade), por exemplo, que era R$ 20, chegou a R$ 38 e, as versões de alguns laboratórios ultrapassam de R$ 40. O não genérico chega a R$ 130. Tenho gastado, em média, 25% a mais do que antes”, calcula.

Para amenizar esse impacto,cofira 10 maneiras de garantir descontos na hora de comprar um medicamento e mais cinco outras dicas de especialistas em finanças pessoais, que também podem colaborar nessa tarefa, sobretudo, para aqueles que fazem uso contínuo de determinado remédio. Além de sempre optar pela versão genérica, Guilherme é cadastrado nos programas de fidelidade de laboratórios e farmácias. “Fico de olho sempre nos produtos em desconto no dia para aproveitar também”, completa.

A estratégia de Guilherme está no caminho certo, como pontua a educadora financeira e comportamental Meire Cardeal, já que remédio é necessidade e questão de saúde. Os programas de benefícios garantem uma boa economia. Vale o consumidor verificar, inclusive, se a sua categoria profissional tem parceria com alguma rede de farmácia, além dos planos de saúde, alguns - como o Hapvida e a Unimed – são mais uma alternativa para buscar a redução no preço e amenizar o orçamento.

“Nesse contexto de pandemia, o impacto está sendo relevante, não só porque está ocorrendo acima da correção dos salários, mas também em função de estarmos, ainda, com um índice elevado de pessoas sem emprego formal. Outro fator que interfere bastante no aumento significativo desses gastos está o surgimento de doenças psicossomáticas provocadas pela pandemia, o que eleva o comprometimento da renda com remédios”, analisa a especialista.

O consumidor deve manter a pesquisa de preços como ponto principal e, também, consultar o médico sempre sobre a possibilidade de utilizar os genéricos ou similares que possuem preços menores, como complementa Meire.

“É uma pesquisa que pode ser feita, inclusive, sem precisar sair de casa, pela internet, o que pode render descontos e promoções até mais significativas do que na loja física”, aconselha.

Vale ainda ficar atento antes de qualquer compra às ‘armadilhas’ que podem estar escondidas na ida às farmácias. Entre eles, a diversidade de produtos e as ofertas que envolvem quantidade de produtos, que são sempre muito comuns. O alerta é do economista e educador financeiro Edval Landulfo.

“As lojas vendem shampoo, chocolate, vitaminas. Quando for à farmácia, compre exclusivamente o que está na receita. Evite comprar produtos adicionais. Já sobre as promoções, avalie se existe, de fato, a necessidade de levar várias unidades do mesmo produto só porque um deles está saindo ‘grátis’ e observe a validade desse medicamento”.

Preço
No caso da fisioterapeuta Nadja Queiroz, 58, o gasto por mês dobrou no último ano, quando passou de R$ 150 para R$ 300. “Os medicamentos indispensáveis que meu marido usa são o anti-hipertensivo e a medicação para colesterol alto. E o meu é o cálcio. Como são remédios que precisamos comprar continuamente, eu aproveito as promoções tipo pague 1 e leve 2, além da opção pelos genéricos e os programas das farmácias”.

Mas como funciona a precificação de remédios? A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Câmera de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), é quem autoriza, uma vez por ano, o reajuste dos medicamentos. No entanto, o órgão não faz o acompanhamento dos preços aplicados pelas farmácias.

Em 2020, o governo federal editou a Medida Provisória 933/2020, que adiou o reajuste que, geralmente, é autorizado no mês de abril. Depois da suspensão por dois meses, no dia 1º de junho, a Anvisa liberou um aumento de até 5,21%. O cálculo do reajuste considera a inflação dos últimos 12 meses (IPCA). Com base na legislação, os reajustes não podem ultrapassar esse teto. Ficam de fora somente os medicamentos homeopáticos, fitoterápicos e aqueles isentos de prescrição médica.

“A oferta dos descontos pelas redes de farmácia vai depender muito do fabricante, distribuidor, pontos de venda e da maneira como essas negociações ocorrem na cadeia farmacêutica. A diferença de preço da indústria também pode ser uma questão de estratégia de mercado. Uma farmácia tem um determinado poder de barganha porque compra uma quantidade de medicamento e essa redução, ela vai conseguir repassar para o consumidor”, analisa Landulfo.

Mais dicas
Para o educador financeiro Antônio Carvalho outra saída para o consumidor é não ser fiel às marcas e atualizar a pesquisa de valores a cada nova compra, ou seja, acompanhar o comportamento da variação de preços daquele remédio. O fato de ter comprado em uma loja um remédio mais barato no mês passado, não impede que esse valor esteja mais caro no mês seguinte. “Registre, anote o preço e compare, sempre que possível, com o de outros estabelecimentos”.

O ajuste ao orçamento é outro fator fundamental, como acrescenta Carvalho: “Além de cuidar da saúde física, cuide também da saúde financeira, pois vivemos tempos difíceis, a disciplina na gestão das finanças pessoais é algo que precisa ser sempre praticada”, completa.

DEZ MANEIRAS DE GARANTIR DESCONTOS NA FARMÁCIA

1. Multmais
O consumidor vai encontrar descontos, dicas de saúde e abatimentos em consultas na rede credenciada. Veja mais detalhes no site https://bit.ly/2ZqEvgF

2. Drogaria São Paulo
O Programa Viva Saúde garante descontos em produtos de acordo com o seu perfil de consumo na loja. https://bit.ly/2Znsk48

3. Drogasil
A rede é mais uma que conta com um programa de relacionamento que oferece descontos e ofertas exclusivas para os clientes cadastrados. https://bit.ly/2NT6IXP

4. Extrafarma
Para fazer parte do programa de benefício é preciso se cadastrar em uma das lojas físicas da rede. https://bit.ly/2BSlag9

5. Boa Farma
O desconto é garantido por meio do aplicativo da rede. https://bit.ly/38k6lyZ

6. Pague Menos
O Programa de Benefícios em Medicamentos dá acesso a descontos dos principais laboratórios farmacêuticos do país. https://bit.ly/38k6lyZ

7. Planos de saúde
Amil, Caixa Seguradora, Unimed e Vitalmed são alguns dos que contam com descontos nas farmácias da rede São Paulo. Já quem é associado da Hapvida tem desconto na rede de farmácias Pague Menos.

8. Laboratórios e farmacêuticas
O consumidor conta com programas de benefícios na Bayer, Aché, Pfizer, Novartis entre outros.

9. Clube CORREIO
Assinantes do jornal têm direito a descontos de até 30% na Drogaria São Paulo. Veja outros parceiros do programa em https://bit.ly/3ilvn5A.

10. Cartões de Crédito
O cartão Elo oferece a seus clientes até 25% de desconto nas lojas físicas da Drogaria São Paulo pagando com o cartão. É necessário se cadastrar no site https://bityli.com/C7ZxW.

MAIS CINCO DICAS PARA ECONOMIZAR

. Pesquise Isso, inclusive, pode ser feito pela internet também. Não fique sempre preso a mesma farmácia que comprou o remédio com o valor mais em conta antes, atualize a busca porque outro estabelecimento pode garantir uma oferta melhor na comora seguinte, por exemplo. Verifique sempre o preço do medicamento antes de comprá-lo. Se cadastre não só nos programas de fidelidade, mas também para receber ofertas e promoções via e-mail, Whatsapp ou SMS.

. Dê preferência aos genéricos Eles são mais baratos e possuem os mesmos princípios ativos, logo, representam uma opção mais econômica com o mesmo efeito e qualidade que o de uma determinada marca o laboratório. Inclusive, ao ir ao médico peça pra ele receitar essa opção.

. Cuidado com as ‘armadilhas’ nas farmácias A gente sabe que cada vez mais, as farmácias estão indo além dos medicamentos e diversificando o seu mix de produtos. Até chegar ao caixa, o consumidor pode acabar caindo na tentação e levando mais coisas do que realmente precisa. Fique atento a esses gatilhos e leve, de fato, o que está ali indicado na receita prescrita pelo seu médico.

. Programa Farmácia Popular O cadastro para receber gratuitamente remédios para quem é hipertenso ou diabético pode ser feito em uma das farmácias credenciadas. A lista completa está disponível no site antigo.saude.gov.br/acoes-e-programas/farmacia-popular. Também há outros medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde como anticoncepcionais, remédios para asma, glaucoma, osteoporose, rinite, Parkinson e dislipidemia (colesterol elevado). Para ter acesso ao programa é preciso apresentar no estabelecimento o documento oficial com foto e número do CPF ou documento de identidade que conste o número do CPF, mais a receita médica dentro do prazo de validade (365 para anticoncepcionais e 180 dias para os demais medicamentos ou fraldas geriátricas).

. Sobre as promoções pague três, pague dois Lembre que os medicamentos têm validade, quando pensar em aproveitar essas promoções. Observe a data e caso não seja um remédio de uso contínuo avalie se, de fato, é necessário levar essa quantidade ainda que o preço esteja em oferta para não acabar ficando com o remédio apenas guardado no armário sem uso.

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  • Chuva: 41 municípios em situação de emergência, 380 desabrigados e 2.227 desalojados

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    O Governo do Estado segue mobilizado para atender as demandas de emergência, a fim de socorrer a população atingida pelas fortes chuvas em diversas regiões da Bahia.

  • Empresa brasileira vira concorrente da BYD pela antiga fábrica da Ford em Camaçari

    A BYD ganhou um concorrente pelo complexo da Ford nos minutos finais do prazo para a manifestação de interessados em comprar a antiga fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em janeiro de 2021 e que hoje pertence ao governo da Bahia. O empresário brasileiro Flávio Figueiredo Assis entrou na disputa para erguer ali a fábrica da Lecar e construir o futuro hatch elétrico da marca, que, diz, deve ter preço abaixo de R$ 100 mil.

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    O documento da SDE, ainda segundo a Folha, diz que a BYD havia apontado interesse no complexo industrial de Camaçari, mas outros interessados também poderiam "manifestar interesse em relação ao imóvel indicado e/ou apresentar impedimentos legais à sua disponibilização, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir desta publicação".

    A montadora chinesa anunciou em julho passado, em cerimônia com o governador Jerônimo Rodrigues no Farol da Barra, um investimento de R$ 3 bilhões para construir no antigo complexo da Ford três plantas com capacidade de produção de até 300 mil carros por ano.

    A reportagem da Folha afirma que a BYD já está ciente da proposta e prepara uma resposta oficial a Lecar. E que pessoas ligadas à montadora chinesa acreditam que nada irá mudar nas negociações com o governo baiano porque Assis estaria atrás apenas de uma jogada de marketing. O empresário, por sua vez, disse ver uma oportunidade de bom negócio, pois os valores envolvidos são atraentes.

    Procurada pelo CORREIO, a BYD afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto, e que o cronograma anunciado está mantido.

    Em nota, a SDE apenas confirmou que a Lecar encaminhou e-mail ontem afirmando ter interesse na área da antiga Ford. A secretaria, diz a nota, orientou a empresa sobre como proceder, de acordo com as regras do processo legal de concorrência pública em curso.

    Entre as perguntas não respondidas pela pasta na nota estão o prazo para a conclusão da definição sobre a área e o impacto que a concorrência entre BYD e Lecar traz para a implantação de uma nova fábrica de veículos no estado.

  • Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue

    Em um esforço para combater a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, marcado para o próximo sábado (2). A informação é da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que está em Brasília nesta quarta-feira (28) para uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esta iniciativa sublinha a necessidade de uma ação coletiva diária e destaca o papel vital que cada indivíduo desempenha na prevenção da doença. Com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e do Conselho Estadual de Saúde (CES), os municípios farão mutirões de limpeza, visitas aos imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos.

    A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

    A titular da pasta estadual da Saúde pontua ainda que o Governo do Estado fez a aquisição de novos veículos de fumacê e distribuirá 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoiar os mutirões de limpeza urbana com o auxílio das forças de segurança e emergência. "Além disso, o Governo do Estado compartilhou com os municípios a possibilidade de adquirir bombas costais, medicamentos e insumos por meio de atas de registro de preço", ressalta Roberta Santana.

    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

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