O empresário Francisco Sáenz Valiente, 52 anos, preso por envolvimento na morte da baiana Emmily Rodrigues, 26 anos, que caiu de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, pediu ajuda ao serviço de emergência argentino por telefone, antes da queda da jovem. O g1 teve acesso à gravação da ligação, e no áudio é possível ouvir a jovem, ao fundo, gritar por socorro. (Ouça acima)

Nesta quinta-feira (6), a família da vítima encaminhou à reportagem gravações que estão anexadas aos autos policiais da investigação. Veículos da imprensa argentina também têm divulgado amplamente o áudio.

A gravação vai ajudar a polícia argentina a identificar as circunstâncias da queda que terminou com a morte da brasileira. O caso é investigado pela polícia do país como feminicídio, e Francisco, de 52 anos, segue preso desde o dia 30 de março, quando o caso aconteceu em Buenos Aires.

A família de Emmily está na Argentina e acompanha a investigação. O corpo da vítima já passou por necropsia, mas ainda não foi liberado pela Justiça para ser recambiado ao Brasil. Segundo a família da jovem, o sepultamento será em Salvador, mas ainda não há uma data marcada.

O áudio

A ligação gravada trata-se do próprio Francisco pedindo ajuda ao serviço de atendimento de urgência da Argentina. Enquanto ele conversa com uma atendente, é possível ouvir muitos gritos de Emmily ao fundo, pedindo por ajuda. A jovem parecia estar desesperada.

Ao telefone, Francisco pediu a apoio de um policial e fornece o endereço da casa dele, para onde a ajuda deveria ser direcionada, em meio aos gritos de Emmily.

Vizinhos do empresário também pediram ajuda ao ouvirem os gritos de Emmily. Em uma das ligações, um homem avisa ao serviço de emergência que a jovem está gritando muito e pedindo ajuda. Em outra, uma mulher avisa que a vítima havia caído da janela.

Há também uma terceira gravação, em que outra mulher avisa aos atendentes da emergência que a jovem caiu e está desacordada.

Possibilidade de prisão perpétua
De acordo com o advogado da família da vítima, Ignacio Trimarco, Francisco pode ser penalizado com prisão perpétua, caso seja condenado. Na segunda-feira (3), ele detalhou que o caso é tratado pela polícia argentina como feminicídio, ou seja, um homicídio qualificado – nos mesmos moldes da lei brasileira.

Francisco pode ter condenação perpétua porque, em 2012, a então presidente Cristina Kirchner aprovou a lei que determina este tipo de punição para os casos de feminicídios.

A lei argentina estabelece o agravante e a pena para o homem "que matar uma mulher ou uma pessoa que se autoperceba com identidade de gênero feminino", o que também inclui mulheres trans e travestis. Esta é uma pena maior que a de homicídio sem agravos, que geram reclusão de 8 a 25 anos.

O investigado, Francisco Valiente, já foi ouvido pela polícia em um depoimento que levou mais de quatro horas. Mesmo alegando inocência, ele segue detido. O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires, acompanha o caso.

Versões conflitantes

A defesa de Francisco sustenta a versão de que Emmily estava sob efeito de bebidas alcoólicas e drogas, e se jogou de uma janela após entrar em surto. A família e as amigas da jovem dizem que ela não tinha o hábito de beber muito e que não usava entorpecentes.

Em entrevista anterior ao g1, o pai de Emmily, que acompanha os trâmites da investigação na Argentina, disse que há provas suficientes para a condenação do empresário, a exemplo das marcas de violência encontradas no corpo da vítima.

"O que já sabemos é que tem provas suficientes e testemunhas para comprovação do crime que aconteceu. Há um amplo rastro de provas que evidenciam que aconteceu de fato um feminicídio, um crime. Existe uma versão totalmente distorcida sendo criada e propagada, de um possível suicídio, um surto psicótico, que não faz sentido algum por ter essas provas", relatou Aristides.

"Essas marcas de arranhões aparentam que existiu agressões antes dela ser empurrada de lá do sexto andar. Vizinhos ouviram, pessoas testemunharam que ela pediu por socorro, pediu ajuda. O corpo também tinha sinais de que ela foi arrastada, ferimentos. Não foram identificadas marcas apenas do impacto da queda, mas também marcas de agressões que ocorreram antes disso".

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Lionel Messi fez uma atuação brilhante ao longo da Copa do Mundo do Catar. E foi coroado com o prêmio de melhor jogador da competição. O astro recebeu a Bola de Ouro do torneio neste domingo (18), após a vitória da Argentina sobre a França, nos pênaltis. Mbappé, da França, terminou como o segundo melhor e Modric, da Croácia, ficou em terceiro.

Aos 35 anos, o camisa 10 argentino conquistou o título em sua quinta e última Copa. Autor de sete gols e três assistências ao longo do Mundial do Catar, Messi se tornou o atleta com mais partidas disputadas na competição.

Enzo Fernández e Emiliano Martínez, ambos da Argentina, também foram premiados. O primeiro venceu como revelação, enquanto o goleiro levou a Luva de Ouro, troféu dado ao melhor arqueiro no torneio.

Já Mbappé ficou com a Chuteira de Ouro, que é dada ao artilheiro da competição. O francês de 23 anos fez um hat-trick na final e chegou aos oito gols no Catar. Messi ficou em segundo no quesito, com sete gols - sendo dois na decisão

 

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A espera foi longa, mas a Argentina, enfim, é tricampeã da Copa do Mundo. Liderados por Lionel Messi, os hermanos acabaram com o jejum de 36 anos e conquistaram o título sobre a França, em uma das finais mais incríveis da competição. A taça só veio nos pênaltis, por 4x2, após empate em 3x3 neste domingo (18), no estádio Lusail.

O jogo parecia até que ia ser tranquilo para os sul-americanos, que abriram 2x0 com Messi e Di María em um primeiro tempo de amplo domínio. Mas os franceses precisaram de um intervalo de apenas 3 minutos na etapa final para empatar, com dois de Mbappé.

Assim, a disputa foi para a prorrogação. E o jogo continuou louco. Messi recolocou os argentinos à frente do placar já na segunda etapa do tempo extra, mas Mbappé, de pênalti, empatou e levou a decisão aos pênaltis. Nas cobranças, os argentinos se deram melhor.

O título coroa a carreira brilhante de Lionel Messi, um dos melhores jogadores da história. Em sua última Copa do Mundo, o astro realiza o maior sonho. De quebra, se tornou o atleta com mais partidas em Copas e o primeiro a marcar em quatro duelos de mata-mata na competição (no atual formato).

O último troféu da Argentina em Mundial havia sido em 1986, no México. Antes, a seleção havia conquistado a taça em 1978, em casa. Assim, os hermanos entram no seleto grupo dos tricampeões mundiais. O primeiro time a conseguir o feito foi o Brasil, hoje penta. A Alemanha (em 1990) e a Itália (em 1982) também já comemoraram três vezes - atualmente, são tetra.

O jogo

A França mal pareceu ter entrado em campo no primeiro tempo. Os Bleus até tentaram ensaiar alguma coisa, mas logo foram totalmente dominados pelos argentinos na etapa.

O primeiro bom lance dos hermanos veio aos 4 minutos, em uma bomba de Mac Allister, defendida por Lloris. Pouco depois, Di María fez boa jogada pela esquerda e cruzou para trás. De Paul ficou com a bola, ajeitou e chutou, só que Varane desviou para fora.

A pressão continuou, principalmente com Di María e Messi. Até que a Argentina conseguiu abrir o placar - e com os dois como protagonistas. O meia surgiu em jogada individual, passou por Dembelé, invadiu a área e foi derrubado. O árbitro assinalou o pênalti. O camisa 10 bateu com categoria e fez o 1x0, aos 22 minutos.

O gol não mudou as posturas das equipes. Os sul-americanos seguiram em busca de gols, enquanto os franceses continuavam perdidos em campo.

Assim, não demorou para a Argentina fazer o segundo. E foi um golaço, em uma aula de contra-ataque: Mac Allister tocou para Messi no meio do campo. O capitão tocou rápido para Julián Álvarez, que lançou de volta para Mac Allister. Ele invadiu a área e deu lindo passe para Di María chegar batendo, na saída de Lloris: 2x0, aos 35 minutos.

Os argentinos voltaram para o segundo tempo querendo mais. Aos 3 minutos, Messi abriu com Di María na esquerda, que inverteu para De Paul chegar batendo, de primeira, para a defesa de Lloris. Dez minutos depois, o goleiro foi novamente acionado, em chute de Julián Álvarez. Messi também tentou, mas o chute, travado, foi para fora.

Depois de incríveis 74 minutos (67 regulamentares e 7 de acréscimos), a França deu a primeira finalização na final, em um cabeceio sem perigo de Kolo Muani. O jogo até parecia que estava decidido, com gritos de 'olé' da torcida argentina, aos 32. Só parecia. Um minuto depois, tudo começaria a mudar. E a França, do nada, renasceria.

Kolo Mouani arrancou na esquerda, invadiu a área e foi derrubado por Otamendi. Mbappé foi para a cobrança e bateu firme, recolocando os franceses no jogo, aos 34.

O gol inflamou os europeus. E, dois minutos depois, veio o empate. Coman desarmou Messi no meio de campo, avançou e acionou Rabiot. O volante cruzou, Mbappé ajeitou para Thuram de cabeça, que devolveu. O camisa 10 pegou de primeira e deixou tudo igual.

Em busca da virada, a França foi para cima. Mbappé tentou o hat-trick, Rabiot quis deixar o dele... Já a Argentina viu Messi receber fora da área e mandar uma bomba no gol, aos 51. Mas Lloris espalmou o chute, e levou o jogo para a prorrogação.

No primeiro tempo extra, a Argentina teve duas chances lindas. Aos 14, Messi fez linda jogada, tabelou com Mac Allister e soltou para Lautaro Martínez, em boa posição. O atacante chutou, mas foi travado pela zaga. A sobra ainda ficou com os hermanos, e Montiel mandou uma bomba na direção do gol, só que Varane tirou. No minuto seguinte, Lautaro ganhou uma linda bola, dominou e chutou, para fora.

O jogo ficou ainda mais enlouquecedor no segundo tempo da prorrogação. Aos 3 minutos, Messi tocou para Enzo Fernández, que acionou Lautaro Martínez. O atacante bateu firme, Lloris defendeu, mas deu rebote. Messi chegou batendo e fez o 3x2.

Mas, de novo, quando parecia que a partida estava decidida para a Argentina, a França ressurgiu. Depois de um chute de Mbappé na entrada da área, Montiel se jogou na bola abrindo os braços, e o árbitro assinalou o pênalti. Mbappé fez o terceiro - dele e dos Bleus - e empatou, aos 10 minutos.

A decisão foi para os pênaltis. Tanto Mbappé quanto Messi converteram suas penalidades. Na sequência, Coman perdeu para a França e Dybala colocou os argentinos na frente. Tchouameni também errou, enquanto Paredes acertou. Kolo Muani fez e deu esperança para os europeus, mas Montiel garantiu o título à Argentina.

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Pela primeira vez em 92 anos, Argentina e França estarão frente a frente em uma final de Copa do Mundo. Lideradas por dois dos principais craques do momento, as duas seleções se enfrentam no domingo (18), às 12h, em Lusail, em busca do tricampeonato.

França e Argentina vivem momentos completamente diferentes, mas com pontos semelhantes. Aos 35 anos, Messi é mais uma vez o comandante da equipe celeste. Mas o camisa 10 não é o mesmo das últimas Copas. Lionel está "Maradoneado", como os argentinos gostam de falar.

Messi tem se comportado como o líder que a Argentina sempre esperou. Se fora de campo ele apresenta temperamento mais explosivo, dentro dele tem deixado a sua versão mais conhecida. São cinco gols em seis jogos, o que faz dele um dos favoritos a ficar com título de melhor jogador do Mundial do Catar.

Por sinal, a sintonia entre campo e arquibancada tem embalado os sul-americanos na competição. Nem mesmo a derrota para a Arábia Saudita na estreia freou o ímpeto da torcida, que transforma a atmosfera dos estádios em cada jogo.

Outro ponto forte da Argentina está na beira do campo. O técnico Lionel Scaloni saiu de interino para transformador da seleção. Ele já havia deixado a sua marca na conquista da Copa América de 2021 e mostrou capacidade de evolução. Scaloni abriu mão de conceitos, deixou o 'campo falar mais alto' e moldou o time de formas diferentes contra adversários distintos ao longo da campanha na Copa. Para chegar à decisão, os argentinos deixaram pelo caminho Austrália, Holanda e Croácia no mata-mata.

A França, por outro lado, busca um bicampeonato consecutivo para uma geração considerada de ouro. O título com sobras em 2018, na Rússia, deu o sinal de que os franceses têm potencial para dominar o cenário nos próximos anos. Mas o técnico Didier Deschamps precisou remontar o time às vésperas da Copa.

A França sofreu com problemas médicos. Jogadores importantes como os meio-campistas Pogba e Kanté e o atacante Benzema foram cortados do Mundial. Ao todo foram 10 atletas lesionados, incluindo o lateral esquerdo Lucas Hernández, que se machucou na estreia.

Mesmo assim, os franceses mostraram que têm reposição à altura. Apesar da derrota para a Tunísia, quando já estava classificada, a equipe passou tranquila pela primeira fase. Mbappé confirmou o seu bom momento com gols e assistências. Companheiros no PSG, ele lidera junto com Messi a artilharia da Copa, ambos com cinco gols.

Griezmann é mais um que se reinventou pela seleção. O atacante foi deslocado para o meio-campo e é o principal motor dos 'bleus'. Até mesmo o centroavante Giroud, criticado por não ter balançado as redes no título de 2018, colocou o pé na forma e já marcou quatro gols no Catar.

A campanha até a final mostrou que os franceses têm um time sólido, embora não imbatível. A equipe passou por sufoco contra a Inglaterra, nas quartas de final, e Marrocos, na semifinal. Mas o talento individual foi preponderante para confirmar o favoritismo e colocar a França em mais uma decisão de Copa do Mundo.

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O brasileiro que foi preso acusado de tentar atirar e matar a vice-presidente Cristina Kirchner, na Argentina, já vive há vários anos no país vizinho e tem antecedentes criminais. Fernando André Sabag Montiel foi preso em Buenos Aires depois de tentar disparar contra Cristina - a arma falhou.

Segundo as autoridades, Montiel é filho de um chileno e uma argentina e nasceu no Brasil, mas mora em Buenos Aires há pelo menos 20 anos. Ele tem família em São Paulo.

O homem trabalha como motorista por aplicativo e tem passagem na polícia por porte de arma.

Segundo O Globo, o documento de residência de Montiel na Argentina é dos anos 1990. O pai dele, Fernando Ernesto Montiel Araya, foi alvo de inquérito da Polícia Federal para ser expulso do Brasil.

A passagem de Montiel pela polícia é de março de 2021 quando, segundo o jornal Calrín, ele foi parado dirigindo sem placa traseira no bairro La Paternal. Ele disse que a placa teria caído dias antes em um acidente. Quando os agentes pediram para ele sair do carro, encontraram uma faca de 35 centímetros.

Montiel disse que usava a arma para se defender. Ele foi autuado por porte de arma.

Ataque
Imagens divulgadas nas redes sociais e por emissoras de TV da Argentina mostram Montiel se aproximando da vice-presidente, que chegava em casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Ela desce do carro e é saudada por apoiadores que a aguardavam.

Montiel se aproxima e puxa o gatilho de uma pistola 3.8 que estava apontada contra o rosto de Cristina. A arma falhou e não houve disparo.

O brasileiro tentou correr em seguida, mas foi seguido e capturado. A pistola foi recuperada na calçada.

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O governador Rui Costa afirmou nesta quinta-feira (31) que vai aceitar qualquer ajuda oferecida por governos de outros países às cidades atingidas pelas chuvas na Bahia, mesmo com a recusa do governo federal. A declaração foi dada após um apoio oferecido pela Argentina ser recusada pelo governo de Jair Bolsonaro.

"A Argentina ofereceu ajuda humanitária às cidades afetadas pelas chuvas na Bahia, apesar da negativa do Governo Federal. Me dirijo a todos os países do mundo: a Bahia aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda neste momento", escreveu Rui nas redes sociais.

Ele continuou: "Os baianos e brasileiros que moram aqui no estado precisam de todo tipo de ajuda. Estamos trabalhando muito, incansavelmente, para reconstruir as cidades e as casas destruídas, mas a soma de esforços acelera este processo, portanto é muito bem-vinda qualquer ajuda neste momento".

O presidente Jair Bolsonaro comentou mais cedo que o "fraterno oferecimento argentino" não é necessário no momento, porque as Forças Armadas e a Defesa Civil já prestavam o tipo de assistência oferecido à população afetada.

Bolsonaro disse ainda que "o governo brasileiro está aberto a ajuda e doações internacionais" e disse que o Itamaraty aceitou doações da Agência de Cooperação do Japão (JICA) de barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água.

A Argentina pretendia enviar profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para ajudar os moradores baianos, mas o Ministério das Relações Exteriores negou o apoio.

As chuvas na Bahia deixaram pelo menos 24 mortos até agora.

 

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O Governo Federal recusou ajuda humanitária da Argentina para enfrentar os estragos causados pelas chuvas na Bahia. A informação foi divulgada com exclusividade pelo G1 Bahia nesta quarta-feira (29). No Twitter, o governador Rui Costa havia agradecido a ajuda e pediu celeridade na autorização para que a ajuda chegasse o quanto antes aos municípios atingidos pelas enchentes.

Segundo o Rui Costa, o governo argentino ofereceu envio imediato de uma missão com dez profissionais especializados nas áreas de água e saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres. "Isso inclui, por exemplo, a oferta de comprimidos para potabilização de água", avisou no o governador nas redes sociais.

No entanto, de acordo com o documento divulgado pelo portal G1 Bahia, o Ministério das Relações Exteriores agradece, mas dispensa a colaboração. "A situação está sendo enfrentada com a mobilização interna de todos os recursos financeiros e de pessoal necessários para as ações de assistência à população afetada, os quais se têm mostrado, suficientes", diz o texto do documento, acrescentado a liberação dos R$200 milhões para os estados atingidos por chuva no Brasil.

Rui Costa já havia dito que o valor destinados os estados do Nordeste, de R$80 milhões, não seria o suficiente nem para reconstruir as estradas da Bahia.

"Na hipótese de agravamento da situação, requerendo-se necessidades suplementares de assistência, o Governo brasileiro poderá vir a aceitar a oferta argentina de apoio da Comissão Capacetes Brancos, cujos trabalhos são amplamente reconhecidos", finaliza o documento que o G1 teve acesso. O CORREIO tentou contato com o cônsul-geral na Bahia, Pablo Virasoro, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Estragos
O número de mortos causados pelas chuvas na Bahia subiu para 24 no balanço oficial divulgado nesta quarta-feira (29) pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec). Em todo estado, são 37.324 desabrigados e 53.934 desalojados. Os números correspondem aos dados dos 141 municípios afetados. Das cidades afetadas, 132 seguem em situação de emergência. O total de feridos aumentou para 434. A Defesa Civil contabiliza 629.398 pessoas afetadas pelas chuvas e enchentes.

As mortes aconteceram em Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (2), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1).

Presidente
Enquanto a Bahia vive uma crise humanitária provocada pelas fortes chuvas, o presidente Jair Bolsonaro passa férias no litoral de Santa Catarina e se deixa fotografar em passeios de jet ski ou em pescarias. O que o faz alvo de críticas de políticos e internautas.

Porém, segundo a Folha de S. Paulo, ele sinalizou a aliados que pode ceder e ir à Bahia, mas não confirmou uma data para antecipar o fim do descanso. Na segunda, ele afirmou que “espera não ter de retornar antes” do feriado de Réveillon. Ontem, o presidente voltou às redes sociais para justificar sua ausência no local das enchentes. “Bahia, nosso trabalho é solidariedade”, escreveu na mesma postagem que publicou vídeo em que o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) diz que Bolsonaro enviou ministros à região e que seria criticado até se descobrisse a cura do câncer.

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Pressão, estádio pequeno, 25 mil pessoas nas arquibancadas e erro claro de arbitragem. Nada disso foi capaz de fazer o Brasil se amedrontar no clássico desta terça-feira (16), diante da Argentina, em San Juan. Já garantida na Copa do Mundo de 2022, no Catar, a Seleção encarou o desafio, segurou os rivais e empatou o 0x0, mantendo a invencibilidade nas Eliminatórias Sul-Americanas.

Sem Neymar, Tite optou pela entrada de Vini Jr no lado esquerdo do ataque. Matheus Cunha, por sua vez, ganhou a vaga de Gabriel Jesus como centroavante. No setor defensivo, Fabinho e Éder Militão entraram nos lugares de Casemiro e Thiago SilvaNos 10 minutos iniciais, os donos da casa deixaram claro qual seria a postura: pressionar na marcação e não dar espaço para os brasileiros. Até deu certo, mas a estratégia também permitia que o Brasil buscasse os contra-ataques, o que aconteceu.

Foram três boas oportunidades para a equipe verde e amarela em sequência, sendo duas delas com Vini Jr. Na primeira, o atacante errou a passada na entrada da área e saiu com bola e tudo. Na segunda, cara a cara, tentou encobrir Martínez e errou o alvo. Por fim, Matheus Cunha arriscou do meio-campo e por pouco não surpreendeu.

Com o passar do tempo, os argentinos começaram a ficar impacientes com a falta de oportunidades e o jogo ficou mais tenso. Responsável por armar o jogo para a Seleção, Lucas Paquetá sofreu com as pancadas no tornozelo cada vez que recebeu a bola.

Aos 33 minutos, um lance que poderia mudar a história do jogo. Raphinha fez jogada pela linha de fundo e perdeu a bola. Na tentativa de recuperar, levou uma cotovelada em cheio do zagueiro Otamendi. O juiz não deu nada, o VAR não recomendou a revisão e ficou por isso mesmo. O brasileiro, com a boca sangrando, precisou de atendimento.

Antes do intervalo, o Brasil ainda tomou um susto. Messi tocou para Acuña, que achou um bom passe para De Paul. Na entrada da área, o volante arriscou e Alisson se esticou para espalmar.

Segundo tempo

Depois do descanso, Tite resolveu manter a mesma escalação para a etapa final. Já Scaloni colocou Joaquín Correa e Lisandro Martínez nos lugares de Lautaro e Paredes, respectivamente. Com menos de 10 minutos, Romero sentiu lesão muscular e deu lugar a Pezella na zaga.

A primeira boa chance veio aos 15 minutos e foi do time canarinho. Em cobrança de falta brasileira, a zaga argentina afastou e a redonda sobrou para o volante Fred. Ele dominou, emendou de perna direita e acertou o travessão.

Logo depois, Vini Jr brilhou. Pegou a sobra na linha de fundo, deu uma carretilha em Molina e passou para Paquetá, que bate cruzado. Matheus Cunha tentou finalizar e a bola foi pra fora.

Dali pra frente, o jogo ficou truncado no meio de campo e as chances de gol desapareceram. Restou ao Brasil fazer testes com as entradas de Antony e Gerson, e confirmar a igualdade em 0x0.

A Seleção só volta a jogar em 2022, no dia 27 de janeiro, quando encara o Equador fora de casa. Depois, recebe o Paraguai no dia 1º de fevereiro, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Ficha técnica:

Argentina: Martínez, Molina, Romero (Pezella), Otamendi e Acuña; Paredes (Lisandro Martínez), De Paul e Lo Celso (Domínguez); Messi, Lautaro Martínez (Joaquín Correa) e Di María (Julián Álvarez) Técnico: Lionel Scaloni

Brasil: Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Alex Sandro; Fabinho, Fred e Lucas Paquetá (Gerson); Raphinha (Antony), Matheus Cunha (Gabriel Jesus) e Vini Jr Técnico: Tite

Estádio Bicentenário, em San Juan (Argentina)

Cartão amarelo: Paredes, Romero, Pezella e Acuña (Argentina); Paquetá e Fabinho (Brasil)

Árbitro: Andres Cunha, auxiliado por Richard Trinidad e Nicolas Taran (trio do Uruguai)

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O Brasil já sabe quem enfrentará na decisão da Copa América e, para a alegria dos amantes do futebol, o jogo final será diante da rival Argentina, sábado (10), às 21h, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

O adversário foi definido nesta terça, quando os hermanos bateram a Colômbia nos pênaltis após empate de 1x1 no estádio Mané Garrincha, em Brasília, com gols de Lautaro Martínez e Luis Díaz no tempo normal. Nas cobranças das penalidades, o goleiro Martínez brilhou e defendeu os chutes de Sánchez, Mina e Cardona. De Paul foi o único que errou para a Argentina, chutando por cima.

A Seleção Brasileira terá tempo de sobra para se preparar para o clássico. Após vencer o Peru por 1x0 na segunda-feira, gol de Lucas Paquetá, o time ganhou quatro dias para treinar na Granja Comary, em Teresópolis, no Rio.

“Agora é mental. O mais importante é que agora é tudo. Agora é com o coração, é com tudo, porque final não se joga, final se ganha”, destaca o volante e capitão Casemiro. Na campanha até a decisão, o time canarinho ganhou cinco jogos e empatou um.

Oito dos 14 títulos da Argentina na Copa América tiveram o Brasil como vice. O oposto ocorreu duas vezes, em 2004 e em 2007. Nesta última, Messi já era titular, aos 20 anos. Os argentinos não conquistam o torneio desde 1993. Atual campeã, a Seleção Brasileira vai em busca do décimo troféu.

Em meio à chance do bicampeonato consecutivo, o comandante Tite adota o discurso de precaução. Segundo ele, o mais importante é o trabalho de equipe, incluindo membros da comissão técnica, staff e atletas.

“Tenho uma noção exata de que é um trabalho de equipe, não é individualizado. Gosto de ter meu trabalho reconhecido, sim, mas quando ele é individualmente reconhecido, eu sei que é bala Juquinha. É adoçar a boca. (...) Se não tiver comprometimento dos atletas, não tem técnico que ganhe título nenhum, que ganhe notoriedade nenhuma”.

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Após receber as primeiras 300 mil doses da vacina russa Sputnik V, a Argentina iniciou nesta segunda, 28, a distribuição para que o programa de imunização em massa comece hoje nas províncias. O Fundo de Investimento Direto Russo, que financiou o desenvolvimento da vacina, planeja enviar mais 10 milhões de doses ao país em 2021.

"Recebemos as primeiras 300 mil doses para iniciar este grande desafio que é a campanha de vacinação mais importante da história da Argentina", disse a secretária de Saúde, Carla Vizzotti, parte da delegação que viajou à Rússia para receber informações técnicas sobre a Sputnik V - ela voltou no mesmo avião que transportou as primeiras doses. A Rússia alega que a eficácia de sua vacina, vista com desconfiança por parte da comunidade científica ocidental, é de 91,4%.

A segunda leva do imunizante será enviada à Argentina nas próximas três semanas, segundo o diretor do Centro Gamaleya, criador da Sputnik V, Alexander Gintsburg. Ele afirmou que os fabricantes conseguiram eliminar um desequilíbrio na produção do primeiro e do segundo componentes, que são inoculados com um hiato de 21 dias.

A vacinação começará às 9 horas (horário local), segundo informou o presidente argentino, Alberto Fernández, no fim de semana. Na primeira fase, a vacinação será destinada aos profissionais de saúde de grandes centros urbanos, onde a pandemia teve um impacto maior e o risco de uma segunda onda é mais elevado.

O coordenador do setor de logística do Ministério da Saúde, Juan Pablo Saulle, afirmou que "todo o calendário foi elaborado para fazer a entrega a cada ponto em cada província, para chegar ao mesmo tempo, com uma diferença de apenas 3 a 4 horas".

O plano de vacinação estima um total de 54,4 milhões de doses, considerando um esquema de duas doses e calculando uma taxa de perda estimada em 15%, que atingiria entre 23 e 24 milhões de pessoas de uma população de 45 milhões.

O contrato de aquisição da Sputnik V é o terceiro assinado pela Argentina: o primeiro foi com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford - vacina que será aplicada em março - e o segundo com a aliança internacional Covax, da ONU, embora outros acordos ainda estejam sendo negociados. "A ideia é que, quando chegar o outono já tenhamos vacinado todas as pessoas em grupos de risco", disse Fernández. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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