Olimpíada de Tóquio foi a Olimpíada das mulheres. Nunca antes a delegação feminina foi tão protagonista em uma campanha do Time Brasil. Das sete medalhas de ouro conquistadas pelo país, três vieram com elas (42,9%). Incluindo a baiana Ana Marcela Cunha, nos 10km na prova de maratona aquática, além de Martine Grael e Kahena Kunze, na vela, e Rebeca Andrade, na ginástica artística.

Por pouco, o número no Japão não seria ainda maior. No último dia de competições, a seleção feminina de vôlei chegou à final, assim como a soteropolitana Beatriz Ferreira, no boxe, mas conquistaram a prata.

No Rio-2016, Londres-2012 e Pequim-2008, as atletas haviam faturado dois ouros. Em Atenas-2004 e Sidney -2000, as mulheres não levaram medalhas douradas. E em Atlanta-1996, na primeira vez que elas subiram ao pódio, conseguiram uma: no vôlei de praia feminino, com Jackie Silva e Sandra Pires.

O desempenho da delegação feminina não foi excelente só nos ouros, mas em medalhas no geral. Dos 21 pódios conquistados pelo Brasil em Tóquio, nove foram de mulheres ou equipes de mulheres (42,9%). É um recorde. Até então, a maior marca era de Pequim-2008, quando faturaram sete medalhas.

Elas, aliás, quebraram várias marcas inéditas e importantes no Japão. Por exemplo, foi de uma dupla feminina, Luisa Stefani e Laura Pigossi, o primeiro pódio brasileiro do tênis. Também foram as responsáveis pelo primeiro ouro na maratona aquática, com Ana Marcela, e a medalhista brasileira mais jovem da história, com Rayssa Leal, de apenas 13 anos. O patamar expressivo foi uma representação importante do poder das mulheres.

Rebeca Andrade
Rebeca Andrade se despede de Tóquio com o nome escrito na história. Aos 22 anos, a paulista foi a primeira ginasta feminina do Brasil a subir ao pódio olímpico. Aliás, não só quebrou a marca, como fez em dose dupla e com direito a um ouro, no salto, além da prata no individual geral. Recorde que a tornou a primeira mulher do país a conquistar duas medalhas em uma única edição dos Jogos. Ainda alcançou a um honroso quinto lugar na final do solo, com seu Baile de Favela. Com a melhor e mais vitoriosa campanha de uma ginasta brasileira em uma Olimpíada, foi a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento do evento.

Ana Marcela Cunha
Eleita seis vezes a melhor maratonista aquática do mundo, Ana Marcela Cunha já possuía um currículo estrelado, com 11 medalhas em Campeonatos Mundiais e ouro nos Jogos Pan-Americanos. Mas faltava algo a ser conquistado: um pódio olímpico. Não mais. A baiana fez uma prova perfeita e venceu a disputa dos 10km nas águas abertas de Tóquio. Se tornou a primeira brasileira, entre homens e mulheres, a levar o ouro da modalidade nos Jogos, e ainda se tornou a primeira atleta do país a ganhar uma disputa da natação feminina olímpica.

Martine Grael e Kahena Kunze
Cinco anos depois de faturarem o ouro na Rio-2016, Martine Grael e Kahena Kunze mostraram que, quando o assunto é vela, elas são as especialistas. A dupla confirmou o favoritismo e conquistou o bicampeonato olímpico da classe 49erFX, mantendo a tradição familiar – Martine é filha de Torben Grael, dono de cinco medalhas dos Jogos, enquanto Kahena é filha de Claudio Kunze, campeão mundial juvenil nos anos 1980. Com o resultado, elas também se tornaram as primeiras brasileiras, entre homens e mulheres, a levar dois ouros olímpicos seguidos na vela

Beatriz Ferreira
Pela primeira vez nas Olimpíadas, o Brasil teve uma mulher em uma final do boxe. Campeã mundial do peso leve (até 60kg), a baiana Beatriz Ferreira conquistou em Tóquio a prata, após perder na última luta para a irlandesa Kellie Harrington, ouro no Mundial de 2018, por decisão unânime dos juízes. Apesar de assumir que queria o primeiro lugar do pódio, Bia foi a responsável por uma medalha inédita. Até então, o melhor resultado de uma atleta feminina no esporte havia sido o bronze de Adriana Araújo em Londres-2012 – a primeira Olimpíada com disputa das mulheres no ringue. Beatriz, aliás, havia sido a sparring de Adriana há cinco anos, no Rio de Janeiro, e, em Tóquio, competiu pela primeira vez nos Jogos. E já prometeu que estará em Paris-2024: “Tá logo ali. Aguardem”, disse, à TV Globo, após o combate contra Kellie.

Vôlei feminino
A seleção feminina de vôlei chegou a Tóquio desacreditada por muitos. No Rio-2016, tinha feito seu pior resultado em 28 anos, quando caiu nas quartas de final. No ciclo olímpico atual, o grupo foi atormentado por lesões e aposentadorias, além do sétimo lugar no Mundial de 2018. Mas a desconfiança foi superada pela equipe, que chegou ao mata-mata de forma invicta. Nas quartas, bateu a Rússia por 3 sets a 1 e, na semi, despachou a Coreia do Sul por 3 sets a 0. Na decisão, a seleção perdeu para os Estados Unidos, por 3 sets a 0 (25/21, 25/20 e 25/14), e se ficou com o vice-campeonato, o primeiro da história. A prata foi a quinta medalha olímpica da equipe, que somava os ouros de 2008 e 2012 e os bronzes de 1996 e 2000. A seleção feminina, aliás, foi a única do vôlei a conquistar um pódio no Japão, já que a masculina terminou na quarta posição e as duplas da praia foram eliminadas cedo.

Rayssa Leal
Rayssa Leal chegou ao Japão como a atleta mais jovem da história do Brasil nos Jogos. De tão nova, sua mãe, Lilian, recebeu uma autorização especial para entrar na Vila dos Atletas e ter acesso irrestrito em Tóquio. Mas a Fadinha não atravessou o mundo a passeio. Saiu de lá como a mais nova medalhista olímpica brasileira, entre homens e mulheres de todas as modalidades. Aos 13 anos, seis meses e 21 dias, a maranhense conquistou a prata do skate street, batendo o recorde de Rosângela Santos, que foi bronze dos 4x100m do atletismo em Pequim-2008, aos 17 anos.

Mayra Aguiar
Mayra Aguiar escreveu de vez seu nome no rol dos maiores atletas olímpicos do Brasil. Ao conquistar o bronze em Tóquio, a judoca se tornou a primeira mulher a faturar três medalhas dos Jogos em modalidades individuais pelo país. Antes, a gaúcha já havia conquistado o bronze em Londres-2012 e na Rio-2016. De quebra, ela se tornou a primeira atleta do judô brasileiro a conquistar três medalhas na história da Olimpíada e ainda igualou a marca da jogadora de vôlei Fofão, até então a única mulher brasileira medalhista em três Jogos diferentes.

Laura Pigossi e Luisa Stefani
Última dupla feminina inscrita no último dia possível, com campeãs de Grand Slams no caminho e tentando conquistar uma medalha inédita para o Brasil. O caminho era tortuoso, mas nada que abalasse a confiança de Luisa Stefani e Laura Pigossi. Com a confiança em alta, as duas foram derrubando adversárias atrás de adversárias e conquistaram o primeiro pódio brasileiro na história do tênis olímpico. O bronze, aliás, veio em um jogaço, em que Luisa e Laura salvaram quatro match points contra as russas Elena Vesnina e Veronika Kudermetova, garantindo uma virada histórica e memorável.

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Nada melhor do que acordar com uma medalha olímpica brasileira e horas depois comemorar outra. Esta foi a manhã de quinta-feira dos brasileiros, que levantaram da cama já celebrando o bronze de Mayra Aguiar, no judô, e depois uniram forças na torcida por Rebeca Andrade na ginástica, que levou a prata. Conquistas históricas para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio.

Com a prata no individual geral feminino, Rebeca Andrade tornou-se a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica artística dos Jogos Olímpicos. E com seu bronze, Mayra Aguiar é a primeira brasileira a somar três medalhas individuais em Olimpíadas - levou outros dois bronzes em Londres-2012 e Rio-2016.

A manhã de quinta também teve outras alegrias: com vitórias das duplas masculina e feminina no vôlei de praia e do feminino no vôlei de quadra (com susto de lesão). E algumas tristezas, como a eliminação de brasileiros na natação e derrota de Stefani e Pigossi nas semifinais do tênis em duplas - mas elas ainda disputam bronze.

Baile de favela... e de prata!
Rebeca Andrade deu o que falar em Tóquio com sua apresentação solo Baile de Favela. Mas ela mostrou que é uma ginasta completa ao ter boas apresentações no individual geral, que renderam prata com 57,298 pontos - perdendo apenas para a americana Sunisa Lee (57,433).

A medalha foi de prata graças ao VAR. Ela tinha recebido 13,566 pontos na trave, mas a comissão brasileira pediu revisão, os árbitros acataram, e a nota subiu um décimo - a diferença entre Rebeca e a russa Angelina Melnikova, a terceira colocada, foi de apenas 0,099.

E a torcida por Rebeca - que contou até com carinho de Simone Biles nesta quinta - não para. Ela ainda tem mais duas chances de pódio.

Brasil acorda MAYARIZADO
Por volta de 6h30 (de Brasília), quando grande parte do país ainda estava despertando, a judoca Mayra Aguiar venceu a sul-coreana Hyunji Yoon na categoria até 78kg e conquistou a medalha de bronze. Foi o melhor despertar possível para os brasileiros, como deixaram claro nas redes sociais.

Mayra entra para a galeria de maiores medalhistas do país na história das Olimpíadas. Além dela, apenas Fofão, do vôlei, soma três pódios em Olimpíadas. Robert Scheidt, com duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze, é o maior medalhista do Brasil nos Jogos.

Uma grande conquista após muito sofrimento. Mayra teve que correr contra o tempo para se recuperar fisicamente. Com o bronze garantido, desabafou: "Não aguentava mais fazer cirurgia".

Vitórias na quadra e na areia
O time feminino do Brasil não teve problemas para bater o Japão por 3 sets a 0, parciais de 25/16, 25/18 e 26/24, e conquistar a terceira vitória nas Olimpíadas. Mas o jogo deixou uma preocupação para a sequência: a lesão da levantadora Macris, que torceu o tornozelo direito na aterrissagem depois de um bloqueio.

Ainda não há informações mais precisas sobre Macris, mas você pode acompanhar as atualizações em ge.globo/olimpiadas. Com a vitória, o Brasil continua em segundo no grupo, atrás da Sérvia - ambos os países têm três vitórias, mas as brasileiras têm dois sets perdidos que contam no desempate.

Na praia, duas duplas brasileiras conseguiram se garantir nas oitavas de final. Ágatha e Duda entraram pressionadas, precisando de uma vitória. E ela veio. A dupla triunfou diante das canadenses Heather Bansley e Brandie Wilkerson por 2 sets a 0, com parciais de 21/18 e 21/18.

No masculino, Alison e Álvaro Filho também espantaram a zebra e bateram os holandeses Robert Meeuwsen e Alexander Brouwer por 2 sets a 0, com parciais de 21/14 e 21/19, passando para o mata-mata. Os adversários das duplas brasileiras ainda não foram definidos.

Agora é tentar o bronze
O sonho da medalha de ouro para Luisa Stefani e Laura Pigossi ficou para a próxima Olimpíada. As brasileiras tiveram ótimo início, mas foram derrotadas pelas suíças Belinda Bencic e Viktorija Golubic por 2 sets a 0, parciais de 7/5 e 6/3.

As brasileiras, no mínimo, já igualaram a melhor campanha do país na modalidade - o quarto lugar de Fernando Meligeni em Atlanta 1996. Mas ainda pode ser melhor: já que lutam pelo bronze, em partida contra as russas Elena Vesnina e Veronica Kudermetova.

Eliminações e desabafo
A manhã não trouxe bons resultados para os brasileiros na natação. Matheus Gonche e Vinícius Lanza, nos 100m borboleta, e Viviane Jungblut, nos 800m livre, não passaram para as semifinais. Assim como o revezamento 4x100m medley misto, formado por Guilheme Baceto, Felipe Lima, Giovanna Diamante e Stephanie Balduccini.

Chamou a atenção o desabafo de Matheus Gonche durante entrevista:

- Vi muitos comentários nas redes sociais, maldosos, uns dias atrás. Falando muito mal, que o pessoal (atletas) está fazendo por fazer. Não é assim. Olimpíadas é um outro jogo, outro esporte. Tem que ter paciência, entender o que está falando pra fazer comentário nas redes sociais sem saber o que está por trás disso. Pessoal, cuidado com o que falam, pesquisem um pouco.

Adeus no tiro com arco
No tiro com arco, a brasileira Ane Marcelle dos Santos bateu a mexicana Ana Vasquez na estreia, mas depois caiu para a sul-coreana An San na segunda rodada - uma das favoritas ao ouro. Assim, finalizou sua participação em Tóquio.

Eliminação no boxe
Após a vitória de Hebert Souza na madrugada, a brasileira Graziele Sousa não conseguiu repertir o feito e perdeu para a japonesa Tsukimi Namiki no boxe, na categoria até 51kg. A derrota foi por decisão unânime, placar de 5 a 0. Ela dá adeus às Olimpíadas.

 
Rebeca Andrade conquista prata nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin / Panamerica Press / CBG

Rebeca Andrade conquista prata nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin / Panamerica Press / CBG

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Uma nova lenda olímpica surgiu em Tóquio-2020. Aos 13 anos e 203 dias, Rayssa Leal conquistou, na madrugada desta segunda-feira (26), a medalha de prata na categoria street do skate em Tóquio-2020, e se tornou a atleta mais nova da história do Brasil, entre homens e mulheres de todas as modalidades, a ir ao pódio dos Jogos.

O recorde anterior pertencia a Rosângela Santos, do 4x100m do atletismo, que foi bronze aos 17 anos em Pequim-2008.

Antes mesmo da medalha, Fadinha, como Rayssa também é conhecida, já tinha batido recorde em Tóquio. Ao iniciar sua prova, ela passou a ser a atleta brasileira mais jovem a participar da Olimpíada. A marca, até então, era de Talita Rodrigues, nadadora que foi finalista no 4x100m livre em 1948, nos Jogos de Londres. Na ocasião, tinha 13 anos e 347 dias.

"Eu estou muito feliz, porque pude representar todas as meninas, a Pamela e a Leticia, que não se classificaram, todas as meninas do skate e do Brasil. Poder realizar meu sonho de estar aqui e ganhar uma medalha é muito gratificante. Meu sonho e sonho dos meus pais", comemorou a brasileira, de Imperatriz, no Maranhão.

Rayssa ainda sobe ao primeiro pódio do skate street feminino da história olímpica. Com a pontuação de 14.64, a Fadinha ficou atrás apenas da japonesa Momiji Nishiya - também de 13 anos, mas cinco meses mais velha que a brasileira -, que somou 15,26 na final. O pódio foi completado por Funa Nakayama, com 14,49.

De acordo com o site oficial dos Jogos, o atleta mais jovem a receber uma medalha olímpica foi Dimitrios Loundras. Com 10 anos e 218 dias, o grego foi bronze na ginástica por equipes na primeira edição do evento, em 1896.

Já a mulher mais jovem a ir ao pódio em uma Olimpíada foi a italiana Luigina Giavotti, com 11 anos e 301 dias. Ela foi prata na ginástica por equipes na Olimpíada de 1928, em Amsterdã, na Holanda. E a atleta feminina mais nova a ganhar uma medalha olímpica em uma prova individual é a dinamarquesa Inge Sørensen, que foi bronze nos 200m peito em Berlim-1936, com 12 anos e 24 dias de idade.

As primeiras edições dos Jogos, porém, não possuem registros oficiais de todos os atletas. Há a informação não-oficial de um francês, Marcel Depaillé, de apenas sete anos, que teria sido campeão do remo nos Jogos de 1900.

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O Brasil venceu a Alemanha em sua estreia nos Jogos Olímpicos na manhã desta quinta-feira (22). A seleção olímpica venceu por 4 a 2, mas poderia ter feito mais, desperdiçando boas chances de uma goleada histórica.

Richarlison fez três gols, Paulinho marcou um golaço no fim da partida. "É uma sensação que não tem como explicar, é o meu primeiro hat-trick, ainda mais com essa camisa. Estou muito feliz, um sonho realizado. Quando pedi a liberação no Everton foi para isso, honrar a camisa. Espero continuar assim, hoje vai ser uma noite inesquecível, jamais vou esquecer. Agora é comemorar bastante, uma noite importante para nós", disse camisa 10 após o fim do jogo.

Para a Alemanha, marcaram Amiri e Ache, já no segundo tempo da partida.

Confira como foi o jogo

O Brasil começou arrasador. Nos primeiros minutos da partida contra um rival de tradição, a Alemanha, de tantas histórias em um passado recente, o time do técnico André Jardine não se intimidou e fez três gols de cara. Os três com Richarlison, todos de puro oportunismo.

O jogador do Everton, da Inglaterra, foi o principal jogador do Brasil em Yokohoma, no estádio que os brasileiros conhecem bem. Foi lá que a seleção principal ganhou a sua quinta Copa do Mundo também diante da Alemanha, em 2002, com dois gols de Ronaldo, na vitória de 2 a 0.

André Jardine não teve os jogadores que queria ter em Tóquio-2020. Mas formou uma equipe equilibrada. O lateral-direito Daniel Alves foi um dos destaques do time na estreia, ajudando na marcação, mas também armando em algumas ocasiões.

Depois de construir três gols de vantagem, o Brasil ainda perdeu um pênalti com Matheus Cunha. Poderia ter feito 4 a 0. Nesse momento não teve brasileiro que não se lembrou dos 7 a 1 sofridos para os alemães na Copa do Mundo de 2014. O atacante cobrou forte, mas à meia altura, facilitando a vida do goleiro Müller.

Em nenhum momento do primeiro tempo, a seleção brasileira foi pior do que a Alemanha. O time alugou o meio de campo, teve chances de fazer mais gols, mas foi se acostumando com o resultado. Deu espaço na etapa final e permitiu a reação do rival.

No primeiro gol da Alemanha, o goleiro Santos, do Athletico-PR, falhou. O time perdeu a concentração e só retomou a seriedade após o segundo da Alemanha. Para quem estava perdendo por 3 a 0, o time alemão recuperou as esperanças de ao menos empatar na estreia. Não deu. Com Paulinho em uma jogada pela esquerda, aumentou a contagem e sacramentou a vitória do time campeão olímpico.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 4 x 2 ALEMANHA

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho (Malcom); Antony (Paulinho), Matheus Cunha e Richarlison (Reinier). Técnico: André Jardine.

ALEMANHA - Müller; Henrichs, Pieper (Torunarigha), Uduokhai e Raum; Maier, Arnold e Amiri; Stach (Schlotterbeck), Richter (Ache) e Kruse (Löwen). Técnico: Stefan Kuntz.

GOLS - Richarlison, aos 6, aos 21 e aos 29 minutos do primeiro tempo; Amiri, aos 11, Ache, aos 38, e Paulinho, aos 48 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Douglas Luiz (Brasil); Henrichs, Pieper, Uduokhai e Stach (Alemanha).

CARTÃO VERMELHO - Arnold (Alemanha).

ÁRBITRO - Ivan Barton (Fifa-El Salvador).

LOCAL - Estádio Yokohama, em Yokohama (Japão).

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Em uma reunião por videoconferência com o alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta quarta-feira (28), o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 divulgou a segunda versão do livro de regras do evento, chamado de Playbook, que é um código de conduta com diretrizes a serem seguidas antes, durante e após a competição.

Entre as novas medidas estão a confirmação de testes diários nos atletas e em todos os envolvidos diretamente durante todo o período de disputa, além da proibição do uso de transporte público para evitar o contato com residentes no país.

A primeira versão do livro de regras, publicada em fevereiro deste ano, foi revisada e atualizada nesta quarta-feira diante do surgimento de novas cepas do novo coronavírus e da evolução da pandemia da covid-19 no Japão. Até os Jogos Olímpicos, de 23 de julho a 8 de agosto, novas regras poderão ser incorporadas ou atualizadas.

Entre as principais medidas anunciadas estão: todos os participantes devem fazer dois testes covid-19 antes do voo para o Japão; em princípio, os atletas e todos aqueles em proximidade com os atletas serão testados diariamente para minimizar o risco de casos positivos não detectados que podem transmitir o vírus.

As datas e horários serão definidos de acordo com a programação dos eventos esportivos; todos os outros participantes dos Jogos serão testados diariamente por três dias após sua chegada. Após os primeiros três dias e ao longo de sua estada, serão testados regularmente, com base na natureza operacional de sua função e nível de contato com os atletas.

Também nesta quarta-feira (28), a organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 resolveu adiar para junho a decisão sobre a presença ou não de torcedores locais para assistir aos eventos esportivos devido às incertezas ligadas a pandemia de covid-19. Os organizadores buscam alternativas para viabilizar a presença de espectadores, considerando que a presença de público estrangeiro já foi proibida.

O Japão entrou na semana passada em um novo estado de emergência por conta do avanço da covid-19 no país, com aumento de casos e mortes. O "lockdown" decretado na última sexta-feira impõe que as atividades esportivas aconteçam de portas fechadas, sem torcida.

Inicialmente, a fase emergencial está prevista para durar até o dia 11 de maio, em Tóquio e nos distritos de Osaka, Kyoto e Hyogo. A decisão permitirá que as autoridades solicitem o encerramento temporário de restaurantes, de bares e de centros comerciais com uma área superior a mil metros quadrados, de acordo com um plano elaborado pelo governo.

 

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Depois de serem adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, os preparativos para os Jogos Olímpicos de Tóquio entram em sua reta final faltando apenas 100 dias para a cerimônia de abertura. Devido à covid-19, os japoneses tiveram de fazer várias mudanças no planejamento inicial para evitar a disseminação da doença. As arenas estão prontas, mas a organização não foi concluída e várias perguntas continuam sem respostas.

Após meses de especulação, os organizadores decidiram em março que apenas os torcedores japoneses ou estrangeiros que moram no país terão permissão para assistir in loco aos eventos olímpicos na tentativa de controlar o novo coronavírus. Ainda não está definida a quantidade de torcedores que poderão acompanhar cada competição. Não é intenção das autoridades ter ginásios lotados. A cerimônia de abertura será no dia 23 de julho.

O governo japonês esperava atrair milhares de turistas durante os Jogos. Mas as autoridades concluíram que receber torcedores do exterior não seria possível, principalmente depois da detecção de variantes mais contagiosas do vírus em muitos países, entre eles o Brasil. Esta é a primeira edição dos Jogos em que é proibida a entrada de visitantes estrangeiros.

Os organizadores terão de reembolsar cerca de 600 mil ingressos vendidos ao público do exterior. Pesquisas apontam que boa parte dos japoneses se opõe à realização dos Jogos neste ano. O temor é de que a Olimpíada possa provocar um agravamento da pandemia. A aceitação ao evento melhorou um pouco depois que foi vetada a entrada de estrangeiros.

Ainda não foi anunciada qual medida será tomada em relação aos familiares dos atletas não japoneses. A tendência, no entanto, é de que eles sejam classificados como torcedores de outros países e, assim, também sejam proibidos de entrar no Japão durante os Jogos.

O COI (Comitê Olímpico Internacional) também decidiu cortar drasticamente o número de credenciais para as comitivas de autoridades convidadas. Assim, as delegações terão de ser enxutas, com menos assessores do que o habitual.

O presidente Jair Bolsonaro foi convidado para participar da cerimônia de abertura, mas, por causa da pandemia, não se sabe ainda se ele estará no Japão em julho.

A questão da vacinação contra a covid-19 é outro ponto que tem gerado controvérsia. O COI está pedindo aos atletas que tomem a vacina contra a covid-19, se possível. Mas os imunizantes não são um requisito para participar da Olimpíada.

Alguns países, como Israel, já admitiram que vão mandar competidores vacinados. Com o andamento da vacinação em muitos países, há a possibilidade de delegações inteiras serem vacinadas até a viagem. Os EUA, por exemplo, estão muito adiantados nesse processo. Mesmo os atletas vacinados terão de seguir os protocolos dos demais competidores durante a estadia em Tóquio.

O Japão começou a dar suas primeiras vacinas contra a covid-19 em fevereiro. As autoridades sanitárias reconhecem que, até a Olimpíada, grande parte da população local ainda não estará imunizada.

O Comitê Olímpico Norte-Coreano, por exemplo, informou que não participará dos Jogos de Tóquio. A Coreia do Norte é o primeiro país a anunciar que não enviará atletas ao Japão por causa da pandemia.

No mês passado, o Comitê Olímpico Chinês se ofereceu para colocar à disposição vacinas para todos os atletas que forem a Tóquio, e o COI se comprometeu a cobrir os custos. O COI, inclusive, vai pagar por duas doses extras da vacina que poderão ser dadas para a população de cada país, de acordo com suas necessidades.

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) admitiu surpresa com o anúncio do COI e garante que sua intenção é respeitar o plano nacional de vacinação no País. O governo do Japão já anunciou que não participará do programa de vacinação patrocinado pelo COI.

Além da pandemia, outro desafio do comitê organizador é usar os Jogos para aumentar a representação feminina na sociedade japonesa. O ex-presidente do órgão Yoshiro Mori renunciou ao cargo em fevereiro após dizer que as mulheres falam demais nas reuniões. A nova presidente, Seiko Hashimoto, assumiu com a meta de aumentar a igualdade de gênero na diretoria executiva e usar o órgão como exemplo nacional.

"O mundo está assistindo e o comitê tem de agir rapidamente em relação à igualdade de gênero, diversidade e inclusão, para que isso leve a uma reforma governamental e social. Vejo como uma oportunidade de mudar o preconceito inconsciente e mudar a mentalidade de toda a nação", disse Seiko Hashimoto.

Vagas

O adiamento levantou vários pontos de interrogação com relação à classificação dos atletas. A Olimpíada vai reunir mais de 11 mil competidores de mais de 200 países. O COB estima que a delegação brasileira deverá ter entre 270 e 300 atletas. No momento, o Brasil tem 200 vagas garantidas. Para efeito de comparação, cerca de 600 atletas dos EUA, a maior potência olímpica do planeta, devem se classificar para os Jogos.

Muitas seletivas foram adiadas ou canceladas em meio à pandemia. A classificação de vários atletas permanece indefinida depois que a Federação Internacional de Natação anunciou a suspensão da Copa do Mundo - Pré-Olímpico de Saltos Ornamentais, o Pré-Olímpico de Nado Artístico e a seletiva de maratona aquática Todos os eventos seriam realizados no Japão e tiveram de ser adiados.

Eventos-teste dos Jogos também têm sido cancelados. Uma competição de polo aquático, por exemplo, não foi realizada porque árbitros não foram autorizados a entrar no Japão.

 

Depois de serem adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, os preparativos para os Jogos Olímpicos de Tóquio entram em sua reta final faltando apenas 100 dias para a cerimônia de abertura. Devido à covid-19, os japoneses tiveram de fazer várias mudanças no planejamento inicial para evitar a disseminação da doença. As arenas estão prontas, mas a organização não foi concluída e várias perguntas continuam sem respostas.

Após meses de especulação, os organizadores decidiram em março que apenas os torcedores japoneses ou estrangeiros que moram no país terão permissão para assistir in loco aos eventos olímpicos na tentativa de controlar o novo coronavírus. Ainda não está definida a quantidade de torcedores que poderão acompanhar cada competição. Não é intenção das autoridades ter ginásios lotados. A cerimônia de abertura será no dia 23 de julho.

O governo japonês esperava atrair milhares de turistas durante os Jogos. Mas as autoridades concluíram que receber torcedores do exterior não seria possível, principalmente depois da detecção de variantes mais contagiosas do vírus em muitos países, entre eles o Brasil. Esta é a primeira edição dos Jogos em que é proibida a entrada de visitantes estrangeiros.

Os organizadores terão de reembolsar cerca de 600 mil ingressos vendidos ao público do exterior. Pesquisas apontam que boa parte dos japoneses se opõe à realização dos Jogos neste ano. O temor é de que a Olimpíada possa provocar um agravamento da pandemia. A aceitação ao evento melhorou um pouco depois que foi vetada a entrada de estrangeiros.

Ainda não foi anunciada qual medida será tomada em relação aos familiares dos atletas não japoneses. A tendência, no entanto, é de que eles sejam classificados como torcedores de outros países e, assim, também sejam proibidos de entrar no Japão durante os Jogos.

O COI (Comitê Olímpico Internacional) também decidiu cortar drasticamente o número de credenciais para as comitivas de autoridades convidadas. Assim, as delegações terão de ser enxutas, com menos assessores do que o habitual.

O presidente Jair Bolsonaro foi convidado para participar da cerimônia de abertura, mas, por causa da pandemia, não se sabe ainda se ele estará no Japão em julho.

A questão da vacinação contra a covid-19 é outro ponto que tem gerado controvérsia. O COI está pedindo aos atletas que tomem a vacina contra a covid-19, se possível. Mas os imunizantes não são um requisito para participar da Olimpíada.

Alguns países, como Israel, já admitiram que vão mandar competidores vacinados. Com o andamento da vacinação em muitos países, há a possibilidade de delegações inteiras serem vacinadas até a viagem. Os EUA, por exemplo, estão muito adiantados nesse processo. Mesmo os atletas vacinados terão de seguir os protocolos dos demais competidores durante a estadia em Tóquio.

O Japão começou a dar suas primeiras vacinas contra a covid-19 em fevereiro. As autoridades sanitárias reconhecem que, até a Olimpíada, grande parte da população local ainda não estará imunizada.

O Comitê Olímpico Norte-Coreano, por exemplo, informou que não participará dos Jogos de Tóquio. A Coreia do Norte é o primeiro país a anunciar que não enviará atletas ao Japão por causa da pandemia.

No mês passado, o Comitê Olímpico Chinês se ofereceu para colocar à disposição vacinas para todos os atletas que forem a Tóquio, e o COI se comprometeu a cobrir os custos. O COI, inclusive, vai pagar por duas doses extras da vacina que poderão ser dadas para a população de cada país, de acordo com suas necessidades.

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) admitiu surpresa com o anúncio do COI e garante que sua intenção é respeitar o plano nacional de vacinação no País. O governo do Japão já anunciou que não participará do programa de vacinação patrocinado pelo COI.

Além da pandemia, outro desafio do comitê organizador é usar os Jogos para aumentar a representação feminina na sociedade japonesa. O ex-presidente do órgão Yoshiro Mori renunciou ao cargo em fevereiro após dizer que as mulheres falam demais nas reuniões. A nova presidente, Seiko Hashimoto, assumiu com a meta de aumentar a igualdade de gênero na diretoria executiva e usar o órgão como exemplo nacional.

"O mundo está assistindo e o comitê tem de agir rapidamente em relação à igualdade de gênero, diversidade e inclusão, para que isso leve a uma reforma governamental e social. Vejo como uma oportunidade de mudar o preconceito inconsciente e mudar a mentalidade de toda a nação", disse Seiko Hashimoto.

Vagas
O adiamento levantou vários pontos de interrogação com relação à classificação dos atletas. A Olimpíada vai reunir mais de 11 mil competidores de mais de 200 países. O COB estima que a delegação brasileira deverá ter entre 270 e 300 atletas. No momento, o Brasil tem 200 vagas garantidas. Para efeito de comparação, cerca de 600 atletas dos EUA, a maior potência olímpica do planeta, devem se classificar para os Jogos.

Muitas seletivas foram adiadas ou canceladas em meio à pandemia. A classificação de vários atletas permanece indefinida depois que a Federação Internacional de Natação anunciou a suspensão da Copa do Mundo - Pré-Olímpico de Saltos Ornamentais, o Pré-Olímpico de Nado Artístico e a seletiva de maratona aquática Todos os eventos seriam realizados no Japão e tiveram de ser adiados.

Eventos-teste dos Jogos também têm sido cancelados. Uma competição de polo aquático, por exemplo, não foi realizada porque árbitros não foram autorizados a entrar no Japão.

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Preocupada com os custos gerados pelo adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio anunciou nesta quarta-feira (7) um processo de simplificação e redução da preparação para os dois grandes eventos, que devem gerar uma economia de 30 bilhões de ienes, equivalente a US$ 280 milhões ou cerca de R$ 1,5 bilhão.

Este corte representa cerca de 2% do orçamento oficial do Comitê, estimado em US$ 12,6 bilhões (R$ 70 bilhões). Uma auditoria realizada no ano passado, contudo, mostrou que o custo real dos Jogos de Tóquio seria o dobro do oficial. De acordo com estudo publicado pela Universidade de Oxford, publicado no mês passado, afirma que a Olimpíada de 2021 será a mais cara da história entre os Jogos de verão.

A pandemia do novo coronavírus agravou a situação financeira do Comitê Organizador. Segundo estimativa do Comitê Olímpico Internacional (COI), o adiamento, deste ano para 2021, anunciado em março, deve acrescentar ao menos US$ 800 milhões (R$ 4,4 bilhões) nos custos da organização.

Diante desta preocupação, o Comitê Organizador decidiu estabelecer medidas para reduzir os gastos. Nesta quarta (7), anunciou uma lista de 50 medidas de "simplificação".

De forma geral, a entidade quer reduzir o gasto com imagem e aparência dos locais de competição e também na Vila Olímpica; "otimizar" as operações do revezamento da tocha olímpica; estimular patrocinadores e acionistas a enviar equipes menores a Tóquio; e "otimizar" os planos de equipes do próprio Comitê Organizador.

De acordo com a organização dos Jogos, essas são as bases da redução de custos. Mas serão apenas as primeiras decisões. Mais medidas para economizar devem ser anunciadas nas próximas semanas.

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