O dia em Salvador começou diferente do que os baianos estão acostumados. Não 'sextou' com solzão e praia passou longe de ser um destino pra curtir essa manhã. O cacau caiu pesado nas primeiras horas desta sexta (20).

Antes das 7h, alagamentos e quedas de árvores já haviam sido registrados na capital baiana. Por volta das 5h30, uma árvore caiu na avenida Joana Angélica, na região do bairro de Nazaré, e interditou parte da via. Uma equipe da Transalvador precisou ir até o local e a remoção foi feita por volta das 6h30.

Com a queda da árvore, alguns fios foram atingidos e interromperam o fornecimento de energia elétrica da região. Uma equipe da Coelba foi encaminhada até o local.

Motoristas relataram alagamentos no bairro de Santa Cruz, Nova Esperança, Castelo Branco e também na avenida ACM sentido avenida Tancredo Neves. Um buraco se abriu na em uma via marginal da avenida ACM, em frente ao Hospital Teresa de Lisieux.

Até as 9h desta sexta, a Defesa Civil de Salvador registrou três alagamentos de imóvel, cinco ameaças de desabamento, três de deslizamento e cinco deslizamentos de terra.

A previsão do tempo para Salvador na primeira semana de novembro, que se inicia no domingo (01/11), é do avanço de uma frente fria vinda da região Sudeste que favorecerá a formação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), podendo ocasionar chuvas intensas e acumulados expressivos na Bahia.

O alerta climatológico é do Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Salvador (Cemadec), a partir da análise de modelos de previsão do tempo.

De acordo com o meteorologista da Codesal/Cemadec, Giuliano Carlos do Nascimento, "em Salvador, essas chuvas serão intensas com acumulados expressivos, a partir da segunda-feira (02/11), ocasionado risco para alagamentos e deslizamentos de terra.

A tendência é de que, na sexta-feira (06/11), essa ZCAS comece a enfraquecer, reduzindo as chuvas na capital baiana.

O ZCAS é uma formação de nuvens, observável nas imagens de satélite, orientada de noroeste para sudeste, que se estende desde a Amazônia até o sudeste do Brasil e, frequentemente, também atinge parte do Oceano Atlântico subtropical.

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