O governador Rui Costa afirmou nesta quinta-feira (31) que vai aceitar qualquer ajuda oferecida por governos de outros países às cidades atingidas pelas chuvas na Bahia, mesmo com a recusa do governo federal. A declaração foi dada após um apoio oferecido pela Argentina ser recusada pelo governo de Jair Bolsonaro.

"A Argentina ofereceu ajuda humanitária às cidades afetadas pelas chuvas na Bahia, apesar da negativa do Governo Federal. Me dirijo a todos os países do mundo: a Bahia aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda neste momento", escreveu Rui nas redes sociais.

Ele continuou: "Os baianos e brasileiros que moram aqui no estado precisam de todo tipo de ajuda. Estamos trabalhando muito, incansavelmente, para reconstruir as cidades e as casas destruídas, mas a soma de esforços acelera este processo, portanto é muito bem-vinda qualquer ajuda neste momento".

O presidente Jair Bolsonaro comentou mais cedo que o "fraterno oferecimento argentino" não é necessário no momento, porque as Forças Armadas e a Defesa Civil já prestavam o tipo de assistência oferecido à população afetada.

Bolsonaro disse ainda que "o governo brasileiro está aberto a ajuda e doações internacionais" e disse que o Itamaraty aceitou doações da Agência de Cooperação do Japão (JICA) de barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água.

A Argentina pretendia enviar profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para ajudar os moradores baianos, mas o Ministério das Relações Exteriores negou o apoio.

As chuvas na Bahia deixaram pelo menos 24 mortos até agora.

 

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O prefeito Bruno Reis falou nesta quarta-feira (10) sobre a realização do Carnaval, assunto que voltou a centralizar os debates após uma recomendação da Câmara para que uma decisão seja tomada até a semana que vem. Hoje, Bruno disse que o assunto deve ser decidido pela prefeitura em parceria com o governo do Estado, sem pressões, levando em conta todos os fatores envolvidos. A reunião dele com o governador Rui Costa para tratar do tema ainda não tem data marcada.

Ele reconheceu que uma festa da proporção do Carnaval de Salvador ainda não aconteceu em nenhum lugar do mundo desde o início da pandemia. "É uma decisão que não é fácil. Salvador, diferente de outras cidades do Brasil e do mundo, tem no seu Carnaval a maior festa de rua, que nenhum outro local tem, nessa dimensão. Não há nenhum exemplo prático de um evento dessa natureza que possa servir como base", disse.

"A prefeitura sozinha não tem condições de realizar o Carnaval, por mais que seja o principal executor. Mas não há como se falar do Carnaval sem a participação do governo do Estado. Vamos ter conversa, eu e governador, sem pressão dos setores, sem agonia dos envolvidos", acrescentou.

Bruno destacou que entende que as pessoas que trabalham e dependem do Carnaval precisam logo dessa definição. "Compreendemos a angústia das pessoas que já estão quase 2 anos sem trabalhar, muitas desesperadas, que dependem dessa renda para sobreviver e garantir o sustento. Mas como sempre colocando a vida em primeiro lugar e com a responsabilidade que essa decisão exige. Eu e o governador iremos sentar e analisar todo cenário e tomar a melhor decisão, pensando na vida das pessoas e compreendendo a importância do Carnaval para toda economia da nossa cidade", acrescentou.

Apesar de não haver uma data marcada para a conversa, ela deve acontecer em novembro, que é visto como o mês-chave para a definição. "O que digo: Carnaval a prefeitura tem expertise, pode organizar a festa em 30 dias. Mas os diversos atores que participam do Carnaval, não. Eles colocam que se não houver essa decisão no mês de novembro, eles não têm como participar do Carnaval. Fatalmente dentro desse prazos vamos estar conversando para tomar uma decisão, a mais acertada", disse.

Bruno classificou de "natural" a tentativa de uma comissão da Câmara de Vereadores de conseguir uma resposta sobre o tema, afirmando que o local recebe demandas de vários setores envolvidos. "A Câmara está vendo a angústia dessas pessoas e naturalmente têm dito claramente que para poder ter tempo para produzir e comercializar seus produtos, essa decisão precisa sair o quanto antes. E cabe tanto à prefeitura e governo avaliar todos os fatores, mas levando em consideração que estamos na pandemia, fizemos esforço grande para chegar até aqui. Sempre colocamos a vida em primeiro lugar. Investimos muito para evitar um colapso na cidade, para avançar na vacinação", ressaltou.

Ele finalizou repetindo que é uma decisão que tem que ser tomada em conjunto. "O que tenho defendido é que vamos ter que estabelecer critérios, e se for possível cumprir esses critérios, realizar o Carnaval".

No último compromisso na República Tcheca, na manhã desta segunda-feira (25), o governador Rui Costa iniciou tratativas para uma parceria científica com a Universidade Técnica Tcheca em Praga, a mais antiga do país europeu, fundada em 1707 e referência no desenvolvimento de tecnologias de robótica e inteligência artificial.

Com mais de 19 mil estudantes e 500 professores doutores, a instituição possui cinco institutos que desenvolvem pesquisa aplicada em automação para diversos campos do conhecimento, como engenharias civil, elétrica e mecânica, física nuclear, sistemas de transporte, biomedicina e tecnologia da informação.

"Temos interesse especial no conhecimento que eles desenvolvem aqui para a aplicação na automação e medicina, com diagnóstico à distância, por exemplo. Eles também podem contribuir para enriquecer a formação de professores e estudantes de nossas universidades estaduais", disse o governador.

No encontro, ficou acertado que a equipe técnica baiana que visitará a República Tcheca em novembro, para iniciar a parceria com o Instituto de Oncologia Masarykuv, irá à Universidade Técnica Tcheca com o mesmo objetivo.

O diretor da universidade, o professor Phd Ondrej Velek, afirmou que a instituição está aberta aos brasileiros e baianos e espera que muito em breve todo o potencial desta parceria se concretize. "São muito grandes as possibilidades. Trocar conhecimento científico enriquece a todos nós, tanto aqui na República Tcheca, quanto lá na Bahia", finalizou.

Além das parcerias científicas com a universidade e o Instituto de Oncologia, Rui iniciou na passagem pela República Tcheca o processo de atração de dois investimentos na área industrial. Um com o principal fabricante de camas hospitalares da Europa, a Linet, e outro com uma fábrica de caminhões, a Tatra Trucks. Ambos estudam instalar unidades produtivas na Bahia. Foram três dias de intensas atividades neste que foi o último país europeu visitado na missão internacional iniciada no dia 18, em Berlim, na Alemanha.

O governador já passou também pelo Cazaquistão e, nesta segunda-feira (25), retorna à Ásia, onde se reunirá com representantes de fundos de investimentos de Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

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Começa nesta sexta-feira (1º) a Campanha Nacional de Multivacinação, que disponibilizará, em 45 mil postos em todas as 27 unidades federativas e seus respectivos municípios, 18 tipos de vacinas que protegem crianças e adolescentes de doenças como poliomielite, sarampo, catapora e caxumba.

A campanha foi lançada oficialmente ontem (30) pelo Ministério da Saúde e vai durar até o dia 29 de outubro. O público-alvo é formado de crianças e adolescentes até 15 anos.

Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) oferte imunizantes contra todas essas enfermidades, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, alertou para a queda da cobertura vacinal nos últimos anos. “Percebemos que desde 2015 a cobertura vacinal no Brasil vem diminuindo - reflexo do próprio processo pandêmico nos últimos dois anos. Precisamos melhorar esta cobertura. Ampliar a cobertura vacinal e proteger a população é uma prioridade do governo federal. Manter a vacinação em dia é também um dever dos pais e responsáveis. Leve seu filho, sua criança e adolescente”, pediu o secretário.

O Brasil, que registrava índices de vacinação acima de 90% por décadas, viu esse patamar se reduzir nos últimos anos, baixando para cerca de 60% de cobertura vacinal, levando preocupação às autoridades sanitárias. Doenças que eram consideradas erradicadas no país, como sarampo, por exemplo, voltaram a registrar casos, o que tirou do Brasil a condição de país livre do sarampo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em parte, a baixa cobertura, segundo autoridades do Ministério da Saúde, é explicado pela disseminação de notícias falsas (fake news) e pela atuação de grupos antivacinas.

Entre as vacinas que estarão disponíveis nos postos durante campanha estão: BCG, Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba), Tetraviral (Sarampo, rubéola, caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).

Estarão disponíveis para atualização da caderneta de adolescentes as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada).

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O governador Rui Costa nomeou Nelson Pelegrino para cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM). O documento com a nomeação, assinado por Rui ontem, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (16), um dia depois da aprovação do nome de Pelegrino pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Deputado federal licenciado, Pelegrino vai deixar também o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) por conta da nomeação. A exoneração do Poder Executivo também está publicada no Diário de hoje.

O governador Rui Costa designou Ananda Lage, atual Chefe de Gabinete da Sedur, para cumulativamente assumir a secretaria até então sob comando de Pelegrino.

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A volta às aulas em regime pleno pode acontecer a partir de outubro, se os indicativos da covid-19 continuarem em queda no estado, afirmou nesta terça-feira (14) o governador Rui Costa.

"Se a gente continuar caindo como está hoje, números caindo, se continuar, em outubro a gente pretende voltar com as aulas normais", afirmou Rui.

Ele destacou a importância das aulas para os jovens baianos. "Precisamos recuperar nossa juventude e o retorno às aulas é passo nessa direção. Vamos monitorar, se ao longo de setembro os números continuarem em queda, vamos fazer o retorno pleno já em outubro. Até porque já estaremos com jovens de 15, 16 anos, em outubro já com a primeira dose", acrescentou.

As aulas na rede estadual de ensino voltaram no final de julho, inicialmente com movimento tímido, depois de conflitos entre governo do estado e representantes de professores. O ensino voltou na modalidade semipresencial.

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O governador Rui Costa disse nesta segunda-feira (13) que vai exigir comprovação da segunda dose da vacina contra covid-19 para permitir entrada das pessoas em estádios e espaços públicos como academias. "Nós vamos exigir o chamado passaporte da vacina para acesso a locais públicos. Esta medida não foi tomada ainda porque quem tem menos de 40 anos ainda não tomou a segunda dose. Queremos acelerar a vacinação para que as flexibilizações sejam feitas, mas com o devido cuidado", escreveu ele no Twitter.

"Não estamos exigindo agora, pois ainda tem 35% das pessoas com a segunda dose. Mas vamos analisar nas próximas semanas, com o avanço da vacinação. Com 35% de imunização completa não dá para pensar retorno de público aos estádios sem chegar a 50%", avaliou, durante entrevista à Rádio Metrópole.

Falando do retorno dos eventos à Bahia, agora com liberação para até mil pessoas, Rui foi questionado sobre a possibilidade de realização do Carnaval em 2022. Ele preferiu não falar categoricamente sobre o tema para evitar confusões. "Se você disser que tem condição de ter festa grande, as pessoas podem achar que já não precisa tomar vacina, 2ª dose, 3ª dose, não precisa usar máscara. Fica a sensação que o vírus já foi embora, o que nem de longe é verdade". Ele disse que o assunto será tratado "no momento adequado".

Rui falou também que na quarta (15) vai liberar os leitos da Arena Fonte Nova e, com isso, a atividade esportiva poderá voltar ao local. "A partir da próxima semana, se quiserem, Bahia e Vitória podem mandar seus jogos na Fonte Nova", disse. Em outras cidades do interior, os leitos covid estão sendo devolvidos para os usos de origem, com o momento de maior controle da pandemia.

Outro tema discutido foi a obra da ponte Salvador-Itaparica. A previsão é de que dure quatro anos. "A ponte com fé em Deus sai. Nesse momento eles estão fazendo a sondagem. Cada pilar da ponte requer que se faça um furo e encontrar a rocha mais sólida para sustentar o pilar. Pela norma internacional, a cada pilar se faz uma sondagem e está sendo feito. A obra vai levar quatro anos e espero que possamos iniciar ainda este ano o canteiro de obras e a fundação para que daqui a quatro anos a gente possa ver a ponte funcionando", disse.

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A reabertura das escolas da rede estadual entrou em contagem regressiva. Nesta quinta-feira (22), o governador Rui Costa afirmou que está mantida a decisão de retomar as aulas em 26 de julho, ou seja, na próxima segunda-feira. Mas o assunto ainda é motivo de debate entre professores, pais e estudantes. Alguns prefeitos afirmam que a rede municipal não tem condições de reabrir.

Nesta quinta, o governador entregou 43 novos ônibus escolares para municípios de diversas regiões do estado. Os prefeitos foram pessoalmente buscar as chaves no estacionamento do prédio da Secretaria da Educação (SEC), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Durante o evento, Rui Costa comentou sobre a retomada das atividades escolares.

“Os estudantes de famílias mais pobres economicamente são os que mais precisam da educação presencial, porque são os que tem mais fragilidade para acompanhar os estudos remotos, pela infraestrutura da casa, pela ausência de internet, computador e, muitas vezes, de celular ou smartphone que permita ao aluno acompanhar as aulas”, afirmou.

Desde que o governo marcou a data para reabertura das escolas os professores veem afirmando que não vão cumprir a determinação até que todos tenham recebido a segunda dose. O governador rebateu.

“Todos os trabalhadores brasileiros estão trabalhando desde o início da pandemia e o segmento dos professores foi o único que teve uma condição ímpar, uma condição singular, de voltar a trabalhar somente depois de 100% da categoria ter tomado a 1ª dose e mais de 80% ter tomado a 2ª dose. Esse era o desejo de todos os trabalhadores brasileiros, de só voltar depois da 1ª dose, e isso foi dado aos professores. Agora, é hora de os professores devolverem com muito carinho esse cuidado”, disse.

O governador afirmou que a ordem é para retomar as atividades e que quem não comparecer terá que responder. “As consequências são as mesmas de quem falta trabalho [em empresa privada]. Quem falta, sem justificativa, é porque não está precisando do trabalho”, afirmou.

Em resposta, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) reiterou que tomará todas as medidas possíveis para que isso não se concretize e que o dado quanto ao avanço da vacinação da categoria é enganoso. "Isso é chute. Além disso, somente a primeira dose não imuniza ninguém", disse o presidente da APLB-BA, Rui Oliveira. Ele ainda afirmou a falta de diálogo entre o governador e a categoria e disse que, a depender dos professores, não haverá aula alguma.

"Nós queremos diálogo. Fizemos um documentos, entregamos à governadoria e estamos aguardando resposta até, pelo menos, amanhã. Se não tiver diálogo, estará parada a rede toda", disse.

Rui Oliveira ainda afirmou que houve uma pesquisa em toda a rede estadual de ensino, na qual 30 mil professores foram ouvidos. Cerca de 23 mil profissionais não pretendem voltar às aulas, de acordo com ele. "Não vamos dizer exatamente o quê, mas usaremos todos os mecanismos possíveis para evitar a volta às aulas, incluindo judicial e político".

Na segunda, serão retomadas as aulas para os estudantes do ensino médio, ensino profissionalizante, e Ensino de Jovens e Adultos (EJA). No dia 9 de agosto será a vez dos alunos do ensino fundamental II.

Para o restante da comunidade escolar o momento é de indecisão. Pais e estudantes disseram que vão retornar aos poucos para a sala de aula, mas que podem votar atrás dependendo do cenário. Larissa Mota, 16 anos, está ansiosa para concluir o ensino médio e disse que vai comparecer à escola na próxima semana, mas fez uma ressalva.

“Se não houve medidas de segurança, como distanciamento e o uso de máscara, s estiver todo mundo aglomerado, eu não vou voltar. Então, vou na próxima semana para ver como as coisas vão ficar e, então, decido o que fazer”, disse.

Infraestrutura
Na rede municipal a volta às aulas presenciais vai demorar mais. Uma pesquisa divulgada pela União dos Municípios da Bahia (UPB) apontou que 54% das 417 cidades que compõe o estado não realizaram licitação, ou ainda estão em processo, para contratação de transporte escolar, procedimento que dura em média de 30 a 40 dias. O governo prometeu liberar verba até o dia 31 de julho.

Em Euclides da Cunha, no norte da Bahia, aulas presenciais apenas em outubro. O prefeito Luciano Pinheiro (PDT) contou que está discutindo o assunto com a comunidade estudantil e relatou as dificuldades.

“O momento ainda não é para retomada das aulas, é preciso um pouco mais de cautela. Os municípios hoje sofrem com a crise econômica, o combustível está elevadíssimo. A maioria dos municípios ainda não fiz licitação do transporte escolar, então, é preciso dá um tempo para as prefeituras se organizarem melhor”, disse.

Por lá, a licitação para contratação da empresa que vai operar o transporte escolar será publicada na próxima semana. Depois, é preciso aguardar os trâmites legais até que os 11 mil alunos da rede municipal possam retornar para a sala de aula. O prefeito acredita que os 3,5 mil estudantes da rede estadual também não vão conseguir retornar antes disso.

A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com o apoio do Itaú Social e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), também fez uma pesquisa sobre a retomada das atividades escolares, mas de abrangência nacional.

A Pesquisa ouviu 3.355 redes, que representam 60,2% do total de municípios do país, e que juntas respondem por mais de 13 milhões de estudantes da educação básica pública brasileira. Os dados revelaram que 87% das cidades começaram o ano letivo de 2021 até o mês de março, mas que 84% fez isso apenas de forma remota.

Além disso, 56% deles disseram que não vão seguir o calendário estadual de ensino, apesar de 95% ter afirmado que já começou a imunizar os profissionais de educação. NO total, 97% está em fase de construção ou já concluiu protocolos de segurança para a volta às aulas e 70% disse que fará busca ativa para trazer os estudantes de volta à escola.

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A Secretaria da Educação do Estado (SEC) publicou, no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (20), a portaria que estabelece orientações gerais e dispõe sobre o retorno híbrido das atividades letivas, na rede estadual de ensino. A portaria institui a segunda fase do ano letivo de forma híbrida, a partir da próxima segunda-feira (26); recomenda a observância de protocolos de biossegurança para o enfrentamento da pandemia da Covid-19; e estabelece a volta para as escolas de forma escalonada.

De acordo com a portaria, neste primeiro momento, no dia 26 de julho, só devem ir para as aulas semipresenciais na escola apenas os alunos do Ensino Médio das diferentes ofertas e modalidades. Para as demais etapas, incluindo o Fundamental nas suas diferentes modalidades e ofertas, o início das aulas sempresenciais será no dia 9 de agosto e, até esta data, esses alunos continuam com as atividades do ensino remoto.

Para todas as situações, a realização das atividades letivas fica condicionada à ocupação máxima de 50% da capacidade de cada sala de aula e à observância aos protocolos sanitários. Cada turma de estudantes será dividida em duas, sendo uma turma formada por alunos cujo nome próprio seja iniciado por letra constante do grupo de letras de “A” a “I” e a outra turma formada por alunos cujo nome próprio seja iniciado por letra constante do grupo de letras de “J” a “Z”. A unidade escolar poderá fazer o ajuste relacionado a esta escala conforme a realidade de cada turma e em função de outro critério que a unidade escolar considere relevante.

A unidade escolar implementará a mesma organização de aulas programadas para as rotinas regulares, de modo que, a cada dia, metade da quantidade de alunos de uma turma participará das atividades de maneira presencial e a outra metade desenvolverá atividades de maneira não presencial, em sistema de alternância diária e com igual carga horária.

Quanto à alternância, ela ocorrerá entre os dias da semana e entre as semanas. Assim, na semana 1, metade da turma irá na segunda, quarta e sexta e a outra metade, terça, quinta e sábado. Na semana 2, os dias serão invertidos e quem foi na segunda, quarta e sexta-feira irá na terça, quinta e sábado, e o contrário. Essa alternância assegura que todos os estudantes tenham aulas presenciais de todos os componentes curriculares.

Caberá a cada Núcleo Territorial de Educação (NTE) validar a escala do retorno híbrido definida por cada unidade escolar, bem como efetuar o devido e respectivo acompanhamento. A escala do retorno híbrido deverá ser rigorosamente efetivada por cada unidade escolar, a fim de que nenhum aluno seja desassistido, respeitando-se o revezamento, sendo de absoluta importância o controle interno da frequência do aluno.

A alternância das atividades é exclusiva dos estudantes. Os professores lecionarão nas turmas e nos horários definidos na programação e não modificarão os citados horários, exceto em função da inclusão dos sábados letivos, quando haverá atividades presenciais e remotas, conforme a escala do retorno híbrido descrita na portaria.

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Mesmo com a ameaça de corte no salário dos professores que não ministrarem as aulas semipresenciais a partir do dia 26 de julho, os professores mantêm a versão de que não retornam até que a categoria tome a segunda dose da vacina, o que só deve acontecer em agosto. A declaração foi dada pelo professor Rui Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).

“Desde o ano passado, a determinação é essa. Nós só vamos voltar vacinados. E para a vacina funcionar, tem que ter as duas doses”, disse Oliveira, que considera uma posição autoritária do Governo do Estado a determinação do corte de salários.

“Nós estamos lutando pelo diálogo. Temos uma posição muito clara de que só voltaremos com a segunda dose. Todo mundo vai tá vacinado dentro de um mês e é inadmissível essa volta às pressas. Para um governo que se diz democrático, é um embate político sem sentido”, reclama.

Por outro lado, o governador Rui Costa criticou a posição do sindicato e reafirmou que as aulas voltam no dia 26. “Nós servidores temos a obrigação de servir a sociedade. Se nós temos a remuneração, temos a obrigação de servir. Sem polemizar, as aulas voltarão no dia 26 e não é possível que cada trabalhador diga qual o mês que quer trabalhar. A sociedade não aceita isso. Se os motoristas de ônibus dissessem que só querem trabalhar em agosto de 2021, como o país estaria? Isso não é racional e acho esquisito que alguém tenha coragem de abrir a boca para falar um negócio desse”, criticou.

A declaração foi dada durante a apresentação da 1ª turma do Curso de Formação de Tenentes Auxiliares da PM, na Vila Militar dos Dendezeiros, em Salvador. "Se as pessoas não tivessem recebendo salário há um ano e quatro meses, tudo bem. Mas as pessoas em casa, no shopping ou em qualquer outro lugar, só não podem ir para a escola dar aula? Não é razoável", disse Costa.

Já o presidente da APLB comentou sobre outros problemas relacionados com o retorno das aulas, como a infraestrutura das escolas estaduais. “Tem unidades na zona rural que nem banheiro tem”, lamenta. Para o sindicalista, é importante que o Ministério Público faça um trabalho de fiscalização. “Nós não somos fiscais do governo e pedimos que o MP verifique as condições de biossegurança onde os professores vão trabalhar”, diz.

Para lidar com toda essa situação, a categoria vai ter uma reunião nessa sexta-feira (16), às 10h, que será transmitida na página do Facebook da APLB. A possibilidade de greve não está descartada. “Tudo é possível. Não vou me precipitar para dizer greve, pois depende dessa reunião, que vai com certeza reforçar que só voltamos com a segunda dose”, apontou Oliveira.

Governador justificou melhora nas condições epidemiológicas para volta às aulas
As aulas semipresenciais na rede estadual de ensino voltarão no dia 26 de julho, como anunciou governador da Bahia, Rui Costa, em live realizada pela sua rede social, na noite de terça-feira (13). Segundo o governador, as condições epidemiológicas da covid-19 melhoraram no estado, o que o levou a tomar essa decisão. A taxa de ocupação de leitos das Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) está em 62%, menor taxa desde março. Ele também citou uma redução na média móvel de casos ativos.

"A média móvel de casos tinha dado uma subida, mas voltou a inclinar para baixo. Isso foi efeito do São João, mas os números já baixam novamente e continuam caindo. Esperamos que as pessoas continuem usando máscara para o número continuar caindo, se Deus quiser", explicou Costa

As aulas retomaram no dia 15 de março, no modelo 100% remoto. A partir do próximo dia 26, serão híbridas. "Isso significa que serão em dias alternados, a turma será dividida em duas, metade irá segunda, quarta e sexta e a outra terça, quinta e sábado, por ordem alfabética, mas vamos dar a liberdade para que cada escola faça seu ajuste", esclarece.

Para o retorno híbrido, o governador disse que haverá distanciamento de, pelo menos, uma carteira entre alunos na sala de aula, obrigatoriedade do uso da máscara e uso de álcool 70%. O transporte escolar, que conduz 30% dos alunos da rede, não poderá ultrapassar 70% da ocupação.

Ainda haverá ampliação da carga horária dos professores de 20 para 40 horas semanais. Além disso, novos docentes serão contratados pelo Reda 2019 e os educadores aprovados no concurso público de 2017 serão convocados.

A carga horária das aulas é de 6h40 por dia. Ao todo, o calendário letivo, que dura até o dia 29 de dezembro, terá 1.500 horas de carga horária, sendo 700 horas do ano de 2020 e 800 horas do ano de 2021. Ou seja, serão dois anos letivos (2020 e 2021) dentro de um ano civil.

PROTOCOLO SANITÁRIO

Os protocolos a serem seguidos na rede estadual são muitos e divididos por setor. Os principais são:

Sala de aula - Cada turma será dividida em duas, e frequentará de forma escalonada, com mesma carga horária; janelas abertas e, se houver ar-condicionado, não pode ser mantido no modo recirculação de ar
Estudantes do turno noturno - podem optar por assistir às aulas do sábado no turno vespertino. Há possibilidade de realizar as atividades de forma não presencial
Áreas comuns - distanciamento mínimo de 1,5 metro, disponibilização de álcool em gel ou álcool 70% e higienização diária das áreas comuns
Elevadores - usados com 30% de capacidade e exclusivo para deslocamento de materiais e produtos, e para alunos e funcionários com dificuldades de locomoção
Entrada - trabalhadores, prestadores de serviço e estudantes devem higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%; todos terão a temperatura aferida e aqueles com resultado igual ou superior a 37,5°C devem ser direcionados para acompanhamento de saúde adequado
Grupo de risco - funcionários e alunos do grupo de risco da covid-19 devem avaliar outras formas de retorno enquanto durar a pandemia
Uso de máscara - obrigatório para todos, exceto para alunos da Educação Infantil, de 0 a cinco anos, e os portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Fluxo – de entrada, saída e intervalos de forma escalonada para manter o distanciamento mínimo
Transporte escolar - janelas abertas, higienização no princípio e ao final do dia, distanciamento e as máscaras obrigatórios; capacidade até 70%
Banheiros - número máximo de pessoas que poderão acessar ao mesmo tempo deverá levar em consideração o distanciamento mínimo de 1,5 metros. Os basculantes e janelas devem ficar abertos.
Bebedouros - não serão interditados, mas o uso coletivo deles deve ser evitado. Cada aluno deve levar sua garrafa de água ou copo descartável
Refeitório - cada estudante deve usar talheres, pratos e copos individuais e próprios. Eles não podem ser compartilhados e só é permitida a disponibilização de temperos, molhos, condimentos e similares de forma individualizada, em sachês e apenas no momento de cada refeição
Bibliotecas - elas devem ser sejam utilizadas por turnos e em horários diferenciados por cada turma, preservando-se sempre o distanciamento mínimo de 1,5 metro
Esporte - optar sempre que possível por atividades ao ar livre. Não é recomendado o uso de máscaras durante atividade física aeróbica, à excepção dos professores. As atividades e esportes de maior contato físico, como lutas marciais, deverão ser evitados.
Eventos - festas de aniversário ou celebração de formatura são proibidos
Contato com os pais - e-mail, WhatsApp, telefone ou presencial, com agendamento prévio

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