O Jornal da Cidade

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Uma plenária de bancários da Bahia e de Sergipe, realizada nesta segunda-feira (31), com a participação de mais de 650 bancários, aprovou indicativo de greve de 24 horas para o dia 8 de junho. A intenção da categoria é chamar atenção para o pedido de inclusão dos trabalhadores no PNI (Plano Nacional de Imunização).

Agora, os sindicatos devem realizar assembleias virtuais para deliberar sobre a proposta. Os bancários baianos se reúnem nesta sexta-feira (4), de 8h às 18h, pelo site e App Bancários Bahia.

Além disso, os trabalhadores farão uma carreata, neste sábado (05). O ato chamado "Bancários pela Vacina", sairá do Vale do Canela, em Salvador, às 9h.

De acordo com o Sindicato baiano, já foram enviados documentos ao Ministério da Saúde, além de reuniões com as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, e atos e protestos para cobrar celeridade na vacinação.

O Governo da Bahia anunciou no final da noite desta segunda-feira (31) a prorrogação do toque de recolher das 21h às 5h, até 8 de junho. Nos municípios localizados nas regiões da Chapada Diamantina, Oeste, Irecê, Jacobina, Sudoeste e Extremo-Sul, o toque de recolher vale das 20h às 5h. A prorrogação será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de terça-feira (1º).

Segundo informações do governo, os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, bares e congêneres, localizados nessas seis regiões, deverão encerrar o atendimento presencial às 19h, permitidos os serviços de entrega em domicílio (delivery) de alimentação até as 24h.

Nas cidades integrantes das regiões de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI vier a se manter igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos, a restrição na locomoção noturna será válida das 22h às 5h.

O governo informou que segue proibida, em todo o território baiano, a venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery), no período das 18h de 4 de junho até as 5h de 7 de junho.

A comercialização de bebida alcoólica no fim de semana será liberada somente em municípios integrantes de regiões de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI vier a se manter igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos.

A circulação dos ferry boats será suspensa das 22h30 às 5h, no período de 1º de junho a 8 de junho, ficando vedado o funcionamento nos dias 5 e 6 de junho. As lanchinhas não devem circular das 22h30 às 5h, até 8 de junho, limitada a ocupação ao máximo de 50% da capacidade da embarcação nos dias 5 e 6 de junho.

De 4 de junho a 6 de junho, a circulação dos meios de transporte metropolitanos será suspensa das 20h30 às 5h. Também de 4 de junho a 6 de junho, os ferry boats e as lanchinhas não devem circular das 20h30 às 5h.

Região Metropolitana de Salvador
Em Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz, a restrição de locomoção noturna ocorrerá das 20h às 5h, entre os dias 3 e 7 de junho.

Entretanto, segundo o governo da Bahia, no dias 1º e 2 de junho, o toque de recolher será das 22h às 5h.

Ainda nesses municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS), a venda de bebida alcoólica fica proibida em quaisquer estabelecimentos, inclusive por delivery, das 20h de 4 de junho até as 5h de 7 de junho.

Aulas
O governo relembrou que as unidades de ensino públicas e particulares podem manter as atividades de forma semipresencial. Para que isso ocorra, é necessário que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid esteja abaixo de 75%, por cinco dias consecutivos, nas regiões de saúde.

Além disso, as atividades letivas devem ficar condicionadas à ocupação máxima de 50% da capacidade de cada sala de aula e ao atendimento dos protocolos sanitários estabelecidos.

Eventos e shows
Os eventos e atividades que envolvam aglomeração de pessoas continuam proibidos até 8 de junho, em todo o território baiano, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados.

Segue suspensa ainda, até 8 de junho, a realização de shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, além de atividades esportivas amadoras em todos os municípios baianos.

Os eventos exclusivamente científicos e profissionais podem ocorrer com público limitado a 50 pessoas. Já os atos religiosos litúrgicos ficam permitidos mediante a ocupação máxima de 25% da capacidade do local.

O funcionamento das academias também permanece autorizado mediante a ocupação máxima de 50%.

A Bahia registrou 81 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta segunda (31).

Por conta de uma falha no sistema de leitura e processamento das bases de dados da Covid-19, dos governos federal, estadual e municipais identificada pela Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) neste domingo (30), não foi possível consolidar os dados das últimas 24 horas e, consequentemente, ter as informações comparativas com as 24 horas anteriores. Segundo a Sesab, nesta terça-feira (01), todos os dados voltarão a ser divulgados.

O total de mortes por covid-19 na Bahia é de 21.241. A taxa de letalidade da doença no estado é de 2,10%. Apesar das 81 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta segunda. Todas ocorreram em 2021, sendo 70 no mês de maio.

Dos 1.012.200 casos confirmados desde o início da pandemia, 975.260 já são considerados recuperados, 15.699 encontram-se ativos. Na Bahia, 49.146 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Situação da regulação de Covid-19
Às 12h desta segunda-feira, 183 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 103 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Mãe do médico Andrade Lopes Santana, 32 anos, Dometila Lopes, 56 anos, disse que perdoa Geraldo Freitas Junior, principal suspeito pela morte do filho, assassinado por quem dizia ser seu amigo, na Bahia. O corpo de Andrade foi achado na sexta (28) amarrado a uma âncora no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos. Ele foi sepultado na manhã de sábado em Araci, cidade baiana onde morava e trabalhava.

“Não existe outro caminho a não ser perdoar. O que é que eu vou fazer? Se Deus colocou no meu coração para perdoar, eu vou perdoar. O que ele coloca, ninguém tira. Vou fazer o quê? Sei que lá do lado de Jesus, meu filho diria: - perdoa, mãe. Não sinto ódio. Só que não é porque eu perdoei, que ele não vai pagar pelos atos que fez, seja lá o que aconteceu, o que ele for dizer sobre o porquê que fez, não justifica tirar a vida de alguém, principalmente, do meu filho", afirmou.

Nesse domingo (30), Dometila participou de uma missa. Ela disse ainda que acredita no trabalho da justiça para que Geraldo seja punido.

“Me perdoem se eu estou perdoando ele. Mas é a Justiça que deve puni-lo. Ele não vai sair tão cedo da cadeia. O único caminho é perdoar, se quer ir para o céu. O errado é querer fazer justiça pelas próprias mãos. Ele tem que ficar vivo para poder sentir a dor por ter tirado a vida de um filho que era doido para ser pai, que queria casar. Tirou essa chance do meu filho de prosseguir, de viver mais 30, 40, 50 anos, de estar aqui hoje entre nós”.

Andrade recebeu ainda uma homenagem na sua terra natal, na tarde desse domingo (30). Nascido na cidade de Brasiléia, no Acre, o médico foi lembrado às 16h (horário local) por amigos e parentes que se reuniram na Praça da Ponte, convocados a vestirem roupa branca e máscaras, para fazer um tributo ao rapaz.

"Eu estou muito feliz em ver o carinho que o povo tinha pelo meu filho e reconhecendo quem ele era. Era um menino muito alegre, prestativo e se ele tivesse vivo e se acontecesse algo com algum dos colegas, ele que estaria fazendo isso. Eu acho que o povo está reconhecendo e isso me conforta. Eu vou ficar em paz e espero a justiça na Terra. A gente não paga justiça com injustiça".

Graduado em uma faculdade privada da Bolívia, país vizinho ao seu estado natal, Andrade se formou e logo foi indicado por um amigo para trabalhar na Bahia, onde veio morar há cinco anos.

Uma tia dele contou que, nesse domingo, parte da família que veio à Bahia resolver as questões burocráticas ainda estava retornando para o Acre. A mãe, Dometila, e a irmã dele permanecem aqui no estado para tratar de questões restantes sobre os bens do médico.

Andrade foi aluno da Universidade Técnica Privada Cosmos (Unitepc), na cidade boliviana de Cochabamba, a quarta maior do país. A mãe se esforçou para pagar a mensalidade sem que ele precisasse trabalhar na Bolívia para se manter. A família ainda não sabe se o suspeito do crime, o suposto amigo Geraldo Freitas de Carvalho Junior, 32, estudou com ele na Unitepc. Até então, acredita-se que eles formaram amizade em Feira de Santana.

Ainda segundo a tia, o médico era muito querido e sempre fazia questão de estar presente nas festinhas e encontros de família. Mesmo já adulto, se manteve brincalhão. A tia disse que, em sua memória, ficam as histórias de infância de Andrade na sua casa de férias. Ela lembra que ele foi uma “criança danada”, que gostava de perturbar primos e primas mais novos.

"Se fosse brincar de amigo secreto, ele colocava aranha dentro da caixa de fósforo para assustar todo mundo. Quando chegava na hora de dormir, ele dormia na cama de cima, que era para as primas não se vingarem dele. A gente lembra muito de uma história de quando ele pegou o carro da tia e levou as primas mais novas para brincarem no rio e atolaram o carro na estrada de lama. Ele amava brincar”, recorda ela.

O médico estava desaparecido desde 24 de maio e foram feitas campanhas na internet e na imprensa para ajudar a encontrá-lo. O corpo de Andrade foi achado por pescadores na sexta-feira (28) amarrado a uma âncora em um rio em São Gonçalo dos Campos. Amigos fizeram o reconhecimento. Andrade morava no município de Araci e trabalhava em cidades da região, como Tucano, Caldas do Jorro e São Domingos. As investigações apontaram que ele foi até Feira de Santana para resolver alguma pendência no Exército.

Horas depois de o corpo ser encontrado, o suposto amigo dele, Geraldo Freitas Junior, foi preso acusado pela morte. Ele foi o responsável por prestar queixa do desaparecimento na delegacia, em Feira de Santana. Naquela ocasião, a polícia informou que ambos estudaram medicina juntos na Bolívia e depois vieram trabalhar no interior da Bahia. Segundo a família, o acusado chegou a levar a irmã de Andrade até o local onde o carro da vítima foi encontrado.

O CORREIO teve acesso aos registros policiais do depoimento de Geraldo, que declarou que conhecia Andrade há cinco anos. Segundo ele, o médico acreano gostava de frequentar a cidade de Feira de Santana para sair com amigos. Em 2020, Andrade teria contado a ele que tinha sido ameaçado em virtude de questões políticas na cidade de Araci e que, por esse motivo, queria adquirir uma arma. Ainda conforme o suspeito, Andrade o teria procurado porque sabia que ele era frequentador de clube de tiros.

Depois de algumas conversas, Geraldo então teria convencido Andrade a se inscrever em um desses clubes para ter direito à arma. O suspeito afirmou que vendeu uma pistola Glock G25, calibre .380, para o médico pelo valor de R$ 12 mil. A ida até Feira de Santana na data do desaparecimento teria sido para resolver alguma pendência em relação ao registro do armamento.

Delegado responsável por conduzir as investigações do caso, Roberto Leal afirmou em entrevista ao CORREIO que Geraldo se tornou o principal suspeito do crime por cair em uma série de contradições durante o depoimento.

O golpe do Pix tá aí e muita gente, sem querer, está se tornando vítima de criminosos. Foi só a novidade do mercado financeiro surgir que os golpistas aproveitaram para utilizá-la como mais uma forma de praticar furtos. Camila Dorea de Jesus, nora da assistente financeiro Rose Alves, 42 anos, perdeu mais de R$ 9,5 mil nessa história. O dinheiro era para comprar uma casa.

E ela não foi a única vítima: segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, os crimes cibernéticos triplicaram no estado em 2020, com relação a 2019, saltando de 119 para 313 (veja abaixo). E eles continuam acontecendo. Camila, por exemplo, foi vítima em 2021. Segundo Rose, o golpe contra a nora ocorreu em 21 de abril, por volta das 16h.

“Alguém acessou a conta dela e, de início, fez um Pix no valor de quase R$ 5 mil. Ela viu a mensagem, correu para tirar o restante do dinheiro da conta e, quando entrou no aplicativo, viu que eles já tinham tirado todo o resto”, lamenta. Até agora, a família não sabe como a transação foi feita.

“Ela fez um boletim de ocorrência e foi até a agência para ouvir o gerente dizer que não era com ele. Depois, passaram um número interno para ela fazer a denúncia e eles agendaram um horário para ela voltar para a mesma agência e falar com o mesmo gerente", conta.

De acordo com Rose, na segunda passada, o banco negou a possibilidade de ressarcir o valor. “Já entramos numa causa judicial contra o banco, pois foi muito sofrimento para eles juntarem esse dinheiro. Não foi algo da noite pro dia não. Eles ralaram muito”, completa a assistente financeiro.

Já do advogado Antônio Sedraz de Almeida Junior, 32, foram roubados R$ 1 mil. Também sem saber como, o valor foi transferido da sua conta Nubank para a de um desconhecido. O crime ocorreu em 6 de maio, às 13h36.

“Estava em casa tranquilo e, do nada, recebi a notificação no celular dizendo que tinha feito uma transferência desse valor. Três minutos depois, eu entrei em contato com a Nubank, que disse não poder fazer nada, pois a transação teria sido feita, segundo eles, do meu celular e da minha senha. Isso não é verdade”, lamenta o advogado.

Antônio fez um Boletim de Ocorrência na 11ª Delegacia de Policia Civil, em Tancredo Neves. “Por coincidência, no dia em que roubaram os R$ 1 mil, tinha feito três transferências tirando dinheiro da conta da Nubank e liguei para o banco para solicitar o cancelamento da compra por aproximação, mas não tenho a mínima ideia de como o crime aconteceu, pois o telefone estava no meu bolso”, disse.

Em nota, a Policia Civil disse que a investigação está em andamento e que, no momento, não dispõe de detalhes da apuração. Já o Nubank afirmou que o pedido do cliente foi analisado por duas instâncias de atendimento, com retorno e comunicações sobre os fatos por meio do SAC e da Ouvidoria.

“Para preservar o sigilo bancário do cliente, se ainda houver qualquer dúvida, recomendamos que ele entre em contato com a nossa equipe de atendimento via chat, e-mail, telefone ou redes sociais, 24 horas por dia e em qualquer dia da semana”, diz nota oficial.

Como acontecem?
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as tentativas de fraudes registradas com o Pix foram identificadas como os chamados ataques de phishing. Tratam-se de técnicas de engenharia social que consistem em enganar o indivíduo para que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões.

Foi isso que quase aconteceu com a comerciante Rosimeire da Silva, 42, moradora de Cajazeiras. Ela recebeu um e-mail do banco que informava a chegada de uma transferência Pix de cerca de R$ 2 mil. Como ela é comerciante e trabalha com esse formato de transferência, não suspeitou, a princípio.

“No e-mail tinham todos os detalhes do banco e o link que dizia para eu clicar e visualizar minha conta”, lembra. Rosimeire clicou no link, mas, quando foi pedido para ela digitar sua senha, desconfiou que poderia ser um golpe.

“Liguei para meu esposo e perguntei se ele tinha algum Pix pra receber nesse valor e ele disse que não tinha. Então, entrei no Google e vi vários alertas desse tipo de golpe. Fiquei com medo de alguém ter roubado meus dados”, diz.

Escolha do formato
A escolha dos bandidos pelo Pix para os golpes é explicada pela facilidade em ser realizada a transferência. O valor cai na conta de destino em até 10 segundos, independente do dia ou horário que foi feita a transação.

Segundo o Banco Central, 75 milhões de brasileiros já usaram o Pix para transferir ou receber dinheiro desde novembro de 2020, quando o serviço foi lançado. Em abril, a quantidade de Pix superou a de Transferências Eletrônicas Disponíveis e Documentos de Crédito somados.

“Os bancos estão usando toda sua expertise com todos os sistemas de pagamentos, como TED e DOC, transferências, boletos, e agora para o Pix. Para isso, conta com as melhores tecnologias e o que há de mais moderno em relação à segurança cibernética e prevenção a fraudes”, defende a Febraban. Segundo a instituição, R$ 24,6 bilhões são investidos anualmente em tecnologia pelos bancos.

De acordo com o delegado Delmar Bitencourt, especialista em crimes cibernéticos e responsável pelo Laboratório de Inteligência Cibernética da Polícia Civil da Bahia, os golpes envolvendo o Pix estão se tornando comuns no estado.

“O que acontece é a pessoa perder a conta, entregar ao bandido, e ele faz o Pix para transferir o valor. Também tem o caso de alguém se passar por outra pessoa e induzir o contato a fazer uma transferência por Pix”, diz.

A técnica em eletrotécnica Talita Gonçalves, 21, viveu uma situação curiosa. Pelo Instagram, ela teve acesso ao perfil de Alessandra Menezes, que alegava passar por dificuldades financeiras e pedia doação de R$ 1.

Sensibilizada, Talita fez o Pix. Depois, descobriu que se tratava de um perfil fake. “O problema não foi o valor e sim que eu saí compartilhando as publicações para poder ajudá-la”, lamenta.

Em Jequié, polícia prendeu funcionário de banco por dar golpe do Pix
No dia 20 de maio, o funcionário de uma agência bancária, cujo nome não foi revelado, foi capturado por furto qualificado mediante fraude. Ele trabalhava em Jequié, cidade a quase 200 quilômetros de Salvador. De acordo com a investigação dos policiais da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), o rapaz transferiu R$ 20 mil da conta de um cliente por Pix.

Primeiro, o funcionário teria sido acionado pelo banco para colher a assinatura de um cliente que estava com problemas de locomoção e desejava fazer um empréstimo bancário. Foi nesse momento que ele teve acesso as senhas da vítima e furtou os R$ 20 mil.

“Ele, de posse da senha do cliente, baixou o aplicativo do banco e passou a acessar sua conta por meio virtual. Ele pediu ajuda de um vizinho, que estava vendendo o carro, para transferir via Pix a quantia, para que não levantasse suspeita. O vizinho ganhou uma quantia para ceder sua conta”, relatou o titular da DRFR, o delegado Ivan Rodrigues Lessa.

O autor confessou o crime, e a Polícia Civil conseguiu recuperar a quantia de R$ 10 mil. "O autor assumiu o compromisso de ressarcir o valor restante à vítima. Ele responderá por furto qualificado mediante fraude e ficará à disposição da justiça”, explicou.

Na Bahia, crimes cibernéticos triplicaram em 2020
Nem só de Pix vivem os golpistas. Na Bahia, em 2020, foram registrados 313 crimes cibernéticos, quase o triplo do ano anterior, quando apenas 109 ocorrências foram registradas, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). O bancário Sérgio Curcino, 56, foi uma dessas vítimas. Ele teve o WhatsApp clonado, um dos crimes mais comuns atualmente no meio digital.

Segundo os dados da empresa de segurança digital Psafe, 5 milhões de pessoas no Brasil sofreram uma tentativa de ter o WhatsApp clonado em 2020. Na prática, os golpistas conseguem o número do cidadão, induzem a vítima a passar o código que ativa o aplicativo e invadem a conta. Depois, passam a pedir dinheiro em nome da vítima. No caso de Sérgio, um vizinho chegou a depositar R$ 1,5 mil para os criminosos.

“Ele viu o pessoal dos grupos que eu tinha mais conversa e começou com um ‘bom dia, tudo bem?’. Algo padrão. Disse que eu estou com dificuldade de fazer transferência e pediu para o vizinho fazer no meu lugar. Algo bem objetivo. Isso eu não consigo saber que está acontecendo. Eu só confirmei que tinha sido clonado quando outro vizinho me ligou perguntando se eu tinha passado algum ‘zap’ pra ele”, lembra.

Com a fraude constatada, Sergio disse ter entrado em contato com o próprio WhatsApp para que o aplicativo fosse bloqueado. No entanto, ele não fez nenhuma denúncia para que a polícia investigasse o caso. “Eu, particularmente, não denunciei por causa da correria, mas reconheço que é importante fazer. Meu vizinho também acabou não denunciando”, lembra.

Clonagem é o mais comum
Diretor do dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, Emilio Simoni explica que a clonagem do WhatsApp, embora seja um dos golpes mais comuns atualmente, não é o único. “Há uma diversidade de golpes no Brasil e isso deixa ainda mais difícil o trabalho de quem tem que lidar com isso. Se formos falar sobre todos, vira uma enciclopédia”, diz. O delegado civil Clodovil Soares, especialista em Ciências Criminais e professor da Rede UniFTC, concorda com Simoni.

“Quando a gente fala em crime de internet, é comum as pessoas atentarem aos que têm prejuízo econômico. A polícia é mais cobrada por isso, mas não podemos esquecer dos outros delitos cibernéticos que afetam a honra das pessoas e, na pandemia, têm feito diversas vítimas. É o caso dos crimes de divulgação de fotos íntimas, vídeos e difamação pelas redes sociais, por exemplo”, lembra.

Em Buerarema, cidade localizada no sul da Bahia, Clodovil conduz investigações de crimes digitais com o apoio do setor especializado da SSP. “A sensação que eu tenho é que foi um aumento significativo de crimes cibernéticos. Tem mais pessoas procurando a delegacia para relatar que foi vítima de algum golpe, por exemplo”, relata.

Denunciar é fundamental
Não denunciar quando se é vítima de um crime digital, como fez o bancário Sérgio Curcino, é justamente a atitude não recomendada pelos especialistas. Os números pdoeriam ser ainda maiores se as pessoas, de fato, registrassem as ocorrências “A gente incentiva o registro da ocorrência, pois é uma forma de providenciar políticas para melhor atender a esse problema. Há um aumento de demanda e é necessário termos mais policias formados na área cibernética e investimento nos equipamentos tecnológicos. É o que temos feito”, disse o delegado Delmar Bitencourt.

“Na maioria dos casos, a gente pode chegar à autoria. Quem pratica esses crimes se engana em pensar que está no anonimato. Alguns obstáculos de natureza mais técnica são, por exemplo, a quebra de um sigilo, que demora um pouco para sair. Mas, em linhas gerais, a polícia tem o mecanismo para identificar os autores”, argumenta.

O estudante Matheus Mota, 30, foi um dos que confiaram na importância de denunciar. Ele sofreu um golpe ao tentar vender um Playstation 4 pelo site Mercado Livre em dezembro de 2020. Seu prejuízo foi em torno de R$ 2 mil.

“Eu recebi o contato de alguém interessado que queria meu número de WhatsApp. Eu dei, ele entrou em contato comigo, fez várias perguntas sobre o aparelho e, por fim, pediu o link da compra e meu e-mail. Um dia depois, ele falou que tinha feito o pagamento e disse que eu receberia um e-mail em breve. Eu recebi, mas era algo falso e não me dei conta. Coloquei o Playstation na transportadora e o rapaz sumiu”, relata.

Como o endereço para qual o vídeo game foi destinado era em São Paulo, Matheus fez a denúncia pela delegacia digital desse estado, mas até agora não obteve nenhum retorno. O diretor do laboratório especializado em segurança digital da PSafe, Emilio Simoni, explicou que esse é um golpe comum. “Não basta a pessoa ter um antivírus instalado. Tem que ter a conscientização, saber como os golpes funcionam, se informar”, defende.

Sancionada lei que prevê pena de até quatro anos para crime virtual
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta sexta-feira (28), lei que torna mais rigorosas as punições para crimes cometidos na internet. A pena para "hacker", ou seja, quem invade o dispositivo eletrônico de outra pessoa ou instituição, foi aumentada de um para quatro anos de prisão. Também cresceu a pena de quem comete furto e estelionato de forma eletrônica ou pela internet.

Se o invasor tomar posse de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, ou controlar remotamente o dispositivo invadido, a pena agora passará a ser de reclusão, de dois a cinco anos, e multa. Antes, era de reclusão de seis meses a dois anos e multa.

O crime de furto qualificado mediante fraude, por meio de dispositivo eletrônico ou informático terá pena de quatro a oito anos e multa, que poderá ser aumentada em um terço a dois terços, se praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional, e será majorada de um terço ao dobro, se o crime for praticado contra idoso ou pessoa vulnerável.

Também para o crime de fraude eletrônica, a pena será de reclusão, de quatro a oito anos, e multa. O delegado Delmar Bitencourt classcifica a nova legislação como algo positivo. “Com certeza, vai melhorar a nossa atuação e dará mais agelidade ao processo de investigação”, afirma.

Confira alguns dos principais golpes aplicados atualmente envolvendo, ou não, o Pix (Com informações da Febraban):

1 - Golpe da clonagem do Whatsapp: Entre os meios usados pelos bandidos está o Whatsapp. Os criminosos enviam uma mensagem pelo aplicativo fingindo ser de empresas em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.

Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix.

Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas” (Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas). Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos.

2 - Golpe de engenharia social com Whatsapp: Em outra fraude que usa o Whatsapp, o criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais, e, de alguma forma, consegue descobrir números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema, como, por exemplo, um assalto. A partir daí, pede uma transferência via Pix, dizendo estar em alguma situação de emergência.

Nesta fraude, o bandido nem precisa clonar o whatsapp da pessoa, e usa a estratégia de pegar dados pessoais da vítima e de seus contatos. A FEBRABAN alerta que é preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário.

Ao receber uma mensagem de algum contato com um número novo, é preciso certificar-se que a pessoa realmente mudou seu número de telefone. O cliente sempre deve suspeitar quando recebe uma mensagem de algum contato que solicita dinheiro de forma urgente. Não faça o Pix ou qualquer tipo de transferência até falar com a pessoa que está solicitando o dinheiro.

3 - Golpe do falso funcionário de banco e das falsas centrais telefônicas: Outros golpes praticados são os do falso funcionário e falsas centrais telefônica de instituições financeiras. O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo. O criminoso oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix, ou ainda diz que o usuário precisa fazer um teste com o sistema de pagamentos instantâneos para regularizar seu cadastro, e o induz a fazer uma transferência bancária.

É importante ressaltar que os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, tampouco funcionários de bancos ligam para clientes para fazer testes com o Pix. Na dúvida, sempre procure seu banco para obter esclarecimentos.

4 - Golpe do bug do Pix: Outra ação criminosa que está sendo praticada por quadrilhas e que envolvem o Pix é o golpe do “bug” (falha que ocorre ao executar algum sistema eletrônico). Mensagens e vídeos disseminados pelas redes sociais por bandidos afirmam que, graças a um “bug” no Pix, é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Entretanto, ao fazer este processo, o cliente está enviando dinheiro para golpistas.

5 – Golpe dos perfis falsos em redes sociais. Contas fakes de restaurantes, hotéis e pousadas são feitas e oferecem promoções ou reservas em que a vítima precisa transferir algum valor com antecedência.

6 - Golpe do boleto falso. Os criminosos fazem boletos muito parecidos com o da empresa que a vítima é cliente. Eles enviam esse documento por e-mail, às vezes de forma aleatória, na esperança de que alguém ache que o boleto é verdadeiro e faça o pagamento.

7 - Golpe nos aplicativos de namoro. Pessoas criam contas, algumas vezes falsas, e entram em contato com outros usuários. Eles mantêm um contato íntimo via redes sociais, às vezes com o envio de fotos íntimas, que depois são usadas para extorsão. Há também os casos em que a vítima é induzida a transferir dinheiro para o golpista na esperança de encontrá-lo pessoalmente.

8 - Golpe do consórcio/imóvel barato. Os golpistas criam falsos anúncios de venda de imóveis em aplicativos ou redes socais. Com o preço barato, eles atraem os clientes a entrarem num consórcio e não a comprar o imóvel indicado na propaganda.

9 - Golpe na venda de produtos pela internet. O vendedor anuncia um produto, geralmente eletrônico ou de rápida saída, e encontra um suposto interessado, que envia um e-mail para o vendedor dizendo que já realizou o pagamento. Esse e-mail é enviado como se fosse da empresa onde o produto foi anunciado. O vendedor envia a mercadoria para o endereço do golpista, que nunca fez a compra.

A Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) identificou, na tarde deste domingo (30), uma falha pontual no sistema de leitura e processamento das bases de dados da Covid-19, dos governos federal, estadual e municipais.

Segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), após a atualização no sistema do Ministério da Saúde, na última sexta-feira (28), ocorreu equivocadamente o acréscimo de 3.094 casos no boletim desse sábado (29), abrangendo 77 municípios.

“Técnicos da instituição trabalham para corrigir a falha, garantindo assim, que a Sesab continue a apresentar dados confiáveis e precisos no monitoramento dos casos suspeitos e positivos da Covid-19 no estado”, informou nota no site da pasta.

Mesmo diante da identificação dessa falha pontual, o painel de dados epidemiológicos (bi.saude.ba.gov.br/transparencia/) está parcialmente atualizado, a exemplo do número de óbitos e ocupação de leitos. Ainda de acordo com a Sesab, a previsão da Prodeb é que até as 22h deste domingo o problema tenha sido corrigido.

Os protestos promovidos neste sábado, 29, em diversas cidades do Brasil em oposição ao governo federal têm repercutido na mídia internacional. "Dezenas de milhares de brasileiros marcham para exigir o impeachment de Bolsonaro", destaca a manchete do site do jornal britânico The Guardian, por exemplo.

No texto, o veículo informa que as manifestações acontecem em mais de 200 cidades do País e são motivadas pela forma como o governo tem administrado a pandemia de covid-19. A matéria classifica como "desastrosa" a resposta de Jair Bolsonaro à crise sanitária que acarretou na morte de mais de 450 mil brasileiros até o momento.

"As manifestações de sábado, promovidas nas principais cidades do País, ocorrem no pior momento para Bolsonaro desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019. As pesquisas sugerem uma raiva crescente com a forma como o populista de direita tem administrado a pandemia, com 57% da população apoiando seu impeachment", afirma a publicação.

Na mesma linha, o argentino La Nación, também noticia os protestos. Segundo o jornal, várias entidades de esquerda e movimentos estudantis, responsáveis pela mobilização, marcharam gritando palavras de ordem como "Fora Bolsonaro, "Bolsonaro genocida", "Vacina já" e "Fora Bolsovírus". O texto do veículo do país vizinho ressalta que desde o início da pandemia, que chegou a ser chamada de "gripezinha" por Bolsonaro, o mandatário tem criticado medidas de isolamento, promovido uso de medicamentos sem eficiência comprovada.

A agência de notícias Reuters foi mais um veículo a abordar as manifestações deste sábado. O texto destaca que os movimentos ocorrem majoritariamente de forma pacífica. No entanto, no Recife, a polícia interveio por meio do uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

"A maioria dos manifestantes usava máscaras e tentava respeitar os protocolos de distanciamento, mas nem sempre com sucesso, enquanto pediam por uma vacinação mais rápida em todo o País", publicou a Reuters. Além disso, relatou que em alguns protestos, como o do Rio de Janeiro, foram vistas imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vestindo a faixa presidencial.

Ainda em relação à mobilização na capital fluminense, a agência Al Jazeera informou, por meio de uma correspondente, que muitos manifestantes compareceram, apesar das preocupações anteriores sobre a realização de grandes protestos públicos durante a pandemia. A matéria ressalta ainda que a mobilização acontece em meio aos trabalhos da CPI da Covid. "O presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, está enfrentando uma investigação do Senado sobre a forma como seu governo está lidando com a pandemia", diz a publicação.

 

O homem preso, suspeito de matar o médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos, que estava desaparecido desde o dia 24 de maio, e foi encontrado amarrado a uma âncora, era o amigo da vítima, que registrou o desaparecimento na delegacia.

Segundo informações da delegacia, o suspeito também é médico e chegou a receber os familiares da vítima, que moram no Acre, quando eles chegaram na Bahia.

Ainda segundo a polícia, o suspeito e o médico tinham combinado de andar de moto aquática. A versão apontada pelo colega de Andrade na delegacia, era de que o amigo tinha comentado que sairia para comprar a moto. Essa versão foi descartada.

O suspeito foi preso, no início da tarde desta sexta, em Feira de Santana, distante 100 km de Salvador. A Polícia Civil confirmou que o corpo encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos na manhã desta sexta-feira (28), é do médico Andrade Lopes Santana.

O corpo de Andrade foi encontrado no Rio Jacuípe, e até então, a polícia não tinha confirmado que era do médico, mas informou que o corpo tem características semelhantes à Andrade.

O homem suspeito pelo crime, que não teve a identidade divulgada, foi preso por equipes da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Feira) e da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Feira de Santana, enquanto estava em casa no bairro da Santa Mônica. Entretanto, a polícia informou que a motivação do crime está sendo apurada.

Desaparecimento

Andrade havia desaparecido na segunda-feira (24), depois de sair de Araci, a 220 km de Salvador, com destino a Feira de Santana. Natural do Acre, o médico se mudou para à Bahia em 2016, para exercer a medicina.

Ele saiu de casa sozinho, pouco depois de meio-dia de segunda, para comprar uma moto aquática e encontrar com um amigo, no Rio Jacuípe, em Feira de Santana. O amigo disse que ele chegou a enviar uma mensagem que dizia que tinha entrado na cidade. Desde então, não foi mais visto e nem deu notícias.

O veículo dirigido pelo médico foi achado por policiais rodoviários na região de Conceição do Jacuípe, na BR-101, no mesmo dia em que ele desapareceu. O carro estava ao lado de um barranco, trancado e sem marcas de acidente.

As informações foram dadas por amigos, que procuraram a polícia, pois o médico não tinha parentes na Bahia. O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Feira de Santana, pelo amigo de Andrade.

Na madrugada de quinta-feira (27), a mãe dele, Domitília Lopes, e mais seis pessoas da família, chegaram em Feira de Santana, para acompanhar as investigações sobre o desaparecimento do médico.

O suspeito de matar o médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos, que estava desaparecido, foi preso na tarde desta sexta-feira (28) em Feira de Santana. O corpo do médico foi encontrado momentos antes da prisão, no Rio Jacuípe, no município de São Gonçalo dos Campos, com uma marca de tiro na nuca.

A prisão, que ocorreu na casa do suspeito, no bairro da Santa Mônica, foi realizada por equipes da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Feira) e pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Feira de Santana. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.

Andrade desapareceu na segunda-feira (24), depois de sair de Araci com destino a Feira de Santana. Natural do Acre, o médico não tinha parentes na capital baiana e contou com amigos para auxiliar na investigação.

Ele teve o corpo amarrado a uma âncora, também localizada pelos policiais, antes de ser jogado no rio. O delegado Roberto Leal, coordenador da 1ªCoorpin, que acompanha o caso, informou que amigos identificaram o corpo como sendo do médico.

Investigação
Na terça (25), um colega de Andrade, também médico, prestou queixa na 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, comunicando o desaparecimento de Andrade. De acordo com o delegado Roberto Leal, as investigações foram iniciadas naquele dia. Andrade é natural do Acre, e não tem parentes na Bahia. Ele trabalha nas cidades baianas de Araci, Tucano, Jorro e São Domingos.

“Foi feito o registro da ocorrência e iniciou-se uma coleta de dados que podem levar a indicação do paradeiro do médico. Sabemos que ele saiu dia 24 com destino a cidade de Feira de Santana, onde visitaria alguns amigos e iria realizar um negócio aqui nesta cidade. Por volta das 12h ele não mais foi encontrado por seus amigos, inclusive, se ausentou do serviço que seria escalado como médico. Por volta das 18h, o veículo dele foi encontrado pela Polícia Rodoviária Federal já na cidade de Conceição do Jacuípe, abandonado e trancado”, disse o delegado na ocasião.

O delegado informou que não havia indicativo de que o médico sofresse algum tipo de ameaça. “É realmente algo estranho. É uma pessoa dedicada ao trabalho como se percebe pelas informações coletadas com os amigos e pessoas mais próximas, e que não tem nenhum relato que indicasse ser vítima de crime. Vamos seguir com todas as diligências necessárias para localizá-lo. Não podemos descartar nenhuma hipótese, neste momento. Trata-se de uma pessoa que não havia nenhum indicativo de que tivesse sofrido algum tipo de ameaça, nem tivesse se envolvido em algum tipo de problema que gerasse algum tipo de vingança, e a gente acaba descartando essas situações, e se aproximando mais de um desaparecimento que pode ser em virtude de crime contra o patrimônio. O aparelho celular e objetos pessoais não foram encontrados, indicando que esses pertences podem ter sido subtraídos. Nossa linha inicial é de que é um crime contra o patrimônio”, disse o delegado.

Um amigo do médico imformou à polícia que ele teria cancelado um almoço com uma mulher para almoçar com um outro amigo, e que teria marcado de encontrar a mulher para jantar. Segundo o amigo que teria marcado o almoço com Andrade, ele chegou a enviar uma mensagem avisando que havia chegado ao local combinado, no Rio Jacuípe, mas o amigo não o encontrou. Após esta mensagem, o médico não respondeu e nem atendeu ligações.

Um corpo foi encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, a cerca de 120 km de Salvador, na manhã desta sexta-feira (28), e a polícia investiga se é do médico Andrade Lopes Santana, desparecido desde segunda-feira (24), quando saiu de Araci com destino a Feira de Santana.

Segundo o delegado Roberto Leal, da Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/de Feira de Santana), que investiga o caso, o corpo tem características semelhantes ao do médico, mas ainda não há confirmação.

Uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) irá realizar a perícia para identificação do corpo.

O médico tem 32 anos e é natural do Acre. Ele mora em Araci, 220 km distante da capital, e, segundo informações de colegas, teria ido a Feira de Santana encontrar amigos e comprar uma moto aquática. Desde então, não há notícias.

O carro de Andrade chegou a ser encontrado às margens da BR-101, em Conceição do Jacuípe, sem marcas de acidente e com as portas trancadas.

A mãe dele, Domitília Lopes, e outras seis pessoas da família chegaram a Feira de Santana e auxiliam nas investigações do desaparecimento do médico.

“Estou muito aflita, muito ansiosa. Meu filho desapareceu, e a gente está sofrendo muito. Ninguém sabe se está comendo, se está doente, se está mal, o que fizeram, onde está, o que aconteceu”, disse a mulher.
Ela destacou a lembrança de quando ele saiu da cidade de Epitaciolândia, interior do Acre, para exercer a medicina na Bahia, em 2016.

"Saiu de casa sozinho com o carro, colocou a mala e veio trabalhar aqui na Bahia”, relembra.

Desaparecimento

Andrade mora no município de Araci, cidade a cerca de 220 km de Salvador, mas trabalha em localidades da região nordeste da Bahia (Tucano, Caldas do Jorro e São Domingos, além de Araci).

Ele saiu de casa sozinho, pouco depois de meio-dia de segunda, para comprar uma moto aquática e encontrar com um amigo, no Rio Jacuípe. O amigo disse que ele chegou a enviar uma mensagem que dizia que tinha entrado em Feira de Santana. Desde então, não foi mais visto e nem deu notícias.

O veículo dirigido pelo médico foi achado por policiais rodoviários na região de Conceição do Jacuípe, na BR-101, no mesmo dia em que ele desapareceu. O carro estava ao lado de um barranco, trancado e sem marcas de acidente.

As informações foram dadas por amigos, que procuraram a polícia, pois o médico não tem parentes na Bahia. O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Feira de Santana, pelo amigo de Andrade.