O Jornal da Cidade

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Uma mulher morreu após ser baleada dentro do prédio onde morava, no bairro da Pituba, na manhã desta quinta-feira (10). A estilista Tatiana Fonseca, 38 anos, foi atingida por diversos disparos dentro da garagem do edifício Vila Pituba, na Alameda Carrara.

Segundo testemunhas, o suspeito de cometer o crime é o ex-namorado da vítima, João Miguel Pereira Martins. Ao CORREIO, moradores relataram que Tatiane saiu do prédio por volta das 7h para passear com um cachorro, quando teria encontrado com o ex. Ela tentou se abrigar no prédio, enquanto o suspeito atirava.

Um dos tiros atingiu o portão do edifício. Ela correu para a garagem, onde foi atingida diversas vezes. Amigos relataram que Tatiana terminou o relacionamento após descobrir o histórico agressivo do ex-namorado em relacionamentos anteriores.

Em nota, a Polícia Militar informou que foi acionada, via Cicom, e enviou uma equipe da 13ª CIPM, que chegou ao local juntamente com uma equipe do Samu, que levou a estilista para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas Tatiane não resistiu. "Policiais militares seguem em diligências para localizar o autor do crime", diz a nota da PM.

Depois do crime, policiais da 16ª Delegaica (Pituba) encontraram o suspeito do crime sem vida em sua casa, um apartamento no Caminho das Árvores. Ele se suicidou, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), que informou que a investigação continua para provar que ele foi o autor do feminicídio.

Imagens das câmeras do circuito interno do prédio já foram entregues para a polícia.

Outro crime
Em 2011, João Miguel, que era conhecido como DJ Frajola, teve a prisão decretada após ser acusado de sequestrar e planejar a morte de uma ex-namorada, identificada somente como Laura. "Ela registrou queixa no dia 25 de novembro alegando ser perseguida há dois meses por ter terminado um relacionamento de oito meses. Então descobrimos que havia um mandado de prisão em aberto há um ano por causa da denúncia de outra mulher contra ele", disse na época a delegada Marilda Marcela, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

Depois da queixa, Laura foi orientada pela polícia a marcar um encontro com João Miguel. Na ocasião, o DJ, que animava festas de formatura e de classe média em Salvador, foi preso pelos agentes da Deam.

Após oito dias preso, Frajola foi liberado e planejou uma vingança contra Laura. Segundo a polícia, ele comprou uma peixeira, algemas, sedativos e alugou um carro para seguir com o plano. Em 14 de dezembro, descobriu onde a ex estava morando e a sequestrou quando ela saía de moto para trabalhar.

A mulher foi arrastada pelos cabelos até o carro, algemada, amordaçada e deixada em um matagal em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O DJ voltou à capital para devolver o carro alugado.

A vítima conseguiu escapar. No cativeiro, a polícia encontrou a faca, remédios, um sacola com roupas e um notebook do DJ.

 

A cegonha está demorando um pouco mais para chegar nas casas baianas. É que dos nascidos registrados em 2019 no estado, 31.510 tiveram como mães mulheres de 35 anos ou mais de idade. O número representa 16% dos recém-nascidos baianos do ano ou quase 2 em cada 10 nascimentos. A faixa etária das mães com idade igual ou superior a 35 anos foi a única com números maiores que em anos anteriores. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil 2019 divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, no geral a quantidade de nascimentos caiu. Em 2019 a Bahia registrou 196.951 nascimentos, número 2,8% menor que o de 2018 (202.868) e o mais baixo desde 2001. Em Salvador, também houve a queda com o nascimento de 32.780 soteropolitanos em 2019, 2,2% a menos do que em 2018 (33.507). Todo o estudo é elaborado pelo IBGE a partir dos dados dos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais; das Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis; e dos Tabelionatos de Notas.

O único grupo em que houve incremento nos números na comparação de 2019 com 2018 foi justamente o das mulheres acima dos 35 anos. Na Bahia, o número de nascimentos cujas mães tinham 35 anos ou mais cresceu 3,2% frente a 2018. Em Salvador, o envelhecimento progressivo da fecundidade é mais intenso que no estado. Em 2019, 7.638 bebês registrados tiveram como mães mulheres de 35 anos ou mais de idade. O número cresceu 4,8% frente a 2018 (7.287) e representou 23,3% do total de registros no ano (frente a 21,7% em 2018).

Com relação ao resto do país, Salvador teve o maior percentual de bebês nascidos de mães de 35 anos ou mais de idade dentre as capitais do Norte-Nordeste e ocupou o quinto lugar no país. Ficou atrás apenas de Belo Horizonte/ MG (26,5%), Florianópolis/ SC (26,4%), Vitória/ ES (25,5%) e Porto Alegre/ RS (25,2%).

Carreira
Um dos mais de 7 mil nascimentos de 2019 na capital baiana foi o da pequena Liz Weisgerber Santana, que veio ao mundo em março. A mãe, a educadora Christel Weisgerber, teve a filha aos 37 anos. “Preferi antes focar na carreira e em todas as oportunidades que a gente pode se dar antes de ter um filho, como viajar para um curso ou sair do país a passeio. Foi realmente uma decisão esperar”, conta a mamãe, que é vice-diretora em uma escola. Outra questão foi a estabilidade financeira.

Quem trabalha atendendo as futuras mamães já tem sentido a mudança no perfil das gestantes desde antes de 2019. “Esse não é um fenômeno que começou em 2019. De uns quatro anos para cá a gente nota esse adiamento da maternidade. E a vida profissional é justamente a justificativa principal dessas mulheres. Essa busca profissional acaba interferindo também na própria constituição do casamento, de um relacionamento mais estável”, observa a médica ginecologista Fernanda Medeiros.

Ela conta que quando recebe pacientes que já passaram dos 30 anos, sempre questiona a questão da maternidade. Se a mulher já tem a maternidade nos planos, existem opções hoje em dia que garantem uma gestação mais segura mesmo com a idade um pouco mais avançada. “A vitrificação, que é o congelamento dos óvulos, é um procedimento que dá mais segurança. A procura tem sido cada vez maior. A partir dos 35 anos, a qualidade e quantidade dos óvulos cai acentuadamente e isso gera mais chances de, engravidando, a mulher vir a ter uma criança com alguma questão de saúde. O congelamento garante uma genética mais jovem mesmo que a gravidez venha mais tarde”, detalha a profissional, que atende nas Clínicas CAM e no Hospital São Rafael.

Apesar da maior garantia, o procedimento de congelamento também traz preocupações por precisar atingir a gestação de uma maneira não natural. “É um procedimento válido porque o óvulo tem a mesma idade da mulher. Mas só pelo fato de ser com processos artificiais, a gente já considera como uma gravidez de maior risco”, detalha Fernanda.

A idade da gestante, porém, segundo os especialistas, não é um marcador isolado de risco na gravidez. “As mulheres têm se cuidado bastante e, muitas vezes, há pacientes mais velhas que têm a saúde ótima. A gravidez vai ser de risco a depender do histórico dessa mulher”, explicou a médica.

Casamentos em Salvador recuaram

Além dos nascimentos, a pesquisa divulgada pelo IBGE ainda traz números relativos a casamentos, divórcios e guarda compartilhada. Entre as capitais, Salvador se destacou com a segunda maior redução percentual no número de casamentos registrados entre 2018 e 2019 e a terceira maior redução absoluta. Após três anos em alta, as uniões registradas na capital baiana recuaram 11,5%, passando de 16.471 em 2018 para 14.578 em 2019 (menos 1.893 casamentos).

Houve, no entanto, aumento da união entre pessoas mais velhas. Casamentos em que pelo menos um dos cônjuges tinha mais de 45 anos cresceram 4,2% em relação a 2018. Apesar desse aumento, os matrimônios baianos cresceram de modo geral depois de superar recordes sucessivos nos últimos cinco anos.

Em comparação com o ano anterior, a queda foi de 3% ou de menos 2.066 casamentos. A redução foi puxada pelos casamentos entre pessoas de sexos diferentes, que diminuíram de 68.335 para 66.232. Já os casamentos entre pessoas do mesmo sexo aumentaram pelo segundo ano consecutivo, de 288 em 2018 para 325 em 2019, um aumento de 12%.

O ano passado também foi de forte baixa para os divórcios, tanto na Bahia quanto em Salvador. No estado, em 2019, foram concedidos, pela Justiça ou por meio de escrituras extrajudiciais, 20.087 divórcios, 4.865 a menos do que em 2018 (-19,5%). O número representa a maior queda absoluta no número de divórcios no país, além de ter sido uma redução recorde para a Bahia. Em Salvador, na passagem de 2018 (6.013) para 2019 (5.159), a queda nos divórcios foi de 14,2% (menos 854 divórcios). Esse recuo ocorreu após cinco anos seguidos de aumentos nas dissoluções, que cresciam desde 2014 e foi o maior desde 2013 para a capital.

Em 2019, a guarda compartilhada seguiu crescendo. Dos 20.087 divórcios concedidos na Bahia, 8.800 foram de casais com filhos menores de idade. Desses, 33% adotaram o regime de guarda compartilhada, percentual acima do verificado em 2018, que foi de 31,6%. A adoção da guarda compartilhada continuou mais frequente no estado do que no país, onde o regime foi aplicado em 26,8% dos divórcios envolvendo crianças.

Fonte: Correio24horas

O prefeito eleito de Salvador, Bruno Reis, testou positivo para covid-19. A informação foi divulgada pela assessoria dele, na manhã desta quinta-feira (10).

Após a confirmação do resultado, Bruno está fazendo isolamento domiciliar. Segundo a assessoria, o prefeito eleito não tem sintomas.

Bruno faz testes rotineiramente e o realizado ontem acusou a presença do vírus. Ainda segundo a assessoria, ele está bem e cumpre todos os protocolos sob orientação médica.

A Bahia registrou 28 mortes e 3.752 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,9%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (9). No mesmo período, 3.218 pacientes foram considerados curados da doença (+0,8%).

Ao todo, 8.502 baianos já perderam a luta contra a doença. Dos 431.786 casos confirmados desde o início da pandemia, 412.055 já são considerados recuperados, 11.229 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (23,83%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.698,28), Itabuna (7.079,44), Aiquara (7.040,04), Almadina (6.936,31), Madre de Deus (6.921,73).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 825.668 casos descartados e 118.255 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (09/12).

Na Bahia, 33.578 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 28 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.502, representando uma letalidade de 1,97%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,33% ocorreram no sexo masculino e 43,67% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,61% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,38%, preta com 14,89%, amarela com 0,69%, indígena com 0,13% e não há informação em 11,29% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,54%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,81%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

O presidente Jair Bolsonaro demitiu nesta quarta-feira (9) o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no início da tarde. O ministro foi informado da decisão em uma reunião no Palácio do Planalto que não foi incluída na agenda do presidente, segundo o jornal O Globo. O mais cotado para assumir seu lugar é o presidente da Embratur, Gilson Machado.

Essa é a 13º mudança no primeiro escalão de Bolsonaro desde a posse do presidente, em janeiro de 2019.

Segundo a coluna Radar, da Veja, o ministro usou ontem um grupo de WhatsApp com todos os colegas para atacar o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmando que este fazia uma conspiração para derrubá-lo. Marcelo estaria irritado afirmando que Ramos estaria negociando cargos para o Centrão do Congresso, incluindo ainda o Ministério do Turismo.

O vazamento da notícia da briga entre integrantes do governo teria irritado Bolsonaro. O ministro do Turismo então voltou ao grupo para pedir desculpas a Ramos e colocar panos quentes na discussão dos dois, dizendo que tinha passado do limite. Mesmo assim, sua saída foi concretizada hoje.

Com a demissão, Álvaro Antônio deve reassumir seu mandato de deputado federal por Minas Gerais. Ele é filiado ao PSL e é investigado pelo Ministério Público sob suspeita de desviar recursos de campanha por meio de candidaturas de mulheres nas eleições de 2018.

A atividades da Defesa Civil de Salvador (Codesal) realizadas ao longo de 2020 foram apresentadas, nesta quarta-feira (09/12), ao Comitê Interinstitucional de Ações Emergenciais, instituído pelo decreto nº 29.187/2017 que criou o regimento da Codesal.

Segundo o regimento, o comitê tem como função articular e desenvolver ações para a atuação efetiva dos órgãos competentes, quando da necessidade de resposta frente a situações de emergência, a exemplo das ocasionadas em períodos chuvosos, necessárias ao desenvolvimento da Operação Chuva entre março a junho de cada ano.

Durante a reunião, realizada por videoconferência, o diretor geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, destacou que 2020 foi um ano de grandes desafios, traduzidos pela pandemia do novo coronavírus e pela ocorrência de chuvas, que apresentaram os maiores índices de precipitação em 36 anos.

Apesar disso, foram positivos os avanços alcançados pela Codesal desde 2016, quando por iniciativa do prefeito ACM Neto, o órgão foi reestruturado, passando a adotar ações de prevenção, permitiu encerrar a Operação Chuva 2020, entre março e junho, sem o registro de ocorrências graves na capital.

"Graças a essas iniciativas e a coesa colaboração dos integrantes do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMPDC) pudemos, de modo satisfatório, cumprir a nossa missão que é a de salvar vidas. Hoje, estamos certos, que não se pode mais pensar em defesa civil como exclusiva resposta às contingências, mas como atividades estruturadas em ações preventivas", disse Sosthenes Macêdo que destacou a continuidade, a partir do próximo ano, deste trabalho pelo prefeito eleito Bruno Reis e a vice Ana Paula Matos.

AÇÕES

Entre as atividades realizadas pela Codesal, foram destacadas:

A instalação de lonas plásticas em encostas como medida emergencial. De janeiro a 30 de novembro de 2020, foram liberados 516.524m² colocadas em 3.659 encostas.

A aplicação, desde 2016, de 125.613,38m² de geomantas em 195 encostas na cidade, com um investimento total de R$18.782.658,96, beneficiando 8.091 famílias. Trata-se de uma tecnologia de cobertura provisória das encostas para impermeabilização, que utiliza um geocomposto de PVC e geotêxtil com cobertura de cimento jateado de rápida instalação e baixo custo.

A elaboração de 133 (cento e trinta e três) mapas de risco até 30/11/2020, tendo sido realizados 28 (vinte e oito) em 2020. Trata-se de importante instrumento de política pública na medida em que permite hierarquizar os problemas, priorizar o atendimento em caso de desastres.

A formação de mais dez Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs) com a participação de 107 pessoas. O objetivo é preparar as comunidades localizadas em áreas de risco para reduzir a ocorrência de desastres nos períodos de chuva.
A realização de vistorias de modo a identificar vulnerabilidades construtivas ou geológicas, encaminhando demandas de intervenção aos órgãos membros do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil – SMPDC.

Foram realizadas 17.713 vistorias no período compreendido entre 01/01/2020 a 30/11/2020. Dessas, 10.055 foram realizadas no período da Operação Chuva. Foram 22.946 encaminhamentos às secretarias, órgãos e entidades responsáveis para a realização de intervenções em situações de sinistro ou onde houve risco à população.

Ao finalizar a apresentação, Sosthenes Macêdo agradeceu a colaboração de todos, destacando a importância da participação dos membros do comitê pois se trata de uma “importante colaboração para o funcionamento do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil”.

PARTICIPANTES

Participaram os representantes do Comitê, Sosthenes Macêdo/Codesal (coordenaldor geral), Francisco Costa Júnior/Codesal (subcoordenador), Débora Fonseca Gomes Oliveira e Vitor Ramos Costa Dórea, pela Casa Civil, Patrícia Almeida/ Coelba, Victor Melo/Desal, Marcelo Silva Gomes e Etenilson da Silva pela GCM, Jay Márcio Neves e Flávia Ribeiro pela Ouvidoria, Antônio Fernando Carneiro Costa/SMS- Samu, Everaldo Costa Jr. e Hélio Pereira pela Sedur, Aldeci Andrade e Télio Barroso de Souza Filho pela Sempre, Vitor Gantois/Sudec, Antônio Neri e Paulo Malbouisson pela Transalvador.
Como convidados: Luiz Edmundo, presidente do CREA/BA; Loris Brantes/Unijorge/CAU, André Maracajá, subprefeito PB Barra/Pituba, Ernesto Carvalho/CAU, Itajacy Diniz, diretor do INMET, Vigílio Daltro, secretário da SEMAN, João Resch, secretário da SECIS, Henrique Daltro, coordenador da Defesa Civil de Serrinha, Francisco de Assis Ferreira Silva, coordenador da Defesa Civil de São Francisco do Conde. Também participaram Ivelise Moreira/Limpurb, Douglas Teles e Flamínio/Seman. Pela Codesal, Denise Fraga, Esmeraldo Tranquilino, Rita Moraes, Dalton Andrade, Giuliano Carlos, Gabriel Leite, Iraildes Aragão, Leilane Souza Lucas Pimentel, Matteo Pettinaroli, Herbert Ruy e Milena Souza.

ASCO - Defesa Civil Salvador 

A Bahia vai comprar nesta quarta-feira (9) 19,8 milhões de seringas e agulhas para garantir a vacinação da população contra o coronavírus, quando houver um imunizante disponível. A informação foi divulgada pelo governador Rui Costa, em suas redes sociais.

Segundo ele, a compra faz parte do planejamento para garantir a vacinação em massa no estado. "A entrega das seringas e agulhas adquiridas pelo Governo do Estado será imediata e estamos investindo R$ 5,5 milhões neste processo", explicou o governador.

No anúncio, Rui cobrou celeridade do governo federal no plano de vacinação. "Precisamos que o Governo Federal seja ágil na certificação de uma das vacinas já existentes contra a #Covid-19, para que assim possamos dar início a esta nova etapa de enfrentamento da pandemia no Brasil", disse.

Reunião com ministério
Nesta terça-feira (8), Rui se reuniu com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e gestores de outros estados. A principal reivindicação dos governadores é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove e registre as vacinas com a maior rapidez possível.

Em nota, o Governo do Estado relata que o ministro confirmou, na reunião, que o Brasil fará a aquisição das vacinas, à medida que elas forem aprovadas e registradas pela Anvisa. “Nosso principal pleito é que esse registro seja feito com celeridade, assim que os laboratórios solicitarem, já que o Brasil, assim como outras nações, deve utilizar mais de uma vacina para imunizar a população. A Pfizer, por exemplo, acenou com a disponibilização de 70 milhões de doses para o Brasil, em um primeiro momento, sendo que cada indivíduo precisa de duas doses, e essa quantidade não cobre todos os brasileiros”, explicou o governador.

Antes da reunião, em entrevista ao Bahia Meio Dia, Rui disse que, segundo o relato de Pazuello, na melhor das hipóteses a aprovação de uma vacina pela Anvisa seria no final de fevereiro. O governador ainda afirmou acreditar que a aprovação do imunizante na Comunidade Européia e nos Estados Unidos pode dar mais celeridade para a agência regulatória brasileira.

Ainda de acordo com as falas do governador durante a entrevista, o ministro da saúde teria apontado que nenhuma das fabricantes de vacinas entregou todos os materiais e documentos necessários para a aprovação.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quarta-feira (9) que será possível começar emergencialmente a vacinação contra a covid-19 em dezembro ou janeiro, dependendo da autorização da Anvisa e de que os laboratórios forneçam as doses. A imunização ampla pode se iniciar em janeiro ou fevereiro, acredita o ministro, que falou em entrevista à CNN Brasil.

Ontem, Pazuello fez pronunciamento à imprensa sobre o tema, mas sem dar detalhes sobre o plano de vacinação.

“O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, em hipótese, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer. O 'se' é porque o contrato está sendo fechado. Desculpa o gerúndio. Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro”, explicou ele.

Ele acrescentou que ainda não se trataria da campanha de vacinação. “Isso em doses pequenas, em quantidade pequenas, que são de uso emergencial. Isso pode acontecer com a Pfizer, pode acontecer com o Butantan, com a AstraZeneca, mas isso aí é foro íntimo da desenvolvedora. Não é uma campanha de vacinação", afirmou.

Também ontem, o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos MUrillo, afirmou que é possível começar praticamente de maneira imediata a vacinação, depois de um registro emergencial da Anvisa. Ele acredita que o Brasil já poderá ter vacinação em janeiro. “Estamos trabalhando para começar a vacinar quase imediatamente após recebida a aprovação de uso emergencial por parte da Anvisa”, disse, lembrando que aconteceu assim no Reino Unido, que já começou essa semana a vacinação.

A Pfizer se compromete a entregar as doses nos pontos de vacinação determinados, e não no aeroporto, e também tem contêineres portáteis que podem fazer o transporte com o armazenamento necessário, de -70ºC, destacou.

A autorização emergencial da Anvisa ainda está sendo construída. O aval será concedido de maneira rápida caso os critérios sejam atingidos para imunizações ainda em fase de estudo, mas essa vacinação inicial será apenas para grupos específicos, e não toda população.

O país terá pelo menos 300 milhões de doses de vacinas a partir do ano que vem. São 100 milhões da AstraZeneca/Universidade de Oxford, 160 milhões dessa vacina a serem produzidas pela Fiocruz e mais 40 milhões do consórcio internacional Covax Facility. O governo também assinou termo de intenção de compra de 70 milhões de doses do imunizante da Pfizer.

O barbeiro Davi Oliveira tinha 23 anos quando foi assassinado no último domingo, no município de São Félix, no Recôncavo. O empacotador Vitor Santos Ferreira de Jesus tinha 25 anos quando foi morto no bairro de Pirajá, em Salvador, em junho. São casos distantes no tempo e no espaço, e não teriam muito em comum não fosse o fato das vítimas serem negras e terem perdido a vida durante operações policias. Uma infeliz coincidência, diriam alguns, uma coincidência que corre em 97% dos casos na Bahia, segundo pesquisadores.

Um relatório elaborado pela Rede de Observatórios da Violência, divulgado nesta quarta-feira (9), apresenta dados sobre mortes ocorridas durante operações policiais em cinco estados brasileiros. Rio de Janeiro lidera em número absoluto de mortes, mas quando se observa a proporção de negros assassinados nessas ações é a Bahia quem lidera do ranking. Foram 650 casos entre janeiro e dezembro de 2019, com 474 vítimas negras. O número pode ser maior já que em 161 situações a cor da vítima não foi informada. Brancos somam 15 ocorrências ou 3% do total.

O que se espera é que inocentes não sejam mortos em nenhuma situação, independentemente da cor, e que os suspeitos sejam presos e levados a julgamento. Então, por que existe essa diferença entre negros e brancos?

A questão é a proporcionalidade, diriam outras pessoas. Afinal, a população de pretos e pardos na Bahia é maior que as do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Ceará, onde a pesquisa também foi realizada, mas não é bem assim. A pesquisa mostra que o número de baianos que se autodeclaram dessa raça é de 76%, então, os estudiosos se debruçaram sobre o motivo para essa diferença de 21% no número de mortes.

Para os pesquisadores que elaboraram o relatório, as operações são realizadas em áreas precisas da cidade e voltadas para uma população específica. Além disso, a política de segurança pública atual, e questões como desigualdade social, problemas de acesso à educação e à saúde corroboram com o cenário, e esse caldeirão resulta no principal fator dessa discrepância: o racismo. A integrante da Rede de Observatórios da Bahia e coordenadora de pesquisa da ONG Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, Luciene Santana, é quem explica.

“Quando analisamos os dados percebemos que tanto no imaginário das pessoas como o que vemos recorrentemente na mídia, é que pessoas negras são as que mais morrem em operações policiais. Por isso, o nome do nosso relatório é ‘A cor da violência policial: a bala não erra o alvo’, porque ela atinge majoritariamente pessoas negras. Pensando nessa estrutura do racismo, quem são essas pessoas e esses territórios que são passíveis de serem mortos e violentados? A Bahia, proporcionalmente, é o estado que mais mata negros em operações policiais”, afirmou.

Dificuldades na pesquisa
Os dados que serviram de base para a elaboração do relatório foram fornecidos pelas Secretarias de Segurança Pública dos estados, com exceção da Bahia. Algumas pastas entregaram informações parciais e que foram complementadas pelos pesquisadores. A Bahia foi a única que não forneceu nenhum dado. Luciene contou que usou informações repassadas por organizações parceiras da Rede, porque os pedidos feitos diretamente ao governo, via Lei de Acesso à Informação, não foram atendidos.

“Houve uma dificuldade muito grande em obter esses dados, inclusive o que mais no assusta em relação à Bahia é que a gente não consegue ter essas respostas”, disse. “Nós entendemos que é através dos dados da segurança pública que a gente analisa onde podemos melhorar, a parir do conhecimento desses dados estatísticos. Então, se o governo não quer divulgar esses dados nós temos dificuldade em conhecer a realidade dos estados”, afirmou.

A Rede de Observatórios da Segurança é a única iniciativa que monitora operações policiais. O acompanhamento é feito desde 2018, no Rio de Janeiro, e de junho de 2019, nos cinco estados que formam o grupo. Há dois dias, o CORREIO mostrou que o mês de novembro foi o mais violento de 2020, com 127 homicídios registrados pela SSP.

Contexto
Para o doutor em Sociologia e pesquisador da Rede e do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (LEV/UFC), Ricardo Moura, existem falhas na política de segurança pública adotada pelos estados. Ele destacou a necessidade de se rever procedimentos e práticas, e frisou que é importante discutir o assunto.

“A gente precisa denunciar e colocar essa pauta [em discussão]. A gente não pode permanecer naturalizando isso, então, o trabalho da Rede é muito importante nesse sentido, porque ele coloca essa questão em pauta, levanta esse questionamento”, disse.

Ele contou que a atuação policial acontece dentro de um contexto que potencializa a morte da população negra, e que esses fatores precisam ser considerados. No Ceará, negros e partos são 66,9% da população, mas representam 87% dos mortos.

“Essa atuação da polícia ocorre em meio a uma série de lacunas. As áreas onde essas intervenções se dão são justamente as áreas nas quais os serviços são mais precários, então, a presença do Estado não corre dentro de uma esfera de promoção de saúde, de prevenção, de educação, de assistência social, mas ela ocorre sob a mão pesada da polícia. Isso é muito característico da nossa sociedade, excludente e desigual”, afirmou.

Moura contou que quando se fala em segurança, geralmente, é entendido apenas como necessidade de mais repressão. “Há um termo do IBGE chamado assentamentos precários que são justamente as áreas onde os serviços são mais insuficientes, e quando você faz uma sobreposição dos locais de mortes por intervenção você percebe que eles coincidem exatamente com os mapas dos assentamentos precários”, contou.

Procurada, a SSP se posicionou através de nota. Confira na íntegra:

A Secretaria da Segurança Pública ressalta que as ações policiais são realizadas após levantamentos de inteligência e observação da mancha criminal. A SSP destaca ainda que todos casos que resultam em mortes são apurados pela Corregedoria e, existindo indício de ausência de confronto, os policiais são afastados, investigados e punidos, caso se comprove a atuação delituosa.

 

A Rede é um projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), com apoio da Fundação Ford, formada por cinco observatórios locais, mantidos em parceria com as organizações: Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas (INNPD); Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop); Laboratório de Estudos da Violência (LEV/UFC); O objetivo é monitorar e difundir informações sobre segurança pública, violência e direitos humanos. Clique e veja o relatório na íntegra.

Ranking em mortes absolutas em 2019:

RJ – 1.814 mortes;

SP – 815 mortes;

BA – 650 mortes;

CE – 136 mortes;

PE – 74 mortes;

Proporção de negros por estados:

BA – 76,5%

CE – 66.9%

PE – 61,9%

RJ – 51,7%

SP – 34,8%

Proporção de negros mortos em operações policiais:

BA – 96,9%

PE – 93,2%

CE – 87,1%

RJ – 86%

SP – 62,8%

 

Quarta, 09 Dezembro 2020 16:04

Inep mantém prova do Enem em janeiro

O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Alexandre Ribeiro, disse ao Estadão trabalhar para aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em janeiro, apesar da escalada de infecções e mortes pela covid-19 no Brasil. A prova deste ano, que já foi adiada uma vez por causa da pandemia, tem cerca de 5,8 milhões de inscritos.

Principal porta de entrada para o ensino superior, o exame será aplicado para a maioria dos candidatos nos dias 17 e 24 de janeiro. "Em janeiro nós vamos aplicar o Enem", afirmou Ribeiro. "Adotamos todas as medidas de segurança necessárias." A ocupação das salas de aplicação da prova deve ser de cerca de 50% da capacidade original. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.