Donald Trump discursou pela última vez como 45º presidente dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 20, na Base Aérea Andrews, depois de deixar a Casa Branca, em Washington D.C. "Nós voltaremos de alguma forma", declarou o republicano a apoiadores Ao lado da esposa, Melania, ele desejou "sorte" e "sucesso" ao novo governo. Joe Biden tomará posse ainda nesta quarta-feira como 46ª presidente do país.

"O que fizemos foi incrível para qualquer padrão. Não fomos um governo comum", afirmou Trump, quatro anos depois de assumir o cargo.

Entre outras medidas tomadas durante o período em que foi presidente, o republicano destacou o corte de impostos corporativos realizado em 2017. "Espero que não aumentem seus impostos", disse.

Trump ressaltou também o começo da vacinação contra a covid-19 no país e se vangloriou de a imunização ter sido desenvolvida em apenas nove meses. O republicano disse que a economia americana deve apresentar "bons números" nos próximos meses e pediu: "Lembrem de nós."

Joe Biden venceu Donald Trump na eleição presidencial de 3 de novembro de 2020. O democrata conquistou 306 votos no Colégio Eleitoral e o republicano, 232. Em um pleito atípico, em meio à pandemia de covid-19, o recorde de votos por correio atrasou a contagem em Estados decisivos. O resultado só saiu em 7 de novembro, quando o democrata foi declarado vitorioso na Pensilvânia.

Trump, porém, não aceitou a derrota. O republicano recorreu aos tribunais, mas não conseguiu reverter o resultado da eleição. Sem apresentar provas, ele alegava fraude no pleito. No dia 6 de janeiro de 2021, quando o Congresso estava reunido em uma sessão conjunta para certificar a vitória de Biden, apoiadores de Trump invadiram o Capitólio para tentar impedir o processo. Depois do confronto, os extremistas foram retirados do prédio. A sessão, então, foi retomada e terminou na manhã de 7 de janeiro.

A invasão do Capitólio por seus apoiadores levou Trump a se tornar o primeiro presidente americano a sofrer impeachment duas vezes na Câmara dos Representantes. Em 13 de janeiro, o processo aberto contra o republicano por "incitação à insurreição" foi aprovado na Casa com 232 votos a favor, incluindo 10 republicanos, e 197 contra.

O segundo impeachment ainda não foi analisado pelo Senado, que rejeitou o primeiro, no começo de 2020.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou nesta segunda-feira, 18, a restrição de entrada de passageiros do Brasil e de parte dos países europeus. Com a nova medida, a partir do dia 26, viajantes que partem do Brasil poderão entrar nos Estados Unidos desde que apresentem teste negativo para o coronavírus. A nova medida também libera a entrada de passageiros do Reino Unido, da Irlanda e de 26 países europeus que compõem o Espaço Schengen.

As restrições dos EUA contra visitantes europeus estão em vigor desde meados de março, enquanto a proibição de entrada de turistas vindos do Brasil foi imposta em maio, e serão encerradas no mesmo dia em que os novos requisitos de teste de covid-19 entram em vigor para todos os visitantes internacionais

A Casa Branca não comentou a decisão. Trump deixará o cargo na quarta-feira, 20. O presidente eleito, Joe Biden, uma vez no cargo, pode optar por retomar as restrições. E há sinais de que isso irá ocorrer.

A porta-voz de Biden disse, ainda na segunda-feira, que a administração do democrata não pretende suspender as restrições para que passageiros do Brasil e da Europa entrem no país. No Twitter, Jen Psaki criticou a decisão do presidente Donald Trump que liberou a entrada de viajantes do Brasil, do Reino Unido, da Irlanda e de 26 países europeus nos EUA.

"Seguindo o conselho da nossa equipe médica, a administração não pretende suspender essas restrições em 26/01", escreveu Psaki. "Na verdade, planejamos fortalecer as medidas de saúde pública em relação a viagens internacionais, a fim de mitigar a disseminação da covid-19."

"Com a pandemia piorando e variantes mais contagiosas emergindo em todo o mundo, este não é o momento de suspender as restrições às viagens internacionais", completou a porta-voz de Biden.

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A embaixada dos Estados Unidos em Brasília entrou em contato com governo Bolsonaro para pedir informação sobre a confirmação do coronavírus em Fabio Wajngarten, chefe da Secom, segundo o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim.

Fábio Wajngarten, testou positivo para coronavírus. O secretário agora aguarda o resultado da contraprova feito em São Paulo. O presidente da República, Jair Bolsonaro, e integrantes da comitiva que o acompanhou a Miami, nos Estados Unidos, estão sendo monitorados desde que Fábio Wajngarten começou a apresentar os primeiros sintomas.

"Jantamos juntos em Mar-a-Lago, na Flórida, com a delegação inteira. Não sei se o assessor de imprensa (Wajngarten) estava lá. Se estava, estava. Mas não fizemos nada fora do usual. Sentamos perto por algum tempo, tivemos uma ótima conversa. Ele (Bolsonaro) está fazendo um excelente trabalho no Brasil e vamos descobrir o que vai acontecer", afirmou Trump, na Casa Branca.

"Acredito que estejam sendo testados agora. Deixa eu colocar da seguinte maneira: não estou preocupado", acrescentou.

Entre o final da tarde e o início da noite da quarta-feira, 11, o grupo passou a receber ligações do gabinete da Presidência pedindo que, diante de qualquer sintoma, fizesse o comunicado imediatamente e procurasse um hospital militar em Brasília para fazer os exames. Bolsonaro completa 65 anos no dia 21.

Nesta quinta-feira, 12, o presidente cancelou viagem ao Rio Grande do Norte. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que o evento oficial foi cancelado por "razões de segurança sanitária".

"A decretação ontem da Organização Mundial da Saúde de uma pandemia mundial nos obriga a ter segurança com a saúde do presidente e as pessoas ao seu entorno", afirmou Marinho na sua conta oficial do Twitter.

O governo federal negou que o cancelamento da agenda do presidente tenha a ver diretamente com a suspeita do chefe da Secom, Fábio Wajgarten, estar com coronavírus

Participaram da comitiva aos Estados Unidos os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Também viajaram os senadores Nelsinho Trad (PTB-MS) e Jorginho Mello (PL-SC); os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Daniel Freitas (PSL-SC), o assessor especial Filipe Martins, o presidente da Embratur, Gilson Machado, o secretário especial de Pesca, Jorge Seif Jr, entre outros.

Pessoas que conversaram com Wajngarten, em caráter reservado, afirmam que ele apresenta sintomas de gripe e aguarda os resultados do exame nesta quinta-feira. Durante a viagem, ele tomava café da manhã com o presidente em uma sala reservada. Nos Estados Unidos, o grupo que acompanhou Bolsonaro fazia deslocamentos em vans. Apenas o presidente seguia em carro separado.

Na quarta-feira, após o jornal Folha de S.Paulo revelar que Wanjgarten havia passado por exames no Hospital Israelita Albert Einstein, o secretário de Comunicação foi ao Twitter criticar a imprensa, mas não negou que tenha realizado os testes "Em que pese a banda podre da imprensa já ter falado absurdos sobre minha religião, família e minha imprensa, agora falam da minha saúde. Mas estou bem, não precisarei de abraços de Dráuzio Varella", escreveu, mencionando o médico que passou a ser alvo de ataques após reportagem de "Fantástico", da Rede Globo, em que abraçou uma transexual condenado pela morte e estupro de uma criança.

Questionada oficialmente, a Secom disse que o Palácio do Planalto não comentaria sobre o assunto.

Fonte: Correio24horas

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