O Jornal da Cidade

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Apesar do foco dado ao novo coronavírus, a covid-19 não é a única que doença que preocupa a Bahia neste momento. No estado, 79 municípios vivem em nível de epidemia para a dengue há pelo menos um mês, segundo os dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O balanço considera casos notificados até o dia 16 de maio. O número total é de 41.411. No mesmo período do ano passado, foram 30.943, o que representa um aumento de 33,8%.

Para determinar a gravidade da situação e emitir o alerta epidemiológico para as cidades — o que aconteceu na última sexta-feira (29), a pasta utiliza o chamado coeficiente de incidência, que classifica o grau de ocorrência de casos em cada município. Na Bahia, as três cidades mais afetadas são Barra do Rocha, Marcionilio Souza e Uibaí. O alerta reafirma um aviso já enviado pela pasta anteriormente e serve para chamar atenção das cidades para a situação e elencar ações e recomendações que precisam ser adotadas ou intensificadas nesse momento.

O coordenador de Doenças de Transmissão Vetorial da Sesab, Gabriel Muricy, explica como o estado de epidemia é detectado. “O coeficiente de incidência é um número calculado a partir da quantidade de casos em relação ao tamanho da população. Uma medida que permite que a gente compare riscos, em municípios de tamanhos diferentes. A gente não pode só considerar os números absolutos, porque o impacto de 10 casos num município que tem milhões de habitantes é diferente do impacto de 10 casos em uma cidade que só tenha 2 ou 3 mil habitantes”, explica.

Segundo ele, quando o coeficiente registrado é maior do que a média histórica - calculada com dados dos últimos 10 anos - do período, é que o município passa a ser considerado em cenário de epidemia. Esse índice, no entanto, pode variar muito rapidamente. “O município chama ainda mais atenção quando apresenta uma epidemia sustentada, ou seja, quando durante as quatro últimas semanas epidemiológicas analisadas tem o coeficiente maior do que o limite máximo já registrado para o período”, detalha. É essa justamente a situação de 79 cidades baianas, segundo a Sesab.

Preocupante
As cidades de Barra do Rocha, Marcionílio Souza e Uibaí são as três em que o coeficiente se encontra mais alto (veja o top 10 acima). Além disso, as duas primeiras contam com casos da covid-19. Enquanto Barra tem quatro infectados, Marcionílio possui três. O CORREIO tentou contato direto com as prefeituras, mas não conseguiu respostas até o fechamento da reportagem.

Em Barra do Rocha, na região sul do estado, a primeira do ranking, foram registrados 343 possíveis casos de dengue. Na proporção com a população de 5.714 pessoas — estimada pelo IBGE em 2019 — o número de casos deixa o coeficiente de incidência de dengue da cidade em 6002,8 para cada 100 mil habitantes. Em sua página na internet, a prefeitura divulgou ”a colocação de peixes (predadores natural do Aedes Aegypti) nas caixas de água abertas”. O trabalho foi concluído no dia 11 de maio. A ação cobriu os bairros com maior incidência de doentes.

Marcionilio Souza, no Centro-Leste do estado, segunda que mais preocupa, tem o índice de 3709,4. O cálculo é feito com base nos 386 casos para uma população estimada de 10.406 pessoas. A cidade realizou, segundo registros na página da prefeitura, a aplicação do chamado ‘fumacê’ em parceria com o governo do estado. A aplicação, realizada em cinco ciclos, foi finalizada no dia 8 de maio. Já em Uibaí, com uma população de 13.887 pessoas e 471 casos, o coeficiente ficou em 3391,7. Não há registros das ações de combate na cidade.

Por parte do estado, as ações têm sido intensificadas desde 2018, segundo Gabriel Muricy. “Quem executa ações de rotina para combate é o município. O estado tem o papel de nortear, de capacitar, de coordenar e de enfrentar junto no momento em que a situação foge à capacidade de resposta. De 2018 até aqui existiram uma série de ações: compra de materiais de trabalho, renovação de frota do carro do chamado fumacê...”, explica.

O grande número de municípios enfrentando a doença não é uma surpresa. “O ano passado já foi de epidemia para dengue na América Latina, no Brasil e também na Bahia. Esse ano, o que a gente vem percebendo é que isso se mantém”, detalha o coordenador.

A médica infectologista Melissa Falcão chama atenção para a importância de lembrar e tomar os cuidados referentes às arboviroses, principalmente em tempos de isolamento social. “Por conta da pandemia, as pessoas acabam esquecendo um pouco dessas doenças. É preciso aproveitar que se está em casa para fazer uma varredura e eliminar qualquer tipo de ambiente favorável ao mosquito”, alerta.

Salvador tem crescimento de 141%

Na capital, já são 4.332 casos de dengue registrados em 2020. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento é de 141%, já que em 2019 a cidade registrou 1.791. As regiões do Cabula, Itapuã, Subúrbio Ferroviário e São Caetano são as que apresentam maior número de casos segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O coeficiente de incidência da cidade é de 161 - não chega ao estágio de epidemia, mas é acima do limite máximo.

“O município passa por um momento complicado por conta das condições climáticas. Estamos em um período de chuvas que são seguidas por calor, e é justamente o que o mosquito precisa para procriar. Um outro ponto é que, por conta da pandemia, os agentes não estão entrando nas casas, pela segurança deles e para que eles não acabem sendo vetores para contaminar outras pessoas”, explica Isolina Miguez, subgerente de arboviroses do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão da SMS responsável por ações de combate ao mosquito.

O trabalho dos agentes envolve rondas periódicas na cidade, além dos chamados bloqueios quando ações de combate - como a aplicação de veneno contra o mosquito e a busca por focos e larvas - acontece no entorno de regiões onde são identificados casos.

A Arquidiocese de Salvador, por exemplo, informou a morte do seminarista Wagner Dourado Pereira, de 24 anos, que era residente do Seminário Preparatório Santa Teresinha do Menino Jesus. A causa provável da morte foi apontada como dengue hemorrágica que evoluiu para parada cardíaca.

O rapaz era natural do município de Canarana, também na Bahia. O corpo foi trasladado para a cidade de origem, onde foi sepultado. O CORREIO procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador para checar se a causa da morte foi confirmada, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.

Entenda os sintomas e diferenças das doenças:

Dengue: Febre alta, e prostração (um cansaço generalizado). A dor no corpo é conhecida como quebra-ossos, porque se espalha e o paciente não consegue apontar onde está doendo. Vermelhidão no corpo com coceira pode ocorrer, mas a partir do terceiro dia.

Chikungunya: Febre alta. A dor é súbita, intensa e chega a ser incapacitante, impedindo a pessoa de realizar suas atividades comuns do dia a dia. A dor se concentra nas articulações e pode ocorrer rigidez matinal (principalmente nas mãos). A vermelhidão surge a partir do 4º dia e, diferente das demais, pode causar aftas. 

Zika: Vermelhidão e coceira desde o primeiro dia. A febre, quando aparece, é baixa e a dor é mais leve e moderada.

Diferença para a covid-19 Com o coronavírus, as queixas mais comuns são as respiratórias, que geralmente não ocorrem nos quadros de arboviroses (coriza, congestão nasal, dificuldade de respirar). A confusão pode ocorrer nos quadros de covid-19 onde predominam queixas gastrointestinais, já que todas as doenças podem causar febre e diarréia, mesmo não sendo sintomas mais comuns.

Confira a lista de 79 cidades com epidemia de dengue:

1. Abaré
2. Almadina
3. Amargosa
4. América Dourada
5. Andorinha
6. Apuarema
7. Aracatu
8. Barra do Rocha
9. Barro Alto
10. Barro Preto
11. Boquira
12. Brejões
13. Brumado
14. Caatiba
15. Caetanos
16. Caetité
17. Campo Formoso
18. Candeias
19. Cansanção
20. Catu
21. Conceição do Coité
22. Conceição do Jacuípe
23. Contendas do Sincorá
24. Coração de Maria
25. Dário Meira
26. Entre Rios
27. Fátima
28. Guanambi
29. Ibiassucê
30. Ibirapitanga
31. Ibititá
32. Ipiaú
33. Iramaia
34. Iraquara
35. Irecê
36. Itaeté
37. Itagibá
38. Itambé
39. Itapicuru
40. Itaquara
41. Jaborandi
42. Jaguaquara
43. Juazeiro
44. Laje
45. Lamarão
46. Licínio de Almeida
47. Macajuba
48. Macarani
49. Maiquinique
50. Maragogipe
51. Marcionílio Souza
52. Milagres
53. Mutuípe
54. Nilo Peçanha
55. Nova Canaã
56. Nova Redenção
57. Ouriçangas
58. Paratinga
59. Piripá
60. Planalto
61. Pojuca
62. Prado
63. Presidente Dutra
64. Ribeirão do Largo
65. Santa Rita de Cássia
66. Santa Teresinha
67. Santaluz
68. Santo Antônio de Jesus
69. São Domingos
70. São Félix do Coribe
71. São José do Jacuípe
72. Sítio do Quinto
73. Sobradinho
74. Teodoro Sampaio
75. Tucano
76. Ubatã
77. Uibaí
78. Utinga
79. Wagner

O prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo, vai anunciar neste sábado (30/5) o início de um toque de recolher devido ao aumento dos casos da covid-19 no município. Elinaldo vai se reunir às 10h com integrantes da Polícia Militar e da gestão municipal para definir os detalhes da operação, que deve ser iniciada ainda neste sábado (30).

A decisão do prefeito ocorre em função do crescimento dos casos nesta semana, mesmo com os feriados antecipados de segunda (25) a quarta-feira (27) e com os pontos facultativos de quinta (28) e sexta-feira (29). Camaçari iniciou a semana com 150 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus no último domingo (24), número que chegou a 226 nesta sexta. Somente nesta sexta foram 36 novas confirmações.

Estes dados representam um aumento de 50% nos casos em menos de um semana. Assim que recebeu o boletim desta sexta, com o aumento exponencial de casos, o prefeito ligou para os comandantes e convocou uma reunião de emergência para a implantação de um toque de recolher.

Elinaldo ressalta que a prefeitura vem adotando diversas medidas para conter o avanço da doença, como o fechamento do comércio, da suspensão das aulas e interdição das praias, além da proibição de eventos e atividades que pudessem gerar aglomerações, a exemplo das ações esportivas e festas. Somente serviços essenciais, oferecidos por mercados e farmácias, são autorizados a funcionar. Além disso, a prefeitura realizou ações de desinfecção na cidade e distribuiu máscaras para a população. Contudo, as providências tomadas não foram suficientes para impedir o avanço da pandemia.

“Estamos tomando todas as medidas necessárias para impedir o avanço do vírus desde o início. Nesta semana, esperávamos uma estabilização, uma redução no número de casos com os feriados antecipados, o que, em tese, evitaria aglomerações. No entanto, essa iniciativa aparentemente não foi suficiente e precisaremos endurecer as ações para reverter essa curva de crescimento”, disse Elinaldo.

Devem participar do encontro o tenente-coronel Gabriel Neto, comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar em Camaçari, e o major André Presa, comandante da 59ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM). Da gestão, além do prefeito Elinaldo, estarão o superintendente de Trânsito e Transporte Público, Coronel Castro; o secretário da Saúde, Luiz Duplat; José Gama Neves, secretário de Governo; o coordenador do Centro Comercial, Namucies de Souza; e o coordenador da Fiscalização Ambiental da Sedur, Abelardo Morais.

O Projeto Tamar em Arembepe, Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, não vai encerrar as atividades. Em nota divulgada nesta sexta-feira (29), a instituição afirma que a portaria publicada ontem no Diário Oficial falando sobre encerramento de bases avançadas no local não se refere às estruturas do projeto.

No texto, o Projeto Tamar esclarece que é uma instituição privada, sem fins lucrativos, que busca proteger as cinco espécies de tartarugas marinhas que existem no Brasil. O Centro Tamar, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, não tem relação com a iniciativa. São instituições distintas, embora até então ficassem nas mesmas cidades.

Por conta da pandemia da covid-19, todas as atividades do Projeto Tamar estão suspensas, mas a medida é temporária. As estruturas de arrecadação (centro de visitantes e lojas) também estão fechadas.

Em entrevista à Rádio Sucesso 93,1, a secretária de Turismo de Camaçari, Lúcia Bichara, também destacou que a base avançada que será extinta é ligada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

"A nossa base do Tamar, que é a Fundação Tamar, ela permanece, não há extinção, ela só não está aberta em função do coronavírus, que ela não pode receber visita, nem as escolas nem os turistas, essa base permanece, mas está seguindo as normas da organização de saúde quanto a nossa abertura", diz.

As bases avançadas do ICMBio serão extintas também em Sergipe e no Rio Grande do Norte. Na Bahia, um novo endereço ficará em Salvador.

Ministério explica
Em nota, o Ministério do Ambiente explicou que a portaria apenas tornou pública a atualização dos endereços dos centros de pesquisa e bases avançadas do ICMBio.

Ainda de acordo com a pasta, "as Bases Avançadas em Parnamirim/RN, em Pirambu/SE e em Arembepe, Camaçari/BA já tinham proposta de encerramento de suas atividades desde o ano passado (2019), vez que não contavam mais com servidores que realizassem as atividades finalísticas, cuja proposta foi do próprio Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Leste – TAMAR".

O ministério ainda destacou que "as propostas de encerramento de atividades de Bases Avançadas de Centros de Pesquisa e Conservação do ICMBIO tiveram como suporte a ideia de melhor alocação de recursos com a consequente potencialização das atividades finalísticas desempenhadas na conservação da biodiversidade, cujas atividades estão atreladas aos projetos de pesquisa dispostos nos planos de trabalho específicos a cada uma delas, sendo avaliadas e monitoradas constantemente pela Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBIO".

Nas últimas 24h, Camaçari registrou 36 novos casos da Covid-19. De acordo com a Secretaria de Saúde do Município, 29 testes positivos foram identificados por RT PCR (18 laudos emitidos pelo LACEN e 11 laudos emitidos por laboratório privado), 02 por vínculo Clínico Epidemiológico e 05 por Teste Rápido.

Com os novos números, Camaçari chegou a 226 casos confirmados. Ontem eram 190 casos.

Nesta sexta-feira (29),a cidade também registrou mais um óbito para a Covid-19. Trata-se de uma mulher de 70 anos, residente de Vila Abrantes, totalizando 10 óbitos confirmados e 01 óbito suspeito esperando resultado laboratorial.

Outras 30 pessoas aguardam resultado laboratorial e 100 foram recuperadas.

A procura “divórcio online gratuito” cresceu 9900% no período de 13 a 29 de abril e a busca “Como dar entrada em um divórcio” teve aumento de 82% segundo dados divulgados pelo Google Brasil. De acordo com Debora Ghelman, advogada especialista em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões, isso acontece porque "o isolamento social obriga a convivência 24 horas por dia, o que evidencia muitos dos conflitos já existentes. As pessoas acabam percebendo que não querem mais estar naquela relação. Conviver é difícil e, quando não há mais diálogo entre o casal significa que os dois desistiram".

A especialista avisa ainda que o pedido é possível, mas seu deferimento será muito difícil porque estamos na pandemia da covid-19. “Dificilmente o Estado, maior interessado que o vírus não se propague, determinará que uma pessoa saia de sua residência e corra o risco de se contaminar. Exceto em casos gravíssimos em que ocorram abusos [leia entrevista com antropóloga falando do aumento de casos de violência doméstica]”, complementa.

Vale lembrar que a China – o primeiro país a identificar casos de coronavírus – teve uma elevação das separações (principalmente em Xiam que registrou números recordes de pedidos) de acordo com o jornal The Global Times.

Um exemplo de união e superação no período de isolamento social forçado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) vem de Santos (SP). No próximo domingo (31), a partir das 11 horas, mais de 40 corredores brasileiros e de outros nove países participam do 1º Troféu Virtual FW Correndo Sobre Rodas, realizado para comemorar os 15 anos da equipe Fast Wheels, uma das mais vitoriosas do paradesporto nacional. As categorias serão elite (cadeiras de corrida), Handbike (bicicleta de mão) e cadeira de rodas de atividade da vida diária (AVD). Totalmente virtual, a competição será disputada pela plataforma de videoconferência Zoom com transmissão pelo perfil do Facebook da própria Fast Wheels.

Segundos os organizadores, com os atletas em locais diferentes, as cadeiras serão colocadas em esteiras adaptadas, nas quais as rodas giram sobre um rolo simulando a rodagem no solo. O evento será participativo, ou seja, sem a definição de campeões, pois não é possível aferir os sensores e rolos. A distância percorrida será de 10 km.

As duas melhores paratletas brasileiras da modalidade estão garantidas. Uma delas é a santista Vanessa Cristina, recordista brasileira na maratona (com a marca de 1h39min46s, obtida em fevereiro em Sevilha, Espanha). “A Fast Wheels é minha equipe. E fazer parte dessa história é algo especial. Estou fazendo o trabalho físico em casa. E, quando fiquei sabendo dessa prova, não perdi tempo. Já corri outras provas virtuais nesse período. A experiência é boa", declarou a atleta da classe T54, para cadeirantes. A outra é a catarinense Aline Rocha, também da classe T54. “Estamos conseguindo fazer um excelente trabalho nessa pandemia. Mesmo estando dentro de casa estamos bem organizados. Essa prova vai ser boa para termos um parâmetro daquilo que estamos fazendo”, comentou a atleta, que esteve nos Jogos Rio 2016 em três provas.

Outro destaque brasileiro é Ariosvaldo Silva, conhecido como Parré. “Faço o trabalho de pista no CIEF [Centro Integrado de Educação Física] em Brasília. E, como lá é uma escola, está tudo fechado. Venho tentando fazer alguma coisa de esteira em casa. E um pouco de academia aqui em Planaltina [DF], onde moro. Mas está difícil. Sempre que tem alguma chance de estar se movimentando, temos que aproveitar”, disse o tetracampeão parapan-americano da classe T53.

Entre os estrangeiros, o destaque é o americano Daniel Romanchuk, campeão e recordista mundial nas prova dos 5 mil metros em pista, além de vencedor das Maratonas de Boston, Nova York , Chicago e Londres.

O Brasil se tornou um dos cinco países com mais mortos por complicações da Covid-19 ao passar a Espanha, segundo o levantamento mais recente do Ministério da Saúde. O balanço, divulgado nesta sexta-feira (29), registrou 27.878 mortes por coronavírus no país, 757 a mais do que a Espanha, segundo a universidade norte-americana Johns Hopkins.

Os principais dados do Brasil são:

27.878 mortes, eram 26.754 na quinta-feira
Foram 1.124 registros de morte incluídos em 24 horas, 331 nos últimos 3 dias
465.166 casos confirmados, eram 438.238 na quinta-feira
Foram incluídos 26.928 casos em 24 horas
247.812 pacientes estão em acompanhamento (53,3%)
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, há 4.245 mortes em investigação.

Brasil segue subindo
O Brasil chegou a este patamar apenas 73 dias depois de ter registrado sua primeira morte, são dez dias antes da Espanha que já completa seus 87 dias desde o mesmo marco inicial. Na segunda-feira (26), o governo espanhol retirou quase 2 mil mortes da sua contagem oficial para correção de mortes duplicadas, após uma revisão dos dados já publicados.

O Brasil ultrapassou a Espanha enquanto ainda registra aumentos diários de mortos por Covid-19 próximos ao milhar. Este foi o 4º dia consecutivo que o Brasil teve mais de 1.000 mortes por coronavírus registradas a cada dia, enquanto a Espanha teve apenas 2.

O número das vítimas nos hospitais espanhóis vêm diminuindo desde o dia 9 de abril, quando o país teve seu pico diário de mortes, com 961 registros em apenas 24 horas. O Brasil teve a mais alta contagem de mortos até então na quinta-feira (21) quando atingiu 1.188 registros em um dia.

Comparação por habitantes
A taxa para cada 100 mil habitantes aponta que o Brasil registra 13,3 mortes por 100 mil. Nesta comparação o país fica atrás da França (42,7), Estados Unidos (31,1), Itália (55), Reino Unido (57,3) e da Espanha (57,7).

Essa taxa mostra o efeito do vírus em países menos populosos, como a França (66,9 milhões), Reino Unido (66,6 milhões), Itália (60,3 milhões de habitantes) e Espanha (47 milhões), em comparação com os EUA (329,5 milhões) e Brasil (209,5 milhões).

Nestes países, o pico diário foi alcançado há mais tempo que no Brasil, e muitos já passam por um processo de desaceleração na contagem de mortos. Os Estados Unidos tiveram o maior registro (2.612) em 29 de abril, a França (1.417), o Reino Unido (1.172) em 29 de abril e a Itália (919) em 27 de março, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (29) que está encerrando o relacionamento dos EUA com a Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando que a agência se tornou essencialmente uma organização fantoche da China e criticando sua atuação durante a pandemia de coronavírus.

No Jardim das Rosas da Casa Branca, Trump ratificou as ameaças repetidas de eliminar o financiamento norte-americano para a OMS, que chega a centenas de milhões de dólares por ano.

Trump disse que a OMS falhou em fazer reformas na organização exigidas por ele no início deste mês. Ele afirmou que as autoridades chinesas "ignoraram suas obrigações de comunicação" sobre o vírus à OMS e pressionaram a OMS a "enganar o mundo" quando o vírus foi descoberto pelas autoridades chinesas.

"A China tem controle total sobre a Organização Mundial da Saúde, apesar de pagar apenas US$ 40 milhões por ano, em comparação com os cerca de US$ 450 milhões por ano que os Estados Unidos estão pagando. Nós detalhamos as reformas que ela deveria fazer e nos engajamos diretamente, mas eles se recusaram a agir", disse Trump.

"Como eles falharam em fazer as reformas solicitadas e muito necessárias, hoje encerraremos nosso relacionamento com a Organização Mundial da Saúde e redirecionaremos esses recursos para outros em todo o mundo.”

Há muito tempo que Trump questiona a Organização das Nações Unidas (ONU) e despreza a importância do multilateralismo ao se concentrar em uma agenda chamada "America First". Desde que assumiu o cargo, Trump deixou o Conselho de Direitos Humanos da ONU, a agência cultural da ONU, a Unesco, um acordo global para combater as mudanças climáticas e o acordo nuclear do Irã.

A Organização Mundial da Saúde é uma agência especializada da ONU – um organismo internacional independente que trabalha com as Nações Unidas. A OMS e um porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, ainda não responderam ao um pedido de comentário sobre a decisão de Trump.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (29) que está encerrando o relacionamento dos EUA com a Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando que a agência se tornou essencialmente uma organização fantoche da China e criticando sua atuação durante a pandemia de coronavírus.

No Jardim das Rosas da Casa Branca, Trump ratificou as ameaças repetidas de eliminar o financiamento norte-americano para a OMS, que chega a centenas de milhões de dólares por ano.

Trump disse que a OMS falhou em fazer reformas na organização exigidas por ele no início deste mês. Ele afirmou que as autoridades chinesas "ignoraram suas obrigações de comunicação" sobre o vírus à OMS e pressionaram a OMS a "enganar o mundo" quando o vírus foi descoberto pelas autoridades chinesas.

"A China tem controle total sobre a Organização Mundial da Saúde, apesar de pagar apenas US$ 40 milhões por ano, em comparação com os cerca de US$ 450 milhões por ano que os Estados Unidos estão pagando. Nós detalhamos as reformas que ela deveria fazer e nos engajamos diretamente, mas eles se recusaram a agir", disse Trump.

"Como eles falharam em fazer as reformas solicitadas e muito necessárias, hoje encerraremos nosso relacionamento com a Organização Mundial da Saúde e redirecionaremos esses recursos para outros em todo o mundo.”

Há muito tempo que Trump questiona a Organização das Nações Unidas (ONU) e despreza a importância do multilateralismo ao se concentrar em uma agenda chamada "America First". Desde que assumiu o cargo, Trump deixou o Conselho de Direitos Humanos da ONU, a agência cultural da ONU, a Unesco, um acordo global para combater as mudanças climáticas e o acordo nuclear do Irã.

A Organização Mundial da Saúde é uma agência especializada da ONU – um organismo internacional independente que trabalha com as Nações Unidas. A OMS e um porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, ainda não responderam ao um pedido de comentário sobre a decisão de Trump.

O ministro Abraham Weintraub ficou em silêncio durante depoimento prestado à Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (29) no Ministério da Educação. Ele não respondeu às perguntas durante depoimento que faz parte das investigações do "inquérito das fake news", aberto pelo Supremo Tribunal Federal.

O ministro do STF Alexandre de Moraes, que é responsável pelo inquérito que apura a disseminação de notícias falsas e ameaças aos ministros do tribunal, determinou que Weintraub fosse ouvido.

Na reunião ministerial de 22 de abril, que teve vídeo divulgado na semana passada, Weintrabu chamou ministros do STF de 'vagabundos' e defendeu a prisão deles. "Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF".

A Bahia já tem quase 17 mil casos confirmados do novo coronavírus. De acordo com o boletim mais recente divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de janeiro até as 17h30 desta sexta-feira (29) o número de infectados chegou a 16.917. Já o número de mortos subiu e chegou a 609.

Os 39 novos óbitos não ocorreram nas últimas 24h, conforme afirma a pasta. Os dados são dos últimos 36 dias e estão em processo de atualização - as notificações tardias estão sendo apuradas pela Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Corregedoria.

O boletim também aponta que o estado chegou a 5.502 recuperados, enquanto 10.806 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da covid-19, o que são chamados de casos ativos.

O número de profissionais infectados no estado também subiu. Até o momento, já são 2.442 que se infectaram com a doença.

Os casos confirmados ocorreram em 289 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (62,92%). Já os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes foram Uruçuca (4.776,06), Ipiaú (4.207,27), Itabuna (4.019,27), Salvador (3.604,37) e Itajuípe (3.367,33).

Em toda Bahia, 3.554 pessoas ainda aguardam um diagnóstico do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). Os mais acometidos são adultos de 30 a 39 anos, representando 20,22% do total. O coeficiente de incidência por 1.000.000 de habitantes foi maior na faixa etária de 80 anos e mais (1.623,73/1.000.000 habitantes), indicando que o risco de adoecer é maior nesta faixa etária, seguida da faixa de 30 a 39 anos (1.482,92/1.000.000 habitantes).

Mortes
A Sesab divulgou 39 mortes a mais no boletim desta sexta. Confira o perfil dos pacientes:

571º óbito – homem, 59 anos, residente em Feira de Santana, portador de hipertensão arterial, diabetes mellitus e doença cardiovascular. Foi internado dia 21/05, e veio a óbito dia 23/05, em hospital da rede pública, em Feira de Santana;

572º óbito – homem, 73 anos, residente em Salvador, portador de doença respiratória crônica. Internado dia 18/04, veio a óbito dia 27/05, em hospital filantrópico, em Salvador;

573º óbito – mulher, 41 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus. Foi internada dia 13/05 e veio a óbito dia 27/05, em hospital da rede particular, em Salvador;

574º óbito – homem, 76 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus, e doença respiratória crônica. Internado dia 09/05, veio a óbito em 27/05, em hospital filantrópico, em Salvador;

575º óbito – mulher, 92 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, sem data de admissão, faleceu dia 27/05, em unidade pública, em Salvador;

576º óbito – homem, 69 anos, residente em Itabuna, portador de doença cardiovascular. Foi internado dia 29/04, veio a óbito dia 26/05, em hospital da rede pública, em Salvador;

577º óbito – homem, 66 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, diabetes mellitus e doença cardiovascular. Internado dia 22/05, veio a óbito dia 24/05, em hospital da rede particular, em Salvador;

578º óbito – homem, 80 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Foi internado dia 22/05, veio a óbito dia 23/05, em hospital da rede particular, em Salvador;


579º óbito – homem, 91 anos, residente em Candeias, sem comorbidades. Foi internado dia 14/05 e veio a óbito dia15/05 em hospital da rede pública, em Candeias;

580º óbito – mulher, 61 anos, residente em Salvador, portadora de neoplasia. Foi internada dia 13/05, veio a óbito dia 15/05, em hospital filantrópico;

581º óbito – homem, 80 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus. Foi internado dia 03/05 e veio a óbito dia 03/05, em unidade da rede pública, em Salvador.

582º óbito – homem, 69 anos, residente em Salvador, sem informação acerca de comorbidades. Sem informação sobre a data de internação, veio a óbito dia 17/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

583º óbito – homem, 63 anos, residente em Salvador, portador de epilepsia. Sem informação da data de admissão, veio a óbito dia 04/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

584º óbito – mulher, 67 anos, residente em Salvador, portadora de neoplasia. Internada dia 23/05, veio a óbito dia 27/05, em hospital filantrópico, em Salvador;

585º óbito – mulher, 86 anos, residente em salvador, portadora de diabetes mellitus. Foi internada dia 13/05 e veio a óbito dia 14/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

586º óbito – homem, 70 anos, residente em Ipiaú, portador de doença cardiovascular. Foi internado dia 16/05 e veio a óbito dia 27/05, em hospital da rede pública, em Vitória da Conquista;

587º óbito – homem, 82 anos, residente em Jequié, portador de doença respiratória crônica e tabagista, foi internado dia 22/05 e veio a óbito dia 23/05, em unidade da rede pública, em Vitória da Conquista;

588º óbito – mulher, 37 anos, residente em Salvador, tabagista e portadora de etilismo, foi internada dia 22/04 e veio a óbito no mesmo dia, em unidade da rede pública, em Salvador. Em função de resultado laboratorial inconclusivo, o óbito demandou maior tempo de investigação. A data do óbito foi dia 22 de abril com encerramento no dia 01 de maio e apenas agora foi notificado no sistema ministerial.

589º óbito – mulher, 86 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes, foi internada dia 13/05 e veio a óbito dia 14/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

590º óbito – mulher, 90 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, data de internação não informada, veio a óbito dia 26/05, em unidade da rede privada, em Salvador;

591º óbito – mulher, 71 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, doença cardiovascular e obesidade, foi internada dia 19/05 e veio a óbito dia 25/05, em unidade da rede privada, em Salvador;

592º óbito – homem, 60 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, data de internação não informada, veio a óbito dia 24/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

593º óbito – mulher, 75 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes e doença cardiovascular, foi internada dia 22/05 e veio a óbito dia 22/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

594º óbito – mulher, 94 anos, residente em Itaparica, sem comorbidades, foi internada dia 19/05 e veio a óbito dia 23/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

595º óbito – mulher, 59 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular, foi internada dia 16/05 e veio a óbito dia 21/05, em hospital filantrópico, em Salvador;

596º óbito – homem, 84 anos, residente em Salvador, sem informação de comorbidades, data de internação não informada, veio a óbito dia 26/05, em unidade da rede privada, em Salvador;

597º óbito – homem, 79 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular, veio a óbito dia 20/05, em domicílio, em Salvador;

598º óbito – homem, 91 anos, residente em Salvador, portador de diabetes, doença do sistema nervoso e imunodeficiência, foi internado dia 17/04 e veio a óbito dia 08/05, em hospital filantrópico, em Salvador;

599º óbito – homem, 46 anos, residente em Salvador, sem comorbidade, foi internado dia 23/04 e veio a óbito dia 02/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

600º óbito – homem, 56 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, data de internação não informada, veio a óbito dia 20/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

601º óbito – homem, 88 anos, residente em Salvador, sem informação de comorbidades, data de internação não informada, veio a óbito dia 15/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

602º óbito – mulher, 85 anos, residente em Salvador, portadora de doença do sistema nervoso, foi internada dia 24/04 e veio a óbito na mesma data, em unidade da rede pública, em Salvador;

603º óbito – homem, 93 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Sem informação sobre a data de admissão, veio a óbito dia 25/05, em unidade da rede pública, em Salvador;

604º óbito – homem, 46 anos, residente em Juazeiro do Norte (Ceará), portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internado dia 11/05, veio a óbito dia 13/05, em hospital da rede pública, em Santa Maria da Vitória.

605º óbito – mulher, 70 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, diabetes mellitus e outras comorbidades. Internada dia 17/05, veio a óbito dia 25/05 em hospital filantrópico, em Salvador;

606º óbito – homem, 88 anos, residente em Itabuna, portador de doença cardiovascular. Foi internado dia 25 e veio a óbito dia 27/05 em hospital da rede pública, em Vitória da Conquista;

607º óbito – homem, 56 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e doença cardiovascular. Sem data de internação, veio a óbito dia 27/05, em hospital da rede pública, em Salvador.

608º óbito – mulher, 84 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus e doença cardiovascular. Internada dia 22/05, veio a óbito dia 28/05 em hospital da rede particular, em Salvador;

609º óbito – mulher, 81 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular. Sem data de internação informada, veio a óbito dia 20/05, em unidade da rede pública de saúde, em Salvador.