O Jornal da Cidade

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O Prêmio Nobel da Paz de 2023 foi concedido nesta sexta-feira, 6, para a ativista iraniana Narges Mohammadi. Segundo os organizadores, a vencedora ganhou o premio pela sua luta pelos direitos das mulheres no Irã contra a "sistemática descriminação e opressão do regime iraniano".

O Comitê do Prêmio Nobel destacou que Mohammadi já foi presa 13 vezes no Irã e condenada a 31 anos de prisão por conta de seu ativismo. Mesmo da prisão, a ativista conseguiu continuar a sua luta pelos direitos das mulheres no país persa e foi uma das lideranças da onda de protestos no ano passado no Irã após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que foi morta após ser detida pela polícia iraniana em Teerã sob a acusação de não usar o hijab, véu que cobre os cabelos, de maneira adequada.

"Ela apoia a luta das mulheres pelo direito a vida e a liberdade de expressão e contra as regras que exigem que as mulheres permaneçam fora da vista e cubram os seus corpos. As reivindicações de liberdade expressas pelos manifestantes aplicam-se não apenas às mulheres, mas a toda a população", apontou Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Norueguês do Nobel

Andersen afirmou que o Nobel é um reconhecimento do movimento pela luta pelos direitos das mulheres no Irã. " A líder indiscutível deste movimento é Nargis Mohammadi. O impacto do prêmio não cabe ao comitê do Nobel decidir. Esperamos que seja um incentivo para continuar o trabalho em qualquer forma que este movimento considere adequada."

Ela é a 19ª mulher a ganhar o Prêmio Nobel da Paz e a segunda iraniana, depois que a ativista de direitos humanos Shirin Ebadi ganhou o prêmio em 2003.

Protestos

Mohammadi estava atrás das grades nos recentes protestos em todo o país pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu depois de ter sido detida pela polícia moral do país.

As manifestações foram as maiores contra o regime iraniano desde a Revolução Islâmica de 1979. Mais de 500 pessoas foram mortas e 22 mil foram presas.

A ganhadora do Nobel da Paz de 2023 conseguiu publicar um artigo de opinião para o The New York Times direto da prisão. "O que o governo pode não compreender é que quanto mais de nós eles prendem, mais fortes nos tornamos", escreveu ela.

Antes de ser presa, Mohammadi era vice-presidente do banido Centro de Defesa dos Direitos Humanos do Irã. Ela é próxima de Ebadi, que fundou o centro e ganhou o Nobel da Paz.

A ganhadora do Nobel da Paz é engenheira de formação e recebeu o Prêmio Andrei Sakharov 2018. O marido de Mohammadi e colega ativista dos direitos humanos, Taghi Rahmani, e seus filhos gêmeos de 16 anos vivem em Paris. Rahmani disse esta semana que o Prêmio Nobel seria uma homenagem às décadas de trabalho de sua esposa no Irã.

Como funciona o Nobel da Paz

O prêmio Nobel da Paz é concedido, desde 1901, a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade, conforme o desejo de se criador, o inventor sueco Alfred Nobel. Ele é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz.

O prêmio é entregue pelo Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros escolhidos pelo Parlamento norueguês. O vencedor recebe, além de uma medalha de ouro, uma premiação em dinheiro. Em 2023, a Fundação Nobel afirmou que os ganhadores do Premio Nobel irão receber 11 milhões de coroas suecas (R$ 4,8 milhões), uma premiação maior do que nos anos anteriores.

Indicar uma pessoa a um prêmio Nobel é relativamente simples. O comitê organizador distribui (e fornece em seu site) formulários para centenas de formadores de opinião.

As fichas com as sugestões são enviadas até o fim de janeiro de cada ano e então cada uma delas é avaliada até outubro, quando os vencedores são anunciados. Ao longo desse processo, a lista é reduzida para uma versão menor, com no mínimo cinco e no máximo 20 nomes, que são revisados. Os jurados debatem essa lista e buscam alcançar o consenso - quando ele não acontece, a escolha se dá por votação.

A entrega dos prêmios ocorre em dezembro. Mas pode acontecer de o comitê decidir que ninguém mereceu vencer o Nobel da Paz naquele ano - a honraria não foi entregue em 20 ocasiões, a mais recente delas em 1972.

Ate hoje, cinco vencedores não puderam participar da cerimônia em Oslo. Em 1936, o jornalista e pacifista alemão Carl von Ossietzky estava em um campo de concentração nazista. Em 2010, o dissidente chinês Liu Xiaobo foi preso e, portanto, sua cadeira, na qual o prêmio foi depositado, ficou simbolicamente vazia. Desde 1974, os estatutos da Fundação Nobel estipulam que um prêmio não pode ser concedido postumamente, a menos que a morte ocorra após o anúncio do nome do vencedor.

Outros premiados com o Nobel da Paz

Em 2022, o Nobel ficou com uma pessoa e duas organizações: Ales Bialiatski, ativista de Belarus, a organização de defesa dos Direitos Humanos da Rússia, Memorial, e o Centro das Liberdades Civis, da Ucrânia.

Já em 2021, o Nobel da Paz foi concedido para os jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitri Muratov, da Rússia, pela "contribuição essencial de ambos para a liberdade de expressão e pelo jornalismo em seus países".

Maria Ressa é conhecida por ser cofundadora do Rappler, principal site de notícias que lidera a luta pela liberdade de imprensa nas Filipinas e combate à desinformação, e enfrenta constante assédio político no país. Já Muratov é editor-chefe do jornal Novaya Gazeta, um dos poucos veículos na Rússia críticos do governo do presidente Vladimir Putin, fechado depois do endurecimento das leis russas com a guerra da Ucrânia.

Em 2020, o Prêmio Nobel da Paz foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos (PMA), uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Roma. Segundo os organizadores, o trabalho do PMA foi reconhecido por conta do trabalho do grupo para "impedir o uso da fome como arma de guerras e conflitos".

Em 2019, o laureado foi o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, "por seus esforços para alcançar a paz e a cooperação internacional, principalmente por sua iniciativa decisiva destinada a resolver o conflito na fronteira com a Eritreia".

Em 2018, a jovem yazidi Nadia Murad e o ginecologista congolês Denis Mukwege ganharam o Nobel da Paz por seus esforços contra o uso da violência sexual como arma de guerra. No ano anterior, ganhou a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares, por chamar a atenção para as consequências do uso do armamento e chegar a um acordo pelo fim das armas nucleares.

Em 2017, em razão de seus esforços para obter um acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos levou o prêmio.

Algumas das grandes surpresas incluem a paquistanesa Malala Yousafzai, que recebeu o prêmio em 2014, aos 17 anos, "pela luta contra a opressão das crianças e dos jovens e pelo direito de todas as crianças à educação". Ela se tornou a pessoa mais jovem a receber o Nobel.

Outra grande surpresa, muito contestada à época, foi a escolha, em 2009, do então presidente americano Barack Obama, agraciado por seus "esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos".

A escalada de assassinatos na Bahia, que virou pauta da mídia nacional nas últimas semanas, trouxe o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, a Salvador, ontem, para tentar transmitir a ideia de que o governo federal tem ferramentas para ajudar o estado a combater o crime organizado. A área da segurança pública é a de pior avaliação do governo Lula, segundo recente pesquisa do Instituto Atlas.

Na capital baiana Dino e o governador Jerônimo Rodrigues apresentaram acordos firmados e fizeram, dentre outras ações, a entrega de veículos e equipamentos destinados ao incremento do sistema prisional da Bahia, o repasse de R$ 5 milhões para o Programa Escola Segura e a inauguração do novo prédio da Superintendência da PF da Bahia. Ainda assim, tanto o ministro quanto o governador foram evasivos ao responder a questionamentos da imprensa sobre o plano para conter a onda de crimes.

O ministro anunciou de antemão que a Bahia possui um crédito de aproximadamente R$ 90 milhões, referente a recursos já existentes do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e que, na ocasião, estava recebendo mais R$ 134 milhões. Desse valor, R$ 39 milhões são relativos ao FNSP deste ano, que junto ao extra do Governo Federal, totalizou R$ 59 milhões.

“Desse valor, metade o governador já recebeu e metade a gente paga antes do Natal. Estamos fazendo uma transferência extra para o Governo do Estado de R$ 20 milhões, porque esse foi um pedido do governador Jerônimo para aluguel e compra de viaturas”, afirmou Flávio Dino.

Fortalecimento

O ministro também anunciou que está trabalhando para conseguir doar para a Bahia câmeras com tecnologia norte-americana, que devem ser implantadas no fardamento de policiais ainda neste ano.

“Deve ser a próxima parceria com o Governo do Estado para que haja, pioneiramente no Brasil, a utilização de tecnologia dos Estados Unidos. Nós vamos colocar à disposição da Bahia, porque isso também serve para proteger os profissionais e facilitar as investigações”, disse.

O uso de câmeras nas fardas dos policiais é uma demanda de parte da população, que acredita que a medida pode diminuir a letalidade policial na Bahia.

Letalidade

Segundo o titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), Marcelo Werner, em pronunciamento durante o evento, o desafio diário da secretaria é combater o crime organizado e diminuir a violência no estado.

“A gente vem trabalhando muito aqui na Bahia para poder diminuir e estamos diminuindo, melhorando todos os índices de criminalidade a partir de três eixos fundamentais”, disse, referindo-se à integração intersetorial, ao fortalecimento das ações de investigação e inteligência e à integração com os municípios.

Entre as justificativas para o emprego da força letal por parte da polícia baiana, está o combate ao tráfico de drogas e às facções. No mês passado, o bairro de Valéria, em Salvador, foi palco de uma megaoperação que resultou na morte de quatro suspeitos e do policial federal Lucas Caribé, 42 anos.

A região é disputada por facções por conta da vegetação nativa e densa, que possibilita esconderijo aos criminosos. Além de Valéria, outras regiões sofrem com a ação das organizações criminosas. O Comando Vermelho (CV), facção carioca que se estabeleceu na Bahia em 2020, vem alterando o direito de ir e vir das pessoas há, pelo menos, um ano, entre o final da Estrada Velha do Aeroporto e os fundos dos bairros Mussurunga II e Alphaville II.

No Alto das Pombas, onde o CV e a facção Bonde do Maluco (BDM) disputam o tráfico, a situação é a mesma. Em pronunciamento durante o evento, Jerônimo Rodrigues admitiu que a Bahia vive uma guerra contra o crime organizado.

Questionados sobre qual das medidas anunciadas seriam mais imediatas, e também sobre a possibilidade do uso da Força Nacional na Bahia, para auxiliar no combate à criminalidade, o governador Jerônimo não respondeu.

Já Flávio Dino foi evasivo na resposta ao primeiro questionamento e afirmou que, por hora, a opção do uso da Força Nacional não foi considerada necessária. “Essa é uma análise feita todos os dias. Nós confiamos nas equipes policiais da Bahia e no trabalho da PF e da PRF. Caso haja, eventualmente, uma mudança de cenário, é claro que a Força Nacional estará à disposição”, garantiu.

Ao ser mencionada a assinatura que autorizou o uso da Força Nacional para combater o crime organizado em Maré, no Rio de Janeiro, Dino argumentou que a Bahia tem um contexto com as facções que se difere do Rio de Janeiro. “No caso do Rio de Janeiro, há uma situação que se estende por décadas".

Investimentos e atos assinados
Inauguração das obras de modernização da sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) da Bahia – R$22 milhões
Programa Escola Segura – Cerca de R$6 milhões
Doações à polícia baiana – Cerca de R$1 milhão
Sistema penitenciário do estado – R$5,2 milhões
Nova unidade da Polícia Rodoviária Federal – R$411 mil
Fumando a Fundo, no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) – R$5 milhões
Programas que trabalham com juventude, política, arte e drogas – R$6,8 milhões
Apoio às mulheres vítimas de violência – R$2 milhões
Parceria entre o Governo Federal e o Governo da Bahia – R$23 milhões
Entrega simbólica da PF de Vitória da Conquista
Assinatura do termo de cooperação para implantação da Delegacia da PF em Feira de Santana, em até 45 dias
Acordo de cooperação técnica para criação de Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), em Ilhéus
Entrega de veículos e equipamentos destinados ao incremento no sistema prisional da Bahia

A capital baiana e sua região metropolitana já registraram 39 chacinas com 159 mortos em 2023, de acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado até essa quarta-feira (4) . O Fogo Cruzado usa o mesmo critério adotado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo que considera chacinas como eventos onde há 3 ou mais mortos civis em uma mesma situação — mesmo que o motivo dos disparos seja outro, como assaltos, ataques, operações, etc.

“Na etiologia das chacinas, inegavelmente, destacam-se as derivadas de atuações em facções criminosas e tráfico de drogas. Acertos de contas, queimas de arquivo, vinganças, retaliação por mortes de agentes do estado, feminicídios, extermínios por milicianos e conflitos agrários seguem entre as demais causas”, explica o coronel Antônio Jorge, especialista em segurança pública.

Ainda segundo dados do Fogo Cruzado, 126 pessoas foram baleadas em suas residências, sendo que 113 foram mortas e 13 ficaram feridas. Foi ressaltado pelo Instituto que este número inclui todas as situações, desde balas perdidas, chacinas e execuções.

“A maioria dos assassinatos ocorre em vias públicas ou no interior de veículos, mas ambientes residenciais constituem o segundo local mais frequente para os homicídios em série. Bares, casas noturnas, locais ermos, penitenciárias, lojas e hotéis também aparecem nessa lista”, relata o especialista.

Na manhã dessa quinta-feira (5), uma família de origem cigana foi morta em uma residência localizada no bairro Loteamento Amaralina, no município de Jequié - cidade mais violenta do país em 2022. Segundo a Polícia Civil, as mortes estão sendo investigadas por equipes da Delegacia Territorial (DT/Jequié) e da Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (9ª Coorpin). Conforme as informações da Polícia Civil, ainda não se sabe qual a motivação por trás do crime ou a sua autoria.

Os autores armados invadiram a casa e efetuaram disparos de arma de fogo, atingindo Natiele Andrade de Cabral, de 22 anos, e grávida de nove meses; Laiane Andrade Barreto, cinco anos; Elismar Cabral Barreto, 23; Sulivan Cabral Barreto, 35; Maiane Cabral Gomes, 45 e Lindinoval de Almeida Cabral, 66.

A reportagem não conseguiu contato de familiares ou amigos das vítimas.

O Instituto Fogo Cruzado contabiliza os dados da cidade de Salvador e mais 12 cidades da Região Metropolitana de Salvador. Foi pedido ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsável pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número atualizado de chacinas e de pessoas baleadas em suas residências em todo o estado em 2023, mas foi indicado por eles o uso dos dados do Fogo Cruzado.

Uma única aposta de Salvador faturou o prêmio de R$ 32.747.242,80 milhões na Mega-Sena. O sorteio, realizado nesta quinta-feira (5), em São Paulo, saiu para uma aposta simples, de R$ 5, feita nos canais eletrônicos da Caixa.

Os números sorteados no Concurso 2641 foram: 09 - 24 - 34 - 39 - 45 - 50

Outras duas apostas baianas foram contempladas neste sorteio. Uma aposta de oito dezenas marcadas, feita na Lotérica Boulevard, em Camaçari, fez cinco acertos e levou R$266.014,89.

Já em Itabuna, um bolão de seis cotas feito casa lotérica Pingo de Ouro também acertou cinco, das seis dezenas, e faturou R$88.671,60.

O escritor Ailton Krenak foi eleito nesta quinta-feira (5) para a Academia Brasileira de Letras (ABL), se tornando primeira pessoa indígena a ocupar uma cadeira na instituição.

Krenak lançou sua candidatura em agosto e desde então era considerado favorito, tendo como concorrentes, entre outros, a historiadora Mary Del Priore e outro líder indígena, Daniel Munduruku. A votação entre os acadêmicos deu 23 votos a Krenak, frente a 12 para a historiadora e apenas quatro para Munduruku. Ao todo, havia 15 concorrentes, que disputavam a cadeira número 5, ocupada antes pelo historiador José Murilo de Carvalho, que morreu em agosto, aos 83 anos.

Durante a disputa, Mundukuru, em sua segunda tentativa de chegar à ABL, acusou Krenak de traição. Munduruku afirmou à Folha que se sentiu “abalado” com a “puxada de tapete” do colega, que se inscreveu mesmo sabendo do interesse dele. Segundo ele, os dois haviam combinado de não se enfrentarem. "Ele foi e se inscreveu primeiro", disse Mundurku. “Fiquei abalado. Tinha um combinado nosso de que se fosse para ter um de nós [indígenas] na ABL, esse alguém seria eu. Ele puxou o meu tapete”, completou.

Nos últimos anos, Krenak fortaleceu seu nome no meio intelectual com o lançamento da trilogia de livros "Ideias para Adiar o Fim do Mundo", "A Vida Não É Útil" e "Futuro Ancestral", que trazem suas ideias adaptadas de palestras, com textos curtos, em uma tentativa de disseminar sua visão de mundo.

A ABL tem buscado aumentar a representatividade em suas últimas eleições. Nomes mais populares, como Gilberto Gil e Fernanda Montenegro, entraram recentemente na academia.

O Walmart já vem percebendo um impacto na demanda por pessoas que utilizam Ozempic, Wegovy e outros medicamentos para tratar diabetes e que também têm sido adotados como um redutor de apetite para emagrecer.

- Definitivamente, vemos uma ligeira mudança em comparação com a população em geral, vemos uma ligeira retração na cesta geral. Menos unidades, um pouco menos de calorias - disse John Furner, diretor executivo do Walmart nos EUA.

O Walmart está estudando as mudanças nos padrões de vendas usando dados anônimos sobre seus compradores. Assim, pode observar as mudanças nas compras entre as pessoas que tomam o medicamento e também pode comparar esses hábitos com os de perfis semelhantes de consumidores que não estão usando as injeções.

O Walmart vende medicamentos GLP-1, uma categoria que inclui o Ozempic, por meio de suas farmácias. Em agosto, a empresa disse que eles estavam impulsionando a receita do varejista. As vendas desses medicamentos nos EUA aumentaram 300% entre 2020 e 2022, de acordo com um relatório recente da Trilliant Health.

Furner acrescentou que ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas sobre os medicamentos inibidores de apetite fabricados pela Novo Nordisk e remédios similares.

Um número cada vez maior de CEOs e investidores estão falando sobre como os populares medicamentos para perda de peso podem mudar a economia e os negócios.

No início desta semana, o CEO da fabricante de Pringles e Cheez-Its disse que a empresa está estudando o impacto potencial desses medicamentos sobre os comportamentos alimentares.

- Como tudo o que pode impactar nossos negócios, vamos analisar, estudar e, se necessário, reavaliar - disse Steve Cahillane, CEO da Kellanova, em uma entrevista.

A principal linha de investigação do ataque a tiros na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, é que os quatro médicos foram baleados por engano – três morreram e um está hospitalizado.

A informação foi obtida pela TV Globo com fontes nas polícias. Uma hipótese é a de que traficantes tinha como alvo um miliciano da região de Jacarepaguá que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida. É Perseu que aparece com a camisa do Bahia na última foto tirada pelo grupo de colegas. O médico morreu na hora.

Quem seria o alvo?
Segundo essa linha de investigação, o alvo seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste. Taillon chegou a ser preso em uma operação, no fim de 2020.

Principal linha de investigação é que médicos foram mortos por engano na Barra da Tijuca, no Rio
Segundo apurou a TV Globo, Taillon mora perto do quiosque onde ocorreu o crime.

A polícia investiga se uma pessoa viu o grupo sentado e informou aos assassinos. Na imagem da câmera de segurança, é possível ver um dos atiradores voltando para conferir o Perseu, já baleado.

Outras linhas de investigação, no entanto, ainda não estão descartadas.

Aparente falta de planejamento
Os investigadores também acreditam que o crime não teve um planejamento prévio, e que os criminosos receberam uma informação dando a localização da suposta vítima, e decidiram partir para a empreitada na mesma hora.

Isso explicaria, segundo fontes ouvidas pela TV Globo, um dos assassinos estar vestindo bermuda, traje incomum em casos de execuções feitas com planejamento. Os outros criminosos estavam com camisas e calças escuras, mas não cobriram os rostos.

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil mobilizou equipes para a investigação. Um dos objetivos é refazer o trajeto do veículo usado no crime.

A Polícia Civil do RJ acredita que houve uma execução, já que nada foi levado, e os criminosos chegaram atirando. Testemunhas contaram ainda que os bandidos nada falaram.

O crime
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que três criminosos descem de um carro na Avenida Lúcio Costa, na madrugada desta quinta, e matam três médicos em um quiosque. Um quarto médico também foi baleado e foi levado para um hospital da região.

O vídeo mostra que, assim que o veículo encosta na pista ao lado da ciclovia, os criminosos descem, correm na direção das vítimas e efetuam pelo menos 20 disparos. De acordo com a câmera de segurança, o crime aconteceu à 0h59.

No momento em que os criminosos efetuam os disparos, dois clientes que estavam sentados em uma mesa do estabelecimento correm. A ação durou menos de 30 segundos.

Os médicos estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, que sedia a partir desta quinta-feira o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

Vítima é irmão de deputada federal

Uma das vítimas, o ortopedista Diego Ralf Bomfim, que tinha 35 anos, é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Ele chegou a ser levado para o Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos.

Foi um crime bárbaro, a gente quer apuração', diz a deputada Sâmia Bonfim, irmã de médico assassinado.

Devido à proximidade de uma das vítimas com a parlamentar, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe a investigação.

O médico Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos, foi assassinado em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5), dois dias depois após comemorar seu aniversário. Ele estava na cidade para participar de um congresso de ortopedia.

Perseu nasceu em Ipiaú, a 353 km de Salvador, mas se formou em medicina no ano de 2017, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), em Salvador. Ele era casado e pai de dois filhos.

Ele se especializou em cirurgia de pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, em 2021.

Torcedor do Bahia e amante da ortopedia, Perseu já havia trabalhado no Hospital Cárdio Pulmonar, em Salvador, e de outras unidades de saúde no interior da Bahia.

O médico estava no Rio de Janeiro para participar de um congresso internacional na área de Ortopedia e Traumatologia, sua especialidade. Ele estava hospedado, junto com os outros colegas mortos no mesmo local, no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, que irá sediar a partir desta quinta-feira o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

Perseu estava trabalhando atualmente em uma clínica ortopédica em Ipiaú, onde também permaneceu morando com a família. No Instagram, a prefeitura da cidade emitiu uma nota de pesar lamentando a morte do profissional.

"O Dr. Perseu dedicou os últimos 5 meses de sua vida ao Hospital Geral de Ipiaú, onde atendia com dedicação e comprometimento os cidadãos de Ipiaú e da região. Neste momento de luto, expressamos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e colegas".

Outra unidade de saúde que Perseu trabalhou, o Hospital Geral Prado Valadares, localizado em Jequié, a 365 km de Salvador, também emitiu uma nota de pesar.

"Por sua dedicação e pelos excelentes serviços prestados a nossa Unidade de Saúde, expressamos nossas sinceras condolências à família. Desejamos força e fé, para trilhar os dias difíceis que a dor de sua precoce partida trará!".

O assassinato aconteceu às 0h59, em um quiosque que fica em frente ao hotel que eles estavam hospedados. Ao todo, ao menos 20 disparos ocorreram no local. Perseu, Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato, e Daniel Sonnewend Proença não tiveram os pertences levados.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita que as mortes foram encomendadas, já que os suspeitos chegaram atirando e sabiam quais vítimas iriam receber os disparos.

Nota de pesar Cremeb

O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) emitiu uma nota de pesar no início da manhã desta quinta-feira (5). No texto, eles relembram a passagem de Perseu por hospitais de Salvador, e do interior.

Ainda no comunicado, o Cremeb cita as especificações e formações do médico, que terminou a faculdade há apenas seis anos. Por fim, o conselho exige que as investigações sejam concluídas o mais breve possível.

"O Cremeb espera que este crime não fique impune, que as investigações sejam rapidamente concluídas e que a justiça se faça. Aos amigos e familiares do médico Perseu Ribeiro Almeida, a entidade expressa o seu mais profundo pesar e a sua solidariedade".

O cantor Wesley Safadão aproveitou um tempo de folga na agenda para conversar com os seguidores nesta terça-feira (3). Ele, que estava afastado dos palcos após crises sérias de ansiedade, retornou ao trabalho há alguns dias.

No entanto, mesmo depois de ter ficado mais tranquilo com o tratamento, Safadão revelou que ainda não está bem por completo, mas foi indicado que ficasse até 120 dias longe dos palcos.

"Uma das perguntas que eu mais recebi foi: 'Você está bem mesmo?'. Se eu disser para vocês que eu estou 100%, eu estou mentindo. É um processo, mas eu não queria ficar tanto tempo [longe dos palcos], como foi indicado, dois, três meses", comentou.

Ainda na conversa com os fãs nas redes sociais, o ex-marido de Mileide Mihaile comentou que as crises são bem frequentes dentro do carro, avião, lugares que ele precisa se deslocar para viajar, trabalhar.

Por fim, o dono do evento "TBT" comentou que se tratar psicologicamente não é uma besteira, já que as crises de ansiedade se intensificaram drasticamente

"Também achava que era frescura, achava que nunca iria acontecer comigo. Já tive outros desafios, mas a crise de ansiedade e esse esgotamento são muito ruins. Agora mesmo, depois do almoço, não me senti bem, estava brincando, de uma hora para outra não me senti bem. Tive que deitar. Agora, graças a Deus, estou bem. É um processo. Não estou 100%, mas, pela honra e glória do Senhor, eu vou ficar", finalizou.

A Secretaria da Segurança Pública iniciou a prova de conceito da tecnologia fornecida pela terceira empresa classificada na licitação para aquisição das câmeras corporais – bodycams. A avaliação do equipamento aconteceu no Centro de Operações e Inteligência (COI), na manhã dessa terça-feira (3).

Segundo informações da SSP, em dois dias os analistas vão realizar testes internos e externos para garantir que a ferramenta tenha todas as características previstas no edital e atenda as especificações tecnológicas.

Após a divulgação do resultado da prova, com devidos prazos legais para recurso, ocorrerá a assinatura do contrato. A empresa terá o prazo de 60 dias para entregar as mil primeiras unidades.

Além dos especialistas da Superintendência de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO), a prova também é acompanhada por profissionais da Superintendência de Gestão Integrada da Ação Policial, das Polícias Militar e Civil, de outras empresas candidatas, do Ministério Público Estadual, da Procuradoria Geral do Estado, da Defensoria Pública do Estado e de movimentos sociais.

“Seguimos no propósito de cumprir o que está previsto no edital, buscando a melhor entrega possível para a sociedade, dentro do que foi levantado das melhores práticas no Brasil e no mundo”, frisou o coronel Marcos Oliveira, superintendente da SGTO.