O Jornal da Cidade

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O Projeto de Lei 4503/20 proíbe o aumento de preços, sem justa causa, de itens da cesta básica durante a vigência do estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus, que vai até dezembro.

Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, a data base de fixação dos preços será dia 1º de março de 2020. Os aumentos após esta data, sem justa causa, serão punidos com multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil por item.

Reiterada a prática de aumento de preços, o estabelecimento será interditado pelo prazo de 30 dias.

Autor da proposta, o deputado André Janones (Avante-MG) destaca que, do início do ano até julho, houve aumento médio de 34% no preço do feijão, enquanto o quilo de arroz encareceu em média 23%, conforme estudo realizado por uma plataforma de inteligência de mercado.

“De acordo com levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), os preços médios de produtos da cesta básica aumentaram, em agosto, em 13 das 17 capitais pesquisadas”, aponta. “Os dados mostram que os produtos mais básicos para o dia a dia do brasileiro aumentaram muito acima da inflação”, critica.

Exportação
Janones também cita avaliação de economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) segundo a qual “entre vender dentro do País e mandar para o exterior, o produtor brasileiro tem escolhido a exportação, porque está ganhando mais dinheiro”.

Conforme o projeto apresentado pelo deputado, o Poder Executivo poderá impor limites à exportação de itens da cesta básica se houver risco de desabastecimento interno ou de aumento exagerado de preços no Brasil.

Outras propostas
Na Câmara, já tramitam outros projetos que visam limitar os preços da cesta básica durante a pandemia, como o PL 2608/20, o PL 2879/20 e o PL 2211/20.

A delegada Maria Selma, investigada após denúncia de que seria chefe de uma organização que cometia crimes contra o patrimônio e tráfico de drogas, se defendeu nesta quarta-feira (9). Ela disse que as acusações são caluniosas feitas por outra delegada que foi presa por tortura, e que isso seria fruto de uma retaliação.

"Essas calúnias foram inventadas por essa delegada que foi presa recentemente por tortura. Está se vingando. E por esses quatro investigadores que eu tirei da delegacia de veículos, porque estão respondendo, tanto na Corregedoria quando na Justiça, por extorsão. Eu vou processar todos e quero dizer que eu confio na Justiça porque vai chegar à verdade real", disse ela em uma rede social.

A delegada a quem Maria Selma se refere é Carla Santos Ramos, que foi presa em outubro de 2019 pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), que na época era dirigido por Maria Selma. Carla Ramos foi detida junto com três investigadores pelo uso de tortura. Ela foi exonerada do cargo de titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR).

Ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que investiga o caso junto com a Corregedoria da Polícia Civil, a delegada Carla Ramos entregou um documento, onde alega ter fornecido provas em relatórios que demonstrariam que a delegada Maria Selma lidera um organização criminosa, que teria inclusive policiais para praticar crimes, entre eles, tráfico de drogas.

O jornalismo da TV Bahia tentou contato com Carla, mas ela não respondeu às mensagens. Atualmente, a delegada segue na Polícia Civil, mas sem o cargo de titular e respondendo processo administrativo.

O advogado da delegada Maria Selma, Sérgio Habib, informou que as investigações devem ser concluídas logo, e que ela vai prestar depoimento na Corregedoria Geral da Polícia Civil nos próximos dias.

“Quero crer que com algumas diligências que ainda se façam necessárias, esse inquérito será concluído e remetido ao Ministério Público. Acredito que são infundadas, a delegada Selma tem uma história, um passado de trabalho. Muitos e muitos anos na Polícia Civil. O trabalho dela é um trabalho reconhecido", disse ele.

Sérgio Habib falou ainda que Maria Selma é conhecida pelo trabalho dela principalmente no bairro da Pituba, onde fica a DCCP.

"A comunidade da Pituba, de quando ela trabalhou na Pituba, sabe e conhece bem o trabalho dela e tenho certeza de que tudo isso será esclarecido e que nós iremos separar o joio do trigo. Quem realmente teve participação nos fatos, irá responder na medida da sua culpabilidade. E se provar que foi feito por ela, ela também irá se defender e eu acredito que ela venha a ser isenta de todas essas acusações e responsabilidade", complementou.

Atualmente, a delegada Maria Selma também está afastada do cargo após ter pedido uma licença prêmio de seis meses. Ela deixou o cargo de diretora da DCCP após ter contraído Covid-19.

Em nota, a Polícia Civil informou que a Corregedoria investiga a situação. Já o MP-BA disse que a apuração segue sob sigilo e que as denúncias foram entregues ao Grupo de Apoio Especial de Combate ao Crime Organizado, do próprio MP-BA.

Os testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca foram suspensos temporariamente, conforme anunciou a empresa nesta terça-feira (8).

A farmacêutica esclareceu que o protocolo de segurança foi acionado após um dos voluntários no Reino Unido apresentar reação adversa que pode estar vinculada à vacina.

A empresa não divulgou detalhes do caso, mas o jornal "The New York Times" informou que o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal.

A suspensão vale também para o Brasil, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma das responsáveis pelo estudo no país. A Unifesp informou que 5 mil voluntários brasileiros já foram vacinados e que "não houve registro de intercorrências graves de saúde".

Segundo a AstraZeneca, o "procedimento padrão de revisão" dos estudos foi acionado e a vacinação foi pausada "voluntariamente para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente".

"Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos." — AstraZeneca

Na mesma nota, a farmacêutica ainda ressaltou que trabalha na revisão do caso do paciente.

"Em grandes ensaios, os eventos adversos acontecem por acaso, mas devem ser revistos de forma independente para verificar isso cuidadosamente. Estamos trabalhando para acelerar a revisão de um único evento para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste. Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e os mais altos padrões de conduta em nossos testes", informou a farmacêutica.

Aposta do Ministério da Saúde
A vacina de Oxford/AstraZeneca é a principal aposta do Ministério da Saúde para imunizar a população.

Ao todo, o Brasil prevê desembolsar R$ 1,9 bilhão com a vacina, sendo R$ 1,3 bilhão para pagamentos à farmacêutica, R$ 522,1 milhões para a produção das doses pela Fiocruz/Bio-Manguinhos e R$ 95,6 milhões para a absorção da tecnologia pela Fiocruz.

O ministro-interino da saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer também nesta terça que planeja a campanha de vacinação contra a Covid-19 para janeiro de 2021.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por autorizar os testes no Brasil, disse ter sido avisada da suspensão. "A agência aguarda o envio de mais informações sobre os motivos da suspensão para analisar os dados e se pronunciar oficialmente", informou a Anvisa.

A Fundação Oswaldo Cruz disse que foi informada pelo laboratório britânico e que vai acompanhar os resultados das investigações para se manifestar oficialmente.

Reação adversa
O jornal "The New York Times" informou que o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal e pode ser desencadeada por diferentes motivos. O jornal atribuiu o dado a uma pessoa próxima do caso e que falou sob condição de anonimato.

A informação foi a mesma obtida pela pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, que concedeu entrevista para a GloboNews sobre o tema (veja o vídeo abaixo).

"Eu consegui falar com a Inglaterra assim que a informação saiu, mas nós sabemos que houve um caso de uma manifestação chamada mielite transversa, que é uma manifestação clínica - muitas vezes autoimune - atribuível a várias doenças. É uma manifestação neurológica que pode evoluir com perda temporária, parcial ou grande, afetando a medula humana e que isso pode estar ou não relacionado a vacina", disse Margaret.

Nove vacinas na última fase de testes
Além da candidata da Universidade de Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca, mais oito vacinas estão na terceira e última fase de testes em humanos, a última antes da liberação.

Etapas para a produção de uma vacina
Para se produzir uma vacina, leva tempo. A mais rápida desenvolvida até o momento foi a vacina contra a caxumba, que precisou de cerca de quatro anos até ser licenciada e distribuída para a população.

Antes de começar os testes em voluntários, a imunização passa por diversas fases de experimentação pré-clinica (em laboratório e com cobaias). Só após ser avaliada sua segurança e eficácia é que começam os testes em humanos, a chamada fase clínica – que são três:

Fase 1: é uma avaliação preliminar da segurança do imunizante, ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são monitorados de perto. É neste momento que se entende qual é o tipo de resposta que o imunizante produz no corpo. Ela é aplicada em dezenas de participantes do experimento.

Fase 2: na segunda fase, o estudo clínico é ampliado e conta com centenas de voluntários. A vacina é administrada a pessoas com características (como idade e saúde física) semelhantes àquelas para as quais a nova vacina é destinada. Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser administrada.

Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações. Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a durabilidade da proteção. Apenas depois desta fase é que se pode fazer um registro sanitário.

A Bahia registrou 40 novos óbitos e 2.274 novos casos confirmados de covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) nas últimas 24h, de acordo com novo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (9).

Ao todo, 2.245 pessoas são consideradas curadas (+0,9%), o que faz com que os casos ativos da doença se mantenham em queda, com 7.830 casos ativos atualmente. Dos 275.088 casos confirmados desde o início da pandemia, 261.484 já são considerados curados.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 416 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (29,36%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (6.067,14), Almadina (5.911,41), Itabuna (5.264,44), Dário Meira (4.967,32), Salinas da Margarida (4.793,92).

Apenas Novo Horizonte não tem registro da doença desde o início da pandemia, em março.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 518.122 casos descartados e 85.196 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (9).

Na Bahia, 24.104 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 40 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Bahia registra 40 mortes e 2.274 novos casos de covid-19 em 24h

Perfis
O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 5.774, representando uma letalidade de 2,10%. Dentre os óbitos, 55,80% ocorreram no sexo masculino e 44,20% no sexo feminino.

Em relação ao quesito raça e cor, 52,44% corresponderam a parda, seguidos por branca com 16,56%, preta com 15,50%, amarela com 0,81%, indígena com 0,10% e não há informação em 14,58% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 75,01%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (76,24%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Seguindo com a estratégia de firmar parcerias com países que estão avançando na produção de vacinas contra o novo coronavírus, o governador Rui Costa (PT) informou nesta quarta-feira (9) que a Bahia vai receber 500 doses da imunização produzida na Rússia.

De acordo com ele, o documento original já havia sido assinado e, na terça-feira (8), as partes avançaram para o protocolo mais formal, com garantias que foram enviadas à embaixada russa.

“Vamos estar recebendo, em breve, 500 doses que vamos aplicar para participar dessa linha de pesquisa da vacina russa, que felizmente os primeiros testes feitos em instituições na Europa apresentaram resultados extremamente positivos”, afirmou.

O governador demonstrou confiança no avanço da pesquisa. “Ela segue a linha mais tradicional e antiga no mundo de produção de vacina. Não tem nenhum pulo do gado, inovação recente, o que torna o processo talvez mais seguro e a taxa de acerto vá ser maior porque é a prática mais consolidada de produção de vacinas”, declarou, em coletiva à imprensa.

Já tendo firmado acordos com outros países, a exemplo da China, Rui Costa que o governo de Jair Bolsonaro adote a mesma posição, para não depender apenas de um estudo, que pode vir a falhar, como ocorreu com a vacina de Oxford, cujo os testes foram suspensos após um paciente sofrer efeito adverso.

“Continuamos buscando parcerias. A União deveria estar sendo mais incisiva. Faz parte da pesquisa da ciência o sucesso e, às vezes, o insucesso em determinadas linhas de pesquisa. A estratégia nunca deve ser apostar em uma única linha de vacina, porque na ciência é assim. O ideal é que o país planeje apoiar e participar de várias pesquisas de vacina, independente da nacionalidade que essa vacina venha, porque algumas vão dar certo e outras não”, disse, durante entrega de unidades de saúde no bairro de Pirajá, em Salvador.

Contendas do Sincorá, Ipupiara e Ituaçu terão o transporte suspenso a partir de quinta-feira (10). A medida, que tem o objetivo de conter o avanço do novo coronavírus na população baiana, foi publicada em decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta (9).

Ficam suspensas nesses municípios a circulação, a chegada e a saída de qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.

O decreto ainda autoriza a retomada do transporte intermunicipal em América Dourada, Ibipitanga, Matina e Rio do Pires, cidades com 14 dias ou mais sem novos casos de Covid-19.

Lista de municípios

No total, a Bahia possui 358 cidades com transporte suspenso. São elas: Abaíra, Abaré, Acajutiba, Adustina, Água Fria, Aiquara, Alcobaça, Almadina, Amargosa, Anagé, Andaraí, Andorinha, Angical, Anguera, Antas, Antônio Gonçalves, Aporá, Apuarema, Aracatu, Araci, Arataca, Aurelino Leal, Baianópolis, Baixa Grande, Banzaê, Barra, Barra da Estiva, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barra do Rocha, Barreiras, Barro Alto, Barro Preto, Barrocas, Belmonte, Belo Campo, Biritinga, Boa Nova, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Boninal, Bonito, Boquira, Botuporã, Brejões, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Brumado, Buerarema, Buritirama, Caatiba, Cabaceiras do Paraguaçu, Caculé, Caém, Caetanos, Caetité, Cafarnaum, Caldeirão Grande, Camacã, Camamu, Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Canápolis, Canarana, Canavieiras, Candeal, Candiba, Cândido Sales, Cansanção, Canudos, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Caraíbas, Caravelas, Cardeal da Silva, Carinhanha, Casa Nova, Castro Alves, Catolândia, Central, Chorrochó, Cícero Dantas, Cipó, Coaraci, Cocos, Conceição do Coité, Conde, Condeúba, Contendas do Sincorá, Cordeiros, Coribe, Coronel João Sá, Correntina, Cotegipe, Cravolândia, Crisópolis, Cristópolis, Curaçá, Dário Meira, Dom Basílio, Elísio Medrado, Encruzilhada, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Fátima, Feira da Mata, Filadélfia, Firmino Alves, Floresta Azul, Formosa do Rio Preto, Gandu, Gavião, Gentio do Ouro, Glória, Gongogi, Guanambi, Guaratinga, Heliópolis, Iaçu, Ibiassucê, Ibicaraí, Ibicoara, Ibicuí, Ibipeba, Ibirapitanga, Ibirapuã, Ibirataia, Ibititá, Ibotirama, Ichu, Igaporã, Igrapiúna, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Ipirá, Ipupiara, Irajuba, Iramaia, Iraquara, Irecê, Itabela, Itaberaba, Itabuna, Itacaré e Itaetê.

A restrição ainda inclui os municípios de Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itaguaçu da Bahia, Itaju do Colônia, Itajuípe, Itamaraju, Itamari, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itapitanga, Itaquara, Itarantim, Itatim, Itiruçu, Itiúba, Itororó, Ituaçu, Ituberá, Jaborandi, Jacaraci, Jacobina, Jaguaquara, Jaguarari, Jandaíra, Jequié, Jiquiriçá, Jeremoabo, Jitaúna, João Dourado, Juazeiro, Jucuruçu, Jussara, Jussari, Jussiape, Lafaiete Coutinho, Laje, Lajedão, Lajedinho, Lajedo do Tabocal, Lamarão, Lapão, Lençóis, Licínio de Almeida, Livramento de Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Macajuba, Macarani, Macaúbas, Macururé, Maetinga, Maiquinique, Mairi, Malhada, Malhada de Pedras, Manoel Vitorino, Mansidão, Maracás, Maraú, Marcionílio Souza, Mascote, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Milagres, Mirangaba, Mirante, Monte Santo, Morpará, Morro do Chapéu, Mortugaba, Mucugê, Mucuri, Mulungu do Morro, Mundo Novo, Muquém do São Francisco, Mutuípe, Nilo Peçanha, Nordestina, Nova Canaã, Nova Fátima, Nova Ibiá, Nova Itarana, Nova Redenção, Nova Soure, Nova Viçosa, Novo Triunfo, Olindina, Oliveira dos Brejinhos, Ouriçangas, Ourolândia, Palmas de Monte Alto, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Paripiranga, Pau Brasil, Paulo Afonso, Pé de Serra, Pedro Alexandre, Piatã, Pilão Arcado, Pindaí, Pindobaçu, Pintadas, Piraí do Norte, Piripá, Piritiba, Planaltino, Planalto, Poções, Ponto Novo, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Dutra, Presidente Jânio Quadros, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Quijingue, Quixabeira, Rafael Jambeiro, Remanso, Retirolândia, Riachão das Neves, Riachão do Jacuípe, Riacho de Santana, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal e Ribeirão do Largo.

Também estão com transporte suspenso Rio de Contas, Rio do Antônio, Rio Real, Rodelas, Ruy Barbosa, Salinas da Margarida, Santa Bárbara, Santa Brígida, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz da Vitória, Santa Inês, Santa Luzia, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Santa Teresinha, Santaluz, Santana, Santanópolis, São Desidério, São Domingos, São Félix do Coribe, São Gabriel, São José da Vitória, São José do Jacuípe, São Miguel das Matas, Sapeaçu, Sátiro Dias, Saúde, Seabra, Sebastião Laranjeiras, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Serra Preta, Serrinha, Serrolândia, Sítio do Mato, Sítio do Quinto, Sobradinho, Souto Soares, Tabocas do Brejo Velho, Tanhaçu, Tanque Novo, Tanquinho, Taperoá, Tapiramutá, Teixeira de Freitas, Teofilândia, Teolândia, Terra Nova, Tremedal, Tucano, Uauá, Ubaíra, Ubaitaba, Ubatã, Uibaí, Umburanas, Una, Urandi, Uruçuca, Utinga, Valença, Valente, Várzea da Roça, Várzea do Poço, Várzea Nova, Varzedo, Vereda, Vitória da Conquista, Wagner, Wanderley, Wenceslau Guimarães e Xique-Xique.

Em sua 12ª edição que estreou na última terça-feira (8), o programa revirou o baú dos artistas e das subcelebridades, colocando em confinamento uma mistura curiosa.

Listamos os famosos que vão brigar pelo prêmio de R$ 1,5 milhão dado pela Record em 2020. Confira:

Jojo Todynho: a funkeira de 23 anos ficou conhecida em 2017 após o hit ‘Que Tiro Foi Esse’. Na época a artista ganhou o apoio de Anitta e por isso cresceu ainda mais nas redes sociais.

Biel: o MC de 24 anos, foi uma das primeiras celebridades canceladas na internet após assediar uma jornalista e agredir a ex-mulher, Duda Castro. Em entrevista, o funkeiro disse que espera se redimir dos erros.

Stefani Bays e Lipe Araújo: apesar de serem listados como um casal, os dois participantes do ‘De Férias com o Ex – Brasil’ (25 e 28 anos respectivamente) não tem nenhum romance rolando, inclusive os dois vivem em pé de guerra e é por uma briga dos influenciadores digitais que o público espera.

Mateus Carrieri: o ator de 53 anos, que já está acostumado com o confinamento, após integrar o elenco de ‘Casa dos Artistas’, trouxe ao público uma memória curiosa, sua polêmica capa da revista G Magazine ao lado do filho, Kaíke Carrieri.

Jakelyne Oliveira: a modelo e influencer de 27 anos é mais conhecida pelo título de Miss Brasil que conquistou em 2013. Solteira, a artista vem de um fim de romance com Henri Casteli.

Raissa Barbosa: a ex-Miss Bumbum, de 29 anos, é mais conhecida por ser um desafeto da funkeira MC Mirella.

Lucas Maciel e Carol Narizinho: encontro de exs? Ex-colegas de trabalho. O humorista, de 26 anos e a influenciadora de 30, participaram do extinto programa ‘Pânico’, na Band.

Lucas Strabko: mais conhecido como Cartolouco, o ex-comentarista da Globo, de 25 anos, foi demitido da emissora após diversas polêmicas no local de trabalho, causadas pelo seu comportamento pouco profissional.

MC Mirella: a funkeira, de 22 anos, é uma das mais bombadas nas redes sociais e tem dentro da casa o ex-affair, Biel. A cantora foi acusada de aliciar menores em uma espécie de tráfico, no qual ela oferecia garotas para o dono de um shopping como se fosse trabalho de influenciadora digital.

Victória Villarim: a modelo e bailarina de 28 anos, fez parte do programa ‘Casa Bonita’, mas foi apresentada no programa como ex-noiva do cantor Eduardo Costa.

Juliano Ceglia: o jornalista esportivo de 42 anos, usa suas redes sociais, com mais de 60 mil seguidores, para dar dicas de saúde e bem-estar.

Fernandinho Beatbox: conhecido como um dos maiores nomes do beatbox no Brasil, o paulistano de 45 anos, surpreendeu ao aparecer na casa, já que não havia sido especulado por ninguém.

JP Gadêlha: o bombeiro baiano de 31 anos, que participou da versão brasileira do The Circle, se tornou comentarista oficial dos realities na web e chegou a receber o título de biscoiteiro. Só não vai conseguir comentar o próprio programa.

Lidi Lisboa: a atriz de 36 anos, que tem passagens pela Globo e Record, promete colocar todo mundo no lugar. Vale lembrar que a artista já foi acusada de ter ataque de “estrelismo” fora do reality e dentro do jogo foi a primeira a chamar a atenção dos confinados.

Tays Reis: a cantora de 28 anos, ex-vocalista da banda Vingadora, é uma das representantes da Bahia no jogo.

Rodrigo Moraes: apresentador de 35 anos, o rapaz é um dos ‘desconhecidos’ do público, mas fez a audiência suspirar com a beleza e a simpatia.

Luiza Ambiel: a musa da Banheira do Gugu fechou com chave de ouro a sessão nostalgia do elenco. Aos 48 anos, a atriz ainda é lembrada pelo seu período como sex symbol brasileiro.

Mariano: o sertanejo de 33 anos, dupla com Munhoz, já era esperado na casa. O bonitão voltou aos holofotes após se tornar comentarista do programa ‘Soltos em Floripa’.

Já foi o tempo em que o baiano tinha problema nas relações de consumo e deixava pra lá. Agora, as insatisfações têm ido parar na Justiça. Não à toa, os processos relacionados ao direito do consumidor figuram como campeões em número de novos casos no Tribunal de Justiça em 2019, segundo aponta o relatório Justiça em Números, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Nos últimos cinco anos, o crescimento no número de processos de direito do consumidor foi de 104%, saltando de 395.848 em 2015 para 807.754 em 2019. Um desses processos foi o da funcionária pública Natacha Aquino, 32, que viveu um desgaste durante uma viagem para India. “A viagem era com duas escalas e já no primeiro trecho houve atraso de uma hora. Fui obrigada a ficar um dia inteiro esperando em outra cidade. Como estava viajando para fazer um retiro, issome fez perder o único dia que teria livre. Então, resolvi recorrer à justiça”, conta ela.

O processo, iniciado em outubro de 2019, pedia ressarcimento pelos prejuízos financeiros causados pelo atraso e os danos morais pela alteração nos planos. A demanda gerou indenização de mais de R$ 10 mil. “Por mais que demore, vale muito ir atrás dos direitos. Passei por questões que não iriam se resolver sem um processo”, acredita Natacha. 

Entre os assuntos relativos ao direito do consumidor, os danos morais está no primeiro lugar. É o item que mais gerou processos em 2019, segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Completam o ranking do último ano indenizações por danos materiais e inclusão indevida em cadastro de inadimplência. Os mesmos assuntos compõem, até o momento, o ranking de 2020.

Acordo

Especialista em direito do consumidor, Vinicius Barros comenta as razões que podem ter levado mais pessoas a procurar a justiça para resolver questões de consumo. “A quantidade de advogados gera maior oferta de serviço e maior orientação ao cidadão. Além disso, o sistema judicial passou a ser eletrônico. As próprias relações de consumo também experimentam essa automação. Consequentemente, aumentaram não só os lucros, mas também os equívocos”, diz o advogado.

Vinicius chama atenção, ainda, para os acordos feitos dentro da justiça do consumidor. “O acordo é sempre interessante, por ser mais rápido. Porém, precisa ser interessante para todas as partes”, comenta. A falta de interesse em fazer acordo por parte da empresa foi justamente o que aconteceu com a engenheira civil Júlia Valadares, 26, que colocou na justiça uma empresa de ingressos que lhe vendeu um ticket falso. “Comprei o ingresso pro show dos Tribalistas e na hora de entrar deu problema. A empresa não quis diálogo e apenas se defendeu dizendo que não concordava”, relata ela, que, ao final do processo, recebeu R$ 5 mil.

Os acordos, quando ocorrem, podem acontecer de duas formas: extrajudicial (como os mediados pelo Procon) e os realizados depois que o processo já foi iniciado na justiça. O superintendente do Procon-BA Filipe Vieira explica: “Para ir a justiça não é preciso primeiro passar pelo Procon. Mas este consegue ser mais célere e tem uma taxa de de resolução de mais de 90%. Só que existem questões que são exclusivas da justiça, como o dano moral”.

Se a escolha for pelo caminho judicial, FIlipe dá uma orientação importante antes de chegar a uma audiência com o juiz, ou até mesmo à negociação no próprio Procon. “Sempre que o consumidor tiver problemas é importante que ele busque o registro nos canais daquele determinado fornecedor, com uma ligação ou um registro online. É importante que ele registre essa tentativa de solução prévia do problema, que se não for bem sucedida justifique a judicialização”, aconselha.

A situação do estoque de sangue no Hemoba ( Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia) não é boa. O órgão já chegou a ter um déficit de 40% das bolsas de sangue durante a pandemia. A última atualização indicava queda de 17% a menos de bolsas e 15% a menos de candidatos a doação de sangue quando comparado com o mesmo período do ano passado. Virou caso de polícia, mas não no sentido ruim: é que sabendo da situação complicada enfrentada pelo Hemoba a Polícia Militar convidou o seus integrantes para aderirem à campanha “Doe uma gota de carinho”.

O objetivo é sensibilizar e mobilizar tanto a tropa como a sociedade baiana a realizarem a doação de sangue para os bancos da Hemoba que se encontram em situação crítica na capital e interior da Bahia. O exemplo partiu de cima e nesta terça-feira (8/9) o comandante-geral da PM, Anselmo Brandão, fez sua parte e foi o primeiro a doar.

O ato simbólico aconteceu na manhã da terça, na Vila Militar do Centro Administrativo da Bahia (Cab). O Hemoba deixou disponível uma unidade móvel que ficará na Vila Militar até a quarta (9). De acordo com a fundação, além de mobilizar tropas da capital, a Polícia Militar também enviou ofícios para unidades do interior do Estado.

Coordenadora do departamento de Direitos Humanos da PM, a capitã Janaína aponta que o comando da instituição ficou muito sensibilizado ao tomar conhecimento da situação difícil enfrentada pelo Hemoba e entende que é parte do trabalho da corporação mobilizar a tropa em prol de uma causa justa.

“Nos organizamos para mobilizar a sociedade e a tropa e, dessa forma, ajudar a restabelecer a capacidade mínima de bolsas de sangue”, disse a capitã.

São 24 postos de coletas disponíveis além da capital, em cidades como Feira de Santana, Camaçari, Eunápolis, Barreiras, municípios do Recôncavo, Alagoinhas e Vitória da Conquista.

Com a Polícia Militar, a mobilização acontece entre os dias 8 e 11 de setembro. Em Salvador, os postos de coleta ficarão instalados na Vila Policial Militar do CAB nos dias 8 e 9 e na Vila Policial Militar do Bonfim nos dias 10 e 11, das 08h às 17h. As Vilas estarão abertas a quem quiser doar sangue - não apenas militares -, com espaço para triagem e coleta nos Hemóveis.

Parceria

O médico hematologista e diretor da Hemoba Fernando Araújo explica que, dado o cenário de pandemia e isolamento social, os números assustam especialmente pelo aumento das demandas de transfusão com os agravamentos pela covid-19.

“Essa parceria com a Polícia Militar ressalta o compromisso da corporação com a vida do cidadão baiano. A ação é salvar vidas e faz com que honremos cada gesto solidário nesse momento”, diz o médico.

Quatro dos oito tipos sanguíneos disponíveis encontram-se em situação crítica no estoque. São os sangues do tipo A+, A-, O+ e O-. Além disso, as bolsas do tipo B+ estão em estado de alerta.

“O sangue de tipo O+ é o que tem mais saída, é o tipo que tem mais demanda aqui na população baiana. Além disso, o O-, que é o doador universal, também se encontra em estado crítico”, disse o Hemoba em nota.

Ainda segundo a Fundação Hemoba, qualquer pessoa saudável acima dos 18 anos pode doar. O indicado é que pessoas até 59 anos façam essa doação porque o órgão não quer expor pessoas do grupo de risco a sair de casa durante a pandemia. É necessário que o doador tenha o peso acima de 50kg. Menores de idade também podem doar, desde que acompanhados por um responsável legal.

Os doadores precisam apresentar documento original com foto que seja válido em todo o território nacional. Carteira de identidade e de habilitação, por exemplo. Homens podem doar até 4 vezes a cada 12 meses, com intervalo mínimo de 60 dias entre as doações e mulheres podem doar até 3 vezes a cada 12 meses, com intervalo mínimo de 90 dias entre as doações.

É recomendado que o doador ou doadora esteja descansado, alimentado, não tenha ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas e não fume por pelo menos 2 horas antes da triagem.

Atenção: há algumas restrições que são temporárias: pessoas gripadas, resfriadas ou com febre precisam aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para ter a doação liberada. Grávidas também são impedidas de doar, sendo liberadas para fazer o procedimento após 90 dias do parto normal ou 180 da cesárea. Ademais, mulheres nos primeiros 12 meses de amamentação não podem doar. Veja abaixo a lista completa de impedimentos.

Impedimentos temporários
• Ter gripe, resfriado ou febre: espere 15 dias após o desaparecimento dos sintomas;
• Estar grávida;
• Período pós-gravidez (90 dias para parto normal e 180 dias para parto cesariano);
• Período de amamentação (durante os primeiros 12 meses);
• Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impede a doação);
• Ter feito exames/procedimentos endoscópicos nos últimos 6 meses;
• Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis; aguardar 12 meses.

Impedimentos definitivos
• Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade;
• Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatite B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
• Uso de drogas ilícitas injetáveis.

 

Você acredita que tem uma cidade na Bahia aonde 2020 ainda não chegou? Enquanto, desde março, os baianos e o restante do Brasil travam uma luta contra o avanço do novo coronavírus, os moradores de Novo Horizonte podem bater no peito e dizer que não sabem o que é covid-19, em pleno setembro. É que o município é o único do estado, e um das duas cidades do Nordeste, que não tem nenhum caso registrado da doença.

Encravada entre montanhas na Chapada Diamantina, a cidade de Novo Horizonte parece um achado, assim como são as pedras preciosas que atraíram a população para o local e que permitiu a emancipação de Ibitiara, em junho de 1989. O município tem apenas 31 anos e junto com Canavieira, no Piauí, são os únicos do Nordeste sem casos confirmados da doença.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a estimativa é de que 12.500 pessoas vivam na pequena cidade, mas esse dado é flutuante porque a mineração, principal atividade econômica da região, atrai muitos forasteiros durante o ano. E com esse vai e vem de visitantes a pergunta que fazemos é: como o novo coronavírus ainda não encontrou a cidade?

Quem explica é o prefeito, Djalma Abreu dos Anjos, e a resposta dele pode ser sintetizada em uma palavra: prevenção. Aglomerações foram proibidas, o comércio foi adaptado, barreiras sanitárias foram criadas, o uso das máscaras se tornou obrigatório e a cidade foi isolada. Ele contou que as primeiras medidas foram tomadas em março, portanto, no começo da pandemia.

“Fechamos tudo. Fizemos barreiras sanitárias que estão em funcionamento até hoje, e que foram ficando ainda mais intensas com o passar do tempo. Todas as ações começaram em 19 de março. São três barreiras”, afirmou.

Funciona assim: quem quer entrar na cidade precisa parar na barreira para higienizar as mãos e as roupas, e medir a temperatura. A regra vale tanto para visitantes como para moradores que estão retonando de outros municípios. No caso dos forasteiros, é preciso especificar para onde vai e por quanto tempo pretende permanecer na cidade. Essas informações são importantes para a prefeitura porque essa pessoa será monitorada.

O principal acesso a Novo Horizonte é pela BA-152. O transporte intermunicipal está suspenso, mas uma empresa de ônibus está operando uma linha interestadual com São Paulo. A prefeitura montou um esquema em que é informada previamente sobre quantos passageiros vão desembarcar e prepara as equipes de saúde para fazer a entrevista, medição da temperatura e o teste rápido nessas pessoas. Os produtos que chegam ao município também são desinfetados nas barreiras.

Isolamento
Apesar de ficar em uma região pouco povoada Novo Horizonte não está totalmente isolada. Ela tem ligação por terra com as cidades de Ibitiara e Rio do Pires. A primeira tem 11 casos confirmados da doença e um óbito. A segunda, 26 casos e três mortes. No mapa, os moradores fazem fronteira também com Ibipitanga, Piatã e Boninal. Todas com casos confirmados de covid-19.

Mas o que preocupa mais as autoridades é o trânsito da população com Seabra, maior cidade da região, e Irecê, onde os moradores acessam os serviços de saúde, como acontece com um grupo que vai até o município para fazer hemodiálise três vezes por semana. Irecê tem 1.319 casos confirmados e Seabra 271 pacientes, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), na terça-feira (8).

“Conversamos com as cidades vizinhas e pedimos para elas não afrouxarem os protocolos e as medidas de isolamento, orientamos os moradores a sempre usarem os EPIs, e pedimos que o motorista do ônibus da prefeitura que leva o pessoal para a hemodiálise não deixar as pessoas ficarem andando pela cidade”, disse o prefeito.

A preocupação é justificada por outro motivo. Cerca de 4 mil moradores de Novo Horizonte são idosos e metade tem problemas crônicos de saúde, como complicações respiratórias causadas pelo garimpo e diabetes. A cidade não tem hospital, nem leitos de UTI. Sete Postos de Saúde da Família são responsáveis por atender os 12 mil habitantes.

Apesar da cidade não ter nenhum caso confirmado do novo coronavírus, desde que a pandemia começou houve 117 suspeitas, mas elas foram descartadas depois dos testes. Atualmente, 970 pessoas estão sendo monitoradas.

Para as autoridades as medidas de prevenção adotadas com celeridade, o diálogo com os municípios vizinhos mirando resultados em conjunto, o isolamento da cidade, e a quantidade pequena da população facilitaram o monitoramento, a eficiência das ações e ajudaram a proteger os moradores de Novo Horizonte.

Medidas
O uso de Equipamentos Individuais de Proteção (EPIs), como as máscaras faciais, é obrigatório em todas as situações. Restaurantes estão fechados e bares não podem usar os salões. O restante do comércio funciona com restrições no horário de funcionamento e também na estrutura. Em alguns locais, por exemplo, o cliente não tem acesso ao interior da loja. Ele escolhe o produto no balcão e o vendedor vai pegar.

Álcool em gel é obrigatório nos estabelecimentos, máscaras foram distribuídas para a população, e pontos de higienização foram instalados na cidade. As igrejas estão operando com quantidade reduzida de público, e até a festa de Santo Antônio, principal evento da cidade, foi suspensa, tanto a oficial como as aglomerações nos bairros.

Parte da população resistiu às mudanças, mas as pessoas ouvidas pela reportagem aprovaram as medidas. O prefeito acredita que o trabalho realizado pela equipe da saúde e a participação dos moradores foram fundamentais para esse resultado.

“A gente tem consciência de que algum dia a doença vai chegar, mas estamos trabalhando para que não chegue ou para que quando chegar isso aconteça bem próximo de quando a vacina já estiver no Brasil. Nossa meta é passar esse ano sem nenhum caso de covid na cidade”, afirmou.

Apesar de estarem cercados de casos confirmados da doença por todos os lados, os moradores sentem como se estivessem em uma ilha, mirando para o futuro onde estará a vacina e um novo horizonte.

Confira as dez cidades com maior número de casos registrados de covid-19, até 8/9:

Salvador – 79.215 casos

Feira de Santana – 11.950 casos

Itabuna – 11.133 casos

Lauro de Freitas – 6.118 casos

Ilhéus – 6.102 casos

Vitória da Conquista – 5.859 casos

Camaçari – 5.737 casos

Jequié – 5.379 casos

Alagoinhas – 4.839 casos

Juazeiro – 4.654 casos

Confira as dez cidades com maior número de casos ativos da doença na Bahia:

Salvador – 988 casos

Itabuna – 408 casos

Ilhéus – 238 casos

Feira de Santana – 218 casos

Teixeira de Freitas – 134 casos

Luís Eduardo Magalhães – 127 casos

Irecê – 119 casos

Lauro de Freitas – 117 casos

Paulo Afonso – 117 casos

Barreiras – 108 casos

Confira as dez cidades com maior número de mortes da doença na Bahia:

Salvador – 3.175 mortes

Itabuna – 279 mortes

Ilhéus – 277 mortes

Vitória da Conquista – 250 mortes

Feira de Santana – 205 mortes

Jequié – 168 mortes

Barreiras –122 mortes

Teixeira de Freitas – 110 mortes

Juazeiro – 104 mortes

Camaçari – 73 mortes

*Fonte: Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).