O Jornal da Cidade

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Desde o início da pandemia do coronavírus, os mais diversos setores da economia têm buscado soluções para criar um ambiente seguro e manter a produção em alta. Hoje, com uma série de protocolos instituídos, a rotina da indústria não se assemelha em nada com o cenário de um ano atrás, quando pouco se sabia sobre o vírus. No caso da construção civil, setor que movimenta diariamente um grande número de pessoas, a única forma de combater o temor de empresários e funcionários foi correr para se adequar aos protocolos de segurança e saúde.

“No princípio, não tínhamos normativas nem protocolos e o setor tinha obras importantes em andamento, que não podiam parar, como hospitais, postos de saúde e a própria manutenção da cidade”, afirma Alexandre Landim, vice-presidente do Sinduscon/BA e sócio-diretor da Conie Empreendimentos

“Assim, tivemos que buscar parceiros que pudessem nos ajudar nessa adequação e o trabalho do SESI foi fundamental para trazer e reforçar os protocolos de forma que o funcionamento do setor fosse mantido”, explica.

O sócio da Concreta Incorporação, Vicente Mattos, aponta a Blitz Contra a Covid-19, criada pelo SESI, como uma ação fundamental para a atividade da construção civil no país. “Esse trabalho aplicado aos canteiros de obras foi imprescindível. Foi criado um checklist completo das ações corretas e as que precisavam ser ajustadas, incluindo orientação aos trabalhadores para evitar que eles acabassem colocando as próprias famílias em risco, e o resultado foi brilhante”, avalia.

A ação também foi realizada na Avatim, empresa situada da região sul do estado. "A blitz aconteceu logo no início da pandemia, quando tínhamos 40% dos nossos funcionários trabalhando presencialmente na fábrica, enquanto os demais estavam em home office ou de férias. Foi um encontro muito esclarecedor que serviu de alerta e também de alento para todos. Na ocasião, além das orientações em relação à Covid, o SESI também disponibilizou serviço de aferição de temperatura da nossa equipe", destaca Mônica Burgos, sócia-fundadora da Avatim.

A Blitz Contra a Covid-19, realizada desde o ano passado, é um dos principais eixos do Programa SESI e Indústria Juntos Contra a Covid-19, que já realizou mais de duas mil visitas a empresas em todo o estado, levando orientações sobre a prevenção da doença para cerca de 70 mil trabalhadores. De acordo com o gerente Executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI Bahia, Amélio Miranda, a iniciativa foi uma resposta rápida à necessidade que o setor industrial teve de manter as atividades presenciais durante a pandemia.

“O programa intensificou um trabalho que o SESI já desenvolvia no campo da Saúde e Segurança na Indústria. Porém, com o desafio de manter a produção, buscamos levar os protocolos atualizados para que a empresa pudesse cumprir o seu papel de forma segura”, disse Amélio Miranda, gerente Executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI Bahia

Ele também aponta que trabalho do SESI buscou oferecer um olhar individualizado sobre a atividade de cada empresa, desenhando formas de adequar os protocolos às diferentes realidades deste amplo setor.

No caso da Alimentos Tia Sônia, a implantação de escalas de trabalho e testagens em massa foram fundamentais para aumentar o sentimento de segurança entre os trabalhadores. “Tivemos que nos adequar a uma série de mudanças como as escalas no ‘chão de fábrica’ e o administrativo em home office. Além disso, os exames disponibilizados pelo próprio SESI (testagem e RT-PCR) foram fundamentais para que pudéssemos identificar casos assintomáticos e aumentar a segurança. Hoje, temos uma sensação de tranquilidade maior”, afirma a gerente de RH da empresa, Jamaica Cabral.

Além das blitzes e testagens, Amélio Miranda relata que o programa ainda inclui os serviços de monitoramento e plano de manutenção das atividades. Entre eles está a assessoria/reinspeção remota das práticas implementadas pela empresa, a gestão de afastamentos e o teleatendimento para tirar dúvidas sobre a Covid e monitorar os trabalhadores em isolamento domiciliar ou com sintomas. “O feedback que temos recebido é extremamente positivo. Nosso maior papel continua sendo a parceria junto à Indústria e seguimos sensíveis e motivados a cumprir esta missão”, conclui.

 

Fonte: Correio*

Tomar apenas uma dose da vacina contra a covid-19 não é recomendado e nem sensato. O alerta vem de especialistas preocupados com a situação brasileira de atraso na vacinação. De acordo com dados científicos, só quando 70% da população inteira do país tomar as duas doses é que será possível frear o avanço da covid-19 e reduzir a circulação do coronavírus.

Quem toma apenas uma dose da vacina corre o risco de não ter a imunidade completa para casos graves e, por isso, não entra na categoria dos 70% de brasileiros imunizados. É por isso que pode acontecer de uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina ser infectada pelo vírus e até morrer.

“A vacina foi mostrada com eficiência de 100% de cobertura de casos graves com duas doses e após mais 14 dias. Essa é a dita imunidade completa, que não livra do vírus e sim de casos graves. Se não completar o processo de imunização, não há garantia de que a dose recebida vai responder com o mesmo percentual de segurança”, explica Adielma Nizarala, médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS).

Os dois imunizantes que estão sendo aplicados no país são o CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa SinoVac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, e a da AstraZeneca, envasado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cada um possui intervalo diferente entre a primeira e a segunda dose: 14 a 28 dias para a CoronaVac e três meses para a AstraZeneca.

“Tem outras vacinas aplicadas fora do Brasil que tem apenas uma dose só, mas esse não é nosso caso”, lembra o infectologista e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Claudilson Bastos. O especialista também concorda que é necessário que seja observada a aplicação de duas doses.

“A eficácia da vacina na primeira dose não é alta. Dependendo do tipo, varia de 50% a 70% com apenas a primeira etapa. Com o reforço, a segurança aumenta consideravelmente. Os riscos de ter covid grave, em estado crítico, que precisa de hospitalização, diminui. E é essa a função da vacina, evitar mortes”, diz.

E isso já está sendo observado nos números da pandemia. Um levantamento feito pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostra que, até o dia 24 de abril deste ano, 99,9% dos cerca de 2,2 milhões de vacinados contra a covid não contraíram a doença ou, se infectados, não precisaram de hospitalização.

Apenas 382 pacientes imunizados chegaram ao ponto de serem internados, o que representa 2,14% das 17.786 notificações de internações por covid ocorridas em 2021. Dos 382 pacientes, 281 tinham tomado somente a primeira dose e 99 também a segunda. Em apenas duas notificações não constavam a informação de quantas doses tinham sido aplicadas.

Demora
Atualmente, a prefeitura de Salvador vive um momento complicado na sua etapa de vacinação, pois as doses da CoronaVac disponíveis são suficientes apenas até esta quinta-feira (29). Segundo o Instituto Butantan, um novo lote só estará disponível a partir da próxima semana. Isso significa que as pessoas que precisam tomar a segunda dose nesse final de semana vão ter que atrasar a data de aplicação da vacina.

Mas Adielma Nizarala não vê isso como motivo de pânico. “O problema mesmo é deixar de completar a imunização, deixar de tomar a segunda dose. Se passar alguns dias do prazo estabelecido pelo fabricante, não acontece nada. Não tem nenhum estudo que mostre que vai trazer algum maleficio esse atraso. Baseado no ritual de outras vacinas, a gente consegue perceber que não há problema”, diz.

O infectologista Claudilson concorda. “Não é o ideal. O correto é tomar no prazo correto. Eventualmente, se passar um tempo, o que não deve acontecer, tem que tomar de qualquer jeito e o mais rápido possível”, explica. Em Salvador, atualmente, 16.231 pessoas estão habilitadas para receber a segunda dose e ainda não compareceram aos postos de vacinação, segundo a SMS. Na Bahia, na última quinta-feira (22), eram 21.628 pessoas que não foram tomar a segunda dose da vacina, segundo a Sesab, que não enviou os números atualizados até o fechamento do texto.

Já o professor Celso Sant'Anna, médico imunologista e docente da Rede UniFTC, é mais crítico. Ele explica que a demora prolongada poderia causar até mesmo uma nova forma do coronavírus, mais resistente aos imunizantes e, consequentemente, mais perigosa à população.

"As consequências das pessoas não receberem as duas doses são trágicas. As vacinas foram programadas para serem aplicadas em duas doses, sendo aplicada uma só, não garante coisa nenhuma. A pessoa vacinada apenas com uma dose pode, inclusive, ser transmissora de uma forma de vírus mais forte e mais resistente. Caso haja um grande atraso, minha orientação é que se reinicie o processo de imunização do início, ou seja, mais duas doses", sustenta

A infectologista Fernanda Grassi, da Rede Covida, também defende que a vacinação seja feita de forma completa, com duas doses aplicadas no intervalo de tempo estipulado pelos fabricantes. "Ainda não sabemos o tempo exato que é aceitável um atraso. A CoronaVac tem uma melhor eficácia quando a segunda dose é aplicada 28 dias após a primeira. Podemos imaginar que uma ou duas semanas não tenha efeitos tão grandes, mas mais que isso, não podemos garantir que a segunda resposta será ótima", finaliza.

O MInistério da Saúde, por sua vez, afirmou que a população deve tomar a segunda dose da vacina mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório. “Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença”, disseram. A Sesab também foi procurada para se manifestar sobre o assunto, mas não retornou até o fechamento do texto.

Os voos entre Salvador e Lisboa serão retomadas pela companhia aérea TAP, depois de quase três meses de suspensão. Esse é o primeiro voo internacional a ser retomada a partir da capital baiana. Estão previstas duas frequências semanais entre as cidades, em dias variados, aumentando para três no mês de maio. As aeronaves chegam a Salvador e retornam a Lisboa às quartas, sextas e domingos. O retorno acontece no mês em que a TAP completa 43 anos desde que fez o primeiro voo Salvador-Lisboa.

Em junho e julho as viagens serão ampliadas para, respectivamente, quatro e cinco partidas semanais, segundo informações da VINCI Airports, responsável pela gestão do Salvador Bahia Airport.

A retomada acontece após o país europeu autorizar voos de passageiros vindos do Brasil. Além de atender os brasileiros residentes em Portugal e vice-versa, essa rota viabilizará a exportação e importação de produtos. A capital da Bahia responde sozinha por 18% do volume de carga transportada pela TAP no Brasil.

“Esse retorno rápido da rota Lisboa-Salvador demonstra, mais uma vez, que essa ligação se sustenta para além do turismo”, diz Marcus Campos, gerente de marketing e negócios aéreos do aeroporto.

Segurança sanitária
Medidas de higiene certificadas por agências como Bureau Veritas e o ACI (Conselho Internacional de Aeroportos) estão sendo adotadas pela VINCI Airports, inclusive em Salvador e Lisboa, cujo aeroporto também é administrado pela empresa.

A entrada em Portugal em está limitada a determinados tipos de viajantes, como cidadãos da União Europeia e estrangeiros com visto de residência no país. As especificações podem ser encontradas no site da Embaixada de Portugal no Brasil. Para ingressar no país é necessário apresentar no ato do embarque um teste RT-PCR negativo para covid-19 feito com até 72h de antecedência do momento da viagem. Também será necessário fazer quarentena de 14 dias ao chegar no país.

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.345 novos casos de Covid-19, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), nesta quarta-feira (28).

O boletim também registra 104 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados nesta quarta.

Dos 893.276 casos confirmados desde o início da pandemia, 859.495 são considerados recuperados, 15.483 encontram-se ativos e 18.298 tiveram óbito confirmado, o que representa uma letalidade de 2,05%.

Dentre os óbitos, 55,44% ocorreram no sexo masculino e 44,56% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,66% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21,92%, preta com 15,42%, amarela com 0,45%, indígena com 0,13% e não há informação em 7,43% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 64,76%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,58%).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.194.701 casos descartados e 196.363 em investigação. Na Bahia, 47.122 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta-feira.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma online.

Outros dados
O boletim também traz dados sobre a situação da regulação de Covid-19 na Bahia. Às 12h desta quarta, 57 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação.

Outros 29 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Outro dado do boletim é sobre a vacinação no estado. A Bahia tem 2.320.481 vacinados contra o novo coronavírus, dos quais 1.022.397 receberam também a segunda dose, até as 16h desta quarta.

A Sesab realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel da vacinação.

Leitos
A Bahia tem 3.459 leitos ativos para tratamento da Covid-19. Do total, 2.413 estão com pacientes, uma taxa de ocupação geral de 70%, conforme registado no boletim desta quarta-feira.

Desses leitos, 1.578 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e estão com taxa de ocupação de 82% (1.296 leitos ocupados).

Das UTIs pediátricas, 22 das 36 estão com pessoas internadas, o que representa uma taxa de ocupação de 61%. Já os leitos clínicos adultos têm ocupação de 59% e os pediátricos, de 60%.

Em Salvador, 1.553 leitos estão ativos, com ocupação geral de 70% (1.088 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 77% e pediátrica 59%.

Já os leitos de enfermaria apresentam ocupação de 64% para adultos, e os leitos pediátricos estão com ocupação de 57%.

A central telefônica do SAMU 192 informou que já teve os atendimentos restabelecidos no início da tarde desta quarta-feira (28). O serviço estava fora do ar após o rompimento dos cabos de fibra ótica da empresa de telefonia que presta serviços ao município.

Por conta da suspensão, quem precisou acionar o Samu fez chamado pelo número 190, da Polícia Militar. O número do Fala Salvador, 156, também pôde ser utilizado para atendimento das ocorrências enquanto o número central do Samu não havia sido reativado.

Salvador foi o destino nacional mais vendido nacionalmente em 2020, segundo o anuário da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA). Aparecem na sequência Maceió e Natal (2º) e Rio de Janeiro e São Paulo (3º). Somente o Nordeste recebeu cerca de 2 milhões de turistas através das operadoras da Braztoa, representando 70% das vendas nacionais.

Titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Fábio Mota celebrou o resultado e destacou iniciativas que têm sido tomadas para diminuir o impacto da pandemia de covid-19 no turismo. Além de uma estratégia de marketing com várias campanhas digitais, a lista inclui as obras de requalificação da orla, a criação do Selo Verificado e certificação do Safe Travel, a revitalização do Centro ao Atendimento ao Turista (CAT), o Capacita – programa de capacitação dos trabalhadores formais e informais do segmento turístico, e a promoção de press trips com jornalistas internacionais.

Equipamentos administrados pela Secult foram reabertos no período, seguindo protocolos sanitários. Entre eles estão a Casa do Carnaval, no Centro Histórico; Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gatta; e espaços Carybé das Artes, no Forte São Diogo, e Pierre Verger da Fotografia Baiana, no Forte de Santa Maria.

"Isso é fruto de um trabalho realizado desde 2013, onde Salvador foi completamente reconfigurada e essa transformação possibilita que o destino turístico esteja mais estruturado para seus residentes e preparado para receber os visitantes. A cidade agora está passando a colher os louros dessas ações de requalificação que foram feitas nos últimos anos contemplando o patrimônio cultural, artístico e turístico da capital”, diz Mota..

Turismo inteligente
Na semana passada, Salvador também foi uma das cidades escolhidas para participar de um projeto-piloto de Destino Turístico Inteligente (DTI) do Brasil, criado pelo Ministério do Turismo (MTur). A ideia do projeto é ampliar a competitividade dos destinos turísticos, investindo no turismo tecnológico, sustentável e acessível.

O modelo metodológico foi criado a partir de uma parceria com o Instituto Argentino Cidades Del Futuro (ICF) e com a Sociedade Mercantil Estatal para a Gestão da Inovação e as Tecnologias Turísticas (Segittur), da Espanha, instituições pioneiras no segmento.

Dentre as iniciativas estão o desenvolvimento de uma metodologia adaptada à realidade brasileira para a realidade de Destinos Turísticos Inteligentes; a realização de um diagnóstico situacional dos destinos que farão parte do projeto; a capacitação de gestores federais e locais; o acompanhamento da implementação das soluções relacionadas à eficiência na governança; a correta utilização de recursos públicos; o respeito às normas de acessibilidade e aos princípios de sustentabilidade; e a utilização da tecnologia a favor da valorização dos destinos e seus patrimônios, ao mesmo tempo que atenda às demandas dos turistas e visitantes.

A prefeitura de Salvador informou que garante vacinação para mais de 10 mil trabalhadores de educação municipal que estão acima dos 40 anos - isso significa que cerca de 75% dos profissionais que atuam escolas tomarão a primeira dose da vacina contra a covid até a retomada das aulas presenciais, na segunda-feira (3).

Na rede estadual, os percentuais são ainda maiores. Cerca de 85% dos trabalhadores da educação que atuam nas escolas estaduais terão recebido a primeira dose até segunda-feira, segundo informa a prefeitura.

A vacinação para trabalhadores de educação acima dos 40 anos começou na segunda (26). “Esse é um passo importantíssimo para a retomada segura da educação em nossa cidade. Já vacinamos mais de 26% da população de Salvador. Concluímos a imunização dos idosos acima de 60 anos, que é o público mais vulnerável. Estamos avançando no público com comorbidades. Salvador vem se destacando em todos os rankings nacionais de vacinação, ocupando as primeiras posições”, diz o prefeito Bruno Reis.

Além dos trabalhadores da Educação, também estão sendo vacinados contra a covid-19 idosos; trabalhadores regulares e autônomos da saúde; agentes de segurança pública; comorbidades como pacientes em hemodiálise, com síndrome de Down e transplantados; além de trabalhadores de áreas essenciais como rodoviários e agentes de limpeza.

Sindicato quer vacinação de todos
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), secção Salvador, determinou no fim da tarde desta terça-feira (27) a paralisação das atividades presenciais nos dias 3, 4 e 5 de maio na capital baiana. De acordo com decreto da prefeitura, as aulas retornam a partir de segunda-feira (3).

"Tivemos uma assembleia hoje com mais de 2 mil trabalhadores da educação de Salvador e decidimos pela paralisação", afirma o presidente. "Vamos continuar nosso trabalho remoto, porém caso o prefeito não revogue o decreto, faremos uma greve geral. Também teremos atividades como carretas e protestos."

Em nota, o Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), que também representa professores de colégios particulares do estado, também se posicionou contra o retorno presencial ou semipresencial sem vacinação, sem que se complete o ciclo de imunização, e anunciou que amanhã à noite faremos assembleia com a categoria para tratar do tema.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (28) que o governo federal tome as providências para realizar o Censo demográfico.

A decisão atendeu a um pedido do governo do Maranhão.

Na semana passada, o governo confirmou que o Orçamento de 2021 não reservava recursos para o Censo e, portanto, ele não seria realizado neste ano.

Por lei, o Censo deve ser realizado a cada dez anos. O último ocorreu em 2010. No ano passado, a pesquisa, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), não seria realizado em 2020, foi adiada devido à pandemia de Covid-19.

“Defiro a liminar, para determinar a adoção de medidas voltadas à realização do Censo, observados os parâmetros preconizados pelo IBGE, no âmbito da própria discricionariedade técnica”, diz Mello na decisão.

Na decisão, Marco Aurélio criticou o corte no orçamento para o censo. Para o ministro, a decisão fere a Constituição.

“A União e o IBGE, ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de corte de verbas, descumpriram o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional – artigo 21, inciso XV, da Constituição de 1988”, escreveu o ministro.

O ministro negou que a decisão represente interferência. “Surge imprescindível atuação conjunta dos três Poderes, tirando os compromissos constitucionais do papel. No caso, cabe ao Supremo, presentes o acesso ao Judiciário, a aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais e a omissão dos réus, impor a adoção de providências a viabilizarem a pesquisa demográfica”.

Marco Aurélio destacou a importância da pesquisa para o país. “O direito à informação é basilar para o Poder Público formular e implementar políticas públicas. Por meio de dados e estudos, governantes podem analisar a realidade do País. A extensão do território e o pluralismo, consideradas as diversidades regionais, impõem medidas específicas”.

Ação
Na ação, o estado sustenta que "a ausência do censo demográfico afeta de maneira significativa a repartição das receitas tributárias, pois os dados populacionais são utilizados para os repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE), bem como do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ainda para uma série de outras transferências da União para os entes subnacionais".

Também pontua que "o cancelamento do Censo traz consigo um imensurável prejuízo para as estatísticas do país, pois sem o conhecimento da realidade social, demográfica e habitacional, tornam-se frágeis as condições que definem a formulação e avaliação de políticas públicas".

Aponta ainda que não cabe usar a pandemia da Covid-19 como justificativa para não realizar o Censo.

"A realização do censo nacional pressupõe a ordenação de uma série de atos administrativos que não restariam prejudicados pelo risco sanitário decorrente da pandemia da COVID-19, não podendo esse fato se utilizado pelo governo federal como justificativa para a paralisação das providências preparatórias imprescindíveis a sua realização"

 

O atendimento telefônico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pelo 192 está temporariamente suspenso na manhã desta quarta-feira (28). Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o serviço está fora do ar por conta da danificação de cabos de fibra ótica da operadora de telefonia.

Por conta da suspensão, quem precisar acionar o Samu deve fazer o chamado pelo número 190, da Polícia Militar. A SMS está trabalhando para incluir o Fala Salvador 156 também para atendimento das ocorrências enquanto o número central do Samu não é reativado.


A expectativa, segundo a empresa de telefonia, é que o serviço seja normalizado até o final do dia.

A cidade baiana de Cravolândia, situada a 320km de Salvador, registrou nesta terça-feira (27) a sua primeira morte decorrente da covid-19. Com isso, todos os municípios da Bahia já tiveram vítimas fatais da doença que provoca uma pandemia global.

Cravolândia é uma pequena cidade de 5 mil habitantes, situada a 320km da capital. Cortado por duas rodovias estaduais, a BA-550 e a BA-120, o município faz divisa com Santa Inês, Ubaíra, Itaquara e Wenceslau Guimarães, que registraram mortes por coronavírus meses antes.

A primeira vítima foi uma idosa de 93 anos que não tinha comorbidades, apesar da idade avançada. Ela testou positivo há 17 dias e estava programada para receber a segunda dose da vacina nesta quinta-feira (28).

A vítima era mãe da secretária de Saúde do município Ednalva de Oliveira Mendes. A chefe da pasta revelou que após a Semana Santa o número de casos disparou na cidade e agora já somam 236, além de outros 48 à espera do resultado do teste.

"O número de infectados aumentou assustadoramente após a Semana Santa por conta das pessoas que vieram visitar os parentes. Já perdemos o controle e estamos transferindo pacientes para outras cidades com hospitais mais equipados", revela Ednalva. Cravolândia não conta com centros médicos de ponta e não possui respiradores.

Por conta do aumento exponencial, diversas medidas de isolamento foram adotadas na cidade. Aos fins de semana, lockdown. A feira, que tradicionalmente ocorria aos sábados, foi transferida para as sextas. Bares, restaurantes e lanchonetes também foram fechados.

Evolução da doença
Por causa do avanço progressivo da covid-19 no estado, no início deste ano a Bahia tinha apenas 20 cidades sem registro de mortes. Um mês depois, em fevereiro, o número já tinha caído para sete. No início de março, eram apenas três: Tanque Novo, Catolândia e Cravolândia. No dia 28, Tanque Novo registrou a primeira morte e, em pouco mais de 15 dias, saltou para quatro óbitos. Catolândia registrou o primeiro óbito na última quinta-feira (8).

Cravolândia registrou o primeiro caso da doença em 07 de abril de 2020 - um comerciante que viajou para Salvador e voltou contaminado -, mas para evitar que o vírus se espalhasse, a secretária Ednalva explica que foi logo adotado isolamento dos contaminados e controle de acesso ao município com quatro barreiras sanitárias.

Duas das barreiras foram fechadas em novembro de 2020. Logo depois, os casos na cidade começaram a aumentar, segundo o professor Washington Rocha. “As ações que eles dizem ter feitos funcionam. Mas é interessante observar que, logo no início de dezembro, após duas barreiras terem sido fechadas, começa a aumentar os casos”, diz.

As outras duas barreiras funcionam até hoje e servem para controlar a entrada de pessoas na sede do município, que tem cerca de 3 mil habitantes, segundo a prefeitura. Cravolândia tem ainda uma extensa zona rural dividida em 14 povoados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 5,4 mil habitantes.

“É uma cidade pequena, aconchegante e tranquila. Não tem violência. Na zona rural as pessoas não viajam muito. Os casos que temos são, geralmente, de pessoas de fora que vão visitar parentes. Se a população não recebesse visita, a gente não precisaria se preocupar. Não é à toa que os casos aumentam após um período de festa. Agora mesmo teve Semana Santa e muita gente de fora veio visitar familiares”, lamenta a secretária.

No Brasil, a primeira morte por covid-19 foi registrada no dia 12 de março de 2020, uma mulher de São Paulo. Já na Bahia o primeiro óbito ocorreu em 29 de março: um idosos de Salvador.