A produção de ovos de galinha bateu novo recorde na Bahia, no segundo trimestre de 2022, considerando toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1987.

De abril a junho deste ano, foram produzidas 20,319 milhões de dúzias de ovos no estado, 4,2% a mais do que a maior marca anterior, que pertencia ao 4º trimestre de 2021 (19,492 milhões de dúzias).

A produção do 2º trimestre de 2022 também ficou 5,2% acima do 1º trimestre (19,320 milhões) e 4,7% superior à do 2º trimestre do ano passado (19,407 milhões).

No Brasil, a produção de ovos de galinha foi de 998,8 milhões de dúzias no 2º trimestre de 2022, a maior para esse período desde o início da série histórica. Ficou 1,8% acima do registrado no 1º trimestre (980,9 milhões de dúzias) e 0,04% maior do que a do 2º trimestre do ano passado (998,5 milhões de dúzias).

São Paulo segue como maior produtor de ovos do país, com 27,3% do total nacional no 2º trimestre de 2022. A Bahia fica no 11º lugar, com 2,0%.

Suínos

No 2º trimestre de 2022, o abate de suínos na Bahia foi de 67.215 animais. Embora tenha ficado 6,6% abaixo do resultado registrado no 1º trimestre deste ano (71.937 animais abatidos), o número foi 38,8% superior ao do 2º trimestre do ano passado (48.422), sendo o melhor resultado do estado para o período de abril a junho, desde o início da série histórica, em 1997.

Em todo o Brasil, no 2º trimestre de 2022, foram abatidos 14,069 milhões de suínos, o melhor resultado da série histórica no país, com aumento de 3,0% frente ao trimestre imediatamente anterior (13,654 milhões) e 7,2% frente ao mesmo trimestre de 2021 (13,127 milhões).

A Bahia é o 10º maior produtor de suínos do país, responsável por 0,5% do abate nacional. O estado que lidera é Santa Catarina, com 28,4% do total.

Bovinos

No 2º trimestre de 2022, foram abatidas 253.086 cabeças de bovinos na Bahia, o que representou um crescimento de 8,4% frente ao 1º trimestre deste ano (233.466 cabeças) e de 12,6% frente ao 2º trimestre do ano passado (224.790 cabeças).

Apesar disso, o número de animais abatidos ainda está 29,7% abaixo do recorde do estado, registrado no 4º trimestre de 2013 (360.170 cabeças naquela época).

No Brasil, no 2º trimestre de 2022, foram abatidas 7,379 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 5,7% superior ao trimestre imediatamente anterior (6,983 milhões), e 3,5% maior do que a do 2º trimestre de 2021 (7,126 milhões).

A Bahia é o 11º maior produtor de carne bovina do país, representando 3,4% do abate nacional. Mato Grosso continua liderando, com 15,0% de participação no 2º trimestre deste ano.

Frangos e leite

Já o abate de frangos e a produção de leite apresentaram resultados negativos no 2º trimestre, na Bahia.

No estado foram abatidos 33.048.683 frangos, entre abril e junho. O número representou uma queda de 7,9% frente ao recorde estabelecido no 1º trimestre deste ano (35.870.125 animais) e ficou 2,6% menor do que o resultado do 2º trimestre de 2021 (33.938.968).

Em todo o Brasil, no 2º trimestre de 2022, foram abatidos 1,504 bilhão de frangos. O número foi 2,7% inferior ao do 1º trimestre (1,546 bilhão) e 1,4% menor do que o 2º trimestre de 2021 (1,525 bilhão). A Bahia é o 9º maior produtor do Brasil, com 2,2% dos frangos abatidos no país. O Paraná lidera, com 34,6% do total nacional.

A aquisição de leite cru na Bahia foi de 130,7 milhões de litros no 2º trimestre de 2022, 16,4% menor que a do trimestre imediatamente anterior (156,4 milhões de litros) e recuo de 13,1% frente ao 2º trimestre de 2021 (150,4 milhões de litros).

No 2º trimestre de 2022, a aquisição nacional de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 5,4 bilhões de litros. Houve queda de 8,9% frente ao trimestre imediatamente anterior (5,9 bilhões) e de 7,6% em relação ao 2º trimestre de 2021 (5,8 bilhões).

A Bahia é o sétimo maior produtor de leite do Brasil, respondendo, no 2º trimestre de 2022, por 2,4% do leite adquirido no país. Minas Gerais segue liderando amplamente, com 25,0% do total

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Representantes dos recenseadores que fazem a coleta de dados do Censo Demográfico do IBGE 2022 estão convocando a categoria para uma paralisação nacional na quinta-feira (1º). O dia será marcado por atos nas principais cidades do país. Em Salvador, o encontro ocorrerá na Estação da Lapa, às 9h. Existe possibilidade de greve.

Na semana passada, a categoria participou de uma reunião com a superintendência do IBGE na Bahia para discutir os problemas que afligem a categoria, como insegurança, salário e condições de trabalho (veja pauta completa abaixo). Segundo Lucas Ferreira, membro da diretoria da União dos Recenseadores de Salvador, os trabalhadores vão discutir nos próximos dias se deflagram greve e por quanto tempo. Ele comentou sobre o encontro no IBGE.

“Nós estávamos ali para negociar as condições de trabalho, enquanto o superintendente não veio com uma pauta de negociação, ele veio com uma pauta de explicação, uma explicação que já tinha sido passado para os veículos de imprensa há muito tempo. Não tivemos avanços. O superintendente ouviu as 30 pessoas presentes, prometeu resolver as questões de auxílio transporte e questões locais, mas nosso interesse é resolver os problemas de todos, não só daqueles 30”, afirmou.

A reunião foi transmitida ao vivo pela entidade nas redes sociais. O superintende do IBGE na Bahia, André Urpia, contou que durante o encontro foram discutidas soluções para facilitar a mobilidades dos recenseadores e esclarecidas dúvidas sobre os vencimentos e cálculo de salários. Ele avaliou o saldo como positivo.

“Tudo o que estava ao nosso alcance fazer para melhorar as condições de trabalho foi feito. A categoria tem o direito de fazer greve, mas as questões que estão ao nosso alcance foram resolvidas. E os dados [mais da metade dos domicílios na Bahia foram visitados em menos de um mês] mostram que os problemas são pontuais”, afirmou.

Para a realização do censo 2022, foram contratadas, no estado, cerca de 14,3 mil pessoas, sendo quase 12,5 mil recenseadores. Na capital, foram cerca de 2.900 contratados, sendo por volta de 2.600 recenseadores. O Censo Demográfico tem um orçamento total de cerca de R$ 2,3 bilhões.

Confira a pauta de reivindicação dos trabalhadores:

Correção através dos indicies oficiais dos valores de pagamento fornecido pela instituição
Aumentar o adiantamento do pagamento do setor de 50% para 80%;
Efetiva transparência nos valores a serem pagos;
Pagamento imediato da ajuda de custo de locomoção e treinamento atrasado;
Recebimento antecipado da ajuda de custo de locomoção;
Pagamentos dos setores fechados em prazo não superior a 5 dias uteis;
Extinção da obrigatoriedade da taxa de 95% das ausências e recusas;
Maior divulgação sobre a realização do Censo;
Estabelecer um canal de comunicação e amparo direto com a instituição.

Balanço parcial
Nesta terça-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que 2,8 milhões de lares foram visitados pelos recenseadores, entre os dias 1º e 29 de agosto, o que representa 51,5% dos 5,2 milhões dos imóveis estimados. O resultado ficou acima da média nacional (38,8%), e a Bahia é o 5ª estado com maior percentual de respostas. O superintendente, André Urpia, comemorou os resultados.

“Normalmente, temos um número menor de domicílios visitados no primeiro mês de pesquisa. Nossa meta era chegar em torno de 50% e conseguimos superar essa meta antes do mês terminar. Acredito que como o questionário foi reformulado, o número de questões diminuiu, ele está mais rápido para ser aplicado”, afirmou.

A Bahia tem a 4ª maior população do país, sendo o 3º estado com mais gente recenseada (5,1 milhões de pessoas), até 29 de agosto, ficando atrás apenas de São Paulo (9 milhões) e Minas Gerais (6 milhões). O estado registrou a maior população de quilombolas do país, com 116.437 mil autodeclarados. Além disso, em cada 10 representantes pesquisados no Brasil, 3 são baianos (30,1% de um total de 386.750).

O levantamento parcial aponta também que a Bahia tem ainda a segunda maior população de indígenas (81.992, ou 1,6% de todas as pessoas contadas). O Censo 2022 segue, em todo o país, até o final de outubro. Os resultados serão divulgados a partir de dezembro e no decorrer de 2023.

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O Censo Demográfico do IBGE de 2022 mal começou e os recenseadores, responsáveis por obter os dados dos cidadãos em entrevistas por toda a Bahia, já relatam problemas. Desde o dia 1º agosto, quando a pesquisa começou, os trabalhadores afirmam lidar com situações inesperadas como o não pagamento referente ao setor de coletas, a ausência do auxílio-transporte para locomoção e até o pagamento valores abaixo do que era esperado. Além disso, há questionamentos sobre a segurança do trabalho.

O resultado do acúmulo de problemas é uma debandada dos profissionais que, mesmo concursados, preferem abrir mão do trabalho que conquistaram. Isso porque, dos 12.485 recenseadores recrutados pelo IBGE, 571 já foram desligados do serviço em menos de um mês, o que representa 4,6% do efetivo nas ruas. Dos desistentes, apenas sete saíram por decisão do órgão até a manhã de sexta-feira (19).

Na capital, um grupo organizado de recenseadores se articula para reivindicar melhorias. Nesse domingo (21), a União dos Recenseadores de Salvador promoveu uma assembleia online para tratar dos problemas que serão apresentados formalmente para o instituto. Caso não obtenha uma solução, a entidade cogita até uma greve dos profissionais, o que poderia parar o Censo. Pelo menos, é o que garante Lucas Ferreira, representante do grupo.

“Fizemos uma primeira reunião de acolhimento [das reclamações]. Essa semana vamos comunicar o IBGE e dar tempo para que se pronuncie. Caso não haja uma resposta, a ideia é parar e não só Salvador, mas o Brasil como um todo. Porém, como o movimento começa aqui, as primeiras ações serão tomadas na cidade”, diz ele, relatando que colegas de todo o país relatam problemas similares.

Várias queixas
A atitude de pensar até em uma greve para os profissionais vem da impossibilidade de continuar o trabalho com os problemas relatados. Um recenseador, que prefere não se identificar, explica por que acredita que o IBGE está em atraso com ele e como isso afeta seu orçamento.

“Nós somos pagos por setores. Quando completamos o número de residências estipuladas para aquele setor, precisamos receber. Eu já finalizei o primeiro, não recebi o referente e já estou no segundo. Sem o pagamento, não tenho como continuar porque contava com esse dinheiro para quitar contas”, explica ele.

Superintendente do IBGE na Bahia, André Urpia diz que a possibilidade do instituto estar em atraso é baixa. De acordo com ele, a partir do momento que o recenseador completa a coleta em um setor, o pagamento não é automático e há um período para análise do trabalho. “Existe uma supervisão que pode demorar até 15 dias para o efetivo pagamento. O trabalho feito é observado por um supervisor com base em uma sistemática, e isso leva tempo. Estamos no dia 20 e [o IBGE] só poderia estar atrasado caso o trabalho fosse entregue no dia 5", explica Urpia.

Outra reclamação dos recenseadores é quanto ao auxílio-transporte. Segundo Luana, 31 anos, profissional que opta por não revelar o sobrenome, o IBGE deveria pagar R$ 9,80 por dia para locomoção, o que resultaria em R$ 49 por semana. Porém, além do auxílio estar atrasado, ela afirma ter recebido apenas por uma semana, e de maneira retroativa.

“Recebi apenas no final da primeira semana, o que não deveria porque auxílio a gente recebe antes, não tira do próprio bolso. O valor das últimas duas não veio e não tenho como pagar. Se não chegar, essa semana não vou conseguir ir para a rua”, conta ela.

Sobre isso, Urpia afirma que a demora para o depósito do auxílio é comum em um primeiro momento. "O IBGE tem um tempo para efetivar o pagamento entre o momento em que o recenseador assume o setor ou devolve a produção feita. Para essa primeira leva, estamos fazendo um pagamento dividido, sem pagar o valor inteiro por conta das desistências e trocas, que demandam uma devolução dos valores e geram uma série de trabalhos extras", sustenta o superintendente, garantindo que os percentuais vão aumentar e chegar ao recenseador de maneira integral.

Há também demandas por uma ajuda de custo relacionada à alimentação dos recenseadores. No entanto, o instituto afirma que isso não está previsto em contrato. Já Lucas Ferreira, da União dos Recenseadores de Salvador, aponta que foi prometido algo diferente aos profissionais.

“O que foi passado para nós foi uma ajuda de custo que não está descrita como transporte, alimentação ou qualquer outra coisa. Durante o treinamento, questionamos se teria uma ajuda de custo para água e alimentação. Prometeram uma ajuda, mas não disseram qual seria esse valor e até agora estamos esperando”, relata o representante.

Treinamento
Antes de irem para a rua e começarem o trabalho de pesquisa, os recenseadores de todo o país tiveram que passar por um treinamento. Para realizá-lo, receberam uma ajuda de custo de R$ 200. Ou pelo menos deveriam receber. Cerca de 600 recenseadores ainda não foram pagos com esse valor no estado devido a problemas no sistema do IBGE.

Mariana Viveiros, coordenadora de divulgação do Censo 2022 na Bahia, explica que os atrasos não ocorrem por conta de falta de verba e, sim, por questões operacionais que impediram o pagamento desses recenseadores.

“Quando eles saem do treinamento, recebem uma ajuda de custo, mas tivemos um problema no sistema do IBGE que atrasou esses pagamentos. Os mais afetados foram aqueles que fizeram o treinamento no mês de julho”, afirma.

Outro problema que teria favorecido o não pagamento da ajuda de custo é o cadastramento de alguns recenseadores, de acordo com a coordenadora.

“Os erros de cadastro também não foram irrelevantes. As pessoas deram, às vezes, a conta errada ou insistiram em fornecer uma conta poupança, que não recebe”. O pagamento pelos serviços prestados no Censo só é feito através de conta corrente.

Mariana Viveiros ressalta que o instituto está realizando um esforço para que os valores sejam pagos o mais rápido possível, o que deve acontecer ainda este mês.

Insegurança
Para além das questões relatadas, os profissionais também enfrentam a insegurança, que está mais presente no dia a dia de Jadsom Gonzaga, 59, desde o dia 1º de agosto, quando ele começou a rodar nas ruas da cidade no papel de recenseador. Ele realiza a pesquisa deste ano no bairro de Brotas e afirma que está “vulnerável ao acaso” todas as vezes que sai de casa para cumprir a função temporária.

“Nós precisamos de um suporte maior em relação à integridade física, à segurança. Tem moradores que só estão em casa à noite, e isso exige, muitas das vezes, que a pessoa se desloque fora do horário comercial para fazer o Censo. Salvador é muito grande, então há lugares mais perigosos que outros. Sendo assim, estamos vulneráveis ao acaso”, diz ele.

Somado à insegurança e exaustão que o dia a dia como recenseador gera por causa do deslocamento contínuo a residências, Jadsom diz que os baixos salários e falta de suporte à alimentação são grandes influenciadores da desistência do cargo. Os trabalhadores receberam antes de começarem a pesquisa um treinamento e a ajuda de custo de R$ 200, e o resto da remuneração é feita depois que os recenseadores finalizam um perímetro urbano delimitado pelo IBGE.

“Eu acho que deveria ter mais apoio ao recenseador, tanto em relação à segurança quanto à alimentação. Temos que bancar a alimentação do nosso bolso, infelizmente. A gente enfrenta o ‘sobe e desce ladeira’, encontra pessoas que se recusam a falar e recebe porta na cara. Depois desse trabalho todo, tem colegas meus que recebem R$ 400. Por isso, muitos desistem”, pondera.

Logística
Para o recenseador Edilson Santos, 22, outro problema é a logística. Tendo que sair de Pernambués para Brotas, ele conta que a ajuda de custo para o transporte é baixa. Fora isso, outra dor de cabeça, segundo ele, é a dificuldade de acesso a alguns locais.

“Eu tenho que me virar, sem suporte, para conseguir fazer as entrevistas em lugares mais restritos”, relata.

Recenseador no município baiano de Capela do Alto Alegre, no nordeste do estado, Paulo Matos, 22, também lamenta as dificuldades. Ele conta que um dos seus maiores desafios é explicar a importância do Censo e, em meio à sua rotina, já enfrentou a hostilidade de uma pessoa que se recusou a participar da entrevista.

“Um senhor bateu o portão na minha cara e disse que de estelionatário já bastava os da televisão. Além disso, afirmou que não iria responder porque eu aparentava não ser uma pessoa honesta”, conta Matos.

Em meio a casos de hostilidades como esse, o superintendente do IBGE na Bahia, André Urpia, diz que o órgão tem procurado informar, através de canais de comunicação, a importância de atender bem o profissional, além de buscar parceiros para ajudar na conscientização da importância do Censo.

“A gente tenta sempre destacar que os dados coletados são sigilosos. Sendo assim, a população pode ficar tranquila para responder os questionários. Outra medida é a busca de parceria com as prefeituras em prol de ampliar a comunicação sobre o Censo. Além disso, buscamos antecipadamente ter contato com síndicos para intensificar a importância do trabalho dos recenseadores e tranquilizar os moradores", esclarece Urpia.

Boas experiências
Na contramão dos recenseadores que enfrentam diversas dificuldades em relação à recepção da população, há aqueles que são acolhidos pelos moradores. É o caso de Fábio Ribeiro, que exerce a função em Feira de Santana. “Já aconteceu de em uma visita a um domicílio, eu tomar café com o pessoal que conversei. Foi bem legal”, lembra Ribeiro.

Buscando evitar estresse, ele diz que usou como estratégia a escolha de um setor perto do bairro em que reside. Então, a maioria dos questionários fez com amigos, vizinhos e familiares. Mas nem sempre apostar na proximidade local é necessário para se conseguir uma boa recepção dos pesquisados.

É o que conta Joana Alves, 26, ao afirmar que sua rotina tem sido tranquila. “Estou sendo bem recebida em todos os prédios que entro. O único entrave é o acesso ao condomínio. Você tem que falar com síndico e pedir acesso, mas isso é algo que consigo resolver”, diz Joana.

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A quilombola Floriceia Carvalho, 64 anos, era menina quando ouviu pela primeira vez as histórias de negros escravizados que fugiam de Salvador para buscar abrigo nos quilombos que ficavam na Ilha de Maré, na Baía de Todos os Santos. Histórias de como eles chegavam exaustos depois de fazer a travessia a nado e dos muitos que morriam tentando. Os descendentes desses sobreviventes ainda moram nessas localidades.

Agora, pela primeira vez em 150 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) vai incluir essa população no censo. Nesta quarta-feira (17), uma equipe desembarcou na Praia Grande, na ilha, para conversar com as lideranças sobre a pesquisa. Os coletes azuis atraíram a atenção de homens e mulheres que tratavam peixes e faziam cestos artesanias na porta das casas da pequena vila. Floriceia participou do encontro.

“Nos últimos anos tivemos algumas melhorias, a população cresceu bastante, mas ainda existem muitos problemas e sentimos a ausência de políticas públicas, em todas as esferas. Então, essa pesquisa pode ajudar nesse sentido, precisamos ser vistos. Sou quilombola e tenho muito orgulho disso”, afirmou.

Segundo o IBGE, a Bahia é o estado com o maior número de comunidades quilombolas do Brasil, em casa dez municípios, seis tem algum quilombo. São 1.046 localidades, entre formalizadas e não formalmente reconhecidas. Em Salvador, a maior concentração está na Ilha de Maré, onde cinco recenseadores começaram a visitar os 640 domicílios. O pescador Antônio Santana, 54, respondeu ao questionário nesta quarta-feira e se autodeclarou quilombola antes mesmo de a pergunta ser concluída.

“Essa foi a primeira vez que participei [do censo do IBGE] e me sinto muito honrado em função de uma luta que a gente faz há muito tempo. Vivemos em um país onde não somos reconhecidos, onde a nossa identidade é extremamente massacrada, mas a gente vai conseguindo e sobrevivendo na luta”, disse.

São sete quilombos reconhecidos na ilha, além de Praia Grande, existem Bananeiras, Botelho, Itamoabo Neves, Maracanã, Porto das Caravelas e Santana. No interior, os municípios com mais territórios são Vitória da Conquista (28 quilombos), Campo Formoso (25), Bom Jesus da Lapa (23) e América Dourado, Bonito e Seabra (19 cada).

Mudanças
As lideranças frisaram que ser quilombola é antes de tudo reconhecer a identidade negra e as opressões e resistências vividas pelos antepassados, e se queixaram que a juventude está esquecendo a história. O supervisor dos recenseadores na ilha de Maré é William Neves, um jovem de 21 anos que contou que durante muitos anos não se identificava como quilombola, porque a palavra era associada apenas a sofrimento.

“Minha família não falava muito sobre isso, quando falava era sempre com um olhar negativo. Diziam que quilombola era aquele que sofreu, que penou, e ninguém queria se identificar como quilombola. Hoje, com os novos movimentos, as pessoas mudaram de opinião e estão se reconhecendo como quilombola, como identidade negra”, disse.

Além da autodeclaração, o censo demográfico investiga como vivem os moradores dessas comunidades. Durante a reunião lideranças destacaram problemas em infraestrutura, poluição ambiental e ausência de políticas públicas. A pesquisadora do Grupo de Trabalho de Povos e Comunidades Tradicionais do censo 2022, Daiane Ciriaco, destacou que a inclusão dos quilombolas amplia a diversidade do censo e torna a pesquisa mais completa, e se emocionou durante a reunião.

“O censo vai a todas a áreas desde sempre, mas será a primeira vez que terá perguntas direcionadas para pessoas quilombolas, em 150 anos. Com isso, essa população vai deixar de ser invisível aos olhos do estado. Se você não é contado, você não existe para as políticas públicas e para as estatísticas oficiais. Além disso, é uma forma de retratar o Brasil o mais próximo possível da sua realidade”, afirmou.

Os recenseadores estarão nas ruas até outubro e os primeiros resultados da pesquisa serão divulgados a partir de dezembro. No caso da Ilha de Maré os cinco trabalhadores moram na comunidade. Os agentes estão identificados com colete, crachá com foto e o dispositivo móvel de coleta. Eles carregam no peito um QR Code que aponta para um site no qual é possível confirmar a identidade dessas pessoas. Além disso, é possível também ter essa confirmação pelo 0800 721 8181 ou pelo site respondendo.ibge.gov.br

Visibilidade
O censo demográfico de 2022 é o 13º do país, mas o 1º a trazer informações específicas sobre pessoas que se auto identificam como quilombolas e sobre as comunidades em que elas vivem. A quilombola Maricélia Lopes, 52 anos, sempre viveu e ainda mora na Ilha de Maré, e usou uma camiseta em referência ao Quilombo Rio dos Macacos, que fica no continente, para cobrar políticas públicas para essa população e dados mais detalhados.

“Saímos da invisibilidade do IBGE, e isso é um direito, ninguém está fazendo um favor. Se tem informações e dados sobre o agronegócio, feita com dinheiro público, por que não fazer da gente também? Queremos saber quantas marisqueiras, pescadores e artesãos existem nos quilombos. Somos potência [econômica] também, afinal quem alimenta os mercados? Conseguir essa visibilidade no censo foi uma vitória”, afirmou.

As negociações com o IBGE para inclusão dessa população na pesquisa começaram em 2015. O coordenador nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais (Conaq), José Ramos, também destacou a importância dessa mudança.

“É um sentimento de luta e de referência aos nossos ancestrais. É através desse reconhecimento que podemos cobrar mais ações. É preciso se auto identificar para poder lutar pelos nossos direitos, e esse é o ponto fundamental dentro das nossas comunidades quilombolas, o trabalho de conscientização”, disse.

Quase a totalidade das comunidades quilombolas existentes na Bahia (96,2%) não são oficialmente delimitadas. No Brasil, apenas 6,8% das localidades são legalizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os dados são do IBGE, que além da Bahia, nesta quarta-feira, fez mobilizações pelo censo quilombola também em Goiás, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Publicado em Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O dado foi divulgado hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,2 trilhões, em valores correntes, no primeiro trimestre do ano.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a economia do país cresceu 1,7%. Os dados também mostram um crescimento de 4,7% no acumulado de 12 meses.

Publicado em Economia

No 1º trimestre de 2022, a taxa de desocupação na Bahia foi de 17,6%. Ficou praticamente estável em relação à verificada no 4º trimestre de 2021 (17,3%) e foi a menor para um 1º trimestre em seis anos, desde 2016, quando havia sido de 15,7%. Ainda assim, o estado voltou a ter a maior taxa de desocupação do país, o que não ocorria desde o 1º trimestre de 2021. O indicador baiano seguiu bem acima do nacional (11,1%) e equivalia a quase quatro vezes o verificado em Santa Catarina, que tem a menor taxa de desocupação do Brasil (4,5%).

A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalharam e procuraram trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).

Nem o número de pessoas trabalhando, nem o número de pessoas procurando trabalho mostraram variação estatisticamente significativa na Bahia, entre o 4º trimestre de 2021 e o 1º trimestre deste ano. De janeiro a março, a população ocupada (número de pessoas trabalhando no estado, fosse em ocupações formais ou informais) ficou em 5,864 milhões de pessoas, com uma discreta tendência de queda frente ao trimestre imediatamente anterior, quando esse grupo havia sido de 5,914 milhões de pessoas (menos 50 mil trabalhadores ou -0,8% entre um período e outro).

Já a população desocupada (quem não estava trabalhando, procurou trabalho e poderia ter assumido caso tivesse encontrado) ficou em 1,250 milhão no 1º trimestre de 2022, frente a 1,240 milhão no 4º trimestre de 2021 (mais 10 mil desocupados ou +0,8%).

Na comparação com o 1º trimestre de 2021, quando a taxa de desocupação na Bahia havia atingido seu maior patamar em toda a séria histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012 (21,7%), a população ocupada no estado cresceu 12,9% (mais 669 mil pessoas trabalhando) e a desocupada caiu 13,3% (menos 192 mil pessoas procurando trabalho).

Apesar da estabilidade frente ao final de 2021, o contingente de pessoas trabalhando, na Bahia, foi o maior para um 1º trimestre desde 2016 (quando havia 5,990 milhões de ocupados), e o número de desocupados também foi o menor em seis anos (desde 2016, quando havia 1,119 milhão de pessoas nessa situação).

Entre o 4º trimestre de 2021 e o 1º trimestre deste ano, o número de pessoas fora da força de trabalho (que por algum motivo não estavam trabalhando nem procuraram trabalho) na Bahia também se manteve estatisticamente estável, mostrando leve tendência de aumento (+0,9%), chegando a 4,923 milhões.

Entretanto, dentre elas, o grupo das desalentadas diminuiu tanto frente ao final de 2021 (-4,9% ou menos 33 mil pessoas) quanto na comparação com o 1º trimestre do ano passado (-17,9% ou menos 141 mil pessoas), chegando a um total de 648 mil pessoas.

A Bahia segue com o maior número absoluto de desalentados do país, posto que detém ao longo de toda a série da PNAD Continua, desde 2012. No 1o trimestre de 2022, no Brasil, havia 4,594 milhões de desalentados, número que caiu tanto frente ao 4o trimestre de 2021 (-4,1% ou menos 195 mil pessoas) quanto frente ao 1o trimestre de 2021 (-23,0% ou menos 1,376 milhão de pessoas).

A população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem, ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Entretanto, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

(Fonte: IBGE)

Número de trabalhadores caiu em 5 das 10 atividades econômicas

Na passagem do 4º trimestre de 2021 para o 1o trimestre de 2022, o discreto recuo no total de pessoas ocupadas na Bahia atingiu quase todas as formas de inserção no mercado de trabalho do estado. Houve aumento apenas no número de trabalhadores auxiliares familiares, que trabalham sem remuneração em algum negócio da própria família (mais 34 mil pessoas ou +15,7%) e entre os ocupados no setor público (mais 23 mil pessoas ou +3,0%).

Por outro lado as formas de inserção que mais perderam trabalhadores foram o emprego no setor privado sem carteira assinada (menos 43 mil pessoas ou -3,7%) e o trabalho doméstico (menos 33 mil pessoas ou -8,7%).

Já frente ao mesmo período de 2021, no 1o trimestre de 2022, todas as formas de inserção no mercado de trabalho baiano tiveram ganhos de trabalhadores. Os aumento foram liderados, em termos absolutos, pelo trabalho por conta própria (mais 209 mil pessoas ou +13,3%) e pelo emprego sem carteira assinada (mais 157 mil pessoas ou +16,4%).

Assim, nos três primeiros meses deste ano, o número de trabalhadores informais na Bahia ficou em 3,207 milhões, representando 54,7% de toda a população ocupada.

Esse grupo se reduziu um pouco em relação ao verificado no 4o trimestre de 2021, quando somava 3,270 milhões de pessoas, 55,3% dos trabalhadores baianos. De um trimestre para o outro, o total de informais caiu 1,9%, o que representou menos 63 mil trabalhadores nessa situação.

Ainda assim, frente ao 1o trimestre de 2021, quando somavam 2,778 milhões de trabalhadores, o número de informais na Bahia cresceu 15,4%, com mais 429 mil pessoas trabalhando dessa forma no estado, em um ano.

São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos que não têm carteira assinada, os trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e as pessoas que trabalham como auxiliares em algum negócio familiar.

Na passagem do 4º trimestre de 2021 para o 1º trimestre de 2022, houve diminuição do número de pessoas trabalhando em 5 dos 10 grupamentos de atividade investigados na Bahia. Construção (-64 mil trabalhadores) e transporte armazenagem e correio (-44 mil) tiveram os saldos mais negativos e as quedas percentuais mais intensas (-12,9% e -16,7%, respectivamente).

Por outro lado, os setores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+48 mil trabalhadores ou +10,6%) e de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+33 mil pessoas ocupadas ou +2,9%) tiveram os maiores saldos positivos nessa comparação.

Já em relação ao 1º trimestre de 2021, apenas 1 dos 10 grupamentos de atividade mostrou saldo negativo de trabalhadores: transporte armazenagem e correio (-36 mil ocupados ou -14,2%).

Nessa comparação interanual, as atividades que mais viram seu número de trabalhadores crescer, em termos absolutos, foram a agropecuária (+136 mil ou +13,6%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+107 mil ocupados ou +10,7%). Em seguida veio o segmento de alojamento e alimentação, com mais 99 mil pessoas trabalhando e um crescimento de 40,9% nesse contingente em um ano - o maior dentre as atividades em termos percentuais.

No 1º trimestre de 2022, o rendimento médio real (descontados os efeitos da inflação) mensal habitualmente recebido por todos os trabalhos na Bahia ficou em R$ 1.679. Foi o 3º mais baixo entre as 27 unidades da Federação, acima apenas dos registrados no Maranhão (R$ 1.547) e Piauí (R$ 1.660). O valor mostrou alta frente ao do 4º trimestre de 2021, que havia sido de R$ 1.607 (mais R$ 72 ou +4,5%), mas ficou menor do que o verificado no 1º trimestre de 2021, que havia sido de R$ 1.757 (menos R$ 78 ou -4,5%).

Já a massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos, na Bahia, cresceu na duas comparações (+3,0% frente ao final de 2021 e +7,2% frente ao início do ano passado), ficando em R$ 9,425 bilhões no 1o trimestre deste ano. A massa de rendimento é a soma dos rendimentos de trabalho de todas as pessoas ocupadas. Indica o volume de dinheiro em circulação.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,1% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou bem perto do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,0% e 11,7%, com mediana de 11,4%

Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,9%. No trimestre encerrado em fevereiro de 2022, a taxa de desocupação estava em 11,2%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.548 no trimestre encerrado em março. O resultado representa queda de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 237,673 bilhões no trimestre até março, alta de 0,2% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.

No trimestre terminado em março, faltou trabalho para 26,812 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 24,3% no trimestre até dezembro de 2021 para 23,2% no trimestre até março.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até março de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 29,6%.

A população subutilizada caiu 5,4% ante o trimestre até dezembro, 1,532 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até março de 2021, houve um recuo de 20,3%, menos 6,843 milhões de pessoas.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 10,7% e 11,8%, com mediana de 11,3%.

Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,5%. No trimestre encerrado em dezembro de 2021, a taxa de desocupação estava em 11,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa queda de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 232,594 bilhões no trimestre até janeiro, queda de 0,9% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou igual à mediana, de 11,6%, das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 11,4% e 12,0%. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,4%. No trimestre até outubro, a taxa de desocupação ficou em 12,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.444,00 no trimestre encerrado em novembro passado. O resultado representa queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 277 bilhões no trimestre até novembro, queda de 2,6% ante igual período do ano anterior.

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As vendas de varejo na Bahia seguiram em queda em novembro, com recuo de 2,8%, segundo dados da Pesquisa Mental de Comércio (PMC) divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE. Foi a sexta queda seguida nos comparativos mensais.

O resultado de novembro ficou abaixo do verificado no Brasil - nacionalmente, houve um leve avanço de 0,6%. O resultado da Bahia foi o terceiro pior do país, ficando à frente só da Paraíba (-3,1%) e do Piauí (-3%).

Com o resultado negativo, o volume de vendas do varejo baiano continuou abaixo (-9.6%) do patamar da pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

Comparando novembro de 2021 com novembro de 2020, a queda foi de 13,8% nas vendas. Esse é o quarto recuo seguido e o pior resultado de um mês de novembro no estado desde que a série da PMC começou a coletar esse dado em 2001.

Segundo o IBGE, 5 das 8 atividades do varejo restrito, o que exclui automóveis e material de construção, tiveram recuo nas quedas comparando com novembro de 2020.

A queda mais forte foi do setor de móveis e eletrodomésticos (-38,8%), que caiu pela quinta vez seguida, depois de fechar 2020 com o melhor desempenho do varejo no estado (14,5%).

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