Representantes de associações de eventos demonstraram indignação após o anúncio dado nesta quinta-feira (20) pelo governador Rui Costa, que limita o público de eventos de qualquer tipo ao máximo de 1.500 pessoas. Uma redução de 50% em relação ao que o decreto permitia anteriormente (3 mil). A norma do limite de metade do público em cada espaço permanece sem mudanças.

Segundo o governador, o novo decreto será publicado no Diário Oficial na sexta-feira (21) com a mudança. "Em função do crescimento do número de casos, nós estamos assinando o decreto que determina a redução de limite de público em eventos de 3 mil para 1.500 pessoas", explicou.

Enquanto isso, os empresários apontam para a falta de diálogo do governador com a categoria, para buscar uma solução que agrade as duas posições, e além disso, questionam a justificativa apresentada por Rui para decretar uma nova redução de público.

“O discurso sempre foi: ‘vacinem-se, pois a vacina vai reduzir o número de óbitos e internações. Com esses números sob controle, não precisaremos tomar medidas drásticas de restrição’. De fato, é o que tem acontecido. A vacina tem feito o que se esperava: a grande maioria dos infectados são assintomáticos ou têm sintomas leves. E os casos que se agravam são entre pessoas que não se imunizaram ou têm algum tipo de comorbidade. Mas, agora, eles estão se apegando ao número de contaminações para justificar essas decisões. A vacina nunca prometeu que as pessoas não se contaminariam. Enfim, é mais fácil penalizar todo um setor do que investir na reabertura dos leitos de UTI e manter os números sob controle”, questiona Moacyr Villas Boas, representante da Associação Baiana dos Produtores de Eventos (Abape).

Em entrevista, o governador esclareceu que além de evitar que o número de casos ativos de covid-19 continue crescendo, a redução do público também objetiva que as outras categorias do setor econômico não sejam prejudicadas.

“Nós temos que conter essa doença, porque se não fizermos nada, daqui a pouco esse número vai estar gigantesco e impactando outras atividades econômicas. Então precisamos dar um freio nessa contaminação, e a forma de diminuir o ritmo é diminuir a aglomeração das pessoas naquilo que não gera diretamente o desemprego de milhares de pessoas. Por tanto, estamos reduzindo esses eventos, seja ele de qualquer tipo", justificou.

Para a integrante da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), Cinara Cardoso, o decreto afeta muito mais que os empresários e promotores de eventos, ele alcança toda a cadeia produtiva do setor, composto dos integrantes de bandas aos colaboradores que prestam serviços de apoio durante os eventos.

“Esse é um decreto para justificar o que ele [governador Rui Costa] não pode mexer. Um discurso irresponsável condenando um setor como capitalista, que não se importa com vidas. Como se quem perdesse fosse o empresário, que se não faz a festa, não deixa de pagar boleto. A cadeia produtiva do setor é a que realmente é prejudicada. O evento não é o empresário, são cidadãos contribuintes como qualquer outros que precisam trabalhar”, diz a integrante da Associação Brasileira de Empresas de Eventos.

Quanto à viabilidade de se realizar um evento para 1.500 pessoas, Moacyr Villas Boas aponta que para a maioria dos produtores de evento não é algo vantajoso.

“Para alguns será viável e para a maioria, não. Mas o fato é que estão todos cancelando tudo. Como não existe diálogo nem planejamento do governo neste quesito, não nos sentimos seguros nem para planejar um evento para daqui a uma semana, e é óbvio que ninguém faz um evento em apenas uma semana, porque semana que vem pode surgir um novo decreto restringindo ainda mais o limite de público. Não há consideração nem mesmo com os eventos que haviam sido planejados dentro dos decretos anteriores”, esclarece o representante da Abape.

Aglomeração

Diante do cenário epidemiológico da Bahia, em que o estado já ultrapassa 14 mil casos ativos de covid-19, o imunologista Celso Sant Annaes, esclarece que devido ao alto nível de transmissibilidade da variante ômicron, aglomerações são facilitadoras do potencial de transmissão do vírus. E destaca que, junto a força da cepa, o aumento do número de grandes encontros é a causa da crescente taxa de pessoas contaminadas no estado.

“Um sacrifício maior que façamos agora, é um sacrifício que vai preservar vidas. Precisamos pensar nisso e as pessoas também se conscientizarem e refletirem sobre os dados que a ciência expõe todos os dias. Tudo demonstra que qualquer aglomeração é potencialmente perigosa. As evidências mostram que até o fim do mês de janeiro nossa rede hospitalar poderá estar com um índice de ocupação de UTIs acima de 80%. Então eu acho que voltamos ao nível de não ser o momento de fazer festas nem aglomerações, porque o risco é muito grande”, alerta o imunologista.

O governador também alertou que há subnotificação de casos ativos da covid-19. "Infelizmente, os números continuam subindo no Brasil, continuam subindo na Bahia. Ontem (quarta-feira, 19) à tarde chegamos a 13.262 casos ativos, e a 363 pessoas internadas em UTIs. As cidades estão testando menos, o que nos leva a crer que esse número de 13 mil ainda está subnotificado, e devemos ter um número muito acima de contaminados. Por isso, estamos tomando a decisão de reduzir os eventos para 1500 pessoas", explicou.

"Estamos chegando ao maior número de contaminados ativos da pandemia. O maior número de contaminados que tivemos foi em março do ano passado, em 22 mil. Com esse ritmo de crescimento, no máximo em uma semana, nós ultrapassaremos esse número. Não é possível não fazer nada e assistir isso passivo. Nós estamos arriscando vidas humanas, que podem ser perdidas", afirmou o governador.

Segundo dados da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do estado, a Bahia fechou a quinta-feira (20) com 14.743 casos ativos de Sars-Cov-2. A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 68%.

Confira abaixo quais eventos foram cancelados ou adiados:

Ensaio de Verão
O “Ensaio de Verão” de Léo Santana, que aconteceria na sexta-feira (21), no Wet’n Wild, foi cancelado na quinta-feira (20). Em nota, a assessoria informou que o show possui uma estrutura inviável de ser ofertada nos padrões da nova determinação do Estado.

Melhor Segunda Feira do Mundo
Comandado pelo cantor Xanddy do Harmonia, o evento aconteceria na próxima segunda-feira (24),no Parque de Exposições, mas foi cancelado após o anúncio das novas medidas de restrição.

Ensaio da Timbalada
A assessoria da banda Timbalada anunciou o cancelamento da festá logo após a divulgação do novo decreto. O show aconteceria neste domingo (23), no Wet’n Wild.

Show de Gal Costa
O show de Gal Costa “As Várias Pontas de uma Estrela” permanece adiado. O evento aconteceria no Teatro Castro Alves, nos dias 29 e 30 de janeiro, mas foram adiados para os dias 12 e 13 de março.

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O Castelo Garcia D’Ávila será o cenário da segunda edição da segunda edição do festival Jazz no Castelo, que começa nesta quarta (12) e segue até dia 4/02. Com programação de quarta a sexta, das 17h às 22h, o evento recebe 12 atrações, entre baianos, que vão se revezar em um palco montado ao lado das ruínas do castelo.

Com coordenação geral de Geisy Fiedra, presidente do Conselho Curador da Fundação Garcia d’Ávila, o festival vai oferecer uma mistura de estilos musicais como jazz, blues e soul, além dos ritmos populares que fazem parte da identidade cultural do baiano. “Estamos muito felizes e otimistas com a realização desse festival, que nos ajuda a consolidar a nossa fundação e o castelo como um centro cultural”, relata, entusiasmada, Fiedra.

A curadoria do festival é assinada pelo músico Ivan Huol e pela produtora Cacilda Póvoas. “Construímos a curadoria com um pouco de jazz, blues, soul, funk, um clima mais de música negra e do jazz cantado, e com a música brasileira dialogando com o estilo do jazz, que é universal”, afirma Póvoas.

Quem abre o evento, hoje, é o grupo Rumpilezzinho, projeto social criado pelo maestro Letieres Leite - que será homenageado no evento. Amanhã, a atração é o grupo baiano Pradarrum, capitaneado pelo percussionista Gabi Guedes e que funde ritmos das nações Ketu, Gêge e Angola, como ilú, ijexá, alujá e kabila, com o jazz. Na sexta, tem a banda Geleia Solar, banda nbase da Jam no MAM, composta por vários músicos de peso, entre eles o baterista Ivan Huol.

Sempre com três shows por semana, o festival começa com a apresentação de um DJ, seguido por exibições de vídeo mappings nas ruínas do castelo e, por fim, os shows. Uma área gourmet com comidas e bebidas da região também foi montada no local. O uso de máscara e o cartão de vacinação serão obrigatórios para quem for ao evento.

FICHA

Evento: Jazz no castelo

Onde: Castelo Garcia D´Ávila (Praia do Forte).

Quando: De 12 a dia 04/02, das 17h às 22h.

Ingressos: R$ 50 | R$ 25. Vendas no Sympla.


PROGRAMAÇÃO

Rumpilezzinho (12)

Pradarrum (13)

Geleia Solar e convidado (14)

Eric Assmar e Kika d’Matta (19)

Sonora Amaralina (20)

Geleia Solar e Carol Panesi (21)

Mestrinho (26)

Ana Karina (27)

Geleia solar e Josiel Konrad (28)

Ellen Oléria (2/2)

Adelmo Casé (3/2)

Angela Velloso (4/2)

 

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A Salvador Produções, empresa responsável pela realização do Baile da Santinha In the Park, anunciou, nesta segunda-feira (10), o cancelamento das duas próximas atrações da festa que aconteceriam no dia 14 e 21 de janeiro. A suspensão do baile acontece após o governador da Bahia, Rui Costa, ter decretado a redução de público em eventos no estado.

A próxima edição do ‘Baile da Santinha’, ensaio de verão do cantor Léo Santana, seria no dia 14 de janeiro, a partir das 19h, no Parque Exposições Salvador, na Avenida Paralela. Uma das participações mais aguardadas era a do DJ Alok, que tocaria seus principais hits. Além de Alok, o agito também teria apresentações de Tayrone e João Gomes.

Rui Costa decretou a redução da capacidade máxima de público em estádios e shows, de 5 mil para 3 mil pessoas nesta segunda com o objetivo de frear o avanço do número de casos de coronavírus e H3N2 na Bahia. "Nós limitamos todos os espaços a 50% da capacidade, isso vale pra teatro, cinema e qualquer espaço de evento. E, neles, o limite máximo é de 3 mil pessoas", anunciou em entrevista à TV Bahia. A medida é válida também para estádios de futebol.

Os clientes que adquiriram passaporte ou ingresso para o Baile do dia 14 deverão solicitar o reembolso conforme a política de compra no local ou plataforma em que comprou o ingresso: Loja Bora Tickets, loja do Pida, www.boratickets.com.br www.sympla.com.br

A Salvador Produções informou ainda que realizará nesta sexta (14), às 20h, um novo evento, com formato diferenciado para 3.000 pessoas seguindo orientações do decreto, o “ENSAIOS DE VERÃO”, com shows de Léo Santana, João Gomes e Tayrone. As vendas para este evento começam nesta terça (11).

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O governador Rui Costa anunciou um decreto com novas medidas para frear o avanço do número de casos de coronavírus e H3N2 em toda a Bahia. Uma das medidas é a redução da capacidade máxima de público em estádios e shows, de 5 mil para 3 mil pessoas.

"Em função do aumento do número de casos, reduzimos de 5 mil para, no máximo, 3 mil pessoas. Nós limitamos todos os espaços a 50% da capacidade, isso vale pra teatro, cinema e qualquer espaço de evento. E, neles, o limite máximo é de 3 mil pessoas", anunciou em entrevista à TV Bahia. A medida é válida também para estádios de futebol.

O governador anunciou ainda novas medidas para bares e restaurantes. Os espaços não terão limite máximo de ocupantes, mas serão obrigados a exigir comprovante de vacinação de todos os clientes.

A decisão é divulgada no dia em que o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) detectou 12 pessoas infectadas com a variante Ômicron no estado. Além da identificação da Ômicron, foram detectadas 81 amostras da variante delta.

Ainda segundo Rui Costa, há um pré-colapso no sistema de saúde nas emergências das UPAs e emergências estaduais. "Tomamos essas decisões baseados nisso e no grande crescimento do número de casos ativos. Esses serão os dois indicadores que iremos monitorar: o percentual e a situação das UPAs e postos de saúde. Além, claro, dos casos ativos. Estamos preocupados também com as crianças, pois houve um aumento de casos de covid e H3N2 entre elas. Mesmo que não se agrave, elas precisam de atendimento médico", finalizou o governador.

O decreto tem validade inicial de 15 dias, podendo ser suspenso antes do prazo, caso haja baixa no número de casos. A medida também pode ser prorrogada.

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Ainda não será neste ano que o Carnaval, cuja festa que deve ocorrer de sexta, 25 de fevereiro, a 1º de março, será promovido aos moldes tradicionais. Pelo segundo ano consecutivo após a OMS declarar a pandemia da Covid-19, em 11 de março de 2020, muitos blocos de carnaval, desfiles e outros festejos estão sendo cancelados ou sem definição se irão ocorrer ou não.

Somente quatro capitais confirmaram a programação de Carnaval, que pode ser cancelada caso os índices de contaminação e mortes por Covid aumentem nos próximos dias. Até o momento, os desfiles das escolas de samba do Rio e de São Paulo estão confirmados.

Além disso, os próprios artistas e blocos estão cancelando sua programação. Em São Paulo, 28 blocos cancelaram a participação no carnaval de rua da capital em 2022, entre eles estão os das cantoras Daniela Mercury (Pipoca da Rainha) e Gloria Groove (Bloco das Gloriosas), a produtora de funk Kondzilla (Bloco do Kondzilla) e o ator e cantor Tiago Abravanel (Bloco do Abrava).

Somente quatro capitais confirmaram a programação de Carnaval, que pode ser cancelada caso os índices de contaminação e mortes por Covid aumentem nos próximos dias. Até o momento, os desfiles das escolas de samba do Rio e de São Paulo estão confirmados.

Além disso, os próprios artistas e blocos estão cancelando sua programação. Em São Paulo, 28 blocos cancelaram a participação no carnaval de rua da capital em 2022, entre eles estão os das cantoras Daniela Mercury (Pipoca da Rainha) e Gloria Groove (Bloco das Gloriosas), a produtora de funk Kondzilla (Bloco do Kondzilla) e o ator e cantor Tiago Abravanel (Bloco do Abrava).

Carnaval de rua
Onde vai ter carnaval de rua:

João Pessoa
Maceió: já está definido o calendário das prévias do carnaval de rua.
Rio de Janeiro: até 21 de dezembro, o Comitê Científico do Rio também destacou que não vê nenhuma restrição à realização do carnaval carioca nas condições atuais .
São Paulo: são 524 blocos de rua aprovados até o momento. No entanto, prefeitura pode decidir pelo cancelamento ou por novas regras para a realização do carnaval até 10 de janeiro.

Onde não vai ter carnaval de rua:

Campo Grande: decisão levou em conta a preocupação das autoridades de saúde com as novas variantes da Covid-19.
Cuiabá: o prefeito Emanuel Pinheiro anunciou a decisão em 1° de dezembro. Entre os motivos estão os riscos da nova variante da Covid-19, a ômicron, além das pessoas que ainda não se vacinaram com nenhuma das doses
Curitiba: o prefeito Rafael Greca anunciou em 26 de dezembro que, pelo segundo ano seguido, a comemoração do Carnaval de 2022 vai acontecer em formato virtual.
Fortaleza: O prefeito José Sarto cancelou o edital de apoio às festas de carnaval em 30 de novembro. No mesmo dia, o governador do estado, Camilo Santana, também cancelou os editais.
Salvador: o governador Rui Costa anunciou a decisão em 23 de dezembro. Segundo ele, atraso na segunda dose da vacina contra a Covid-19 e epidemia de gripe tornam festa insegura.

Onde não foi definido:

Aracaju
Brasília
Belo Horizonte
Florianópolis
Goiânia
Macapá
Manaus
Natal
Palmas: não costuma ter carnaval de rua
Recife
São Luís
Vitória
Carnaval de desfile
Antes da pandemia, já não havia desfiles de escolas de samba em Aracaju, Brasília, Goiânia, Maceió, Palmas e Teresina. Veja como será o carnaval onde costuma ocorrer desfiles:

Onde vai ter carnaval de desfile:

Campo Grande
Rio de Janeiro
São Paulo
Onde não vai ter carnaval de desfile:

Cuiabá
Fortaleza
Onde não foi definido:

Belo Horizonte
Florianópolis
João Pessoa
Macapá
Manaus
Natal
Recife
São Luís
Vitória

Um novo decreto desta terça-feira (21) do Governo da Bahia mantém como limite máximo de público para eventos no estado em 5 mil pessoas. A medida ficará valendo pelo menos até 4 de janeiro do ano que vem - ou seja, deverá ser seguida durante as festas de Réveillon.

O decreto anterior, com o mesmo número, era de 25 de novembro, valendo até o último dia 10. Ele aumentava o público de 3 mil para 5 mil pessoas.

O governo diz que a medida é válida para cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais, em ruas públicas ou privadas, circos, parques de exposições, formaturas, feiras, passeatas e similares, zoológicos, parques de diversões, museus e similares. É preciso seguir protocolos sanitários.

Espaços como cinema e teatros devem funcionar com controle de fluxo na entrada e saída, para evitar aglomerações nesses momentos.

Também está prevista no decreto a exigência de comprovação de vacinação do público.

Publicado em Bahia

A cidade de São Paulo cancelou a festa de réveillon de 2021, devido à variante ômicron. A prefeitura também decidiu manter a obrigatoriedade do uso de máscara. As medidas foram anunciadas nesta quinta-feira (2).

O governo do estado de São Paulo também recuou e desistiu de liberar o uso do equipamento ao ar livre. O uso permanecerá obrigatório em todos os ambientes, seja externos ou em áreas internas e no transporte público, inclusive dentro das estações e terminas de ônibus.

"Atendendo recomendação do Comitê Científico, o Estado de SP vai manter a exigência do uso de máscara em espaços abertos. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução", anunciou João Doria, em publicação no Twitter nesta manhã. "O nosso maior compromisso é com a saúde da população", emendou.

A desobrigação do uso de máscaras no Estado estava prevista para ocorrer a partir do dia 11. No entanto, com o descobrimento da variante Ômicron e a confirmação de três casos no Estado de São Paulo, Doria pediu uma reavaliação do Comitê Científico sobre o assunto.

Na recomendação feita ao governo de São Paulo, o comitê apontou que há incertezas quanto ao impacto da variante Ômicron às vésperas do fim de ano. Os períodos de Natal e do Réveillon costumam provocar grandes aglomerações, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias como a covid-19.

O governador de São Paulo, junto ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), cumpre agenda em Nova York, nos Estados Unidos, onde deve dar mais detalhes sobre as novas medidas. O prefeito de São Paulo, ainda, deve fazer um anúncio sobre o cancelamento das festas de Réveillon e seguir, também, com a recomendação sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos.

Publicado em Brasil

Caso o Festival da Virada aconteça, a prefeitura pode estabelecer regras menos rígidas das que estão em vigor atualmente para o setor de eventos de Salvador. Isso vai depender, segundo o prefeito Bruno Reis, se a situação epidemiológica da pandemia da covid-19 estiver melhor. “Se vão ter protocolos mais ou menos rígidos, vai depender do avanço da pandemia, mas com certeza vão ter protocolos”, disse.

A declaração foi dada em entrevista coletiva realizada durante a entrega de uma nova geomanta na Rua Diva Pimentel, no bairro Fazenda Grande do Retiro. Bruno relembrou que, atualmente, só são permitidos eventos de até 1,1 mil pessoas. “São regras sérias que atendem desde ao consumo de bebida até a forma de acesso aos eventos”, recorda.

Como o Festival da Virada de Salvador é um evento que, normalmente, reúne milhares de pessoas e chama a atenção de turistas do Brasil todo, a expectativa do setor do turismo é que ele não seja realizado sob as regras atuais. Mas Bruno reforça:

“O que vai determinar uma rigidez maior ou menor, sendo possível realizar o Festival da Virada, é como esteja a pandemia. Como ela está se comportando de forma global”, diz.

O prefeito também lembrou que a realização do evento ainda não é dada como certa. A expectativa é que uma decisão seja tomada ainda em outubro com base no que é observado na realização de grandes eventos em outros locais do Brasil e do mundo.

“Essa semana, por exemplo, a gente comemora a festa da padroeira Nossa Senhora Aparecida. A previsão é que mais de 100 mil pessoas estejam lá [em Aparecida – São Paulo] para celebrar essa data. Vamos ver as consequências disso. Todos os eventos que estão acontecendo no Brasil e no mundo estão servindo de parâmetro para a gente tomar a nossa decisão", disse.

Publicado em Eventos

Para participar do Réveillon e do Carnaval de Salvador será preciso ter completado a vacinação contra a covid-19 com as duas doses. Nesta segunda-feira (04), o prefeito Bruno Reis (DEM) informou que vai exigir o certificado de vacinação nos pórticos de acesso à folia. Ele também não descarta adotar outras medidas. Apesar do anúncio, a prefeitura ainda não tem certeza se as duas festas vão ocorrer. A decisão será tomada até o final deste mês.

Bruno Reis participava da entrega de uma escola em Fazenda Grande II, região de Cajazeiras, quando foi questionado se cogita adotar protocolos de proteção contra a covid-19 no Carnaval. O gestor disse que a realização da festa ainda está em análise e vai depender do cenário da pandemia, mas adiantou que as medidas sanitárias que forem pensadas para o Carnaval também serão aplicadas ao Réveillon.

“Ainda no mês de outubro daremos início à discussão sobre as festas de Réveillon e Carnaval. Vamos exigir, para ter acesso, as duas doses da vacina. Disso não abro mão. A festa do Réveillon acontece em um espaço fechado e para as pessoas terem acesso, terão que ter as duas doses. E, no Carnaval, a gente colocará barreiras para fazer as revistas e garantir as restrições das marcas e, se for possível, serão instaladas mais cedo para exigirmos a comprovação da vacinação”, afirmou.

O prefeito disse que não descarta adotar outros protocolos e que os detalhes serão discutidos nos próximos dias. No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes está otimista para a realização das duas festas e disse que vai flexibilizar as medidas de proteção. Segundo O Globo, ele afirmou, no domingo (03), que depois da vacinação a vida vai voltar ao normal.

Bruno Reis, porém, opta pela cautela. “O Rio de Janeiro nunca foi parâmetro para nossas decisões. O Rio durante a pandemia sempre teve permissividade muito maior do que a média dos outros estados e capitais. O Rio, recentemente, foi a cidade mais impactada com a variante delta. Eles restabeleceram leitos e tiveram aumento de casos. Mas, se o prefeito dá uma mensagem nesse sentido é porque a própria variante delta não trouxe as consequências que os cientistas esperavam. Mas eu discordo de não ter protocolos”, disse.

Em Salvador, o Réveillon acontecerá entre os dias 29 de dezembro e 2 de janeiro. Durante evento, em agosto, o prefeito revelou que as atrações estão confirmadas e que serão cinco dias de festa, mas frisou que tudo vai depender dos números da pandemia. Ontem, ele voltou a dizer que o comportamento da variante delta e a taxa de ocupação dos leitos serão considerados na decisão.

Cenário
Apesar da variante delta ter sido confirmada em Salvador, não houve alteração no quadro da pandemia. Atualmente, a ocupação dos leitos clínicos e de UTI na cidade está em 26%. Nos últimos dois meses, o percentual tem ficado abaixo de 30%. Em toda a Bahia, a ocupação nas UTIs também está em 26% e a dos leitos clínicos em 20%. Já os leitos pediátricos têm números maiores: 48% para clínicos e 59% para UTIs.

A vacinação é outro elemento importante na equação. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 2 milhões de pessoas receberam a 1ª dose (93% da população com 18 anos ou mais) e 1,2 milhão recebeu a 2ª (78% do público). Já a dose de reforço aplicada em idosos e profissionais de saúde tem 52 mil registros. A Bahia tem cerca de 15 milhões de habitantes e 5,3 milhões estão completamente imunizados.

Enquanto as autoridades discutem a possibilidade de realizar o Carnaval, a estudante e manicure Ana Luísa Lima, 22, disse que já separou a roupa da folia. Apesar do evento ser em fevereiro, ela já está em contagem regressiva.

“Não aguento mais essa pandemia. Tomei minha vacina, e todo mundo lá em casa também, porque queremos voltar a ter uma vida mais tranquila. A prefeitura faz bem em pensar em algumas medidas”, opina.

No Festival Virada da passagem de 2019 para 2020, o evento reuniu 2 milhões de pessoas nos cinco dias de festa. E o administrador Daniel Ventura, 28, estava na multidão. “Saudades do que a gente já viveu. Espero que a situação melhore, que os números da pandemia caiam ainda mais e que a gente possa dizer de coração ‘adeus ano velho e feliz ano novo’. Depois de tudo o que vivemos e estamos passando, a gente merece”, afirmou.

Festas em números:

Carnaval 2020

16,5 milhões de foliões nas ruas
1,1 milhão nos bairros
2,6 mil horas de música
1.016 apresentações de trios, fanfarras, palcos e blocos
12,7 mil artistas envolvidos na programação
210 atrações em corda
Festival Virada 2019/2020

2 milhões de foliões
1 milhão de foliões no dia 31 de dezembro
49 apresentações
70 horas de música
5 dias de festa
Taxa de ocupação dos leitos:

UTI em Salvador: 26%
Clínicos em Salvador: 26%
UTI na Bahia: 26%
Clínicos na Bahia: 20%
Vacinação em Salvador:

1ª dose: 2 milhões de vacinados
2ª dose: 1,2 milhão de vacinados
3ª dose (reforço): 52 mil vacinados
Bairros com maior número de casos confirmados:

Pituba (7.752 desde o início da pandemia)
Pernambués (6.750)
Brotas (6.480)
Itapuã (5.367)
Fazenda Grande do Retiro (4.570)
Liberdade (4.232)
São Marcos (4.206)
Cabula (3.959)
São Cristóvão (3.914)
Federação (3.866)

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A realização de shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, segue suspensa em todo território do estado da Bahia até 10 de setembro. Até esta data, estão autorizados apenas eventos e atividades com público de até 500 pessoas, como cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, circos, parques de exposições, solenidades de formatura, passeatas, funcionamento de zoológicos, museus, teatros e afins.

Nos municípios integrantes de Regiões de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 se mantiver superior a 50%, por cinco dias consecutivos, os eventos e atividades devem acontecer com público de até 100 pessoas. O decreto não estabelece restrição de locomoção noturna, medida que também não estava estabelecida na versão original do decreto.

As medidas estão previstas na atualização do decreto nº 20.658, que o Governo do Estado publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (31), prorrogando até 10 de setembro de 2021 todas as medidas estabelecidas na primeira versão do documento, publicado originalmente em 20 de agosto de 2021. As medidas contra a pandemia do novo coronavírus foram estabelecidas de acordo com a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 nos municípios baianos.

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