O Jornal da Cidade - Medrado

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O senador Aécio Neves (PSDB) fez seu primeiro discurso, nesta quarta-feira, no plenário do Senado, após o resultado das eleições em que saiu derrotado pela presidente Dilma Rousseff (PT). Em sua fala, o tucano relembrou o pleito e agradeceu os cerca de 51 milhões de votos que recebeu. Acusou também a campanha adversária de ter usando do expediente da “mentira” e que as medidas impopulares denunciadas já estão sendo tomadas. Como exemplo, ele citou o aumento dos juros, autorizado pelo Banco Central. Aécio ainda afirmou que fará uma oposição “como nunca foi feita antes”. “A mentira foi a principal arma de nossos adversários. Mentiram sobre o passado para desviar a atenção do presente”, disse.

Como já havia feito nessa terça, Aécio ressaltou que sua candidatura deixou de ser apenas “de um partido político”, para se tornar um movimento maior, que pode ser sentido mesmo depois das eleições nas ruas e nas redes sociais. Segundo ele, os brasileiros não toleram mais a corrupção e a ineficiência que caracterizam o atual governo.

O tucano destacou que vai atuar durante os próximos quatros anos para fiscalizar as ações do governo Dilma. “A máscara caiu”, disse, ao citar medidas impopulares que podem ser tomadas no final desta gestão e início da próxima e que, segundo ele, já começaram a ocorrer. “Tudo que denunciamos durante a campanha está ocorrendo. Me orgulho de ter feito a campanha da verdade, mas meus adversários não podem fazer o mesmo”, disse.

Ainda segundo ele, tudo que apontado como parte do governo da oposição já está sendo praticado. “A candidata já está fazendo aquilo que disse que não faria. Na próxima semana, teremos aumento no preço da gasolina e já nessa semana tivemos aumento no setor de energia. O mais grave ao omitir a verdade dos brasileiros e adiar as medidas necessárias é que o aumento vai pesar justamente na conta dos que menos têm”, falou.

O senador ainda comentou o pedido de diálogo feito por Dilma em discurso feito logo após o resultado do primeiro turno das eleições. Ao responder o pedido da presidente, o tucano destacou que o atendimento ao chamado a conversar será feito caso avancem as investigações nas denúncias de irregularidades na Petrobras. “Agora, os que foram intolerantes falam em diálogo. Qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas de interesse dos brasileiros e qualquer diálogo tem que estar vinculado ao aprofundamento das investigações daquele que está condicionado a ser o maior escândalo da história deste país, o chamado petrolão”, condicionou.

Conselhos

Antes do pronunciamento, ele afirmou que irá se empenhar pela derrota do decreto da petista sobre a regulamentação dos conselhos sociais. "Vamos dar ao decreto bolivariano no Senado o mesmo destino que se deu na Câmara", disse. Ao ser questionado sobre o uso do termo "bolivarianismo" e se concordava com a expressão, Aécio evitou qualificar a palavra. O senador disse que o usava porque tinha ouvido mais cedo no ato do PSDB com outros partidos de oposição, realizado em um dos auditórios da Câmara.

Aécio também comentou o voto que recebeu do ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), conforme flagrou uma rede de televisão do Amapá. "Não penalizo o voto do Sarney, não. Ele votou foi no Tancredo. E Tancredo já agradeceu o voto", afirmou.

Um grupo de 21 africanos, supostamente imigrantes, chegou em um barco de pesca na praia nudista de Maspalomas, na Ilhas Canárias, e ficou quase cinco horas isolado sob a suspeita de ebola, informou a polícia da Espanha.

De acordo com o jornal “El País”, voluntários da Cruz Vermelha foram chamados por funcionários de limpeza que trabalhavam na praia e mediram a temperatura dos homens. Alguns deles apresentaram febre e, por isso, a organização decidiu ativar seu protocolo para ebola.

O grupo teve de ficar isolado na praia, à espera dos médicos da Secretaria de Saúde. A polícia traçou um limite de 20 metros de distância do grupo, para que os nudistas não se aproximassem, e pediu que os homens usassem luvas e máscaras.

Grupo de africanos é isolado em praia nas Canárias por suspeita de ebola

Depois de quatro horas, as autoridades médicas chegaram e constataram que nenhum deles tinha estado recentemente nos países mais afetados pela epidemia do ebola – Libéria, Serra Leoa e Guinea – e que não apresentavam risco de infecção.

Com exceção de quatro homens, que apresentavam estado de saúde delicado, o grupo foi colocado em um caminhão de lixo usado para a limpeza da praia e levado a uma delegacia.

O coordenador da Cruz Vermelha local, José Antonio Rodríguez, foi contrário ao modo de transporte usado, alertando que essa não seria uma forma de tratar seres humanos, de acordo com o “El País”. No entanto, o prefeito de San Bartolomé de Tirajana afirmou que não havia outra maneira de transportá-los.

O reajuste no preço da gasolina, anunciado nesta quinta-feira (6) pela Petrobras é, na avaliação de líderes do PSDB, mais um item no que eles classificam de "estelionato eleitoral" praticado pelo governo petista. Segundo o partido, os reajustes nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, além do aumento de juros, foram feitos logo após a reeleição da petista, em contradição ao discurso que ela fez durante a campanha presidencial. Na avaliação do líder do PSDB na Câmara dos Deputados, o baiano Antonio Imbassahy, esses são alguns itens do pacote de maldades que começou a ser entregue aos brasileiros logo após as eleições. Segundo o líder, três dias após ser eleita, a presidente Dilma mandou subir os juros, enquanto dizia na campanha que isso não iria acontecer. "Ela mentiu para os brasileiros, agora caiu a máscara", emendou. E, na mesma linha, disse que ela autorizou o reajuste da gasolina, em contradição ao que dizia durante a corrida presidencial. "Quem pode acreditar (na Dilma)?", questionou, emendando: "Essa é a presidente que fez uma campanha há algumas semanas e agora anuncia medidas que dizia repudiar. É por isso que ela perdeu a credibilidade e, quando isso acontece, a situação tende a piorar". O deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) citou o aumento das tarifas de energia. Segundo ele, os cariocas terão aumento em suas contas de 17,75% a partir de amanhã e para os consumidores industriais o aumento poderá chegar a 20,25%. Para os tucanos, aumento como este anula o desconto na conta de luz concedido pelo governo federal em 2012. Para o parlamentar tucano, "a falta de honestidade em deixar claro que a luz iria aumentar é um verdadeiro estelionato eleitoral"

Mivos Quartet, de Nova Iorque, é uma das atrações do Seminário do MAB.
Evento, que terá concertos e atividades, ocorrerá de 7 a 11 de novembro.

O quarteto de cordas Mivos Quartet, natural da cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, é uma das atrações do Seminário em Música Contemporânea do MAB (Música de Agora na Bahia), que será realizado entre 7 e 11 de novembro, em Salvador, e trará uma série de concertos e atividades didáticas.

Na ocasião, o grupo norte-americano executará peças do compositor baiano Paulo Costa Lima, de Guilherme Bertissolo (gaúcho radicado em Salvador), além de um clássico moderno, o Quarteto de Cordas Nº 3 (Grido), do compositor alemâo Helmut Lachenmann.

Além da participação do Mivos Quartet, o seminário contará com apresentações da Orquestra Sinfônica da UFBA (com Mario Ulloa, sob a direção de Erick Vasconcelos), do Grupo Cron (RJ) e do Duo CardAssis, formado pelas pianistas Ana Claudia Assis e Luciane Cardassi.

Confira a programação do Seminário do MAB:

7/11 - Orquestra Sinfônica da Ufba (com Mario Ulloa, sob a direção de Erick Vasconcelos), no Salão Nobre da Reitoria da Ufba, às 20h.
Entrada franca
8/11 - Projeção Sonora Especial - Direção: Pedro Filho, no Teatro do Movimento (Escola de Dança da Ufba), às 20h.
Entrada franca
9/11 - Grupo Cron (RJ), no Salão Nobre da Reitoria da Ufba, às 20h.
Entrada franca
10/11 - Mivos Quartet (NY), no Teatro do ICBA, às 20h.
Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)
11/11 - Duo CardAssis, no Salão Nobre da Reitoria da Ufba, às 20h.
Entrada franca

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) cobra de 13 tribunais brasileiros a publicação nominal do rendimento de magistrados, servidores e colaboradores do Poder Judiciário. O órgão, há mais de dois anos, já havia determinado a publicação do rendimento dos magistrados. A conselheira Luiza Frischeisen identificou atrasos, decisões indevidas e desconformidades com a Resolução nº 151, de 5 de julho de 2012, que regulamenta o assunto. Dos 15 tribunais questionados, três disseram que a publicação da remuneração de magistrados e servidores está protegida por decisões judiciais. A proteção prevalece nos tribunais regionais eleitorais de Goiás e da Bahia (TRE-GO e TRE-BA), além da Seção Judiciária Federal da Bahia (TRF-1). A conselheira determinou que os fatos sejam levados à Advocacia-Geral da União (AGU), que deve acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer valer a resolução do CNJ. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) não justificaram a omissão do nome completo de servidores e magistrados. A Seção Judiciária Federal do Paraná (TRF-4) também não explicou a ausência da lotação de servidores. O Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT-GO) também não justificou porque a área dedicada ao Portal da Transparência encontra-se indisponível para pesquisa. Para ter acesso a esse tipo de informação no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), é preciso informar nome, CPF, e-mail, endereço e declaração de veracidade das informações. Para a conselheira, a identificação só é necessária quando a informação não é obrigatoriamente fornecida pelo órgão público. Os tribunais de Justiça de Alagoas (TJ-AL) e do Ceará (TJ-CE), e as seções federais de Alagoas (TRF-5), Distrito Federal e Maranhão (TRF-1) publicam as informações com atraso. De acordo com o CNJ, a maioria dos 91 tribunais brasileiros cumpre a determinação em dia. A decisão tem sido cumprida corretamente pelo Tribunal de Justiça Militar de São Paulo (TJM-SP), pelos tribunais regionais eleitorais da Paraíba (TRE-PB), de Roraima (TRE-RR), de Tocantins (TRE-TO), do Distrito Federal (TRE-DF), e do Espírito Santo (TRE-ES), além do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4)

Luiza Possi apresenta seu mais recente trabalho, "Sobre Amor e o Tempo", no dia 21 de novembro (sexta), no Teatro Castro Alves. Com o acompanhamento de Ramon Montagner (bateria), Bruno Coppini (baixo), Ivan Teixeira (teclado), Will Bone (sax e violão) e Zeca Loureiro (guitarra), a cantora tem um repertório composto por todas as músicas do disco novo e sucessos de sua carreira. Na mesma noite, o público também assiste ao show de lançamento do novo EP de Thathi, produzido em parceria com Ricardo Feghali (Roupa Nova). O disco é composto por quatro músicas, incluindo "Não Sei Se Te Contei", com participação de Herbert Vianna. Thathi ainda apresenta os maiores sucessos de sua carreira.

Serviço

O QUÊ: Luiza Possi e Thathi

QUANDO: Sexta-feira (21), às 20h30

ONDE: Teatro Castro Alves

QUANTO: R$ 120 e R$ 60, de A a W; R$ 100 e R$ 50, de X a Z8; R$ 80 e R$ 40, de Z9 a Z11

 

Sabe o futebol arte: modalidade em que só tem aqueles lances mais bonitos de uma "pelada", com várias piruetas com a bola? Assim vai acontecer na final do mundial do campeonato Red Bull Street Style - futebol estilo livre -, que será realizada no sábado, 16, e domingo, 16, em Salvador.

Ao invés de um campo de futebol, será montado um palco em frente à Fundação Jorge Amado, no Pelourinho, onde atletas de 39 países vão fazer uma batalha de malabarismo com a "redonda". Cada dupla se enfrenta em três rounds de 30 segundos. Vence o mais criativo e com manobras variadas e cheia de estilo. A performance é avaliada por cinco jurados.

Quatro atletas brasileiros vão participar dessa disputa. O pernambucano Pedro Oliveira, 21 anos, conquistou sua vaga ao vencer o Superball, competição que aconteceu na República Tcheca. A paulista Marisa Cintra também está com a vaga garantida para disputar entre as mulheres. Por sinal, ela é a única brasileira a participar do duelo com a bola.

As últimas duas vagas para brasileiros serão disputadas pelos paulistas Diego Oliveira, 29, e Lucas Menezes, 25, pelo carioca Ricardo de Araújo, 16, e o paranaense João Othavyo da Luz, 15, que se destacaram durante a Copa Brasil realizada em agosto em Curitiba.

Eles vão participar de uma seletiva na próxima quarta-feira, 12, para definir quem terá oportunidade de enfrentar os melhores atletas do mundo.

Diego Oliveira faz malabarismo com a bola (Foto: Divulgação | Fábio Piva | Red Bull)

Mais experiente entre os brasileiros, Diego Oliveira chama atenção para dificuldade do campeonato. "A competição deste ano terá um nível altíssimo. A garotada treina muito e tem dado um verdadeiro show, mas acho que tenho condições de representar bem o país", diz.
Para ele, os brasileiros devem ficar atentos a atuação dos poloneses e russos, que são os grandes craques do futebol de estilo livre.

O caçula entre os "brazucas", João Othavyo conta que pretende aproveitar a oportunidade para melhorar sua performance. "Uma característica marcante do nosso esporte é que estamos em constante evolução. Muitas vezes a manobra de um serve como inspiração para outro atleta. É comum um de nós ver o trick do outro e acabar adaptando ou melhorando aquele movimento", afirma.

Os brasileiros já conquistaram o terceiro lugar da competição, mas nunca venceram o evento, que é realizado desde 2008 e tem a segunda final no Brasil.

Para conquistar o título inédito, eles terão que derrotar atletas de 38 países: Albânia, Argentina, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Egito, França, Alemanha, Gana, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Quênia, Coréia do Sul, Luxemburgo, México, Moldávia, Holanda, Noruega, Panamá, Peru, Polônia, Portugal, Rússia, Singapura, Suécia, Tailândia, Inglaterra, Ucrânia e Estados Unidos.

Entre os principais concorrentes estão o polonês Szymon Skalski, atual campeão mundial, e o japonês Kotaru Tokura, campeão em 2012.

Na Bahia, o 13º salário terá valor médio de R$ 1.346,85. O valor médio nacional do 13º será de R$ 1.774

Da Redação (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.)
05/11/2014 09:11:00
Atualizado em 05/11/2014 09:12:31

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O pagamento do 13º salário vai injetar R$ 6,7 bilhões na economia baiana neste final de ano. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em termos nominais, o montante é 11,7% maior que o registrado com o rendimento extra no final do ano passado, porém, não é possível fazer uma comparação direta entre 2013 e 2014, pois o órgão contabilizou, pela primeira vez este ano, o contingente de pessoas que são beneficiadas por regimes próprios de previdência de municípios, estado e União.

Conforme explicou a supervisora técnica do órgão na Bahia, Ana Georgina da Silva Dias. De acordo com ela, 64% desta renda extra será apropriada por trabalhadores formais da iniciativa privada e da administração pública; 35% por aposentados e pensionistas do INSS ou de regime previdenciário próprio; e 1% por trabalhadores domésticos.

Na Bahia, o 13º salário terá valor médio de R$ 1.346,85. “É o maior valor médio do 13º do Nordeste”, constatou a supervisora. Em todo o Brasil, o pagamento do salário extra vai movimentar R$ 158 bilhões, 10% a mais que o movimentado em 2013 (R$ 143 bilhões).

O valor médio nacional do 13º será de R$ 1.774. O maior 13º médio será pago no Distrito Federal, R$ 3.200. E o mais baixo nos estados do Maranhão e Piauí, R$ 1.200. Os números nacionais apontam ainda que o pagamento do salário extra equivale a 3% do Produto Interno Bruto brasileiro.

Ellen Oléria volta a Salvador, desta vez, para apresentar o show do álbum lançado após vencer a primeira edição do The Voice Brasil. Em entrevista ao Bahia Notícias, Ellen contou sobre sua relação com a Bahia e os artistas baianos, shows internacionais, planos futuros para a carreira, participação no The Voice e também sobre a apresentação na sede do Ilê Aiyê, no encerramento da Semana da Mãe Preta, que acontece neste sábado (27) em Salvador. Confira!

BN: Você já veio fazer show em Salvador em diversas ocasiões: no Festival de Verão, como convidada da Orquestra Rumpilezz, no Carnaval, no Sarau Blackitude... E agora, é convidada do Ilê Aiyê, que tem extrema importância na cultura baiana... Quais são suas expectativas para esta apresentação em especial?

Ellen Oléria: Então, olha só, nosso disco novo, mesmo com a Bahia abraçando a gente há tanto tempo, ainda não conseguimos fazer o show aí na Bahia. Então a gente está voltando com o gás todo. O carro-chefe do show é o disco “Ellen Oléria”, que leva o meu nome. É uma celebração muito grande porque é o nosso primeiro disco lançado por uma grande gravadora, que é a Universal Music no Brasil. A gente está com muito gás porque a gente acabou de chegar. A gente apresentou esse mesmo show em Barcelona, apresentamos em Paris, no norte da Espanha, em Luanda, então chegar à Bahia depois de sentir esse abraço do ‘mundão véio’ é muito gratificante.

BN: Como foram esses shows internacionais que você fez?
EO: Fizemos shows em Barcelona, ficamos no Día de Brasíl de lá. Tinha uma muvuca, numa praça linda pertinho da orla, em Paris nós fomos convidados pela Orquestra do Fubá, que são músicos brasileiros e músicos franceses fazendo experimentações com a música brasileira. Elas tocam forró, funk e me convidaram para chegar com o show do disco novo, então a gente lançou o disco junto com a Orquestra do Fubá. Com o nosso projeto, a gente foi convidado para tocar no Festival de San Mateo, no norte da Espanha. Foi bem bacana, foi lindo o show. Era uma programação com vários palcos, na cidade toda, a gente tocou em uma programação de música brasileira, foi muito bonito o show, a gente foi bem recebido pela imprensa e pelo público de lá. Da nossa passagem por Luanda, trouxe outros frutos, porque em parceria com Kizua Gourgel, que é um artista angolano muito querido. A gente entrou no estúdio e gravamos uma canção pelo projeto Ponte Cultural, que nos convidou para essa ida. Gravamos em estúdio e fizemos, inclusive, uma versão para uma música, que até Djavan gravou, uma música, que é uma música tradicional, cantada em kimbundu. O Felipe Mukenga, que é um artista de lá também, fez uma versão um pouco mais melodiosa. A gente rodou de norte a sul com esse show e agora vamos chegar mais uma vez no Nordeste, desta vez na Bahia querida, amada, adoro ir pra Bahia.

BN: Como é sua relação com a nossa terra, com os artistas e o próprio público daqui? Você é amiga de Nelson Maca...
EO: Nelson Maca é um querido. Inclusive, depois da nossa apresentação aí, a gente vai estar com ele em São Paulo e vamos fazer um Sarau bem bonito lá, falar um pouquinho de literatura divergente e vamos cantar, essa é minha vida mesmo, é o que eu sei fazer. Não só Nelson Maca: eu aprendi a apreciar os sons baianos e sou influenciada por eles. Eu curto muito o som desta nova geração também. Adoro o Baiana System, já vi três shows do Baiana, quando eles vem pra cá pra Brasília e eu não posso ver os shows fico chateada (risos). Eu acho que a gente tem uma conexão bem bacana juntos. Eu adoro a Orquestra Rumpilezz, o Gabi Guedes é um músico que eu admiro demais, adoro ele junto com as percussões e o Leitieres Leite é um querido, ele comandando a massa é a coisa mais linda de ver. E chegar na Bahia através de uma casa que é tão tradicional e que nos inspirou a todos, como o Ilê Aiyê, é uma honra.

BN: O repertório do show vai ser baseado no seu último álbum, mas pode rolar algo fora do script que você pode adiantar pra nós?
EO: Com certeza! Se a gente não passear, não sair um pouco da rotina, a gente fica louca. A rotina vai matar-nos a todos e todas. Vou te contar, eu já sou super fã do Milton Nascimento, é uma referência para nós e além das músicas dele que a gente gravou no disco, a gente vai fazer algumas outras canções dele. Uma delas é “Caxangá”, que eu sou completamente apaixonada. Jorge Bem Jor, além da “Zumbi”, que é uma música que anda conosco também, vamos fazer “Há cinco minutos”, que é uma música muito embalada, muito dançante, que Marisa Monte gravou também. O que mais eu posso dizer? Vamos fazer uma música que Paula Lima gravou que também é maravilhosa, chama-se “Negras Perucas”. A ideia é que o show seja muito dançante, a gente tem momentos mais intimistas, mas com certeza muito pulsante, a ideia é que o show fique pulsando o tempo todo e que as pessoas não parem de se mover e sejam abraçadas pelo embalo do suingue dessa banda, que já está comigo há muito tempo. Sérgio Maciel na bateria, Felipe Guedes no teclado, Sandro de Adão no baixo e no vocal.

BN: Como é sua relação com a questão abraçada pela Semana da Mãe Preta, que homenageia a mulher negra?
EO: Eu acho que chegar para cantar em homenagem a essas mulheres que são tão importantes e determinantes em nossa trajetória é sempre olhar num espelho. A gente está chegando com essa carga, sempre ando emocionada pela estrada carregando as falas da minha mãe, da minha irmã, da minha esposa, das minhas amigas que me cobrem com carinho, me protegendo e chegar na Senzala do Barro Preto para homenagear Mãe Preta é um privilégio, eu estou muito feliz.

BN: Muita gente não sabe que você tem uma carreira de mais de 10 anos na música, que foi bastante premiada e já trabalhou com grandes nomes. Eu gostaria de saber qual é a diferença da Ellen antes do The Voice e da Ellen pós-reality. Qual foi o impacto de sair vencedora de um programa com tanta repercussão em sua carreira e como isso mexeu em você como artista?
EO: Nossa vida é o trabalho, já disse o querido cearense Fagner, quando ele fala que sem o trabalho a pessoa não tem honra. O nosso sonho é o nosso trabalho. A gente vem trabalhando bastante, eu trabalho desde muito cedinho e a música se tornou minha profissão muito cedo também, com 17 anos. Acontece algo muito formidável, por isso eu tenho um coração grato, porque a música foi muito generosa comigo, me levou pra muitos lugares, eu conheci muitos pedacinhos de chão levada pela música. Eu acho que esse abraço que eu recebi da música é um abraço que eu dei nela também. Eu me agarrei na música e ela não me largou. Depois de 13, 14 anos de carreira poder dizer que fui querida na minha cidade, o que é raro, geralmente os artistas tem que sair da sua cidade natal para poder mostrar sua música, porque santo de casa não faz milagre. Eu não posso dizer isso nunca porque Brasília me recebeu com muito carinho, desde sempre, desde os festivais universitários, dos bares, casas noturnas e nos teatros daqui. Chegar a uma super exposição como foi o The Voice Brasil, que é um programa de visibilidade, é um palco fantástico, com uma iluminação maravilhosa, com uma equipe de figurinistas e maquiadores incríveis, com uma direção criteriosa e envolvida com o projeto, apaixonada pelo projeto que é o The Voice Brasil, foi muito fera mesmo. Eu acho que fiz uma boa escolha na minha vida quando decidi que ia participar disso, porque eu fui apresentada para milhões e milhões de brasileiros e brasileiras. Quando eu cheguei em Angola, soube que o The Voice Brasil fez bastante sucesso por lá também, fiquei reconhecida como a voz do Brasil lá, sou muito grata por essa trajetória e pelas bênçãos que neste palco do The Voice Brasil.

BN: Você foi vencedora do programa, bem como o Sam Alves, na segunda edição. Ambos têm perfis muito distintos musicalmente. O que você acha que é preciso para conquistar um programa como esses? Por que o público abraçou seu projeto, em sua opinião?

EO: Eu acho que tem duas coisas muito importantes. Uma delas é uma verdade. Quem canta precisa cantar algo com o coração de fato. As pessoas sentem isso e respondem a isso. Eu acho que não somos os únicos a fazer desta maneira, eu e o Sam. Eu acredito que o programa é um sucesso, porque apresenta muitas versões desta fórmula: verdade no coração, por parte dos participantes, que são de altíssimo nível, que são grandes profissionais, o que transforma a mostra em um grande espetáculo mesmo. Não é só uma mostra competitiva, é um grande espetáculo onde em ganha, antes de todos nós, é o público. Outra coisa que não pode faltar para um vitorioso do The Voice Brasil é um mistério. Porque a música age com mistério, não existe uma fórmula para a gente seguir, acertada. A gente tem sorte, a gente tem indicação, uma alta performance, isso não adianta nada. Quem vai agir é o mistério que envolve a canção. O que é que tem em uma canção que faz você escutar e ficar arrepiado? Pode ser a letra da música, o groove, os timbres dos instrumentos, super bem alinhados, um arranjo formidável, pode ser uma voz com uma extensão incrível ou pode ser o mistério. Porque se não fosse isso, aquela voz que você escuta naquela esquina, sem uma grande potência de som, sem uma pessoa cantando um português que contém na gramática normativa, ela só tá cantando te emociona. Ou aquela pessoa que canta uma coisa que você não consegue entender o que é, você só sabe se emocionar, eu acho que isso é o mistério da música.

BN: Quais foram os frutos do The Voice e como é sua relação Carlinhos Brown?
EO: O The Voice não gera frutos, quem gera frutos são as pessoas que participam da programação. Os frutos são nossos, vem do trabalho. Sobre os encontros, o Brown sempre foi pra mim, mesmo antes de encontrá-lo pessoalmente, não só na sua performance como artista, nas suas composições, nas suas produções, mas também no jeito dele se articular com a comunidade dele, eu acho muito bonito a responsabilidade social que ele tem de devolver pros lugares que recebem ele com muitas ações. Isso eu sempre tomei pra mim também, acho que ele é uma inspiração neste sentido. Brown é uma gracinha também, toda vez que eu encontro com ele é alto astral. Boa energia, boa vibração e muito axé.

BN: Você também tem uma veia compositora muito forte. Podemos esperar composições suas, futuramente, em algum novo trabalho? O que você vem preparando para seus fãs?
EO: Com certeza. Tenho escrito... Escrever na verdade é parte do pacote que eu ganhei (risos). Eu tô escrevendo bastante, compus muito, coisas mais antigas que eu fiz e que acabaram não tendo muito espaço ainda. Demorei a me identificar como compositora, mas depois que o fiz estou bem segura disso. Estou compondo bastante e com certeza nos próximos projetos as pessoas vão encontrar mais letras assinadas por mim, assim como no primeiro disco e no DVD ao vivo [trabalhos independentes lançados antes do The Voice], esses discos são basicamente autorais.

BN: Deixa um recado para os soteropolitanos que vão te prestigiar no seu show.
EO: Primeiro quero agradecer a você por abrir essa janela para falar com o público soteropolitano, com o povo da Bahia. Quero agradecer ao povo da Bahia por me abraçar e por me envolver com carinho, por receber a mim, a minha canção, a minha equipe, com o carinho que só vocês têm com a gente. Por isso é tão especial voltar praí. Agradeço demais e convido vocês para comparecem no sábado, lá na Senzala do Barro Preto, lá no Curuzu na casa do Ilê Aiyê. Vai ser uma festa muito bonita em homenagem a essas mulheres guerreiras e nós somos uma delas.

Todos adoram quando dois artistas se reúnem para gravar uma música juntos. E quando os cantores em questão são MC Gui e Anitta, é claro que as coisas ficam ainda melhor! Em uma conversa exclusiva com o Purebreak, o jovem fala sobre a amizade com a poderosa do funk e dá esperanças aos fãs de uma futura parceria.

Antes de soltar essa bomba, perguntamos ao Gui quem ele anda ouvindo ultimamente. Segundo o cara, ele é bem eclético e escuta todo tipo de artista. Inclusive Anitta! Para quem não lembra, o cantor recentemente fez uma participação no show da intérprete de "Na Batida".

Ao falar sobre a afinidade com a estrela, o MC é só alegria. "Minha relação com a Anitta é de amizade, temos bastante amizade. O trabalho é puxado, mas quando nos encontramos a gente se fala e conversa", conta. Uma dessas oportunidades foi no Prêmio Multishow 2014, onde os dois estiveram presentes e fizeram até uma selfie durante o evento.

Considerando o grande carinho que existe entre a dupla, todos torcemos para que eles gravem logo uma música juntos, concorda? Quem também pensa da mesma maneira é Gui, que foi direto ao ponto ao ser perguntado se iria rolar uma parceria nos estúdios: "Vai, se Deus quiser". Agora basta esperar pra ver!