Bahia consegue bate-volta de uma divisão para outra pela primeira vez

Bahia consegue bate-volta de uma divisão para outra pela primeira vez

O apito final do árbitro no jogo entre Bahia e CRB, no estádio Rei Pelé, veio em tom de alívio para os tricolores. O triunfo por 2x1 garante ao clube baiano o retorno à primeira divisão um ano depois da queda. É a primeira vez que o Esquadrão consegue o bate-volta de uma divisão para a outra.

Na história do tricolor, o clube nunca havia conseguido voltar à divisão de origem no ano seguinte ao rebaixamento. Em 1998, ano em que jogou a Série B pela primeira vez, o Bahia por muito pouco não foi rebaixado para a Série C.

Na temporada seguinte, o time liderado pelo ídolo Uéslei bateu na trave na busca pelo acesso. Na fase final da Série B, o tricolor foi terceiro colocado em um grupo de quatro times no qual os dois primeiros subiram. A equipe só voltou à primeira divisão em 2000, após uma "virada de mesa" que culminou na disputa da Taça João Havelange, que reuniu na elite times das três divisões nacionais existentes na época.

Em 2004, um ano após ter sido rebaixado novamente, o Bahia amargou outra vez a frustração na reta final do torneio, quando foi derrotado em casa pelo Brasiliense e perdeu a chance de subir. Para piorar, na temporada seguinte o time foi rebaixado à Série C e ficou ainda mais distante da primeira divisão.

Nem mesmo no terceiro escalão o tricolor conseguiu retornar no ano seguinte à queda. Em 2006, mais uma vez nadou e morreu na praia. A eliminação veio no octogonal final, o que garantiu uma segunda temporada no que na época era a última divisão do futebol brasileiro.

Com o acesso para a Série B em 2007, o Bahia ficou por lá de 2008 a 2010, quando conquistou o acesso para a Série A. Em 2014, após quatro edições seguidas entre os 20 melhores do país, o Esquadrão foi mais uma vez rebaixado. E outra vez não conseguiu o bate-volta. O time até fez boa campanha no Brasileirão de 2015, mas perdeu fôlego na reta final e ficou pelo caminho, voltando à elite apenas no fim de 2016.

Com o retorno à Série A em 2023, o clube aumenta a expectativa por conquistas nos próximos anos. O tricolor tem negociação avançada para constituir uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) a ser vendida para o Grupo City, que controlaria 90% das ações. O fundo árabe se compromete a investir cerca de R$ 1 bilhão ao longo de 15 anos.

A definição sobre a venda ou não do Bahia para o Grupo City será tomada no dia 10 de dezembro, em votação dos sócios durante uma Assembleia Geral a ser convocada. Antes, o Conselho Deliberativo emitirá seu parecer sobre a proposta.

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    O Governo do Estado segue mobilizado para atender as demandas de emergência, a fim de socorrer a população atingida pelas fortes chuvas em diversas regiões da Bahia.

  • Empresa brasileira vira concorrente da BYD pela antiga fábrica da Ford em Camaçari

    A BYD ganhou um concorrente pelo complexo da Ford nos minutos finais do prazo para a manifestação de interessados em comprar a antiga fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em janeiro de 2021 e que hoje pertence ao governo da Bahia. O empresário brasileiro Flávio Figueiredo Assis entrou na disputa para erguer ali a fábrica da Lecar e construir o futuro hatch elétrico da marca, que, diz, deve ter preço abaixo de R$ 100 mil.

    Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Assis já tem um projeto de carro elétrico em fase de desenvolvimento, mas ainda procura um local para produzir o veículo. Em visita às antigas instalações da Ford para comprar equipamentos usados, como robôs e esteiras desativadas deixadas ali pela empresa americana, descobriu que o processo que envolve o futuro uso da área ainda estava aberto, já que o chamamento público feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) só se encerraria nessa quarta (28).

    O documento da SDE, ainda segundo a Folha, diz que a BYD havia apontado interesse no complexo industrial de Camaçari, mas outros interessados também poderiam "manifestar interesse em relação ao imóvel indicado e/ou apresentar impedimentos legais à sua disponibilização, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir desta publicação".

    A montadora chinesa anunciou em julho passado, em cerimônia com o governador Jerônimo Rodrigues no Farol da Barra, um investimento de R$ 3 bilhões para construir no antigo complexo da Ford três plantas com capacidade de produção de até 300 mil carros por ano.

    A reportagem da Folha afirma que a BYD já está ciente da proposta e prepara uma resposta oficial a Lecar. E que pessoas ligadas à montadora chinesa acreditam que nada irá mudar nas negociações com o governo baiano porque Assis estaria atrás apenas de uma jogada de marketing. O empresário, por sua vez, disse ver uma oportunidade de bom negócio, pois os valores envolvidos são atraentes.

    Procurada pelo CORREIO, a BYD afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto, e que o cronograma anunciado está mantido.

    Em nota, a SDE apenas confirmou que a Lecar encaminhou e-mail ontem afirmando ter interesse na área da antiga Ford. A secretaria, diz a nota, orientou a empresa sobre como proceder, de acordo com as regras do processo legal de concorrência pública em curso.

    Entre as perguntas não respondidas pela pasta na nota estão o prazo para a conclusão da definição sobre a área e o impacto que a concorrência entre BYD e Lecar traz para a implantação de uma nova fábrica de veículos no estado.

  • Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue

    Em um esforço para combater a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, marcado para o próximo sábado (2). A informação é da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que está em Brasília nesta quarta-feira (28) para uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esta iniciativa sublinha a necessidade de uma ação coletiva diária e destaca o papel vital que cada indivíduo desempenha na prevenção da doença. Com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e do Conselho Estadual de Saúde (CES), os municípios farão mutirões de limpeza, visitas aos imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos.

    A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

    A titular da pasta estadual da Saúde pontua ainda que o Governo do Estado fez a aquisição de novos veículos de fumacê e distribuirá 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoiar os mutirões de limpeza urbana com o auxílio das forças de segurança e emergência. "Além disso, o Governo do Estado compartilhou com os municípios a possibilidade de adquirir bombas costais, medicamentos e insumos por meio de atas de registro de preço", ressalta Roberta Santana.

    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

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