Terça, 27 Outubro 2020 11:43

Uma sociedade cruel e piedosa

A emotividade do homem medieval se traduziu em atos extremamente cruéis por um lado e surpreendentemente piedosos por outro. Passo a palavra ao historiador holandês Johan Huizinga que, nas suas pesquisas, recolheu uma série desses eventos radicais que revelam um pouco da alma da Idade Média.

Impressionou o historiador a crueldade judicial em certos países e a satisfação do povo em aceitá-la bem como a sua brutalidade e malvadez. A tortura e as execuções eram assistidas pelos espectadores como as diversões de uma feira. "No século XV, os cidadãos da cidade belga de Mons compraram de uma província vizinha, por um alto preço, um salteador condenado à morte para terem a satisfação de o ver ser esquartejado, com o que o povo se divertiu mais do que se um novo corpo santo se tivesse erguido de entre os mortos».

Houve um período em que se negava aos sentenciados o golpe de misericórdia, que eles imploravam, "para que o povo pudesse continuar a deleitar-se com os seus tormentos".

Na França e na Inglaterra existia o costume de recusar a confissão e a extrema-unção a qualquer criminoso condenado à morte. Os sofrimentos e o medo da morte eram agravados com a certeza da condenação às penas eternas. Ou seja, a pessoa não podia nem ter a esperança em um pósvida, ante a perversidade dos seus carrascos.

Huizinga cita a história de um pobre salteador enforcado em Paris em 1427. “No momento em que ele ia ser executado o grande tesoureiro do regente apareceu em cena e exprimiu o seu ódio contra ele; proibiu que se confessasse apesar dos seus rogos; subiu a escada atrás dele, insultou-o, bateu-lhe com uma bengala e espancou o carrasco por exortar a vítima a pensar em salvação”. Essa pressão fez com que o carrasco, amedrontado, apressasse o trabalho. Com isso a corda partiu-se, o pobre malfeitor caiu, quebrou uma perna e as costelas. E, mesmo assim, foi obrigado a subir novamente a escada do cadafalso para ser enforcado.

Na cidade de Paris, em 1425 ocorreu um jogo, certamente criada por alguma mente doentia. Os cidadãos reuniram numa praça quatro mendigos cegos e cada um recebeu um porrete. Junto deles soltaram um porco para que fosse morto a pauladas. Quem conseguisse matar o porco levaria a carcaça que alimentaria o mendigo vencedor por um mês. O resultado dessa competição bizarra foi a cena de quatro mendigos cegos, armados de paus, se espancando uns aos outros na tentativa de matar o porco, tudo para a diversão da turba.

Os exemplos de caridade e piedade também surgiam em meio a toda essa violência. Em Paris, no ano de 1411 o senhor Mansart du Bois, condenado a morte e levado ao local da execução, recebeu apelo de perdão comovido do carrasco que iria executá-lo, pois era o costume nesta época. O condenado não só lhe concedeu o perdão de todo o coração, como ainda pediu que o algoz o abraçasse e os dois choraram copiosamente junto com a multidão que assistia.

Conforme Huizinga talvez, inconscientemente, houvesse um forte e direto sentimento de piedade e de perdão nas pessoas que, de quando em quando, alternavam com a extrema severidade. Em vez de penalidades lenientes, aplicadas com hesitação, a Idade Média só conhecia dois extremos: a inteireza da punição cruel ou o perdão. Isso explica, por exemplo, a comutação de algumas condenações de bruxaria que levariam o suposto culpado à fogueira. “Quando perdoam ao condenado, o problema de ele merecer o perdão por alguma razão especial raramente é posto, porque o perdão tem de ser gratuito, tal como o perdão de Deus”, escreve o historiador, um dos grandes medievalistas que nos deixou uma obra rica em detalhes.

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

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Terça, 20 Outubro 2020 11:03

O pecado da simonia

Simonia é uma expressão bíblica que significa o comércio de coisas sagradas. Mas era usada como metáfora por alguns integrantes da classe política. O senador Antonio Carlos Magalhães, por exemplo, gostava da palavra e, tendo oportunidade, a introduzia para florear uma frase de efeito. Em 1999, por exemplo, quando presidia o Senado, ao ser entrevistado pela revista Época e se referir à remuneração dos juízes, declarou: “Remunerar bem o juiz é dever do Estado. O que não pode é o juiz, bem ou mal remunerado, praticar o pecado da simonia, que é negociar com a coisa sagrada. Na Bahia uma juíza conseguiu uma indenização de R$ 3 milhões por supostos danos morais referentes a uma conta de água de R$ 15”.

A lenda sobre o surgimento da simonia é bem curiosa e nos remete a um duelo nos tempos bíblicos. Pedro, o apóstolo cujo nome significa pedra, sobre a qual Jesus disse que construiria sua igreja, teve no confronto com Simão, o mago, um dos episódios que mais gerou versões “paralelas” na história do cristianismo. A Bíblia se refere a esse confronto de forma econômica. Diz que Simão era conhecido em Samaria (no Oriente Médio) por suas mágicas. Certo dia, os apóstolos Pedro e João foram à cidade e começaram a converter as pessoas. Simão, o mago, ficou impressionado e ofereceu dinheiro para que os apóstolos lhes concedessem o mesmo dom de convencimento, o que foi negado. A expressão “simonia” surgiu dessa passagem, significando, portanto, o comércio de coisas santas.

Mas, evangelhos apócrifos e livros populares sobre a vida de santos contam outras versões desse confronto, que teria ocorrido, dizem, em Roma, quando Nero era o imperador e amigo de Simão. Nos vários embates, Pedro sempre humilhava o mago. Num deles, a disputa era para ressuscitar um jovem. Simão fez gestos com as mãos e quem assistia ao evento teve a impressão que a cabeça do defunto se moveu. “Se o morto está vivo que levante”, reagiu Pedro desmascarando a farsa. Na sua vez, o apóstolo ordenou que o rapaz levantasse e andasse, o que teria ocorrido.

O duelo teve um desfecho trágico para Simão. Num outro desafio, ele subiu numa torre e começou a voar. Lá de baixo, Pedro determinou que “os anjos de Satanás que o sustentam nos ares, por Nosso Senhor Jesus Cristo, deixem-no cair”. E Simão se estatelou no chão.

Assim, Simão, o mago morreu, mas deixou como legado a simonia.

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

 

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Quarta, 14 Outubro 2020 09:14

O sobrenatural por um punhado de moedas

Que tal assistir a um espetáculo de eventos sobrenaturais? O final do século 19 e início do 20 era recheado de shows bizarros que circulavam nas grandes metrópoles do mundo. Circos de horrores arrebatavam multidões, com atrações terríveis como pessoas deformadas por doenças, cujo maior exemplo talvez seja o inglês Joseph Merrick, conhecido como homem elefante, história real transformada em filme, em 1980. O ser humano parece ter uma atração mórbida por esses eventos.

Encontrei a propaganda de um espetáculo do gênero no jornal “A Província de São Paulo”, no ano de 1879. Mas o show seguia uma outra vertente, a do humor. A propaganda anunciava no Teatro São José da capital paulista, “grande e variado espetáculo de taumaturgia humorística” encenado por uma pessoa que se intitulava “filho do célebre Bosco”.

Ele prometia oferecer ao público entre outros eventos: “Dez minutos de catóptrica, meios empregados para ver através dos corpos opacos”; depois haveria uma tal de “hesperidina de bagley” pela qual ensinará um meio da pessoa nunca morrer; seguia um grande fenômeno natural de nigromancia transcendente; além da mesa giratória, anunciada como alta novidade, efeito obtido com forças desconhecidas.

Para quem se impressionava ao ler o anúncio o “filho do célebre Bosco” tranquilizava as pessoas mais sensíveis, esclarecendo que todos poderiam assistir ao espetáculo, senhoras e jovens, pois não seria apresentada cena que horrorizasse, “nada que assuste, com tiros de pistola, etc”. Enfim, tudo seria “mera distração”.

Pelo menos o show tinha uma causa nobre, a renda seria destinada ao hospital de tratamento dos doentes com varíola.

 

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Quarta, 07 Outubro 2020 09:17

Nós que aqui estamos por votos esperamos

Em tempo de eleições a morte, quem diria, também pode conseguir votos. Vão disputar cadeiras nas câmaras municipais do país ao menos 124 agentes funerários, conhecidos popularmente como "papa-defuntos" e 60 coveiros, somando 184 candidatos do ramo. É uma quantidade 25% maior que no pleito municipal passado, quando 147 candidatos , entre 99 papa-defuntos e 48 coveiros se aventuraram na disputa.

Seus nomes e cidades constam na lista de candidatos divulgada recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral.

As duas profissões têm uma certa popularidade, se é que se pode dizer assim, principalmente nas localidades interioranas, onde sindicatos de trabalhadores rurais e cooperativas costumam contratar planos funerários para a última hora de seus associados. Na vida real, se eleitos, os profissionais do setor, certamente, não devem enfrentar o "drama" ocasionado com o fenômeno descrito no livro de José Saramago “As intermitências da morte”, quando as pessoas pararam de morrer jogando o mercado funerário numa crise sem precedentes.

A grande maioria dos candidatos sempre faz questão de registrar como nome na urna os apelidos com os quais são conhecidos como, fulano da funerária, sicrano coveiro ou beltrano do caixão. Na cidade de Valença, um candidato registrou como nome uma frase que tem duplo sentido: “fulano o coveiro vem aí”.

Diante da crise de representatividade na política do país, quem sabe se um profissional calejado nas coisas da morte não pode resolver os problemas dos vivos?

 

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Quarta, 30 Setembro 2020 09:58

A mulher provocou o dilúvio

O festival de misoginia praticado pelas das ordens mendicantes entre o fim da Idade Média e início da Idade Moderna, funcionava como um verdadeiro apelo para os homens se engajarem na guerra santa contra uma inimiga poderosa: a mulher, considerada a “aliada do diabo”. Era um período em que frades dominicanos e franciscanos estavam preocupados com a decadência da igreja, procurando bodes expiatórios para os desmandos da Santa Sé.

São vários livros e manuais, evidentemente escritos por homens da igreja, listando a “sordidez” feminina, sua infinita capacidade de levar o “macho” da espécie à perdição. Os franciscanos, por exemplo, diziam que além de todos os vícios do homem, as mulheres tinham seus próprios, “diagnosticados pelas Escrituras” como a de ser enganadora, perversa e por aí vai.

Por essa postura, não é difícil entender porque a grande maioria das pessoas queimadas por bruxaria, foi do gênero feminino. “Ela atrai os homens por meio de chamarizes mentirosos para depois arrastá-los para o abismo da sensualidade”, diz o trecho do livro “De Planctu Ecclesiae” (o lamento da igreja, em tradução livre) de 1330, do franciscano Alvaro Pelayo cardeal que presidia a Penitenciária Apostólica na corte de Avignon.

De tudo que esse Pelayo escreveu, creio que o destaque, sem dúvida, é quando ele se aventura a analisar uma posição sexual que a mulher passou a adotar: “Ela coloca-se sobre o homem no ato do amor, vício que teria provocado o dilúvio”. Realmente, muito poderosa essa mulher.

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

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Quinta, 24 Setembro 2020 18:41

A história da coroa de espinhos

A relíquia santa "coroa de espinhos" (aquela que os romanos teriam colocado na cabeça de Jesus pouco antes da crucificação) que, desde 1806 está na Catedral de Notre Dame e escapou do incêndio ocorrido em abril de 2019 na famosa igreja, foi adquirida pelo rei francês Luís IX, no século XIII ao governo de Veneza por cerca de 135 mil liras, equivalentes à metade das despesas anuais da França, naquela época. A história dessa relíquia é bem reveladora de como essas peças supostamente pertencentes a divindades, eram valorizadas na idade média.

A compra da coroa santa integrou a estratégia política de Luiz IX, de “dominação pacífica, mas simbólica da cristandade” na Europa, através da posse de relíquias santas, como indica o historiador medievalista Jaques Le Goff. Nessa política, Luís IX, organizou também duas cruzadas a Jerusalém, morrendo na segunda acometido por febre amarela. Foi canonizado santo em 1297.

A origem conhecida da “coroa de espinhos” começou em 578 d.C. quando um peregrino em viagem por Jerusalém trouxe para a Europa a informação que a relíquia estava na cidade sagrada, exibida numa igreja. 500 anos depois, a relíquia reapareceu em Constantinopla, já sem os espinhos. Mais ainda valia tanto que o imperador Balduíno II a colocou "no prego" junto aos venezianos para obter um vultuoso empréstimo. Como ele não honrou a dívida, a cidade de Veneza a vendeu a Luís IX. Por pouco a relíquia não virou cinzas no incêndio de Notre Dame.

 

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Quarta, 16 Setembro 2020 12:22

A vantagem de virar bicho

Lendas de homens e deuses que se transformam em bichos povoam várias mitologias. Na grega, esse era um dos recursos preferidos de Zeus para seduzir suas conquistas. Algumas escapadas do chefe do olimpo mostram esse artifício como no episódio em que ele virou um touro para atrair Europa e num Cisne para seduzir Leda.

Noutra ocasião, transformou a amante em carneiro parta escondê-la da esposa, Hera. Certa feita Zeus também se apaixonou por Ganimedes, príncipe troiano e se metamorfoseou em uma águia para raptá-lo. Na Amazônia, a lenda do boto rosa trata de estratégia semelhante. A entidade sobrenatural do rio se transforma em homem para engravidar as mulheres ou aparece em forma de mulher para levar os homens a uma aldeia no fundo das águas.

Existem duas lendas desse tipo de transformação originária do período da escravidão que não tratam de sedução. Ao contrário reforçam o caráter infame do comércio de seres humanos. O historiador português Antonio de Oliveira Cadornega, radicado em Angola no século 17, conta que nas veredas do reino do Congo, na África, havia uma raça de macacos que procurava mulheres para se acasalar e dessa união nascia um ser híbrido, com mais característica de humano que de animal, inclusive com a habilidade de falar. No entanto, ao perceber que se começasse a falar seria capturado, transformado em escravo e deportado para o Brasil, essa raça permaneceu calada, fingindo ser macaco para escapar da escravidão.

Um padre se refere a lenda semelhante, um século depois, que ocorreria na Amazônia. Tribos da região garantiam que existiam macacos amazonenses semelhantes a pessoas e, do mesmo modo como seus parentes do Congo, não falavam justamente para escapar da escravidão evitando atuar num trabalho compulsório e penoso existente na região, realizado pelos índios: ser remador nas canoas dos homens brancos.

O grande jurista Sobral Pinto nos deu exemplo significativo de que às vezes é vantajoso o homem virar bicho. Embora crítico do regime comunista, aceitou ser o advogado dos comunistas Luiz Carlos Prestes e Harry Berger, presos pela ditadura de Getúlio Vargas. Como Berger tinha sido barbaramente torturado, apresentou uma petição no Tribunal de Segurança Nacional exigindo a aplicação do artigo 14 da Lei de Proteção aos Animais para que o prisioneiro tivesse um tratamento minimamente adequado.

 

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Terça, 08 Setembro 2020 10:40

O uso de feitiços pela classe política

A classe política sempre foi atraída pelo sobrenatural e não era raro no passado (e quiçá no presente) a utilização de “trabalhos” na área espiritual como reforço para vencer eleições difíceis e atacar inimigos. Alguns autores famosos que estudaram a formação do povo brasileiro, registraram em suas obras, exemplos dessa intimidade entre políticos e ditos representantes de religiões que vendiam seus supostos poderes para promover a ascensão de quem os contratava.

O pernambucano Gilberto Freyre, no seu livro Ordem e Progresso, conta que entre o final do século 19 e meados do 20 eram comuns os relatos das ligações dos políticos com a classe religiosa, “através de promessas a santos a Igreja, feitiços, despachos e bruxedos”.

Um dos exemplos foi o boato surgido no final da década de 1940 da suposta tentativa de envenenamento do governador de Pernambuco, Barbosa Lima, com uma fritada, preparada pelo seu inimigo politico José Mariano com a ajuda de um cozinheiro, o que se provou ser uma calúnia pouco tempo depois. Mas, na boca do povo, ficou a versão de que se tratou de um atentado sobrenatural.

No livro Religiões do Rio, o escritor Paulo Barreto, conhecido como João do Rio, revela a existência de uma grande intimidade dos feiticeiros cariocas com as figuras importantes do país no século 19 como o imperador d.Pedro Segundo, o Barão de Cotegipe e presidentes da República. Os informantes do escritor disseram que o poder desses sacerdotes era tanto que bastava lançar um olhar quando o presidente aparecia na janela do Palácio e dias depois ele caía doente.

João do Rio indica haver no final do século 19, grupos de feiticeiros de origem africana e outro composto de brasileiros, que alimentavam a guerra espiritual dos políticos: uma facção fazia um trabalho contra determinada figura eminente, enquanto a outra milícia espiritual era contratada para desfazer o feitiço lançado.

O etnógrafo baiano Edison Carneiro, personalidade que tive a honra de biografar, conta uma versão curiosa que recolheu nas suas andanças por Salvador, sobre a morte do senador Ruy Barbosa. Uma feiticeira teria sido contratada por 12 contos de réis pra fazer um trabalho visando eliminar o nosso “Águia de Haia”. Quando ela se dirigiu à sua divindade espiritual para dizer o que queria, ele respondeu que se levasse o projeto adiante ela poderia morrer. Como tinha dado a palavra ao contratante, a feiticeira decidiu arriscar e teria sido responsável pela morte do eminente baiano, mas nas palavras de Edison Carneiro “viajou também”.

Nesse início de campanha eleitoral, alguém duvida que muitos candidatos já procuraram seus mentores espirituais para realizar suas libações e pedir uma ajudadinha pra vencer a eleição? Fazendo, como diz a música de João Bosco, “Um jogo cercado pelos sete lados”?

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

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