O Conjunto Habitacional Baixa Fria I e II, que fica próximo ao bairro de São Marcos, em Salvador, ganhou um Centro de Convivência Socioassistencial (CCS) nesta quarta-feira (5). Um espaço da Prefeitura que vai atender mais de 200 crianças e adolescentes da região dos 6 aos 17 anos. Essa é oitava unidade do tipo que é gerida pela Fundação Cidade Mãe (FCM), órgão responsável pela proteção básica voltada ao público atendido pelo centro.

No CCS, as centenas de crianças e adolescentes vão poder ter acesso, no turno vespertino, a reforço escolar nas disciplinas de português e matemática, além de atividades culturais e oficinas de arte. Presente na entrega, o prefeito Bruno Reis falou que o projeto é um esforço da gestão municipal para implementar o ensino em tempo integral na prática.

"As crianças Baixa Fria já estudam em escolas municipais presentes aqui na região e agora terão acesso a esse espaço. É a aula em tempo integral, como nós chamamos aqui. Os pequenos tem aulas regulares e, depois, todo apoio para otimizar ainda mais a educação", fala Bruno, que reforçou a importância de instalação de projetos em conjuntos habitacionais de baixa renda.

Presidente da FCM, Isabela Argolo também foi ao local para participar da entrega do projeto. Ao falar do CCS, ela destacou que o espaço vai sediar outras atividades e é fruto de uma parceria da fundação com a parte de educação da gestão municipal.

"São 200 crianças e adolescentes impactados pelo projeto. Eles vão ter acesso a essas atividades de reforço escolar e cultura, mas não só. Cursos de qualificação profissional também vão ser implantados. É uma ação que só poderia ser feita com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (Smed)", diz a gestora.

Na oportunidade, o prefeito também aproveitou entregar títulos de propriedade a moradores da Rua Baixa Fria, que foram beneficiados com a construção do conjunto por parte da gestão municipal.

A Record/ TV Itapoan demitiu, nesta sexta-feira (31), o repórter Marcelo Castro e o editor-chefe do programa Balanço Geral, Jamerson Oliveira. O desligamento dos profissionais ocorre em meio ao escândalo e investigação policial sobre supostos desvios de ajudas financeiras feitas por telespectadores para casos do programa, comandado pelo apresentador Zé Eduardo.

O caso veio à tona no início de março, quando os profissionais, agora ex-funcionários, estavam de férias. A emissora fez um pedido formal de investigação à polícia e também confirmou ter conduzido, em paralelo, avaliação interna sobre a suspeita.

A polícia Civil já confirmou que investiga dois jornalistas, outros funcionários da emissora e pessoas que cederam a chave pix para as transações. Os nomes dos indiciados não foram divulgados, pois o inquérito ocorre em sigilo. A DreofCyber investiga 15 casos possíveis de fraudes que teriam ocorrido por meio de arrecadação de doações para pessoas em estado de vulnerabilidade social.

Em uma das fases da investigação, a PC analisou as redes sociais dos investigados, além de vídeos, prints, depoimentos e matérias jornalísticas. Três aparelhos celulares foram apreendidos e passam por perícia.

O CORREIO procurou a Polícia Civil nesta sexta-feira (31), que não apresentou atualizações sobre o andamento das investigações.

Entenda o caso

O caso ganhou visibilidade após a equipe do jogador de futebol baiano, Anderson Souza Conceição, mais conhecido como Anderson Talisca - que atualmente joga pelo Al-Nassr - cobrar informações sobre uma doação que teria sido feita por ele. Sensibilizado com a história de uma criança, o atleta teria doado cerca de R$ 70 mil.

Em nota enviada ao CORREIO no dia 11 de março, o diretor de jornalismo da TV Itapoan, Gustavo Orlandi, confirmou que a empresa investigava a denúncia de que funcionários da organização teriam desviado dinheiro de doações feitas por telespectadores através de pix.

"A RecordTV Itapoan, assim que recebeu as denúncias, apura os fatos e tomará todas as medidas legais cabíveis para o caso", disse, por email. O esquema funcionava através do programa Balanço Geral. Pessoas em dificuldade relatavam seus casos na atração televisiva, comovendo o público, que fazia doações via Pix.

Depois da descoberta, o caso então passou a ser investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), que também está analisando depoimentos, matérias jornalísticas, vídeos e prints de redes sociais.

Zé Eduardo se pronuncia
Na tarde de segunda-feira (13), o apresentador do programa Balanço Geral, José Eduardo, fez a primeira manifestação pública sobre a denúncia. Iniciou o programa falando sobre honestidade, defendeu sua história pública e disse ter orgulho da equipe com a qual trabalha diariamente no programa. Emendou convocando os telespectadores a continuarem buscando ajuda do programa.

“Você que precisa da rede Record continue vindo à porta da emissora, pedindo ajuda, e nós faremos de tudo para te ajudar. Bandido nenhum vai me impedir de ajudar o povo”, disse sem citar nomes. O apresentou pregou punição aos envolvidos em caso de confirmação dos desvios. Conforme o apresentador, o jurídico da emissora "está trabalhando para encontrar e apontar os culpados".

Repórter nega envolvimento com o caso
Desde que o caso sobre o desvio de doações via pix por funcionários da Record/TV Itapoan veio a público, alguns nomes de jornalistas foram especulados nas redes sociais. Um dos alvos foi a repórter Daniela Mazzei, atacada por seguidores na internet. Ela negou qualquer envolvimento com o caso.

"Disseram que uma repórter mulher que estaria de férias seria demitida quando retornasse ao trabalho. Na internet também surgiram várias ofensas e julgamentos por parte de alguns seguidores. Me sinto vítima de fake news. Apesar de ter a consciência muito tranquila de que não fiz nada e que não tenho envolvimento com isso, fico triste com toda essa repercussão negativa envolvendo meu nome. Eu e minha família estamos muito abalados com tudo. Tenho uma carreira limpa. Sou uma pessoa íntegra", frisou.

Vítimas se revoltam
O ambulante Adriano Lima, 38 anos, que trabalhava na Praça do Sol, em Periperi, é uma das vítimas do golpe das doações enviadas por pix que está sendo apurado pela emissora e pela polícia. Em setembro do ano passado, depois de ter móveis, eletrodomésticos e itens de trabalho furtados da sua casa, no bairro de Nova Constituinte, ele teve a situação exibida pela TV Itapoan/ Record, no programa Balanço Geral.

"Mostraram ao vivo que minha casa tinha sido arrombada. José Eduardo disse que muita gente ajudou e eu não vi um centavo das doações", diz.

Funcionários do programa, incluindo jornalistas, tomaram posse de cerca de R$ 800 mil. Os valores seriam destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade social e grave doença que passavam na programação pedindo ajuda, mas acabavam caindo nas contas de funcionários que não foram identificados e apontados pela empresa.

Sindicato pede rigor
A diretoria do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) anunciou que acompanha as apurações da denúncia de desvio de ajuda financeira destinada a telespectadores do programa Balanço Geral, da Record/TV Itapoan, que teria como alvo jornalistas da emissora. Em nota, o sindicato reforçou que, até o momento, não há confirmação oficial dos nomes dos supostos envolvidos.

“O Sinjorba alerta para o cuidado e rigor na apuração jornalística desse fato, para evitar pré-julgamentos e ilações, visando preservar o conjunto dos profissionais de jornalismo, que exerce de forma ética o seu ofício na Rede Record no Estado”, diz a entidade representativa.

O Sinjorba também chamou atenção “para que o veículo trate o assunto com a transparência necessária, evitando prejuízos à imagem da categoria”.

A entidade informou que aguardará o fim das investigações, com a devida identificação dos suspeitos, para manifestar sua opinião. Acrescentou que “que respeitará o devido processo legal na apreciação de qualquer representação que seja recebida e encaminhada à sua Comissão de Ética”.

Os estudantes que ingressam na Universidade Federal da Bahia (Ufba) através da primeira chamada do Sisu 2023.1, deverão iniciar as aulas na próxima segunda-feira (3) - cinco dias após a data anteriormente estabelecida, 29 de março. De acordo com a instituição de ensino, o adiamento foi provocado pela demora na divulgação do resultado do Sisu pelo Ministério da Educação em 2023, o que impactou na necessidade de estender o tempo para a realização de todas as etapas dos processos seletivos. "Por este motivo, diversas instituições federais de ensino superior optaram por somente matricular os aprovados no Sisu 2023 no segundo semestre letivo", informa a Ufba.

Ainda de acordo com a universidade, a mudança não vai impactar nas datas de início e término dos dois semestres letivos de 2023 previstas pelo calendário acadêmico. A data de encerramento do semestre 2023.1 permanece em 15 julho e o semestre letivo 2023.2 acontecerá de 14 de agosto a 16 de dezembro. Os ingressantes das chamadas seguintes do Sisu 2023.1 iniciarão seus cursos no segundo semestre de 2023.

A Ufba disponibilizou 4.695 vagas de acesso via SISU, além de possuir processos seletivos próprios. A instituição informa que as etapas fundamentais destes processos envolvem grande complexidade e equipes dedicadas, em procedimentos indispensáveis à matrícula dos estudantes aprovados. "Esse último ajuste na data de ingresso, portanto, visa a assegurar o correto preenchimento das vagas, seja pela política de cotas ou pela ampla concorrência", informa.

Publicado em Bahia

Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,37% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O índice teve uma forte desaceleração, registrando uma alta menor que a do mês anterior (1,19%), e foi o mais baixo para um março, na RMS, em três anos, desde 2020, quando havia ficado em 0,10%.

Também foi o menor IPCA-15 do país, inferior ao nacional (0,69%) e o mais baixo dentre os 11 locais investigados separadamente. O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 11 de fevereiro e 15 de março de 2023.

Com a desaceleração expressiva no mês, o IPCA-15 da RM Salvador deixou de ser o mais alto do país no acumulado no ano de 2023, tendo agora o 3º maior índice (2,18%) do primeiro trimestre, abaixo das RMs de Belo Horizonte/MG (2,38%) e Belém/PA (2,23%). O Brasil como um todo registra um índice de 2,01%.

Nos 12 meses encerrados em março, a RMS também deixou de ter o maior índice e agora tem o 2º maior (5,88%), atrás da RM São Paulo/SP (6,17%), mas ainda acima do resultado nacional (5,36%). A tabela a seguir mostra os principais resultados do IPCA-15 de março para o Brasil e cada uma das áreas pesquisadas:

Saúde e habitação puxam IPCA-15 da RM Salvador para cima em março

Apesar da desaceleração frente ao mês anterior, o IPCA-15 de março na Região Metropolitana de Salvador (0,37%) foi resultado de aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Os grupos saúde e cuidados pessoais (1,24%) e habitação (1,28%) tiveram os maiores aumentos médios e exerceram as principais pressões inflacionárias na prévia do mês.

Na saúde, o aumento se deu, principalmente, por conta das altas dos preços dos produtos de higiene pessoal (2,26%), em especial, o perfume (5,89%). A alta do plano de saúde (1,21%) também impactou o grupo como um todo. Em relação à habitação, os preços da taxa de água e esgoto (6,60%), do gás de botijão (2,48%) e da energia elétrica residencial (0,99%) foram as principais influências no aumento geral.

Porém, o item cujo aumento mais impactou, individualmente, o resultado do IPCA-15 na RMS em março foi a gasolina (2,54%), do grupo transportes (0,28%), que apesar do aumento geral, teve também os dois itens cujas quedas de preço foram as que mais seguraram a prévia da inflação: seguro voluntário de veículo (-9,13%) e passagem aérea (-10,35%).

Entre os dois grupos de produtos e serviços que tiveram deflação, segundo o IPCA-15 de março, alimentação e bebidas (-0,39%) foi o que mais contribuiu para frear o aumento do IPCA-15 na RMS.

A queda geral no preço dos alimentos se deu, principalmente, por conta dos tubérculos, raízes e legumes (-5,33%), em especial a cebola (-12,22%) e a batata-inglesa (-14,79%), e também das carnes (-1,42%).

Por outro lado, a cenoura (22,99%) foi, dentre todos os itens, a que mais aumentou de preços na RM Salvador, em março. O outro grupo que apresentou deflação, segundo o IPCA-15, foi artigos de residência (-0,18%), influenciado pela queda de preços dos aparelhos eletroeletrônicos (-0,32%), em especial, do televisor (-1,86%)

Mudaram as estações e mudaram, também, o tempo e a rotina de muitos soteropolitanos: com a chegada do outono, as chuvas não deixaram dúvidas de que aquele sol de outrora ficou no passado, assim como o verão. A autônoma Marta Nascimento, de 37 anos, se viu obrigada a sair de casa para o trabalho com um guarda-chuva dentro da bolsa — isso quando ele não precisa ser usado a partir do momento em que ela coloca os pés na rua.

Até chegar à loja onde trabalha, no bairro da Ribeira, Marta encontra outros obstáculos, como pontos de alagamento, pelo caminho. “Aqui na frente do shopping alaga, e eu tenho que fazer toda uma volta pra entrar. Quando chego, o sapato molhado acaba sujando a loja”, queixou-se a autônoma.

Ela até deixa outro calçado guardado no estabelecimento, para substituir os que ficam molhados, mas o que não dá pra evitar é o entra e sai de gente com os pés sujos de lama. “Quem entra também suja a loja, além de que, com a chuva, o movimento diminui assustadoramente”, acrescentou.

Nesta quarta-feira (22), como precisava se deslocar a pé, o engenheiro químico Mateus Bastos, 28, levou consigo o guarda-chuva pela primeira vez. “Tá bem instável o tempo: ora, chove; ora, para a chuva”, justificou o jovem, que prefere o calor do verão e sofre com a mudança de tempo. “Fui à praia semana passada. Depois, já tive resfriado, justamente pela questão da mudança de tempo”, contou ele.

Moradora de Itapuã, a recicladora Magnólia dos Santos, 62, saiu de casa com sua sombrinha, porém, há 40 anos, é outro tipo de dor de cabeça que as chuvas lhe causam: “Já tô com medo, porque a rua que eu moro, qualquer chuva, alaga”, desabafou. “Agora mesmo, eu saí e algumas coisas já fui botando no alto, porque, se der ‘toró’ forte e encher, não vou estar dentro de casa”, relatou ela.

Ocorrências
Segundo a Defesa Civil de Salvador (Codesal), até as 13h15 desta quarta, foram registradas 72 solicitações ao órgão — a maior parte delas, ameaças de deslizamento (20) e de desabamento (19), seguidas de avaliações de imóveis alagados (10). Liberdade (16) e Cabula/Tancredo Neves foram os locais mais afetados.

O registro do acumulado de chuvas desde a noite de terça-feira (21) foi pedido à Codesal, que não respondeu à reportagem até esta publicação.

Mudança
Apesar de a passagem do verão para o outono ter sido visivelmente marcada pela presença de chuvas em Salvador, isso não significa que esteja havendo a atuação de um novo fenômeno na capital. Conforme a meteorologista Cláudia Valéria, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a frequência das precipitações nesse período de mudança pode variar ano a ano.

“Não necessariamente [as chuvas] ocorrem dessa mesma forma todos os anos. Mas, com grande frequência, elas ocorrem na segunda quinzena de março e começam a ter volumes mais elevados entre abril, maio e junho, os meses em média mais chuvosos”, explicou Valéria. "Em abril e maio, normalmente, chove em torno de 300 milímetros, cada", complementou a meteorologista.

De acordo com a Defesa Civil, porém, deve chover acima da média dos 800 milímetros previstos para a estação, principalmente nos meses de março e abril.

Previsão
Para quem sofre com as chuvas, uma má notícia: as precipitações prometem durar até, no mínimo, o fim de semana. Um sistema de baixa pressão (cavado) e a atuação da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) intensificam os ventos úmidos provenientes do oceano Atlântico, provocando chuvas na capital.

Segundo a Codesal, até a sexta-feira (24), a previsão é que haja céu nublado, com chuvas fracas ou moderadas a qualquer hora do dia. Há risco de deslizamentos de terra.

No sábado (25), o céu deve ficar nublado ou parcialmente nublado, com chuvas fracas ou moderadas a qualquer hora. Haverá risco de deslizamentos de terra e, também, de alagamentos.

Finalmente, no domingo (26), a previsão é céu parcialmente nublado, com chuvas fracas, por vezes moderadas, a qualquer momento. As temperaturas podem variar de 24 ºC a 31 ºC.

Chegou ao fim, esta semana, a estação mais quente do ano, e esse primeiro verão de eventos pós-pandemia já deixa saudade nos soteropolitanos. A temporada relembrou que a o povo de Salvador adora festa: a capital baiana teve, em três meses, mais eventos que em 2022 inteiro. De 1º de janeiro até o último dia 16, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) emitiu licença para 286 eventos na capital. No ano passado foram 215.

Além disso, o número de cruzeiros bateu recorde, trazendo turistas de todos os cantos do mundo. A Polícia Federal registrou visitantes de 143 países na Bahia, entre dezembro e março. Foram mais de 10 mil argentinos. Mas também vieram portugueses, espanhóis, franceses e italianos, e gente do Azerbaijão, Paquistão, Finlândia, Madagascar e Indonésia.

A prefeitura informou que 3 milhões de visitantes estariam em Salvador no verão - parte deles veio pelo mar. Cerca de 80 cruzeiros estarão atracando na cidade até abril, o que foi considerado um recorde para o período.

O retorno do Festival Virada Salvador, com 74 shows em dois palcos e 100 horas de música, causou frisson. A meta de alcançar 100% de ocupação hoteleira foi atingida rapidamente, feito muito comemorado depois de dois anos seguidos de pandemia. Nas palavras do prefeito Bruno Reis, esse foi “o maior verão de todos os tempos”.

“A cidade bombou. Tivemos praticamente 100% de ocupação hoteleira em todo esse período, com as pessoas permanecendo mais tempo na cidade. Antes, elas ficavam no máximo três dias. Agora, em torno de seis dias, graças a tudo o que fizemos, novos equipamentos turísticos que oferecem programação e recuperação do nosso patrimônio histórico e cultural. É uma cidade muito melhor para todos nós que moramos aqui e para os milhares de turistas que recebemos”, afirmou Reis

Janeiro chegou com os famosos ensaios de verão e as festas ficaram lotadas para a alegria do motorista por aplicativo Davi Conceição, 28. Ele conseguiu terminar de construir a casa da mãe: “Isso só foi possível porque trabalhei duro. Dormia durante o dia para fazer as corridas à noite. Tinha festa em todos os cantos da cidade, todos os dias e para todos os públicos”, contou.

O verão trouxe de volta também a tradição da Lavagem do Bonfim. A festa que acontece desde o século XVIII nunca tinha sido interrompida. Deste vez, a procissão marítima foi a maior já registrada.

Maior festa de rua
O pré-carnaval foi de ruas lotadas no Furdunço e no Pipoco. No Centro Histórico, a Ladeira da Preguiça ficou irreconhecível com tantos foliões, e o circuito Osmar deu sinais claros de que ainda está vivo, com ruas cheias e grandes artistas. Na Barra e nos bairros a festa também foi intensa.

Segundo dados da prefeitura, o município movimentou R$ 2 bilhões no carnaval. A vendedora ambulante Valdelice Souza, 53, trabalhou muito.

“O carnaval é importante em vários sentidos. Para a gente, é a oportunidade de fazer um pé de meia, um dinheiro que ajuda a pagar as contas nos próximos meses. Mas tem também um lado afetivo que a gente tem com a festa. Carnaval é Bahia, e o baiano é carnaval”, brincou Valdelice

Festival da cidade
Apesar de o verão ter dado ‘tchau’, a folia ainda não acabou. O Festival da Cidade, evento que celebra os 474 anos de Salvador, tem uma programação extensa, que começou no último dia 15 e segue até 2 de abril, com shows, peças teatrais, oficinas. Segundo o prefeito Bruno Reis, o objetivo é claro: “Nós queremos fazer um evento de projeção nacional. Um evento que vai ficar no calendário do Brasil e, em especial, no calendário da nossa cidade”.

Neste sábado terá show de rock no Parque da Cidade com Marcos Clement convidando Thathi, Banda Monarka e Rebeca Matta. No domingo tem Mariene de Castro com Aloísio Menezes, Roberto Mendes e Ganhadeiras de Itapuã no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho. Neste dia, a banda Jammil estará no pôr-do-sol do Humaitá, na Cidade Baixa.

No fim de semana seguinte, haverá show de Márcia Short, baile de orquestras e banda Mudei de Nome dando a volta no Dique do Tororó. No domingo, dia 2, tem show de Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Luedji Luna no Farol da Barra, com transmissão ao vivo pela Rede Globo.

A cidade de Salvador e o estado da Bahia encaram mais um surto de dengue. Entre janeiro e março deste ano, a capital baiana registrou 1.066 casos da doença, o que representa um aumento de 773% em relação ao mesmo período do ano passado - quando 122 casos foram notificados. No estado, a situação também é grave: foram 9.925 casos de dengue em dois meses e um aumento de 55% em relação ao ano anterior. Ao menos 36 municípios baianos estão em situação de epidemia.

Os surtos de dengue ocorrem quando as condições climáticas são favoráveis para a proliferação do mosquito que transmite a doença, o Aedes aegypti. É de praxe que os casos aumentem em Salvador entre março e abril, quando o clima está quente e úmido. Mas não é só isso. Especialistas ouvidos pela reportagem analisam que a pandemia influenciou o crescimento considerável de pessoas doentes.

Durante mais de dois anos, pouco se falou sobre as arboviroses - doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos. A atenção da sociedade e dos governantes estava voltada para a disseminação da covid-19 e campanhas contra doenças transmitidas pelo Aedes não tiveram o impacto necessário para evitar mais um surto, analisa o virologista e pesquisador Gúbio Soares.

“Todos os agentes de saúde estavam voltados para a pandemia, não se podia visitar as casas das pessoas e as campanhas foram praticamente suspensas. Durante dois anos houve uma proliferação excessiva do mosquito”, pontua.

Apesar do descuido, o fator climático tem um peso importante. Os distritos sanitários do Subúrbio Ferroviário, Pau da Lima e Cabula/Beiru são os que historicamente registram mais casos da doença. “Salvador e a Bahia como um todo estão tendo altas temperaturas com chuvas em algumas regiões. O calor intenso e o acúmulo de água favorecem a proliferação dos mosquitos”, completa.

Os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), dizem respeito aos casos prováveis da doença. Isso significa que são pessoas que tiveram os sintomas compatíveis, mas não houve confirmação laboratorial.

Estado
Na Bahia, entre o primeiro dia do ano e 11 de março, foram notificados mais de 9,9 mil casos prováveis. No mesmo período do ano passado, haviam sido 6.371. Duas mortes foram registradas e o coeficiente de incidência (CI) é de 67 doentes a cada 100 mil habitantes. As cidades que possuem mais notificações de dengue proporcionais ao número de moradores são: Vereda (148), Lençóis (250), Piripá (218), Itapé (164) e Ibipitanga (255).

Como o período mais quente e chuvoso do ano vai continuar até abril, especialistas concordam que o número de casos deve crescer, especialmente se medidas de controle não forem colocadas em prática. Atualmente, 900 agentes comunitários de Salvador atuam na visita de casas e monitoramento de água parada.

O ritmo frenético de contaminação de dengue não é restrito à Bahia. Entre janeiro e fevereiro, o Brasil registrou 160 mil casos - um aumento de 46% em relação ao mesmo período de 2022.

A cidade de Espírito Santo registrou ao menos nove mortes em decorrência da dengue, em Minas Gerais foram seis. Rondônia registrou mais de mil pacientes confirmados em janeiro, 40% a mais que em todo o ano passado.

Sintomas
Morador de Feira de Santana, Arthur Matos, 23, foi à emergência de um hospital na cidade na última quarta-feira (15) quando começou a ter os primeiros sintomas de dengue. “Tive febre alta, minhas pernas e costas doíam muito. Também tive muita dor no olho, como se alguém estivesse apertando. A dor de cabeça também não passava com nenhum remédio”, conta.

Mesmo com todos os indicativos, o médico que o consultou pediu que ele retornasse após seis dias de sintomas para que um exame de sangue crave se Arthur de fato está com dengue. Enquanto isso, ele toma remédio para conter os sintomas.

A dengue pode evoluir para casos graves, por isso, é importante ficar atento aos sinais e procurar um médico logo nos primeiros dias de sintomas. “Normalmente as arboviroses causam febre, fraqueza e dor de cabeça. A zika dá um quadro menos intenso e com manchas no corpo. A característica principal da Chikungunya é muitas dores no corpo”, especifica Gúbio Soares.

Zika e Chikungunya
Assim como a dengue, os casos de zika também crescem e em ritmo ainda mais acelerado. Já são 332 registros da doença no estado neste ano, contra 182 no mesmo período de 2022. O incremento é de 82%. Segundo a secretaria estadual de Saúde, 42 municípios baianos realizaram notificações para o agravo da doença. Piripá, Itapé e Ituberá são as cidades com mais casos registrados.

“O ideal seria que o estado não tivesse nenhum caso de zika porque é muito perigoso para a população, principalmente para mulheres grávidas e que planejam engravidar. Não sabemos a intensidade da circulação em Salvador”, analisa Gúbio Soares, que é o descobridor do vírus no Brasil. Em 2015, houve uma explosão de casos de microcefalia em crianças associadas ao zika vírus.

Na contramão da curva ascendente, outra doença transmitida pelo Aedes aegypti registra diminuição de casos na Bahia. Entre 1º de janeiro e 11 de março, foram notificados 3.769 casos de chikungunya. O número representa uma diminuição de 25% em comparação com o ano passado, quando 5.839 registros foram feitos no mesmo período.

Mas se o mesmo tipo de mosquito é responsável pela transmissão dos três vírus, como é possível que uma das doenças esteja em queda enquanto outras crescem em incidência?

Apesar de não haver resposta definitiva para essa pergunta, estudos indicam que o cenário por ter ligação com a imunidade da população. As doenças virais se espalham com mais facilidade onde os moradores não estão imunes, como lembra Viviane Boaventura, pesquisadora da Fiocruz Bahia e professora da Faculdade de Medicina da Ufba.

“A chikungunya parece conferir uma proteção mais duradoura, com anticorpos circulando por longo período após a infecção. Assim, se uma região sofreu uma epidemia recente, é esperado que parte da população esteja protegida, o que reduz a chance do vírus se espalhar”, explica Viviane Boaventura. Nenhuma morte por zika e chikungunya foram registradas este ano no estado.

Obras Sociais Irmã Dulce participaram da criação da vacina contra a dengue

Na quinta-feira (2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue. A Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda., é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus, conferindo uma ampla proteção. O Centro de Pesquisa Clínica das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) está entre os cinco núcleos do país responsáveis pelos ensaios clínicos que levaram à aprovação.

O imunizante é o único contra a dengue aprovado no Brasil para a utilização em pessoas que não tiveram exposição anterior à dengue e sem necessidade de teste pré–vacinação. A vacina é indicada para indivíduos de 4 a 60 anos de idade. Apesar da boa notícia, uma longa caminhada deverá ser percorrida até que o imunizante seja largamente disponibilizado.

Para que isso aconteça, a vacina deve ser analisada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que define um preço teto da vacina. Na sequência, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisará a incorporação na rede pública de saúde. Ou seja, o imunizante deve ser disponibilizado inicialmente em clínicas particulares.

Questionado, o Ministério da Saúde (MS) não deu prazo para que as análises sejam realizadas e disse apenas que o Conitec considera aspectos como eficácia, efetividade, segurança e impacto econômico.

Quem participou do longo processo para que a vacina fosse finalizada, comemora o passo importante para a erradicação da doença no país. O infectologista Edson Moreira, coordenador do Centro de Pesquisa Clínica das Obras Sociais Irmã Dulce, ressalta as dificuldades para a elaboração do imunizante.

“A vacina para dengue é um grande desafio porque a doença é causada por quatro subtipos de vírus. Nós tivemos que despertar uma resposta imune que fosse capaz de proteger os quatro tipos”, afirma o médico pesquisador. Para que a eficácia fosse suficiente, uma técnica conhecida foi utilizada.

“Nós utilizamos a técnica do tipo dois do vírus vivo atenuado, que confere segurança à população. Vacinas contra o sarampo e a rubéola são feitas da mesma forma”, explica Edson Moreira.

Violência dificulta o combate do mosquito em Salvador

Enquanto a vacina contra a dengue não chega à população, o combate ao Aedes aegypti continua sendo a forma mais eficaz para controlar os casos de dengue, zika e chikungunya. Porém, em Salvador, a saúde pública enfrenta um empecilho cruel: a violência urbana.

A meta da Secretaria Municipal de Saúde é que ao menos 80% dos domicílios da capital baiana sejam fiscalizados anualmente. Para isso, os agentes deveriam frequentar cada residência seis vezes ao ano, sendo uma visita a cada mês. A violência, no entanto, dificulta que os funcionários circulem em locais onde há conflitos armados.

“Todos os dias nós somos informados que não tem como trabalhar em certos locais por conta de conflitos e os agentes precisam ir para outras áreas. É difícil conseguirmos completar todos os ciclos por conta disso”, afirma Cristina Guimarães, subgerente de arboviroses.

Apesar do árduo trabalho dos agentes, o trabalho de prevenção é coletivo. “A gente pede para que o morador faça uma inspeção semanalmente em casa e evite recipientes com água parada”, completa.

Publicado em Saúde

Os rodoviários do serviço de transporte da Região Metropolitana de Salvador irão interromper as atividades na próxima terça-feira (21), a partir de meia-noite. Os trabalhadores anunciaram uma greve geral, relacionada à campanha salarial do ano de 2023.

Conforme o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários (Sindmetro), a interrupção do serviço ocorre após quase 100 dias de negociação sem sucesso. “Claro que entendemos o lado das empresas, que foi o setor mais castigado. Mas demonstramos aos empresários que a culpa é do governo do Estado da Bahia que não deu nenhum incentivo ao setor”, escreve a entidade em seu perfil no Instagram.

“Amanhã enviaremos aos jornal o aviso de greve. Após a publicação é somente esperar um milagre, haja vista que os empresários não têm mais o que oferecer à categoria”, acrescenta o Sindmetro. A publicação no perfil da rede social foi feito na noite de ontem (16).

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, deu detalhes sobre a negociação para um eventual aumento no valor da passagem no transporte público para 2023. Segundo afirmou o gestor, as tratativas já estão acontecendo e, neste momento, dependem do relatório de uma consultoria contratada para avaliar o contrato entre a prefeitura e os donos das empresas de ônibus.

"O aumento da tarifa é anual e está previsto em contrato. Ele ocorre desde que a cidade existe. Estamos discutindo a revisão, mas ainda não fechamos essa conta. O contrato prevê que a cada dez anos seja feita uma reavaliação e neste momento estamos fazendo este estudo. Uma consultoria reguladora está concluindo um relatório que permitirá que tomemos uma decisão sobre o aumento da tarifa", disse o prefeito, nesta quinta-feira (16).

Recentemente, o prefeito esteve em Brasília para reuniões com o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin onde tratou, justamente, sobre transporte público.

"A gente sabe que o transporte público é o maior problema de todas as grandes cidades do Brasil. A tarifa não remunera mais o sistema, não cobre os custos. Por isso, os prefeitos estão tendo que investir. Neste momento, muitos dos ônibus estão rodando em Salvador porque estamos pagando subsídios para garantir o funcionamento deste serviço vital para a cidade", concluiu.

A declaração foi dada pelo prefeito durante a entrega de 41 ônibus. Todos novos, com ar-condicionado. São 30 convencionais e 11 micro. Os convencionais serão destinados à linha Lapa-Barra, que terá veículos totalmente climatizados.

Atualmente, 477 ônibus dos 1700 já estão com ar-condicionado. A entrega de novos coletivos está prevista para os próximos meses, informou o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Müller. A meta é de que 35% da frota seja climatizada até o fim do ano.

Para celebrar o aniversário de 474 anos de Salvador, no próximo dia 29 de março, a Prefeitura realizará uma extensa programação. As comemorações envolvem entregas de obras, lançamentos de licitações e assinaturas de ordens de serviço até o final de abril, com investimentos de quase R$ 1 bilhão. O pacote de intervenções foi divulgado pelo prefeito Bruno Reis nesta quarta-feira (15), no Teatro Gregório de Mattos, no Centro.

“É um momento histórico de celebrar a fundação da primeira capital do Brasil. Além de ações culturais, de lazer, música e arte, a Prefeitura preparou um conjunto de presentes para oferecer a Salvador e, em especial, ao cidadão. Durante 40 dias, teremos um conjunto de ações que serão entregues, totalizando quase R$ 1 bilhão de investimentos para que a cidade fique muito melhor para todos os que moram e vivem aqui”, destacou o prefeito.

Entre as novidades apresentadas pelo chefe do Executivo municipal estão inaugurações de equipamentos para melhoria do serviço público nas áreas da educação, assistência social, mobilidade, tecnologia e infraestrutura urbana. No total, o pacote anunciado por Bruno Reis soma cerca de R$ 915 milhões.

As ações envolvem, por exemplo, as entregas da Estação do BRT na Pituba, de urbanização de mais um trecho do projeto Mané Dendê em Ilha Amarela, além de anel óptico da infovia de dados da cidade, requalificação da primeira etapa da Estrada do Curralinho (Imbuí), infraestrutura da Rua Granja Marazul (Stiep) e ligação da Rua das Pedrinhas com barramento do Paraguari (Periperi).

A Prefeitura vai inaugurar, ainda, duas escolas municipais - sendo uma delas a Sol Nascente (Ceasa) e a outra Nossa Senhora dos Anjos (Brotas) -, assim como o Centro de Convivência Socioassistencial Baixa Fria (São Marcos).

Também estão previstos os restauros do busto de Glauber Rocha, na Baixa de Quintas, e do monumento em homenagem ao professor Cláudio Veiga, em Nazaré. Uma estátua de Moraes Moreira, ícone da música brasileira e do Carnaval baiano, será confeccionada e instalada na Praça Castro Alves.

Além disso, oito áreas de risco para deslizamentos de terra serão beneficiadas com proteções de encostas, entre contenções definitivas e geomantas. Os bairros alcançados são Lobato, Chame-Chame, Fazenda Coutos, Engenho Velho de Brotas, Jardim Nova Esperança, Águas Claras, Boca da Mata e São Caetano.

Ainda como forma de reforçar a estratégia de prevenção contra os efeitos das chuvas, sistemas de alerta e alarme serão instalados nas comunidades Creche (Castelo Branco), Irmã Dulce (Cajazeiras VI), Barão Vila da Barra e Vila Sabiá (ambas na Liberdade), Mangabeira (Cajazeiras VIII) e Mangueira Olaria (Sete de Abril).

Mais entregas

Serão inauguradas 100 novas praças, cinco campos de futebol e uma quadra. Cerca de 219 pontos de LED, entre lâmpadas e refletores, trarão melhorias a espaços esportivos de Salvador através do programa Clareou é Gol.

Na área de habitação social, haverá entrega de 376 casas pelo programa Morar Melhor no Barbalho, Estrada das Barreiras e Candeal. Além disso, 385 títulos de propriedade serão concedidos para moradores dos conjuntos habitacionais Guerreira Zeferina e Baixa Fria por meio do programa Casa Legal.

Licitações

Outras ações para comemorar os 474 anos de Salvador abrangem publicações de editais de licitação. Esses processos tirarão do papel a execução de obras do cais da Gamboa, de construções como a Central de Acessibilidade Comunicacional e de quatro passarelas para a mobilidade de pedestres. Pelo menos 250 praças serão reformadas e construídas, e a cidade ainda ganhará em breve 10 estações meteorológicas e 25 estações pluviométricas.

Para incentivar a prática de esporte e lazer, a Prefeitura abrirá licitação para a reforma do campo de futebol e da quadra poliesportiva da Rua Principal, em Nova Esperança. Medidas similares alcançarão o campo da Rua Almirante Mourão, em Fazenda Coutos, e a quadra da Rua Lourival Costa com Rua Joinville, em Águas Claras.

A administração municipal lançará licitação para gestão do Hospital Público Veterinário - estrutura localizada em Canabrava e que já conta com obras bastante adiantadas -, para implantação de infraestrutura hiperconvergente (processamento, armazenamento e backup de dados digitais) e estudo de um polo logístico.

Ordens de serviços

Os investimentos para festejar o aniversário da primeira capital do Brasil também terão uma série de medidas para reforçar as políticas na área da saúde.

Dessa forma, a Prefeitura vai autorizar a construção do Pronto Atendimento de Ilha de Maré; assim como reformas e ampliações do Centro de Oncologia Infantil do Hospital Martagão Gesteira e do setor de radiologia do Hospital Aristides Maltez. As ações preveem também assinatura de ordem de serviço para ampliação do programa Saúde Itinerante.

No âmbito educacional, será feita a ampliação e reforma de 33 unidades escolares, cobertura e reforma de 80 quadras poliesportivas de escolas, construções de 31 salas de Atendimento Educacional Especializado, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) e da escola Mané Dendê, no Rio Sena.

Outros projetos de infraestrutura e requalificação urbana a serem executados compreendem a construção de 710 moradias no Subúrbio pelo projeto Mané Dendê. A região ainda ganhará um Centro Cultural Comunitário no Rio Sena, Mercado Municipal e terminal de ônibus no Alto da Terezinha.

No período da programação do aniversário de Salvador, será autorizado início do projeto executivo de ligação subterrânea Campo da Pólvora - Baixa dos Sapateiros - Comércio, requalificações do Porto da Lenha (Ribeira), do Píer Bananeiras (Ilha de Maré) e dos acessos viários entre as avenidas Bonocô, Barros Reis até o Cabula. A Prefeitura também fará urbanização das áreas livres do BRT - Estação Hiper e Cidadela.

O bairro do Comércio, por sua vez, será beneficiado com novos espaços públicos. Um deles é o SAC Náutico e o outro é a Arena Capoeira. Recursos também serão destinados para requalificação da sede do Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (Simm).

Outra novidade é que a capital baiana ganhará 14 gradis anti-suicídio em viadutos, o Palco dos Poetas, na Praça Castro Alves, e terá requalificadas a orla da Praia do Flamengo e a Av. Centenário.

Serão feitas, inclusive, a recuperação dos meios fios e dos passeios do Largo do Campo Grande, assim como requalificação do Espaço Colaborativo de Inovação em Sustentabilidade (Colabore), no Parque da Cidade, e a implantação do Centro de Controle Operacional (CCO), na Avenida Suburbana.

Até abril, a Prefeitura também vai autorizar a construção de mais sete contenções de encostas, implantação de 25 geomantas e início de reformas de 687 moradias pelo Morar Melhor.