Na Bahia, foram registrados 4.398 casos de Covid-19 nas últimas 24h, de acordo com boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), divulgado nesta quarta-feira (24). Segundo boletim, 18.251 casos estão ativos.

Desde o início da pandemia, foram contabilizados 664.904 casos da Covid-19.

Pelo sexto dia seguido, a Bahia registrou o maior número de pacientes internados em UTIs. De acordo com o boletim, são 930 pacientes adultos e pediátricos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no estado.

O boletim informa também que foram contabilizadas 68 mortes, ocorridas em diversas datas. No total, 11.388 pessoas perderam a vida em decorrência da doença, o que representa letalidade de 1,71%.

entre os óbitos, 56,66% ocorreram no sexo masculino e 43,34% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,21% corresponderam a parda, seguidos por branca com 20,38%, preta com 14,59%, amarela com 0,57%, indígena com 0,15% e não há informação em 9,11% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,53%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,48%).

Na Bahia, 42.224 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

O boletim informa também o número de vacinados na Bahia. Segundo a Sesab, 420.792 pessoas foram vacinadas contra o coronavírus, dos quais 82.042 receberam também a segunda dose, até as 15h desta quarta.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17h desta quarta.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma disponibilizada pela secretaria de saúde estadual.

Leitos Covid-19 na Bahia

Nesta quarta, dos 2.228 leitos ativos na Bahia, 1.566 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 70%.

Desses leitos, 1.113 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 82% (908 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 61%, com 22 das 36 unidades em utilização.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 58% da ocupação, e a pediátrica com 71%.

Em Salvador, dos 1.059 leitos ativos, 879 estão com pacientes internados. A taxa de ocupação geral é de 83%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 84% e a pediátrica 63%. Os leitos clínicos adultos estão com 83% e o pediátrico com 84% de ocupação.

Publicado em Saúde

Foi no dia 19 de janeiro, no santuário das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que a primeira pessoa na Bahia recebeu a vacina contra o novo coronavírus - a enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos. Cerca de um mês depois, Maria Angélica está internada no Instituto Couto Maia, onde trabalha, por complicações da covid-19. O quadro de saúde dela é estável, segundo a diretora do Couto Maia, Ceuci Nunes. A infecção acometeu a profissional de saúde três dias antes de antes de receber a segunda dose do imunizante, ou seja, ela não estava completamente imunizada da doença.  

“Ela está melhorando e já teve todos os sintomas: febre, dor de garganta, tosse, tudo. Está internada há 8 dias e, se tudo correr bem, porque covid não á algo previsível, ela vai poder sair até o final dessa semana”, comenta a infectologista Ceuci Nunes. Maria Angélica iria tomar a segunda dose da Coronavac no dia 16 de fevereiro e no dia 13 começou a sentir os sintomas. A enfermeira não tinha tido a infecção antes.  

A médica e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Viviane Boaventura tranquiliza que esse tipo de situação já era prevista. “Isso já vinha sendo avisado, que a taxa de proteção que a primeira dose da vacina confere é muito baixa. Somente após duas ou três semanas da segunda dose é que a gente espera ver uma resposta de eficácia. Antes disso, não é esperado”, esclarece Viviane. 

Mesmo após tomar as duas doses, ainda é possível haver contaminação, já que não existe, até então, vacina com eficácia de 100%. “Depois da segunda dose, não se pode descuidar, já que o vírus está circulando livremente e a gente tem uma variação na eficácia da vacina. Tem gente que reage muito bem e tem que gente que não, isso acontece com qualquer vacina, até de gripe, e pode ocorrer em qualquer pessoa, em qualquer época”, detalha Boaventura.  

A pesquisadora da Fiocruz enfatiza que essa espera para a resposta imune é essencial. “A vacina não é uma bala de prata, a gente tem que vacinar as pessoas, mas essa imunização não é perfeita e a resposta demora de acontecer. Tem uma taxa muita baixa de pacientes que, mesmo tomando as duas doses, podem ter a infecção e isso varia também de acordo com a vacina, mas até com a Pzifer [que tem a maior eficácia até agora, de 95%], acontece, só que em uma quantidade menor”, reforça Boaventura. 

Vacina ainda é o melhor remédio 

A médica defende que a vacina é a melhor arma que temos contra a covid-19 até o momento. “A vacina é uma estratégica de saúde pública, você reduz a circulação do vírus, o número de pessoas doentes e consegue conter a doença. Mas não se pode deixar relaxar, muito menos porque tomou as duas doses. Em um momento como esse, de plena ascensão de casos no Brasil, com novas cepas, a recomendação é vacinar todo mundo, para que tenha uma queda na transmissão da covid e um número menor de pessoas internadas, ou seja, para que a gente tenha um risco menor de pegar a doença, é a nossa melhor arma contra a infecção do coronavírus”, defende Viviane.  

Com a interrupção do processo de vacinação, a pesquisadora pontua que a imunidade demorará mais tempo para chegar no país, ainda mais em larga escala, que é o ideal agora. “O Brasil precisa de vacina para ontem. Era muito importante que tivessem outras vacinas disponíveis, quanto mais e o quanto antes, melhor, porque o efeito de imunidade demora 60 dias, então, quanto mais cedo a gente começar a vacinar, mais cedo terá esse efeito. Se a vacina está em conta-gotas, vai ter um impacto muito fraco e a gente deixar o vírus proliferando livremente”, critica.  

A pesquisadora também diz que, quanto mais tempo demorar, mais variantes do vírus podem surgir. “Quanto mais ele se multiplica, mais mutações ele pode sofrer, ou seja, quanto mais gente vai se infectando, o vírus vai sofrendo mutações e há variantes que preocupam, como essas três, de Manaus, da África do Sul e a inglesa. Elas são variantes que aumentam a taxa de transmissibilidade, elas conseguem se disseminar muito rapidamente e mais gente é internada”, completa Boaventura.  

Conheça outras pessoas que se infectaram após a primeira dose 

Além da enfermeira Maria Angélica, o médico cirurgião geral Radmesse Brito, pegou o novo coronavírus após ter tomado a primeira dose da Coronavac, em 26 de janeiro. Doze dias depois, no dia 7 de fevereiro, ele começou a sentir dores no corpo, moleza e teve diarreia. Uma semana depois disso, os sintomas pioraram: Rad começou a sentir falta de ar e a saturação no pulmão ficou abaixo de 92%. O médico, que mora em Jequié, veio para Salvador para buscar internamento. Ele está internado desde o dia 15 no Hospital Aliança, com quadro de saúde estável e já deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele já havia se infectado pela covid-19 em agosto em 2020 e foi assintomático.  

“Acreditamos que ele tenha contraído a covid entre os dias 2 e 4 de fevereiro, no trabalho no hospital. Ele estava afastado desde o dia 11 de dezembro, quando fez uma cirurgia na mão, e retornou no dia 2 de fevereiro. Graças a Deus ele não precisou de respirador, usou um cateter de alto fluxo, parecido com cateter normal, só que permite o envio de oxigênio mais concentrado, evitando a intubação. Estamos assustados, acho que essa é a palavra que define melhor”, relata a esposa de Radmesse, a psicóloga Patrícia Brito, que acompanha o marido no Aliança. Após 30 dias que tiver alta da unidade, ele está autorizado para tomar a segunda dose. 

Joselito Sena, 55, é motorista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) há 14 anos e também foi um dos que tomou a primeira dose da vacina e contraiu a covid-19 logo depois. Após quatro dias da primeira injeção da Coronavac, ele começou a sentir sintomas. “Tomei a primeira dose início de fevereiro, eu estava normal, mas, quatro dias depois, comecei a sentir sintomas. Tive falta de paladar e olfato, dor de cabeça e garganta inflamada”, conta o condutor.  

Joselito ficou afastado do trabalho durante 15 dias e já retornou – apesar de a garganta continuar “arranhando”. A esposa e o filho, que moram com ele, também pegaram a doença na mesma época. Pelos sintomas terem sido leves, não foram necessários medicamentos, mas o receio de pegar a doença mais uma vez persiste.  

“O medo existe e é intenso, de ficar contaminado de novo, não poder tomar a segunda dose, e levar a doença para a família toda, de novo. Aí que está o problema. Mas, tem que trabalhar senão não pode levar o pão para dentro de casa. E ainda tem a população que não respeita os decretos, as ordens e apelos das autoridades, com os casos só aumentando todos os dias. O SAMU está dobrando o trabalho sem ter aumento de quantitativo humano e aí todo mundo fica sobrecarregado”, desabafa Sena. A orientação que ele recebeu dos órgãos de saúde foi tomar a segunda dose após 30 dias do início dos sintomas.  

O técnico de enfermagem Alexandre Lincoln Andrade, de 45 anos, também foi um dos que contraiu a covid-19 após a primeira dose. Ele tomou a Coronavac no dia 19 de janeiro e, cinco dias depois, começou a ter tosse, dores no corpo e febre. Os sintomas persistiram durante três dias. "Não fiquei internado graças a Deus, só usei dipirona por causa da febre", conta Alexandre. O técnico, no entanto, tomou a segunda dose do imunizante no dia 17 de fevereiro, orientado pelo SAMU. 

"Dia 19 fiz o uso da primeira dose, e, após três ou quatro dias, comecei com os sintomas. Fui para o gripário, fiz o swab, tudo diretinho, e deu positivo. A segunda dose era pra ser administrada no dia 16 de fevereiro e tomei dia 17. Tomei antes dos 28 dias que é recomendado porque eu estava de plantão no dia 17, passei com a equipe, todo mundo ia se vacinar, e não me lembrei desse intervalo que tem que ter e fiz a administração da segunda dose", confessa. Alexandre disse que buscou informações com médicos, que o informaram que não seria prejudicial não ter esperado o intervalo. Ele não teve complicações após o episódio: "Estou bem".

Secretarias de saúde não monitoram quem contraiu covid após vacina 

Não existe, no entanto, monitoramento algum das pessoas que contraíram a covid-19 após terem tomado a primeira dose da vacina, nem por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nem pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). “A Sesab não tem nenhum monitoramento em relação a isso. A recomendação é que, mesmo aquelas pessoas que tomaram uma ou duas doses da vacina, continuem com as medidas recomendadas como utilização de máscaras, distanciamento social e higiene constante das mãos”, informou, por meio de nota. 

Já a SMS disse que não tem dados sobre o monitoramento direto de cada pessoa, mas “a orientação do fabricante do imunizante é que pessoas sintomáticas não recebam a primeira nem a segunda dose”, comunicou. A secretaria aguarda o envio de novas doses do imunizante para continuar o plano de imunização na cidade, interrompido na última terça-feira (16), por falta de estoque. A pasta afirmou ainda que iniciou o cadastramento de idosos entre 60 e 79 anos para “ter um levantamento mais assertivo de pessoas dessa faixa etária que residem na cidade”. A estimativa inicial era de que são 185.556 idosos de 60 a 74 anos, 63.358 idosos acima de 75 anos, além dos 102.997 trabalhadores de saúde.  

Novo lote de vacinas chega ao Ministério da Saúde 

O Ministério da Saúde (MS) informou que, na manhã desta terça-feira (23), chegou um voo com as 2 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford importadas da Índia. Segundo a pasta, "as vacinas já estão em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ) para que possam ser rotuladas antes de serem distribuídas ao Programa Nacional de Imunização (PNI)". O Ministério ainda disse que outra remessa de doses da Coronavac está prevista para ser entregue nesta semana, pelo Instituto Butantan, mas não indicou quantas e quando chegarão à Bahia. 

Na última quinta-feira (18), o Ministério comunicou que o Butantan enviou um ofício no qual informava que só entregaria 30% das doses previstas para fevereiro. "O Ministério contava com a entrega de 9,3 milhões de doses da vacina contratada junto à Fundação Butantan, foi informado que receberá somente 30% dos imunizantes previstos em contrato para fevereiro, totalizando apenas 2,7 milhões de doses". 

O cronograma de envio das vacinas, no entanto, ainda não definido. Ele "está sendo organizado e será divulgado após o recebimento das doses". Diante do atraso na entrega das doses do Butantan, o órgão "precisará rever a distribuição e o quantitativo das doses das vacinas relativas ao mês de fevereiro, divulgada aos secretários de saúde dos estados e Distrito Federal".

Relembre o que acontece no corpo humano quando tomamos a vacina: 

1. A primeira dose da vacina 

Quando uma vacina é administrada, por via intramuscular, há uma inflamação e as células do sistema imunológico são ‘enviadas’ até o local e começam a analisar quimicamente a substância que foi injetada ali, incluindo o antígeno que a vacina leva – no caso da CoronaVac, o coronavírus inativado.

2. Quando percebem a presença da vacina, as células especializadas ‘orquestram uma ação’

As células que identificam a inflamação fazem parte do sistema imunológico e são chamadas de células dendríticas, ou DC. Elas começam a agir para produzir uma resposta imune, levando o antígeno presente na vacina até outra parte do nosso corpo, os linfonodos. Eles são gânglios cobertos por tecidos linfáticos aderentes. Nestes locais, se encontram linfócitos – outras células do sistema imunológico.

3. Tempo de resposta pode levar dias

Uma das razões para que a resposta imune da vacina não seja imediata é o fato de que o sistema imunológico leva um tempo até orquestrar uma ação e fazê-la, de fato, acontecer. O transporte do antígeno até os linfonodos, onde a resposta vai acontecer, leva alguns dias – no primeiro contato do corpo com a vacina, a resposta completa pode levar 21 dias.

4. Linfócitos são acionados

Todas as informações da vacina, incluindo, no caso do coronavírus, uma proteína chamada Spike, chegam até os linfonodos e, lá, elas encontram os linfócitos. Há vários, mas aqui nos interessam particularmente os linfócitos T e B. Os primeiros são produzidos no timo, uma glândula localizada entre os pulmões e o coração, onde os linfócitos T são ‘capacitados’ para comandar a defesa do nosso corpo a um agente invasor. Além dos linfócitos T, há ainda os linfócitos B, produzidos na medula óssea.

5. Linfócitos começam a produzir anticorpos

Quando a vacina chega aos linfonodos, eles ativam os linfócitos T e B. Os linfócitos B são responsáveis pela produção de anticorpos neutralizantes. Eles têm uma grande capacidade de aderência à proteína Spike, presente no coronavírus e responsável por fazer com que ele entre nas nossas células. Com a grande capacidade de adesão, os anticorpos ‘colam’ nessa proteína e formam uma barreira, impedindo que ela infecte o corpo humano.

6. O corpo começa a responder

Entre a chegada da vacina, a reação das células dendríticas e a atuação dos linfócitos T e B, o corpo começa a gerar uma imunidade adaptativa, que envolve a formação dos anticorpos neutralizantes. Esse processo leva em torno de três semanas após a primeira dose. Não significa que a vacina vai funcionar bem e para garantir que a resposta imune seja suficiente e duradoura, algumas vacinas necessitam de uma segunda dose (ou até de uma 3ª dose).

7. A segunda dose

Imunologistas perceberam que se uma segunda dose da vacina for aplicada três ou quatro semanas depois da primeira, a resposta imune é acelerada e permanece por mais tempo no corpo. Isso gera uma inflamação aumentada no local, o que também faz aumentar a resposta imune. Assim, após o desenvolvimento da memória imunológica durante a vacinação - pode demorar 30 a 60 dias - da próxima vez que o corpo tiver contato com aquele invasor, a resposta vai ser mais rápida, de cerca de 3 a 7 dias. Isso evita em muitos casos o desenvolvimento da doença e circulação do coronavírus.

 

 

 

O início do ano letivo 2020/2021 na rede estadual de ensino está programado para o próximo dia 15 de março, de forma 100% remota. O planejamento foi anunciado pelo governador Rui Costa e pelo secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, durante o Papo Correria, programa semanal do Governador nas Redes Sociais, desta terça-feira (23). 
 
O plano de retorno conta com três fases: remota, híbrida e presencial. A volta do ensino nos modos híbrido e presencial não têm data prevista e está condicionada aos parâmetros sanitários relacionados à Covid-19 no Estado. 
 
O governador destacou que o início das aulas com atividades remotas irá contemplar todos os alunos da rede estadual. “Adotamos uma estratégia que irá atender a todos os alunos da rede estadual. Desde  o início da pandemia, eu afirmei que não iria aceitar uma solução que alcançasse um número pequeno de alunos. Temos muitos estudantes que moram na zona rural e que não têm sequer sinal de celular. Por isso, estamos implementando esse início remoto das aulas, que não se trata de aula virtual por entender que não contemplaria os alunos que não têm sinal de telefone ou banda larga”, afirmou Rui. 
 
Jerônimo Rodrigues explicou como foi planejado o início das atividades. “Nós podemos detalhar essas atividades, neste primeiro momento, em três datas. No dia 1º de março, nós chamaremos os profissionais da educação para se prepararem e, para a divulgação, com maior força, do que nós iremos fazer. No dia 8 de março, nós iniciaremos a jornada pedagógica Paulo Freire, fechando um ciclo de planejamento e preparação da rede estadual. No dia 15 de março, iniciaremos as aulas de forma remota”. 
 
O planejamento da Secretaria da Educação do Estado prevê a realização dos dois anos letivos, de 2020 e 2021, até o dia 29 de dezembro, com 1.500 horas aula. 
 
Monitoria com bolsa
Rui afirmou que até a sexta-feira será publicado um edital de monitoria: alunos da rede pública que tiveram média a partir de 8 em português e matemática, em 2019, serão selecionados para atuar como monitores. Os selecionados receberão uma bolsa mensal de R$100 durante 10 meses. Serão 52 mil vagas e dois alunos serão escolhidos por turma. 
 
Material didático
O Governo vai disponibilizar materiais físicos e virtuais. De acordo com Rui, foi implementado Wi-fi em todas as escolas do Estado, com internet de velocidades a partir de 50mb, para que os alunos agendem uma visita à escola para baixar os materiais didáticos que serão disponibilizados pelo Estado.
 
Além de aulas transmitidas em salas do Google, o Governo anunciou que a TVE terá programação educativa diariamente. Até o final do mês, serão divulgados mais detalhes.
 
Matrícula automática
A matrícula dos estudantes que já fazem parte da rede estadual de ensino será automática, ou seja, não será preciso se dirigir às unidades escolares ou fazer qualquer tipo de atualização cadastral via internet. Para os estudantes que irão ingressar na rede estadual, um calendário específico está em fase elaboração e será divulgado em breve.
 
“Nós vamos disponibilizar canais de comunicação com a escola, com a Secretaria, com a Ouvidoria, para tranquilizar os pais sobre a matrícula”, acrescentou Jerônimo. 
 
De acordo com a Secretaria da Educação, foram selecionadas plataformas digitais qualificadas, cadernos de conteúdo e livros didáticos para garantir o ensino e a aprendizagem na primeira fase do ano letivo.
 
“Nós continuaremos usando a TVE, agora com um canal específico, o Educa Bahia, para que a gente possa deixar permanente, durante todo o dia, as atividades programadas de educação e as lives que nós achamos importantes”, afirmou o secretário.
Publicado em Saúde

Explosão de casos ativos de covid-19, unidades de saúde sobrecarregadas e aumento no número de mortes, inclusive de pessoas que não aguentaram esperar na fila da regulação. Essa é a realidade em cidades do interior baiano que não possuem uma Unidade de Terapia Intensiva em sua infraestrutura hospitalar. O drama na saúde para esses municípios é agravado pelo medo das prefeituras locais de não conseguirem vagas nos hospitais de referência do estado, que já operam com a ocupação de 80% ou mais nos leitos de UTI para pacientes do novo coronavírus.

Em Mata de São João, no litoral baiano, em apenas três dias – entre 17 e 20 de fevereiro -, foram registradas quatro mortes por covid-19. Uma das vítimas foi uma senhora de 73 anos que morreu no Hospital Municipal da cidade aguardando regulação para um leito de UTI. Em Macaúbas, no Centro-sul baiano, nessa segunda-feira (22), a UPA da cidade estava completamente lotada, com dois pacientes lutando pela vida enquanto aguardavam regulação e necessitando de suporte de oxigênio suplementar. A cidade tem 135 casos ativos e quatro mortes registradas.

Em Araci, no Nordeste do estado, os casos ativos de covid-19 explodiram: são 495 atualmente, em uma população de cerca de 50 mil habitantes. São mais casos ativos do que os 395 de Vitória da Conquista, a terceira maior cidade baiana, onde vivem 350 mil pessoas. Araci tem ainda 27 mortes por covid-19. No início do mês eram apenas 21 óbitos. Das quatro mortes, uma aconteceu na própria UPA da cidade, de uma mulher de 66 anos, no dia 13 de fevereiro. Já não houve tempo hábil para ela ser regulada ao hospital.

Outra cidade que teve que enterrar mais habitantes em fevereiro por causa da covid-19 foi Maracás, no Centro-sul baiano. A cidade de cerca de 20 mil habitantes viu em fevereiro o número de mortes no boletim epidemiológico saltar de 27 para 32, tornando-se o município da região com o maior número de óbitos, segundo o prefeito da cidade, Soya Novaes (PDT). Maracás tem ainda 107 casos ativos de covid-19, atendimento diário de 150 pessoas no centro covid e hospital municipal operando em capacidade máxima, mesmo sem leitos de UTI.

Já em Catu, a 70 quilômetros de Salvador, em apenas 15 dias, os casos ativos de covid-19 aumentaram 592%. Eram apenas 12 no dia 7 de fevereiro, número que saltou para 83 no dia 22 do mesmo mês, segundo o boletim epidemiológico municipal. O número de óbitos na cidade também cresceu no mesmo período, de 40 para 46. O mesmo ocorreu em Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador. Lá os casos ativos cresceram 700% em 14 dias: saltaram de 17 para 136 entre 8 e 22 de fevereiro. Outras três mortes pela doença aconteceram nesse mesmo período, elevando o número de óbitos de 30 para 33.

Drama
Prefeito de Maracás, Soya Novaes decidiu gravar um vídeo ao lado da secretária de Saúde Darlena Rosa no Hospital Municipal Álvaro Bezerra, falando sobre a situação da cidade. “É preocupante. A pandemia está aumentando em nossa cidade e a dificuldade tá muito grande”, disse o prefeito. A secretária explicou que os casos não param de crescer e o atendimento no hospital tem passado por dificuldades.

“Além da nossa situação, vemos notícias dos leitos de UTIs nos nossos hospitais de referência do estado, todos ocupandos praticamente em sua capacidade máxima. É angustiante o que vivemos hoje. Nós não vamos conseguir fazer muita coisa se a população não fizer a sua parte. A pandemia não acabou. Nosso número de óbitos é alto e quando recebemos um paciente, se ele se agrava, nós não temos o que fazer, pois nossos hospitais de referência também não têm leitos para abraçar esse paciente”, disse Darlene.

Mesmo a 344 quilômetros de distância de Maracás, em Mata de São João o drama é parecido. A secretaria de Saúde da cidade, Tatiane Rebouças, informou que esse é o pior momento da pandemia no município devido à dificuldade em conseguir regular pacientes para os hospitais de referência, que ficam em Salvador. O medo é que o próprio sistema de saúde da cidade possa colapsar, em um efeito dominó.

“Eu acredito que a gente ainda não teve tantas mortes, como está acontecendo em outros municípios da região, como Camaçari, pois nossa atenção básica tem dado um suporte desde o começo da pandemia. Mas estamos tendo um crescimento enorme de casos notificados e confirmados. Ontem mesmo 82% dos resultados que saíram foram positivos”, relatou Tatiana.


Em Mata de São João, além dos postos de saúde da família, as pessoas podem procurar atendimento no pronto de atendimento de Praia do Forte e no Hospital Municipal Doutor Eurico Goulart Filho. É lá que os pacientes em estado grave são internados e estabilizados até que possam ser regulados. “A gente tá com seis respiradores para dar assistência numa situação emergencial. Podemos até intubar se preciso. Montamos essa estrutura pensando em segurar os pacientes caso a regulação demorasse, como está acontecendo agora”, diz.

Ainda segundo a secretária, a situação está tão caótica que a cidade possui dois pacientes cuja regulação para hospitais da capital baiana já saiu, mas eles ainda se encontram em Mata de São João devido à falta de transporte. “A UTI móvel que o estado disponibiliza ainda não veio pegar, provavelmente por estar bem demandada. Tudo isso pressiona nosso sistema. Estamos com oito pessoas internadas no hospital por causa da covid-19 e algumas em estado bem grave”, conta.

Outras prefeituras citadas nessa reportagem foram procuradas, mas não retornaram até o fechamento do texto.

Dados
O reflexo de toda essa realidade se dá nos dados de ocupação nos leitos de UTI do estado. Pelo quinto dia consecutivo, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou nessa terça-feira (23) o maior número de pacientes internados em UTIs Covid-19 desde o início da pandemia. São 915 doentes em estado grave ocupando leitos nas diversas regiões da Bahia. O boletim epidemiológico também registrou 66 mortes e mais de 5 mil novos casos no estado nas últimas 24 horas.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI continua desde domingo em 80%. Já a dos leitos clínicos, para pacientes em menor gravidade, a situação é melhor: 58% de ocupação. Até às 18h dessa terça, 12 unidades de saúde da Bahia, espalhadas em 10 cidades diferentes, estavam com todos os leitos de UTI completamente lotados. Confira a lista completa no final do texto.

Por causa dessa elevação na taxa de ocupação de leitos, há um toque de recolher em vigor no estado, com restrição de circulação das 20h às 5h. A determinação visa provocar uma redução da taxa de crescimento da Covid-19 na Bahia. Caso haja aglomerações em espaços públicos ou privados, você pode fazer uma denúncia anônima para facilitar o trabalho da polícia. Para isso, utilize os canais de comunicação oficiais através do 190, ou (71) 3235-0000 (para a capital) e no interior do estado por meio do 181.

Lista dos hospitais baianos com 100% de ocupação:
Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana,
Hospital Da Chapada, em Itaberaba,
Hospital Municipal de Serrinha,
Hospital Santa Helena, em Camaçari,
Hospital Regional Dantas Bião, em Alagoinhas
Hospital Vida Memorial, em Ilhéus
Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna
Hospital São Vicente, em Jequié
Hospital Doutor Heitor Guedes De Mello, em Valença
Hospital Português, em Salvador
Hospital do Subúrbio, em Salvador
Hospital Municipal de Salvador

Publicado em Bahia

Pelo quinto dia consecutivo, a Bahia registrou o maior número de pacientes internados em UTIs por Covid-19 desde o início da pandemia, segundo informações do boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) nestat erça-feira (23). De acordo com o boletim, são 915 pacientes adultos e pediátricos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no estado.

O número de novos casos da doença em 24 horas também são considerados altos, foram confirmados 5.025. No total, a Bahia registrou 660.506 casos, desde o início da pandemia. De acordo com o boletim, 66 óbitos que aconteceram em datas diversas, foram contabilizados. Assim o número de mortes pela Covid-19 na Bahia é de 11.320, que representa uma letalidade de 1,71%.

Desde sexta-feira (19) que a Bahia registra diariamente recordes de internações em UTI. Antes, o pico tinha sido registrado em 2 de agosto de 2020, quando 857 internações em UTIs foram contabilizadas.

Segundo boletim desta terça-feira, dos mais de 660 casos, 631.606 já são considerados recuperados. Além disso, 1.022.239 casos foram descartados e 152.847 estão em investigação. Na Bahia, 42.097 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Dentre os óbitos, 56,63% ocorreram no sexo masculino e 43,37% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,24% corresponderam a parda, seguidos por branca com 20,35%, preta com 14,55%, amarela com 0,57%, indígena com 0,15% e não há informação em 9,13% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 70,50%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,43%).

O boletim informa também o número de vacinados na Bahia. Segundo a Sesab, 417.396 pessoas foram vacinados contra o coronavírus, dos quais 69.964 receberam também a segunda dose, até as 15h desta terça.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17h desta terça.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma disponibilizada pela secretaria de saúde estadual.

Leitos Covid-19 na Bahia
Nesta terça, dos 2.212 leitos ativos na Bahia, 1.536 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 69%.

Desses leitos, 1.113 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 80% (893 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 61%, com 22 das 36 unidades em utilização.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 58% da ocupação, e a pediátrica com 67%.

Em Salvador, dos 1.059 leitos, 871 estão com pacientes internados. A taxa de ocupação geral é de 82%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 83% e a pediátrica 67%. Os leitos clínicos adultos estão com 82% e o pediátrico com 81% de ocupação.

Publicado em Saúde

O governador da Bahia, Rui Costa, divulgou um pronunciamento nesta terça-feira (23) em que pede para que a população mantenha as medidas de prevenção para evitar a proliferação da covid-19 no estado. O mandatário foi categórico e afirmou que não irá hesitar para tomar medidas mais duras caso as taxas de contaminação e ocupação de leitos de UTI continuem a subir na Bahia.

"Faço um apelo a todos: não é hora de paredões, de festas, bares lotados ou aglomerações. Enquanto a vacina não chega, é preciso usar máscara e manter o distanciamento. Vamos salvar vidas", diz o governador.

Com 80% dos leitos de UTI ocupados em todo o estado, Rui afirma que o governo continuará abrindo novos leitos, mas que sem a colaboração da população, não será possível evitar um colapso do sistema de saúde.

“Continuamos abrindo novos leitos, mas nem esse aumento será suficiente para resolver a situação dramática que se aproxima. Sem a sua colaboração, em pouco tempo faltarão leitos de UTI no setor público e no setor privado. E aí, poderemos ver aqui aquelas cenas tristes que vimos em outros estados e em outros países."

Publicado em Bahia

Uma pesquisa com a participação do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB-UFMG), detectou, nessa segunda-feira (22), a presença da covid-19 em um cachorro que convive com uma família em Belo Horizonte. Este é o primeiro caso da doença em um animal na capital mineira.

A informação foi divulgada pelo coordenador do projeto na cidade, David Soeiro, professor pesquisador do Laboratório de Epidemiologia e Controle de Doenças Infecciosas e Parasitárias do ICB.


Nesta terça (23), em entrevista do jornal Estado de Minas, ele informou que não há comprovação científica da transmissão de coronavirus de cães e gatos para pessoas. Sociedades protetoras e ONGs a favor do direito dos animais se preocuparam com o bem-estar dos animais contaminados, já que muitos tutores podem abandonar ou ferir um animal quando descobrem algum tipo de doença.

Segundo David, cães e gatos se infectam no ambiente doméstico, no contato com as pessoas que estão com coronavírus. "Mas esses animais não transmitem para as pessoas. Eles geralmente são assintomáticos", esclareceu.

O professor orientou que quem tiver testado positivo para coronavírus a manter distância também dos animais.

Adriana Araújo, coordenadora do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA), reforçou as recomendações do professor.

"É muito importante as pessoas tratarem esse assunto com responsabilidade, tendo clareza de que não há comprovação científica da transmissão do coronavírus de cães e gatos para humanos", recomendou.

Publicado em Brasil

A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, primeira pessoa a participar da campanha de imunização contra o coronavírus na Bahia, testou positivo para covid-19. Ela começou a apresentar os sintomas três dias antes de tomar a segunda dose.

A diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes, esclareceu que a infecção não tem nada a ver com reação adversa à vacina. A infectologista disse que a proteção maior ocorre após a aplicação da segunda dose e enfatizou que não existe a possibilidade de nenhuma das vacinas que estão sendo aplicadas na população causar a doença.

Ceuci Nunes também explicou que as vacinas são comprovadamente eficazes para evitar os casos graves da covid-19, mas que ainda não existe confirmação de que possam evitar que as pessoas contraiam a forma leve do coronavírus. Ela ressaltou que, por isso, mesmo as pessoas vacinadas devem seguir usando máscara e mantendo o distanciamento social, até que pelo menos 60% da população brasileira esteja imunizada.

Como funciona uma vacina?
Após a picada, o sistema imunológico começa a agir. Mas isso leva um tempo. Todo esse processo conta com o trabalho fundamental de algumas células e tecidos. Você já ouviu falar de todas elas em aulas de biologia: as células dendríticas, especializadas em identificar um agente estranho; os linfonodos, aquelas glândulas que aumentam de tamanho quando se tem uma infecção de garganta, por exemplo; os linfócitos T e B, que fazem a defesa; e os anticorpos, o resultado desse processo inteiro.

“O nosso sistema imunológico funciona compreendendo o que é do nosso corpo e o que é estranho a ele. No momento em que recebemos a vacina, o sistema analisa a química dela, percebe que tem algo estranho e começa a agir. As células especializadas recebem sinais, como se fossem uma orquestra, e orquestram uma ação”, explica o imunologista André Báfica, coordenador do Laboratório de Imunobiologia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Aquela dor provocada pela inflamação da vacina é um sinal. “As células especializadas pegam o antígeno e levam até os linfonodos, que têm uma estrutura muito propícia a iniciar a resposta do corpo, e é onde o samba acontece”, completa o professor.

Entre a chegada da vacina, o envio da mensagem e o início da resposta, vai um período de até 21 dias, sem contar a segunda dose. É por isso que, memes à parte, uma pessoa vacinada já deu um grande passo, mas ainda não é, necessariamente, uma pessoa blindada contra a covid-19.

Publicado em Saúde

Internado no Hospital Aliança, em Salvador, desde a última sexta-feira (19) em virtude de um quadro de covid-19, o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, teve uma piora no quadro clínico na noite desta segunda-feira (22), sendo necessária a transferência para a Unidade de Terapia Intensiva.

Segundo nota da secretaria de Saúde, Fábio evoluiu bem durante a noite e a expectativa é de retorno ao leito clínico ainda hoje.

Ele é assistido pelo pneumologista Sérgio Jezler e pelo infectologista Roberto Badaró. Permanece em uso de medicamentos e segue dependente de oxigênio por cateter nasal. Ainda não há previsão de alta.

'Não tem sido fácil'
Horas antes de ser transferido para a UTI, Fábio Vilas-Boas fez um vídeo no qual relata que não tem sido fácil lutar contra a doença, apesar de estar recebendo assistência médica. "Essa é uma doença traiçoeira, a gente não sabe quem vai melhorar, quem vai piorar", contou no vídeo postado nesta segunda-feira (22).

"Tenho permanecido esses dias internado, tomando medicações não tem sido uma experiência fácil. Uma vaga não é uma garantia que você sobreviverá. Nós precisamos lutar para que a taxa de transmissão diminua. Precisamos evitar que as pessoas continuem se contagiando. Os hopitais não vão dar conta", disse o secretário.

 

Publicado em Saúde

A Bahia registrou 67 mortes e 4.017 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta quinta (18).

Desde 30 de janeiro, o estado não registrava mais de 4 mil casos de novas contaminações por dia. No mesmo período, 3.259 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

As 67 mortes ocorreram em diversas datas. 56 delas em 2021, sendo quatro nesta quarta (17) - número que ainda pode crescer.

Na última quarta (17), a Vigilância Epidemiológica da Bahia confirmou a transmissão comunitária no estado da variante B.1.1.7 do SARS-CoV-2, cepa do coronavírus detectada no Reino Unido.

A Bahia terá toque de recolher em todo o estado, a partir da próxima sexta (19), das 22h às 5h, por sete dias, com possibilidade de prorrogação.

Letalidade na Bahia é de 1,71%

De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.995, representando uma letalidade de 1,71%.

Na última semana, os números demonstraram uma tendência de crescimento dos óbitos e de quadros clínicos mais graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. De acordo com a Sesab, a Bahia tem nove hospitais com taxa de ocupação para covid em 100%.

O Governo da Bahia abriu novos leitos de terapia intensiva nos municípios de Camaçari, Seabra e Barra nos últimos dias e estão previstas ampliações nas cidades de Ilhéus e Porto Seguro.

Dos 643.244 casos confirmados desde o início da pandemia, 615.962 já são considerados recuperados e 16.287 encontram-se ativos. Na Bahia, 41.685 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Publicado em Saúde

O início da campanha de vacinação contra a covid-19 levou esperança a milhões de brasileiros que esperam pelo momento em que poderão retomar uma rotina mais próxima à qual estavam habituados até o início da pandemia. Mesmo que lentamente, a imunização está avançando entre profissionais da saúde e pessoas dos grupos de risco.

O entusiasmo, no entanto, não deve levar ninguém a abrir mão de cuidados pessoais, sob risco não só de adoecer em um momento em que o sistema de saúde continua sob pressão, mas também de colocar em perigo a estratégia nacional de imunização. Especialistas lembram que, além de nenhuma vacina ser 100% eficaz, principalmente diante do risco de surgimento de novas variantes, o corpo humano demora algum tempo para começar a produzir os anticorpos que protegerão o organismo contra a ação do novo coronavírus.

Tempo médio
Segundo a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), a pediatra Isabella Ballalai, em média o tempo mínimo para que o sistema imune esteja apto a responder adequadamente contra a presença de qualquer agente patogênico causador de doenças é de, no mínimo, 14 dias após receber a primeira dose de uma vacina. Mas cada imunizante tem seu próprio tempo médio para ativar o sistema imunológico, conforme descrito por seus fabricantes.

Fiocruz
A dose da AstraZeneca, por exemplo, é capaz de atingir uma eficácia geral de proteção da ordem de 76% 22 dias após a aplicação da primeira dose. O percentual pode superar os 82% após a pessoa receber a segunda dose, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável por produzir, no Brasil, a vacina em parceria com a farmacêutica e a Universidade de Oxford.

Um estudo publicado na revista científica The Lancet, no início do mês, sustenta que a maior taxa de eficácia é atingida quando respeitado o intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose.

Butantan
O Instituto Butantan, parceiro do laboratório chinês Sinovac no desenvolvimento da CoronaVac, afirma que são necessárias, em geral, duas semanas após a segunda dose para que a pessoa esteja protegida, já que esse é o tempo que o sistema leva para criar anticorpos neutralizantes que barram a entrada do vírus nas células. Ainda segundo o instituto, uma quantidade maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo.

"É importante esperar, porém, que grande parte da população tenha sido imunizada antes de voltarmos aos antigos hábitos, para evitar contaminar outras pessoas, já que o indivíduo que tomou a vacina ainda pode transmitir o vírus. Mesmo após a imunização, ainda será preciso manter medidas de segurança, como o uso de máscara e a higienização constante das mãos."

Cuidados
“Ao tomar uma vacina, a pessoa tem que aguardar pela ação do seu próprio sistema imunológico, que vai produzir os anticorpos que irão protegê-la”, reforça Isabella, destacando a importância de, mesmo após tomar a segunda dose, a pessoa continuar usando máscaras, evitando aglomerações, higienizando as mãos e objetos e respeitando as recomendações das autoridades sanitárias.

“É muito importante que as pessoas entendam que será preciso continuar tomando os mesmos cuidados por mais algum tempo. Este ano tende a ser melhor que 2020, pois já temos mais conhecimento e algumas respostas à doença, mas, infelizmente, 2021 será ainda de distanciamento e de uso de máscaras”, acrescenta a vice-presidente da SBIm, acrescentando que, para diminuir a transmissão da doença, será preciso vacinar, no mínimo, 60% da população brasileira.

“Ainda temos muitos desafios para controlar a doença. Há o risco do surgimento de novas variantes – mesmo que a maioria das vacinas esteja demonstrando ser eficaz também contra algumas das variantes já identificadas, em algum momento isso pode não ocorrer. Logo, ainda não é hora de relaxar. Ainda não é hora de retirarmos as máscaras e desrespeitar o distanciamento social”, alerta Isabella.

Publicado em Saúde