O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que é preciso parar de "frescura" e "mimimi" com a pandemia e questionou até quando as pessoas irão ficar "chorando". A declaração foi alvo de críticas por ter sido feita um dia após o Brasil registrar recorde de mortes por covid-19 no Brasil,

"Vocês (produtores rurais) não ficaram em casa, não se acovardaram. Nós temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se só pararmos?", disse o presidente durante inauguração de um trecho da ferrovia Norte-Sul, em São Simão (GO).

Na quarta-feira (3), o Brasil bateu, pelo segundo dia consecutivo, o número máximo de registro de mortes em 24h, com 1.840 óbitos, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde. A média móvel dos últimos sete dias também bateu um novo recorde, pelo quinto dia seguido: 1.332 óbitos contabilizados, em média.

"Até quando vão ficar dentro de casa, até quando vai se fechar tudo? Ninguém aguenta mais isso. Lamentamos as mortes, repito, mas tem que ter uma solução. Tudo tem que ter um responsável", complementou Bolsonaro, que já se posicionou abertamente contra as medidas de isolamento social nesta segunda onda da doença causada pelo coronavírus.

O presidente também comentou sobre a questão das vacinas, e chamou de 'idiota' quem pede a compra dos imunizantes. “Tem idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no mundo. Alguns governadores queriam direito a comprar vacina e quem iria pagar? Eu! Onde tiver vacina para comprar, nós vamos comprar”, afirmou.

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O Governo do Estado da Bahia alugou dez contêineres refrigerados para armazenar corpos de vítimas da covid-19 em Salvador.

Os equipamentos foram distribuídos entre o hospital de campanha da Arena Fonte Nova, Instituto Couto Maia e os hospitais Ernesto Simões e Espanhol.

A Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirmou que a medida é comum, e que os contêineres são "espaços adaptados para locais adaptados", como o próprio hospital de campanha da Arena Fonte Novo.

Em relação à utilização nos hospitais tradicionais, os contêineres serão utilizados em caso de sobrecarga dos espaços utilizados pelos centros médicos.

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Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (4), o prefeito Bruno Reis afirmou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) amanheceram com 117 pessoas aguardando por uma vaga, e que se todas forem transferidas de uma vez para os leitos exclusivo para atendimento covid-19, Salvador vai se aproximar dos 100% da taxa de ocupação.

“Estamos no limite dos respiradores. A população precisa se conscientizar e adotar as medidas de proteção ou o colapso pode acontecer nas próximas horas. Amanhã, vamos inaugurar uma nova tenda, com dez leitos, ao lado da UPA dos Barris, estamos ampliando o número de leitos no Hospital Salvador, e vamos inaugurar um hospital de campanha em Itapuã. Depois disso, não há perspectiva de criação de novos leitos em curto prazo”, disse.

Bruno anunciou que 29 respiradores são aguardados para os próximos dias. O Ministério da Saúde vai encaminhar 15 deles. A previsão é de que eles cheguem até esta sexta-feira (5).

Outros oito foram comprados pela prefeitura através de uma contrapartida do supermercado Assaí. A empresa vai inaugurar uma nova loja na região da Comercial Ramos, na Avenida ACM, e ofereceu R$ 600 mil como contrapartida ao Município. Esse dinheiro será usado para a aquisição dos equipamentos.

Os seis respiradores restantes estavam no Instituto Baiano de Ortopedia e Traumatologia (Insbot) e foram conseguidos através de ordem judicial. Bruno Reis afirmou que a situação é crítica e que existe possibilidade de pré-colapso nas próximas horas.

“Esses pacientes que precisam ser regulados, quando chegarem nas unidades, a gente chega a 100%. Isso não ocorre da noite para o dia porque muitos têm alta e outros vão a óbito [gerando novas vagas], por isso esse percentual [ de 85% de ocupação]. Mas nós já estamos em pré-colapso tendo em vista a quantidade de pessoas que estão aguardando por um leito”, afirmou.

O número está em crescimento. Na segunda-feira (1º), eram 90 pacientes aguardando por uma vaga. Na terça, 96 doentes, e na quarta-feira, 107 pessoas.

A situação da rede privada também está crítica. No último final de semana, quatro hospitais atingiram a capacidade máxima de atendimento para casos de covid-19. Apesar de esse percentual alternar a cada dia, o prefeito contou que os números permanecem altos nessas unidades e que existem pacientes aguardando por leitos.

A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Salvador está em 85%, nesta quinta-feira (4). Com as UPAs lotadas, a prefeitura decidiu transformar as Unidade de Saúde da Família (USF) de Itapuã, Imbuí, Piarjá e IAPI em unidades de atendimento exclusivo para pacientes com o novo coronavírus. Além disso, a unidade de saúde do Barbalho está sendo ampliada para ajudar na demanda.

A Bahia registrou 112 mortes e 5.329 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta (3).

No mesmo período, 4.295 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

Esse é o terceiro maior número de mortes registradas na Bahia desde o começo da pandemia, atrás apenas dos 137 registrados na última sexta (26) e dos 114 registrados na terça (2). Com isso, a Bahia segue a tendência de alta da última semana registrando mais de 100 óbitos por coronavírus por dia.

Apesar das 112 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta quarta. Os números representam o crescimento de casos graves no estado, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. Das 112 mortes, 105 ocorreram em 2021.

Com as 114 mortes registradas nesta quartao número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 12.140. representando uma letalidade de 1,75%.

Mais de 20 mil seguem ativos.

Dos  694.783 casos confirmados desde o início da pandemia, 662.524 já são considerados recuperados, 20.119 encontram-se ativos.

Na Bahia, 43.239 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. 

A taxa de ocupação das UTIs do estado é de 83%, com 984 pacientes (961 adultos e 23 pediátricas) internados nas Unidades de Tratamento Intensivo.

A Bahia registrou 112 mortes e 5.329 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta (3).

No mesmo período, 4.295 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

Esse é o terceiro maior número de mortes registradas na Bahia desde o começo da pandemia, atrás apenas dos 137 registrados na última sexta (26) e dos 114 registrados na terça (2). Com isso, a Bahia segue a tendência de alta da última semana registrando mais de 100 óbitos por coronavírus por dia.

Apesar das 112 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta quarta. Os números representam o crescimento de casos graves no estado, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. Das 112 mortes, 105 ocorreram em 2021.

Com as 114 mortes registradas nesta quartao número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 12.140. representando uma letalidade de 1,75%.

Mais de 20 mil seguem ativos.

Dos  694.783 casos confirmados desde o início da pandemia, 662.524 já são considerados recuperados, 20.119 encontram-se ativos.

Na Bahia, 43.239 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. 

A taxa de ocupação das UTIs do estado é de 83%, com 984 pacientes (961 adultos e 23 pediátricas) internados nas Unidades de Tratamento Intensivo.

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O alerta já foi dado: estamos à beira de um colapso no sistema de saúde. Tanto Salvador como a Bahia tiveram números recordes de demanda de pacientes que esperam por regulação na rede pública. Foram 500 pedidos de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria exclusivos para o novo coronavírus no estado, sendo 384 para UTI. Em tempos normais, a média era de 80 pessoas, como informou a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) à reportagem.

A capital baiana também teve o maior número já registrado até agora: foram 176 solicitações de regulação recebidas na manhã de hoje (3), 106 para leitos de covid-19 e 55 para UTI, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O secretário de saúde, Leo Prates, escancarou que o tempo médio de espera para um paciente ser regulado na rede municipal é de 36 horas. A média, antes da crise sanitária, era de 4 horas.

A situação reflete a alta taxa de ocupação de leitos de UTI na Bahia e em Salvador. Até às 16h30 da tarde de hoje, estavam em 84% e 85%, respectivamente. Os dados vêm à tona um dia após o Brasil ter registrado o maior número de mortes nas últimas 24 horas desde o início da pandemia: foram 1.726 vidas perdidas, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

“Estamos batendo recordes em cima de recordes de regulações. Ontem, regulamos 70 pacientes, e mesmo assim, o dia começou com 106 pessoas a serem reguladas. Nossa preocupação é que vínhamos de uma baixa ocupação, de 60, 65%, tínhamos leitos vagos, mas fomos preenchendo e hoje acredito que já passamos dos 90%, na prática”, relatou o secretário municipal de saúde, Leo Prates, em entrevista ao programa Bahia Meio Dia.

A tendência, nos próximos dias, é diminuírem as regulações, se não houver ampliação de vagas, segundo Prates, pela capacidade já estar no limite. “O sistema de saúde vai ficando estrangulado. Estamos tendo muito mais entradas do que saídas, por isso, está gerando esse acúmulo de pessoas nas UPAs [Unidades de Pronto Atendimento]. Estamos em cenário de guerra. Acredito que estamos na mais próxima do colapso, na penúltima”, alerta.

O secretário também pontua que os próximos dias provavelmente serão piores, se os índices continuarem no mesmo patamar. “O próximo passo é muito feio, é as UPAs não terem vagas. Já mandei colocar mais macas nas UPAs, para tentar aumentar a capacidade, mesmo que seja necessário colocar em outros espaços, e estamos vendo como colocar respirador de transporte. É trabalhar para o melhor cenário mas nos preparando para o pior, porque está bastante duro para o sistema de saúde”, conclui Prates.

Baianos perdem familiares por demora na regulação da UTI
Por conta da demora em conseguir um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o estudante de Ciências Econômicas, Rodrigo Sampaio, de 22 anos, perdeu a avó, Maria da Conceição - a mãe de sua madrasta. Ela residia na cidade de Santo Estevão, no Centro-Norte da Bahia, e tinha 78 anos. “Ela deu entrada na sexta-feira (26) e faleceu na última segunda (1). O hospital municipal da cidade não tinha estrutura para o quadro que desencadeou e ela morreu a esperar uma vaga de UTI nos hospitais de Feira de Santana. Minha família se movimentou em todos os hospitais privados da cidade, não conseguiu, e os hospitais públicos estão sem vaga”, conta Sampaio.

A família não desconfiou, no primeiro momento, que Maria da Conceição tivesse pego o vírus. “Ela já vinha demonstrando problemas de saúde, vinha sentindo dores de cabeça, mas não eram sintomas da covid, então por isso ninguém se atentou. Ela foi ao hospital municipal, não chegou a fazer o exame, e se sentiu melhor no dia seguinte. Só que depois piorou e não teve melhora, então ela voltou com falta de ar, fez o exame de sangue, que demonstrou covid, e o médico disse que desse quadro degenerou um AVC. Ela já chegou lá no hospital toda paralisada”, narra Rodrigo.

O estudante conta que a unidade não tinha respirador ou leito de UTI para atender a avô, por isso entrou na fila de espera em Feira de Santana, município mais próximo. “Os filhos dela rodaram Feira em busca de leitos de UTI, mas não conseguiram. Eu também comecei a procurar nos hospitais privados aqui de Salvador, mas a falta de leitos é total”, declara. O sentimento do neto postiço é de tristeza e impotência. “É um sentimento de perda e frustação por ter perdido um parente que gosto muito e isso me sensibilizou bastante, e frustação por não ter consigo nada, nenhuma resposta pronta de um hospital. É uma situação de desânimo total", desabafa.

No caso do pai do entregador de Rodolfo Augusto Oliveira, 34 anos, a transferência para um leito de UTI demorou pouco mais de 24 horas. Enquanto isso, ele ficou em um leito do gripário da UPA dos Barris. Mas só foi atendido da segunda vez que foi na unidade, no último domingo (28), quando voltou com sintomas mais graves. “Meu pai começou a sentir primeiro dor de garganta e uma tosse seca. Depois evolui para febre, lá para o quarto dia. Daí em diante, ele só estava na cama, só levantava para fazer necessidades básicas e se alimentar, estava se alimentando bem pouco. Depois que descobri a febre, levei para a UPA dos Barris, a gente ficou de 18h às 22h30, e disseram que ele não teria prioridade, por conta da pandemia”, diz o filho de Carlos Augusto.

Rodolfo decidiu então, no dia seguinte, que iria ao centro médico de Pernambués. Só que o médico de lá informou a ele que só atenderia se a saturação de oxigênio e a temperatura estivessem anormais. Por isso, voltaram à UPA dos Barris, onde foram atendidos com mais rapidez, pela saturação de oxigênio estar em 95%. De lá, Carlos recebeu a transferência para o Hospital Municipal. “Na hora dele entrar e ficar internado no gripário, minha tristeza foi que nem consegui apertar a mão dele. Depois a médica deixou eu falar por dois minutos, foi o tempo que tive”, lamenta. O quadro do pai apresentou melhora, ele saiu da UTI e foi para um leito de enfermaria, mas continua precisando de oxigênio.

Demora também acontece na rede privada
A demora na transferência para um leito de UTI também ocorreu com a mãe da cozinheira Michele Figueiredo, 39 anos, moradora de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Márcia Maria é diabética, tem 60 anos, e sofreu infarto dentro de casa. Ela estava na casa de uma das filhas, a irmã de Michele, em Salvador. Mesmo com plano de saúde, foram quatro dias sem leito de UTI. No meio tempo, ela ficou internada na ala vermelha no hospital Santa Izabel.

“Minha mãe deu entrada no Santa Izabel com falta de ar e ela infartou dentro de casa. A gente ficou sem UTI por quatro dias, depois surgiu uma vaga e colocaram na UTI. Ela só consegue respirar de costas, de bruços, e não deixam visitar para saber como ela está e a gente não tem acesso aos exames nem relatório, só falam comigo pelo telefone uma vez por dia”, conta Michele. Por conta disso, a filha acredita que Márcia tenha pego covid-19 no hospital. Segundo o boletim médico, a mãe está com 70% dos pulmões comprometidos e pneumonia. Ela já está na Unidade de Terapia Intensiva há uma semana. “Estou rezando todo dia para se dá uma melhorada, mas a gente nunca imaginava que ela estava com covid”, completa. Ela testou negativo para a doença, mas a irmã contraiu o vírus e está em isolamento.

A diretora médica do Hospital Aeroporto e responsável técnica Eliane Noya comenta que o ideal é não haver lentidão no atendimento de pessoas em estado grave. “Qualquer demora no atendimento de um paciente que esteja em estado grave pode trazer consequência do quadro se tornar mais grave e, em último caso, ocorrer a óbito. Realmente é uma coisa que não se espera e não se deseja demora na regulação. O correto é que ele vá imediatamente pra UTI quando houver indicação”, explica Eliane.

A diretora médica revela que há duas semanas que a unidade onde coordena está com 100% de ocupação de leitos de UTI para covid-19. Todos os 20 disponíveis estão ocupados e não houve transferência de paciente da emergência para a UTI nas últimas 24 horas, por falta de vaga. Algumas medidas foram tomadas para evitar o colapso - há um mês eles não aceitam transferências de outros hospitais e uma ala semi-intensiva foi aberta, com 10 leitos, para dar suporte à UTI.

Além disso, por conta da baixa rotatividade dos leitos, o Hospital Aeroporto solicita transferência de leito de UTI para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o plano de saúde, para outro hospital privado. Ultimamente, não há vagas em nenhuma das duas redes. “Normalmente a gente não coloca na regulação do SUS porque a regulação do plano acabava conseguindo uma vaga rápido. Mas agora não. Então o que surgir primeiro, ele é logo transferido”, complementa.

Só não se recusa pacientes em que haja baixa oxigenação no sangue. “Quando se tem uma baixa da oxigenação, que a gente precisa usar o oxigênio suplementar, isso indica que ele precisa ficar no hospital, porque em casa não existe esse suporte. Então a prioridade para ser internado na unidade hospitalar é o paciente que mais precisa do que se tem no hospital”, esclarece Noya. A média de permanência nos leitos também aumentou. Antes, o paciente passava 5 a 7 dias na UTI. Agora, a média é no mínimo 10. A predominância de internamentos, segundo ela, é do sexo masculino (60%) e acima de 60 anos (70%).

Além dos 2.254 leitos que existem na Bahia, o governo estadual abrirá mais de 600 leitos, sendo cerca de 400 clínicos e os demais de UTI. Segundo a Sesab, eles serão distribuídos entre capital, região metropolitana, sul e extremo sul da Bahia. Em Salvador, são 1.059 leitos ativos.

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Um avião da Casa Militar do Governador da Bahia, utilizado para o transporte de doses da vacina para a covid-19, sofreu um acidente na cidade de Ibotirama, oeste da Bahia, na manhã desta quarta-feira (3). Segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), a aeronave se chocou com dois jumentos que estavam na pista durante o pouso.

A carga está íntegra e o piloto não sofreu ferimentos. Uma outra aeronave foi mandada para o local para dar seguimento à distribuição das doses. Não há informações sobre a situação dos animais.

Novo lote
Mais 165.600 doses da vacina Coronavac chegaram à Bahia na madrugada desta quarta-feira (3). O lote recebido foi produzido pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Esta é a sexta remessa de vacinas que a Bahia recebe. Com a carga desta quarta-feira (3), o estado totaliza 1.111.200 doses recebidas, entre Coronavac e Oxford, desde o dia 18 de janeiro, quando chegou a primeira remessa.

O Grupamento Aéreo da Policia Militar, após a organização das doses feita pela equipe da coordenação de imunização do estado, já começou a fazer a distribuição das vacinas para as centrais regionais no interior da Bahia, de onde serão encaminhadas para os municípios. A nova remessa dará possibilidade de continuidade à primeira fase do plano de vacinação, que inclui idosos e trabalhadores de saúde.

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), 42 cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS) e do interior receberão 88.130 doses do imunizante. Cinco aviões e quatro helicópteros foram empregados. A previsão de entrega da última carga é às 13h, em um município da região Sudoeste da Bahia.

"Somos o estado que tem atuado com mais celeridade nas distribuições dos imunizantes. A determinação do governador é que as vacinas cheguem o mais rápido possível, otimizando as aplicações e salvando vidas", destacou o coronel Carvalho da CMG, coordenador da Operação do Transporte Aéreo de Vacinas.

Com 470.783 vacinados contra o coronavírus (covid-19), dos quais 124.470 receberam também a segunda dose, até as 15h desta terça, a Bahia é um dos estados do País com o maior número de imunizados.

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A prorrogação do Toque de Recolher na Bahia até o próximo dia 1º de abril e a ampliação do prazo das medidas mais rígidas - 'lockdown parcial' - em Salvador e Região Metropolitana até a próxima segunda-feira (08) algeram o funcionamento de alguns serviços. O CORREIO checou todas essas informações e atualizou o já tradicional guia do abre e fecha neste período de pandemia. Confira o funcionamento das atividades logo abaixo:

Locomoção de pessoas nas ruas - restrita em todo território da Bahia das 20h às 5h, até às 5h do dia 1º de abril. Permitida locomoção em casos de urgência, ida a serviços de saúde ou farmácias;

Ônibus metropolitanos - circulação suspensa das 20h30 às 5h até 1º de abril;

SAC - atendimento presencial retorna a partir de quarta (3) no interior do Estado. Salvador e RMS são exceções e só retornam na segunda (08).

Metrô - encerram as operações das 20h30 às 5h, até 1º de abril;

Aeroporto de Salvador - Pousos e decolagens ocorrem normalmente, sem limite de horário;

Ônibus intermunicipais - circulação normal;

Praias e parques - fechados em Salvador;

Delivery - permitido até às 23h59, mas caberá ao dono oferecer transporte aos funcionários que ficarem além do horário do transporte público;

Padarias e mercados - Funcionam até às19h. Desta sexta, 05, o domingo, 07, fica proibido o comércio de bebidas alcoólicas;

Rede Mix - funciona até às 19h na sexta e no sábado. No domingo (07), ficam abertas as unidades de atacado, que fecharão normalmente às 13h, com exceção da loja do Imbuí, que fechará às 19h.

Assaí - Na sexta, 05, e sábado, 06, todas as unidades no estado funcionarão das 6h às 19h30. Domingo, 07: As unidades abrem às 7h, e fecharão às 18h (Salvador Calçada e Salvador Paripe) ou 19h30 (Lauro de Freitas, Camaçari, Salvador Golf Club e Salvador Mussurunga).
Na segunda, 08, todas as unidades no estado funcionarão das 6h às 19h30.

Extra - De sexta a domingo: Extra Paralela abre 6h e fecha 19h e Extra Vasco abre 7h fecha 19h
Pão de Açucar - Sexta e sábado: Unidade Costa azul funciona das 7h às 18h30; Unidade Shopping da Bahia funciona das 10h às 19h (No sábado, acesso exclusivo pelo estacionamento C). No domingo: Unidade Costa azul funciona das 7h às 18h30; Unidade Shopping da Bahia funciona das 13 às 19 (Acesso exclusivo pelo estacionamento C)

Venda de bebida alcoólica - proibida durante todo o fim de semana, de 05 a 07/03, mas pode voltar a ser comercializada na segunda-feira (08).

Atividades esportivas coletivas amadoras - proibida durante o decreto;

Eventos e atividades com aglomeração - proibidos até segunda, 08;

Ferry-boat e lanchinhas - funcionam até às 20h30 desta sexta, 05, e têm atividade suspensa entre sábado, 06, e domingo, 07

Comércio de rua - Fechado até às 5h de segunda (08) em Salvador e na RMS, com exceção das feiras livres porque são consideradas comércio essencial e podem funcionar até às 19h, com distância entre as barracas e protocolos anticovid-19;

Bares e restaurantes - Fechados até às 5h de segunda (08), funcionando apenas por delivery. Após este período, o decreto institui que deverão encerrar o atendimento presencial às 18h, permitido o delivery de alimentação até 0h.

Shoppings e Centros Comerciais - Regra determina o fechamento até às 5h de segunda (8), com atendimento por Drive Thru:

*Shopping Piedade - Atividades presenciais suspensas até o dia 07 de março, com exceção das essenciais, a exemplo da Caixa Econômica, que funciona das 8h às 13h, e da Clínica Seta, das 7h30 às 19h. As operações de alimentação e medicamentos que estão funcionando exclusivamente com Delivery são: Burger King, McDonald's, Subway, Bob's , Vivaçai, Açaí no Kilo, Cacau Show e Doce Fatia, além da Farmácia de Manipulação Pólen. O Drive Thru segue funcionando com todas as modalidades, das 10h às 19h, na garagem G1.

*Shopping Paralela - Todos os lojistas podem operar delivery das 10h às 23h e drive thru das 10h às 19h, no estacionamento externo, com acesso pela Avenida Luís Viana Filho (Paralela).

*HiperIdeal: sábado 10h às 19h e domingo 12h às 19h

*Delivery de alimentação e drive thru: das 07h às 23h59, durante o período do decreto.

*Banco do Brasil: segunda a sexta-feira: 10h às 15h;

*Caixa Econômica: segunda a sexta-feira: 12h às 16h;

*Clivale: segunda a sexta-feira: 7h às 19h; sábado: 7h às 16h; domingo: fechada;

*Correios: segunda a sexta-feira: 10h às 19h; sábado e domingo: fechado;

*Hemoba: segunda a sexta-feira: 11h às 16h; sábado e domingo: fechado;

*Immune Vacinas: segunda a sexta-feira: 10h às 19h; sábado e domingo: fechada;

*Labchecap: segunda a sexta-feira: 6h30 às 19h; sábado: 6h30 às 12h; domingo: fechado;

*Lotérica: segunda a sexta-feira: 10h às 19h; sábado e domingo: fechada;

*Salvador Shopping e Salvador Norte Shopping: seguirão a determinação dos órgãos públicos mantendo o fechamento dos empreendimentos até domingo, 07/03. No entanto, seguirão atuando com os serviços de Drive Thru, vendas nas plataformas online (www.salvadorshoppingonline.com.br e www.salvadornorteonline.com.br) e outras opções de delivery.

*Shopping Itaigara - O Bompreço funcionará das 7h às 19h durante o decreto;

*Shopping Paseo - retoma atividades na segunda às 10h;

*Shopping da Bahia:

- Delivery de Alimentação: funciona das 10h às 22h
- Supermercado Pão de Açúcar: segunda e terça das 10h às 18h30 – Acesso exclusivo pelo estacionamento C
- Clínica Clivale Mais: funciona das 7h às 19h - Acesso exclusivo pelo estacionamento D (pedestres) e D4 (veículos)
- Clivale Ressonância: funciona das 7h às 19h. – Acesso exclusivo pelo estacionamento C

*Shopping Bela Vista - Funcionamento do drive-thru das 10h às 19h.
- Venda de bebida alcoólica: encerrada às 18h de sexta, 05
- Delivery de alimentação: funciona até meia-noite na sexta, no sábado e no domingo
- GBarbosa: sábado das 09h às 19h e domingo das 11h às 19h

*Shopping Barra - Delivery de alimentação: funciona todos os dias até 23h

*Boulevard Shopping Camaçari - oferece o serviço 'retire aqui', com o drive thru, das 10h às 19h

Publicado em Bahia

Nesta terça-feira (2) foram registrados 3.397 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). De acordo com o boletim, 114 óbitos que ocorreram em diversas datas, foram contabilizados.

No total, 12.028 pessoas morreram por causa doença na Bahia, o que representa uma letalidade de 1,74%. Segundo o boletim, no domingo (28), 22 mortes foram confirmadas.

Segundo a Sesab, 19.197 casos estão ativos no estado. Com os novos casos, a Bahia registrou 689.454 casos de Covid-19 desde o início da pandemia.

Na Bahia, 43.111 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

O boletim informa também o número de vacinados na Bahia. Segundo a Sesab, 470.783 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, dos quais 124.470 receberam também a segunda dose até as 15h de terça.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta sexta.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma disponibilizada pela secretaria de saúde estadual.

Leitos Covid-19
Nesta terça, dos 2.254 leitos ativos na Bahia, 1.664 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 74%.

Desses leitos, 1.145 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 82% (934 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 67%, com 24 das 36 unidades em utilização.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 65% da ocupação, e a pediátrica com 82%.

Em Salvador, dos 1.059 leitos ativos, 886 estão com pacientes internados. A taxa de ocupação geral é de 84%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 85% e a pediátrica de 63%. Os leitos clínicos adultos estão com 82% e o pediátrico com 86% de ocupação.

Publicado em Saúde

O jogo entre Vitória e Jacuipense foi adiado. O duelo, válido pela 4ª rodada do Campeonato Baiano, iria acontecer na quarta-feira (3), às 16h, no Barradão, e ainda não tem nova data definida. O adiamento foi confirmado pela Federação Bahiana de Futebol (FBF) no início da tarde desta terça-feira (2).

A suspensão da partida se deu em função do surto de covid-19 que o Jacuipense enfrenta. A equipe do interior não tem à disposição jogadores suficientes para que a partida seja realizada.

Confira a seguir o comunicado publicado pela FBF:

A Federação Bahiana de Futebol comunica, por meio da RDI-05/21, a suspensão da partida entre Vitória e Jacuipense, que seria realizada nesta quarta-feira (3), pela 4ª rodada do Baianão 2021.

Devido a um surto de Covid-19 no seu elenco, o Jacuipense ficou sem o número mínimo de jogadores, estabelecido pelo Regulamento da competição, para a realização do jogo. O confronto será reprogramado de acordo com a disponibilidade de datas no calendário oficial do futebol baiano, respeitando o limite da 1ª fase da competição e preservando o seu prosseguimento.

Publicado em Esportes

O final de semana do lockdown parcial na Bahia só conseguiu segurar pouco mais da metade da população do estado em casa. Segundo os dados da startup baiana InLoco, o índice de isolamento social no estado foi de 53,7% no domingo, 28. Antes, no sábado, foi de 46,2% e, na sexta-feira, 26, no primeiro dia de medidas mais duras para conter a disseminação do novo coronavírus no estado, o isolamento foi de apenas 31,1%, o menor desde o começo do isolamento social.

Nesta segunda-feira, 01, o governo do estado renovou o decreto do fechamento dos serviços não essenciais e as restrições passaram a valer até a quarta-feira, 03. Em 338 cidades da Bahia, apenas atividades essenciais - comercialização de alimentos e remédios e serviços de saúde, segurança e transporte - estão permitidos. A renovação do decreto também permite a venda de bebidas alcoólicas, que havia sido suspensa entre sexta e domingo. Ficam suspensas, por sua vez, todas as atividades presenciais nos órgãos estaduais não enquadrados como serviço público essencial. Os servidores passam a trabalhar de forma remota.

O cálculo do índice de isolamento é feito através do serviço de geolocalização dos dispositivos móveis como celulares e tablets. Para Angelo Loula, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), pesquisador e cientista de dados do Portal Geovid-19, os números mostram que o lockdown ainda não teve o efeito esperado de fazer as pessoas se protegerem do vírus. Ele acredita que a população deixou de circular em estabelecimentos comerciais para realizar aglomerações em suas próprias casas, com vizinhos ou amigos.

“De fato, as pessoas estão se movimentando menos, pelo menos em direção aos bares, restaurantes e shoppings. Por outro lado, pouco adianta elas se manterem em casa se estão chamando visitas. Reuniões familiares, com amigos, sociais, mesmo em casa, podem ser eventos de espalhamento do vírus. Elas acham que estão seguras por estarem em casa, mas tiram a máscara, bebem, conversam e tudo isso espalha a doença”, argumenta.

Ainda assim, o índice de isolamento de 53,7% é o maior registrado no estado desde o dia 4 de abril de 2020, quando 54,6% das pessoas ficaram em casa. Para o pesquisador, isso mostra que o isolamento social tem crescido, mas está longe do ideal. “Significa uma mudança de comportamento das pessoas. É bom, mas o ideal é 70%, 80%, 90%... os efeitos disso a gente enxerga em 14 dias, com a redução de casos”, diz.

No entanto, para o especialista em produção de informações da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Rodrigo Cerqueira, o índice acima de 50% também pode ser considerado bom. O problema é que esse percentual só consegue ser atingido em dias de domingo, quando a circulação de pessoas na rua tende a ser menor. “Há uma tendência de redução nos dias úteis, mas nós avaliamos positivamente o percentual alcançado, muito por conta das medidas mais restritivas que vão, por enquanto, até o dia 03”, aponta.

Dados

Com as medidas de isolamento, o índice baiano foi o terceiro maior de todo o Brasil, nesse domingo, perdendo apenas para Santa Catarina (55,43%) e Amazonas (53,81%). A média brasileira foi de 46,6%, o que mostra que não ficar em casa é um problema de nação. "Vários fatores contribuem para isso, como a nossa necessidade em comunicar melhor para as pessoas a gravidade do problema, as questões psicológicas e as econômicas. Não temos suporte para uma empresa ficar fechada por muito tempo e uma pessoa deixar de trabalhar", explica Loula.

Para calcular o índice, a InLoco usa uma unidade de software integrada em aplicativos de celular. “A única informação coletada dos dispositivos móveis é a sua localidade”, garantiram na época de lançamento do serviço. “Esse talvez seja o mais preciso dado sobre movimentação e isolamento social. Já tem alguns pesquisadores e governantes que os utilizam para estudos científicos e também para determinar políticas públicas. É uma forma de monitorar”, explica Rodrigo Cerqueira.

Mesmo assim, o professor Angelo Loula destaca que, para analisar esses dados, é importante levar em consideração possíveis inconsistências. “Os dados mais recentes ainda podem variar nos próximos dias, mas não significativamente. Isso acontece, pois algumas informações demoram para atualizar. Também tem o fato de que, se um vizinho visitar outro no próprio condomínio, possa ser que isso não seja capitado. E não são todos os celulares do Brasil que a empresa tem dados e sim cerca de 60 milhões de aparelhos”, relata.

Outro problema apontado pelo professor é que a população mais pobre menos tem acesso à internet e aparelhos eletrônicos. Isso pode dificultar a representatividade nos dados. “Nós temos menos informações sobre as pessoas sem poder aquisitivo, que são as mais vulneráveis. Tem locais onde o sinal de internet é ruim e eles simplesmente não conseguem captar. A InLoco, portanto, dá uma ideia do quanto estamos de isolamento social, não uma precisão”, diz.

Cidades
Ainda segundo os dados da plataforma, das cidades baianas, 32 registraram índice de isolamento abaixo de 30%. O município de Cocos, no Extremo Oeste, a 665 quilômetros de Salvador, teve o percentual alcançado de apenas 9,5%. Tanque Novo, no Centro-Sul baiano e Nova Fátima, no Nordeste, são logo em seguida as cidades que menos pessoas ficaram em casa, com 17,4% e 19% registrados, respectivamente. Esses dados são referentes à última atualização municipal, feita no sábado (27).

No entanto, o professor Angelo Loula acredita que esse índice em municípios pequenos é pouco confiável, justamente pelas particularidades do cálculo. “A cidade é pequena, de baixa renda. Uma parcela pequena da população foi captada, provavelmente a de poder aquisitivo maior. Se for com muita zona rural, é ainda mais difícil capturar informação confiável”, aponta.

Com mais de 50 mil habitantes, três cidades despontam com o índice de isolamento abaixo de 30%. Tratam-se de Bom Jesus da Lapa, com 28,3% e cerca de 70 mil habitantes, Conceição do Coité, com 29,7% e também 70 mil habitantes, e Teixeira de Freitas, com 29,8% e 162 mil habitantes. Por serem cidades grandes, aqui os dados são mais confiáveis.

“A verdade é que tá muito difícil manter o povo em casa. Nós seguimos o decreto do estado. Aqui os comércios não essenciais estão fechados. Mas Coité tem muitos bancos e é referência para os municípios vizinhos. A gente recebe muitas pessoas diariamente. Hoje mesmo as filas estavam absurdas. Tivemos que dobrar a equipe de vigilância, aumentar a fiscalização e assistência na saúde. Tô com pacientes há quatro dias esperando regulação e sem nenhuma perspectiva. Se as pessoas não se conscientizaram, vai ficar muito difícil”, desabafou a secretária de saúde de Conceição do Coité, Jamile da Silva Sena.

O CORREIO procurou as prefeituras de Bom Jesus da Lapa e Teixeira de Freitas, mas não obteve retorno. Até a tarde dessa segunda-feira (01), os dados de isolamento por município estavam sendo atualizados periodicamente na plataforma InfoVis Bahia, da SEI. No entanto, segundo o especialista em produção de informações do órgão, o contrato que o Governo do Estado tinha com a InLoco venceu em dezembro e esses dados específicos tiveram que sair do ar. “A gente entrou em contato para tentar renovar, mas ainda não avançou”, disse. Já os dados estaduais podem ser acessados de forma detalhada no site mapabrasileirodacovid.inloco.com.br/pt/.

Sem lockdown
Teixeira de Freitas é uma das cidades baianas que descumpriram o lockdown parcial na Bahia imposto pelo Governo do Estado. Por lá, através de um decreto municipal, a venda de bebidas alcoólicas foi liberada durante todo o final de semana. Além disso, o comércio não essencial – bares e restaurantes -, igrejas e templos religiosos puderam funcionar das 05h às 20h.

O empresário João Espíndola é até a favor da decisão da prefeitura, mas reconhece que os índices de isolamento na cidade estão bem baixos. “Tem bastante gente circulando nas ruas. Na noite então, a galera acaba não respeitando nada do toque de recolher, mesmo sabendo que aqui está com muitos casos. Tem também muita gente fazendo festa em casa. O decreto é necessário para a saúde econômica do município, mas a população tinha que ser mais consciente”, defende.

Atualmente, a cidade do Extremo-Sul baiano tem mais de 11 mil casos confirmados, 128 desses são ativos, sendo 38 pessoas internadas. 159 habitantes já morreram por causa da covid-19. O município possui apenas 15 leitos de UTI, todos no Hospital Municipal. Até às 18h dessa segunda-feira (1), 11 leitos estavam ocupados, o que representa uma taxa de ocupação de 73%. Em todo o Extremo-Sul esse índice é de 84%.

“O decreto do prefeito passa a mensagem de que lá está tudo bem. Mensagens conflitantes são muito ruins. O prefeito diz uma coisa, o governador diz outra, o presidente outra e as pessoas não sabem quem seguir. Isso só favorece a doença. O impacto depois no sistema de saúde não é apenas na cidade. Se lota a UTI em Teixeira, ela começa a pressionar outros municípios baianos”, lembra o pesquisador Angelo Loula, ao criticar o baixo índice de isolamento na cidade.

Outras prefeituras baianas que fizeram decretos conflitantes à decisão de lockdown na Bahia foram Alagoinhas, Caravelas e Itamaraju. Sem êxito, a União de Municípios da Bahia (UPB) foi convidada a se manifestar sobre o assunto.

Relembre as restrições:
O que não pode:

*Gente nas ruas - Circulação noturna de pessoas das 20h às 5h, até 8 de março;
*Comércio - Lojas de rua tem de ficar fechadas até 3 de março;
*Sair para comer - Bares, restaurantes, pizzarias, lojas de conveniência e similares não funcionam até 3 de março (podem fazer delivery até 0h);
*Compras - Shoppings e centros comerciais não podem receber clientes até 3 de março (podem funcionar por Drive Thru - cliente compra em site e retira no local - das 10h às 19h)
*Aglomeração - Continuam proibidos até 8 de março, eventos e atividades, independentemente do número de participantes, desportivos coletivos e amadores, religiosos, cerimônias de casamento, eventos recreativos públicos ou privados, circos, eventos científicos e formaturas; bem como aulas em academias de dança e ginástica;
*Hospitais - Não podem ocorrer até 8 de março procedimentos cirúrgicos eletivos não urgentes ou emergenciais, nos hospitas públicos e privados
*Esportes - Até dia 8 também não ocorrem atividades esportivas coletivas amadoras, sendo permitidas práticas individuais, desde que sem aglomerações;
*Serviços - Até dia 03, estão suspensas as atividades presen- ciais de órgãos e entidades da Administração Pública Estadual não enquadrados como serviços públicos essenciais;
*SAC - Não pode fazer atendimento presencial até às 5h do dia 3 de março;

O que é permitido

*Comida - Além do delivery dos bares e restaurantes até 0h, os mercados e padarias podem abrir até às 20h;
*Feiras Livres - Podem funcionar, desde que em local aberto e com distância entre uma barraca e outra;
*Transportes - Ônibus metropolitanos encerram as operações das 20h30 às 5h e o metrô das 20h às 5h, até 8 de março. O ferry boat e as lanchinhas seguem suspensas até 5h do dia 3 de março. Os ônibus intermunicipais poderão circular normalmente e os transportes por aplicativo e táxis
*Câncer - Procedimentos cirúrgicos eletivos oncológicos e cardiológicos podem ocorrer, bem como cirurgias em clínicas e hospitais dia;
*Farmácias - Pode ter delivery

 

Publicado em Bahia