Governo do Estado promove ações para desenvolver agronegócio na Bahia

Governo do Estado promove ações para desenvolver agronegócio na Bahia

O agronegócio é uma das atividades mais importantes para a economia da Bahia. Somente no primeiro semestre de 2020, o setor teve uma participação de 24% no total do Produto Interno Bruto (PIB) baiano. Para garantir a saúde e a qualidade da produção agropecuária, o Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), realiza campanhas de vacinação, treinamento de agentes que lidam diretamente com rebanhos e operações de fiscalização de cargas nas estradas. As estratégias também englobam ações como a regulamentação técnica das cadeias produtivas de pequenos produtores e a qualificação dos serviços de orientação e atendimento ao produtor rural.

"A Adab é o braço do Governo do Estado na agricultura que trabalha na defesa dos nossos rebanhos, garantindo a sanidade desses animais, e também de nossas lavouras. Programamos fiscalizações contínuas nas estradas estaduais e federais que cortam a Bahia para assegurar a defesa agropecuária do estado. Realizamos trabalho de monitoramento nas estradas para reduzir cada vez mais esses números, oferecendo mais tranquilidade aos consumidores e segurança ao rebanho e às culturas fitossanitárias da Bahia", afirma o diretor-geral da autarquia, Maurício Bacelar.

O Governo do Estado publicou, no dia 14 de outubro deste ano, um Ato Complementar que regulamenta as cadeias produtivas de pequenos empreendimentos, formalizando negócios da agricultura familiar junto ao serviço de inspeção oficial e ampliando a oferta de produtos de origem animal. A iniciativa, que beneficia cerca de 32 mil famílias, diminui barreiras e facilita o escoamento da produção, respeitando orientações técnicas para o funcionamento e comercio de itens inócuos à saúde pública.

"Os pequenos sempre esbarraram na burocracia para regularizar os projetos, sonhados por muitos anos. A normatização chega em boa hora acenando com possibilidades reais de tornar possível a profissionalização de produtores que pensam em melhorar a vida das famílias e oferecer trabalho a outros tantos'", destaca Adilson Ribeiro dos Santos, responsável pela Central da Caatinga, sediada em Juazeiro, e que reúne cerca de 2,5 mil pessoas em 26 associações, 9 cooperativas e grupos informais. "Também novos cooperados estarão chegando, em breve, com essa notícia", completa. A Central da Caatinga comercializa leite e derivados, frutas, iogurte, ovos, mel e outros produtos, a partir da produção no Território Sertão do São Francisco.

Ações

Nos últimos 18 meses, mesmo enquanto enfrenta a pandemia de covid-19, o Governo do Estado tem mantido ações para garantir alimentos mais seguros ao consumidor e proteger o investimento dos produtores, como a fiscalização do trânsito de cargas agropecuárias para impedir a entrada de pragas não existentes nas lavouras ou doenças até então distantes dos rebanhos da Bahia. No último mês, a fiscalização fechou as BRs 116 e 101 para averiguar as cargas em trânsito.

Para impedir que a doença Peste Suína no estado, a Adab reforçou a fiscalização nos postos fixos nas divisas do Piauí, Pernambuco e Alagoas. Na área laboratorial, vem realizando sorologia nas granjas próximas as áreas de divisas, vigilância em matadouros frigoríficos tanto no pré-abate como no abate, incluindo nestes estabelecimentos sorologia quando os animais são reprodutores e as matrizes oriundas desses estados. A Bahia faz parte da área livre e nunca houve a identificação dessa doença no território baiano.

Para monitorar e controlar o aparecimento da mosca-da-carambola, que prejudica produção do Vale do São Francisco, armadilhas estão sendo instaladas. O inseto afeta culturas de manga e uvas, principais frutos exportados e que movimentam significativamente a economia do estado. Em 2019, mais de 112 mil toneladas de manga e uva saíram do Vale do São Francisco em direção aos mercados consumidores internacionais mantendo empregos e assegurando renda para milhares de baianos.

Nesse período, também foram requalificados os escritórios da Adab em Luís Eduardo Magalhães, Itapetinga, Senhor do Bonfim, Casa Nova, Morro do Chapéu, Brumado, Andaraí, Cruz das Almas, Camaçari, Ubaitaba, Juazeiro e em Salvador, no Parque de Exposições, garantindo mais espaço e conforto para quem precisa movimentar e comercializar cargas agropecuárias. Novas estruturas já estão prontas em Santo Antônio de Jesus e Amargosa e serão inauguradas em breve.

Itens relacionados (por tag)

  • Chuva: 41 municípios em situação de emergência, 380 desabrigados e 2.227 desalojados

    Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) atualizou, nesta quarta-feira (28), os números referentes à população atingida pelas enchentes que ocorrem em municípios baianos.

    Até a situação presente, são 380 desabrigados e 2.227 desalojados em decorrência dos efeitos diretos do desastre. Segundo a Sudec, foram contabilizados seis óbitos. Os números correspondem às ocorrências registradas em 76 municípios afetados. É importante destacar que, desse total, 41estão com decreto de Situação de Emergência.

    O Governo do Estado segue mobilizado para atender as demandas de emergência, a fim de socorrer a população atingida pelas fortes chuvas em diversas regiões da Bahia.

  • Empresa brasileira vira concorrente da BYD pela antiga fábrica da Ford em Camaçari

    A BYD ganhou um concorrente pelo complexo da Ford nos minutos finais do prazo para a manifestação de interessados em comprar a antiga fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em janeiro de 2021 e que hoje pertence ao governo da Bahia. O empresário brasileiro Flávio Figueiredo Assis entrou na disputa para erguer ali a fábrica da Lecar e construir o futuro hatch elétrico da marca, que, diz, deve ter preço abaixo de R$ 100 mil.

    Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Assis já tem um projeto de carro elétrico em fase de desenvolvimento, mas ainda procura um local para produzir o veículo. Em visita às antigas instalações da Ford para comprar equipamentos usados, como robôs e esteiras desativadas deixadas ali pela empresa americana, descobriu que o processo que envolve o futuro uso da área ainda estava aberto, já que o chamamento público feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) só se encerraria nessa quarta (28).

    O documento da SDE, ainda segundo a Folha, diz que a BYD havia apontado interesse no complexo industrial de Camaçari, mas outros interessados também poderiam "manifestar interesse em relação ao imóvel indicado e/ou apresentar impedimentos legais à sua disponibilização, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir desta publicação".

    A montadora chinesa anunciou em julho passado, em cerimônia com o governador Jerônimo Rodrigues no Farol da Barra, um investimento de R$ 3 bilhões para construir no antigo complexo da Ford três plantas com capacidade de produção de até 300 mil carros por ano.

    A reportagem da Folha afirma que a BYD já está ciente da proposta e prepara uma resposta oficial a Lecar. E que pessoas ligadas à montadora chinesa acreditam que nada irá mudar nas negociações com o governo baiano porque Assis estaria atrás apenas de uma jogada de marketing. O empresário, por sua vez, disse ver uma oportunidade de bom negócio, pois os valores envolvidos são atraentes.

    Procurada pelo CORREIO, a BYD afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto, e que o cronograma anunciado está mantido.

    Em nota, a SDE apenas confirmou que a Lecar encaminhou e-mail ontem afirmando ter interesse na área da antiga Ford. A secretaria, diz a nota, orientou a empresa sobre como proceder, de acordo com as regras do processo legal de concorrência pública em curso.

    Entre as perguntas não respondidas pela pasta na nota estão o prazo para a conclusão da definição sobre a área e o impacto que a concorrência entre BYD e Lecar traz para a implantação de uma nova fábrica de veículos no estado.

  • Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue

    Em um esforço para combater a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, marcado para o próximo sábado (2). A informação é da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que está em Brasília nesta quarta-feira (28) para uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esta iniciativa sublinha a necessidade de uma ação coletiva diária e destaca o papel vital que cada indivíduo desempenha na prevenção da doença. Com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e do Conselho Estadual de Saúde (CES), os municípios farão mutirões de limpeza, visitas aos imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos.

    A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

    A titular da pasta estadual da Saúde pontua ainda que o Governo do Estado fez a aquisição de novos veículos de fumacê e distribuirá 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoiar os mutirões de limpeza urbana com o auxílio das forças de segurança e emergência. "Além disso, o Governo do Estado compartilhou com os municípios a possibilidade de adquirir bombas costais, medicamentos e insumos por meio de atas de registro de preço", ressalta Roberta Santana.

    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.