Academias reabrem após passar um mês fechadas

Academias reabrem após passar um mês fechadas

O jogador de futebol Hugo Sander, 24 anos, diz que estava contando as horas para as academias reabrirem. Desde que as atividades foram suspensas, há cerca de um mês, ele estava treinando em casa. O atleta comprou algumas anilhas e tentou seguir uma rotina de treinos, mas estava agoniado. Por isso, nesta segunda-feira (5), primeiro dia de reabertura das academias, ele correu para malhar.

“Estava treinando em casa, fazendo alguns exercícios que o professor tinha passado, usando o peso do corpo e alguns materiais. Não era igual a malhar na academia, mas deu para treinar. Eu estava contando as horas para reabrir. Retomar essas atividades foi uma boa ideia, porque aos poucos e tomando os devidos cuidados a gente pode ir voltando com segurança”, afirma.

Sander conta que fazer exercícios de máscara incomodou no início da pandemia, mas que com o passar das semanas foi acostumando com o equipamento. O líder da unidade da Selfit do Extra Paralela, Vitor Almeida, onde o jogador estava treinando, garante que o uso do equipamento é indispensável, assim como o distanciamento entre os alunos e a higienização do espaço.

“Reduzimos o quantitativo de alunos por horário para 50% da capacidade, os treinos são feitos por agendamento, e quando chegam à unidade eles têm a temperatura aferida e é feita a higienização das mãos. É fundamental que as academias sejam retomadas. É um espaço que podemos fiscalizar, onde há controle da higienização, do distanciamento e da quantidade de convidados. É essencial essa liberação”, declara.

As academias receberam autorização do governo do estado para funcionar a partir desta segunda (5), mas precisam operar com apenas metade da capacidade, fazer o distanciamento entre os clientes e obedecer às regras de higienização. Por conta do toque de recolher, que entra em vigor a partir das 20h e vai até 5h, todas estão encerrando as atividades mais cedo, às 19h30. O horário para início das atividades é a partir das 5h30.

Na Alpha Fitness, no Costa Azul, algumas máquinas foram interditadas com fitas para distanciar os clientes, e as aulas de dança têm marcadores no chão para evitar o contato entre os alunos. O horário de funcionamento foi alterado. Entre 10h e 12h e das 14h às 16h, o espaço fica fechado para passar por uma limpeza.

Cautela
Para muitos alunos que ficaram os últimos 30 dias parados ou fazendo exercícios mais leves em casa a retomada das atividades é o momento de recuperar o tempo perdido, mas os professores alertam que é preciso ter cuidado. O instrutor Victor Hugo Oliveira, da Selfit, explica que pegar leve é fundamental para evitar complicações nesse momento.

“O aluno tem que se recondicionar. Ele precisa fazer um treinamento para voltar a ganhar resistência muscular, principalmente se durante esses 30 dias ele ficou sem se exercitar. Muitos treinaram em casa. Quem fez isso terá uma facilidade e o retorno será mais rápido do que quem ficou completamente inativo durante esse tempo”, analisa.

O instrutor diz que mesmo quem treinou em casa durante o isolamento precisa pegar leve no retorno, usar cargas menores para evitar lesões, e, depois de algumas semanas, voltar ao mesmo condicionamento de antes do fechamento.

O coordenador geral da Rede Alpha Fitness, Guilherme Reis, destaca os benefícios da atividade física em tempos de pandemia. Ele alega que fazer exercícios ajuda a combater alguns males provocados pelo isolamento, como a obesidade, o estresse e a ansiedade.

“Estudos já comprovaram os benefícios no exercício contra a covid. Muitas pessoas reclamam de estresse ou estão com grau de obesidade elevado, principalmente nesse momento de pandemia, e a atividade física é essencial. Ela regula o nosso sistema imunológico, ajuda na perda de peso, no controle emocional, e melhora a qualidade do sono. Então, nos permite uma qualidade de vida melhor”, garante.

Tranquilidade
O movimento de alunos foi tímido nesse primeiro dia de retomada, mas não muito diferente da rotina normal. Os usuários que têm o habito de treinar todos os dias marcaram presença, e, como algumas empresas aproveitaram o momento para fazer promoções, houve também a matrícula de novos alunos, mas o movimento mais intenso é aguardando a partir de quarta-feira (7).

A reportagem encontrou uma equipe de fiscalização da Secretaria de Desenvolvimento de Urbanismo (Sedur) em uma das academias. Os fiscais contaram que pela manhã não encontraram irregularidades nos estabelecimentos visitados, mas que flagraram situações de comércios de portas abertas sem autorização, como lojas de rua e barbearias, duas categorias que só podem funcionar a partir de terça-feira. Nesses casos, houve interdição.

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    O documento da SDE, ainda segundo a Folha, diz que a BYD havia apontado interesse no complexo industrial de Camaçari, mas outros interessados também poderiam "manifestar interesse em relação ao imóvel indicado e/ou apresentar impedimentos legais à sua disponibilização, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir desta publicação".

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    Procurada pelo CORREIO, a BYD afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto, e que o cronograma anunciado está mantido.

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    Entre as perguntas não respondidas pela pasta na nota estão o prazo para a conclusão da definição sobre a área e o impacto que a concorrência entre BYD e Lecar traz para a implantação de uma nova fábrica de veículos no estado.

  • Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue

    Em um esforço para combater a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, marcado para o próximo sábado (2). A informação é da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que está em Brasília nesta quarta-feira (28) para uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esta iniciativa sublinha a necessidade de uma ação coletiva diária e destaca o papel vital que cada indivíduo desempenha na prevenção da doença. Com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e do Conselho Estadual de Saúde (CES), os municípios farão mutirões de limpeza, visitas aos imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos.

    A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

    A titular da pasta estadual da Saúde pontua ainda que o Governo do Estado fez a aquisição de novos veículos de fumacê e distribuirá 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoiar os mutirões de limpeza urbana com o auxílio das forças de segurança e emergência. "Além disso, o Governo do Estado compartilhou com os municípios a possibilidade de adquirir bombas costais, medicamentos e insumos por meio de atas de registro de preço", ressalta Roberta Santana.

    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

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