Bahia bate recorde e produz 5 mil toneladas de mel no

Bahia bate recorde e produz 5 mil toneladas de mel no

O valor total da produção animal na Bahia avançou de forma significativa no ano passado e teve a maior taxa de crescimento (+37,7%) e o maior aumento absoluto (mais R$ 592,5 milhões) em 26 anos, desde a implantação do Real, em 1994. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos produtos de origem animal, nada se destacou mais do que o mel. Entre 2019 e 2020, a produção baiana passou de 3,7 mil toneladas para o recorde de 5,0 mil toneladas, um crescimento de 35,1%. Esse é o maior crescimento absoluto na produção de mel dentre os estados brasileiros e o 5º maior aumento percentual. Atualmente, o estado é o quarto maior produtor de mel do país, sendo responsável por 9,7% do total nacional, que foi de 51,5 mil toneladas em 2020.

À frente da Bahia na produção de mel, em 2020, aparece apenas Paraná (7,8 mil toneladas ou 15,2% do total nacional), Rio Grande do Sul (7,4 mil toneladas ou 14,5%) e Piauí (5,7 mil toneladas ou 11,0%).

Em 2020, os três maiores produtores baianos de mel foram os municípios de Campo Alegre de Lourdes (592 toneladas, o quinto maior produtor de mel do Brasil), Jeremoabo (521 toneladas) e Ribeira do Pombal (361,3 toneladas). Este último apresentou o quarto maior aumento absoluto do país, com uma produção que mais que triplicou, de 110 para 361,3 toneladas em um ano.

O valor de produção do mel na Bahia também teve o maior crescimento do país, entre 2019 e 2020. No ano passado, o mel gerou R$ 51,8 milhões no estado, montante que mais do que dobrou frente ao ano anterior, quando havia sido de R$ 24,0 milhões.

Para o presidente da Faeb, embora positivos, os números ainda não refletem a realidade. “Eu me arrisco a dizer que a Bahia esteja numa produção melhor do estimado pelo IBGE, já que tem uma produção informal que vai para outros estados. Tem muito lugar que ainda não tem registro. São locais que não são legalizados e, quando forem, tenho certeza que vamos melhorar muito mais nesse ranking de produção”, conta.

Outros alimentos
Isso aconteceu apesar da queda na produção de leite entre 2019 e 2020, o que é justificado, pelo presidente da Faeb, pela redução no rebanho bovino. Os outros três produtos de origem animal acompanhados pela pesquisa (mel, ovo de galinha e ovo de codorna) tiveram aumentos na Bahia.

O valor da aquicultura baiana também cresceu, em 2020, pelo segundo ano seguido, indo a R$ 171,6 milhões, o patamar mais elevado desde que a atividade passou a ser investigada pela PPM, em 2013.

No caso dos ovos de galinhas, o crescimento foi de 15,5%. É que 84 mil dúzias foram produzidas em 2019 para 97 mil dúzias em 2020. Já a produção dos ovos de codorna cresceu 20,9%: salto de 1,1 mil dúzias em 2019 para 1,4 mil dúzias em 2020.

Para o secretário da Agricultura, a crise econômica do país gerou aumento do consumo de ovos e frango, o que explica o crescimento da produção. “O atual momento econômico tem mantido enfraquecido o poder de compra da maior parte da população baiana, fazendo assim, migrar para o consumo de uma proteína mais econômica, como ovos e frango”, disse João Carlos Oliveira.

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  • Chuva: 41 municípios em situação de emergência, 380 desabrigados e 2.227 desalojados

    Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) atualizou, nesta quarta-feira (28), os números referentes à população atingida pelas enchentes que ocorrem em municípios baianos.

    Até a situação presente, são 380 desabrigados e 2.227 desalojados em decorrência dos efeitos diretos do desastre. Segundo a Sudec, foram contabilizados seis óbitos. Os números correspondem às ocorrências registradas em 76 municípios afetados. É importante destacar que, desse total, 41estão com decreto de Situação de Emergência.

    O Governo do Estado segue mobilizado para atender as demandas de emergência, a fim de socorrer a população atingida pelas fortes chuvas em diversas regiões da Bahia.

  • Empresa brasileira vira concorrente da BYD pela antiga fábrica da Ford em Camaçari

    A BYD ganhou um concorrente pelo complexo da Ford nos minutos finais do prazo para a manifestação de interessados em comprar a antiga fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em janeiro de 2021 e que hoje pertence ao governo da Bahia. O empresário brasileiro Flávio Figueiredo Assis entrou na disputa para erguer ali a fábrica da Lecar e construir o futuro hatch elétrico da marca, que, diz, deve ter preço abaixo de R$ 100 mil.

    Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Assis já tem um projeto de carro elétrico em fase de desenvolvimento, mas ainda procura um local para produzir o veículo. Em visita às antigas instalações da Ford para comprar equipamentos usados, como robôs e esteiras desativadas deixadas ali pela empresa americana, descobriu que o processo que envolve o futuro uso da área ainda estava aberto, já que o chamamento público feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) só se encerraria nessa quarta (28).

    O documento da SDE, ainda segundo a Folha, diz que a BYD havia apontado interesse no complexo industrial de Camaçari, mas outros interessados também poderiam "manifestar interesse em relação ao imóvel indicado e/ou apresentar impedimentos legais à sua disponibilização, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir desta publicação".

    A montadora chinesa anunciou em julho passado, em cerimônia com o governador Jerônimo Rodrigues no Farol da Barra, um investimento de R$ 3 bilhões para construir no antigo complexo da Ford três plantas com capacidade de produção de até 300 mil carros por ano.

    A reportagem da Folha afirma que a BYD já está ciente da proposta e prepara uma resposta oficial a Lecar. E que pessoas ligadas à montadora chinesa acreditam que nada irá mudar nas negociações com o governo baiano porque Assis estaria atrás apenas de uma jogada de marketing. O empresário, por sua vez, disse ver uma oportunidade de bom negócio, pois os valores envolvidos são atraentes.

    Procurada pelo CORREIO, a BYD afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto, e que o cronograma anunciado está mantido.

    Em nota, a SDE apenas confirmou que a Lecar encaminhou e-mail ontem afirmando ter interesse na área da antiga Ford. A secretaria, diz a nota, orientou a empresa sobre como proceder, de acordo com as regras do processo legal de concorrência pública em curso.

    Entre as perguntas não respondidas pela pasta na nota estão o prazo para a conclusão da definição sobre a área e o impacto que a concorrência entre BYD e Lecar traz para a implantação de uma nova fábrica de veículos no estado.

  • Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue

    Em um esforço para combater a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, marcado para o próximo sábado (2). A informação é da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que está em Brasília nesta quarta-feira (28) para uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esta iniciativa sublinha a necessidade de uma ação coletiva diária e destaca o papel vital que cada indivíduo desempenha na prevenção da doença. Com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e do Conselho Estadual de Saúde (CES), os municípios farão mutirões de limpeza, visitas aos imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos.

    A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

    A titular da pasta estadual da Saúde pontua ainda que o Governo do Estado fez a aquisição de novos veículos de fumacê e distribuirá 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoiar os mutirões de limpeza urbana com o auxílio das forças de segurança e emergência. "Além disso, o Governo do Estado compartilhou com os municípios a possibilidade de adquirir bombas costais, medicamentos e insumos por meio de atas de registro de preço", ressalta Roberta Santana.

    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

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