O Jornal da Cidade

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A epidemia de gripe agora se interioriza para outros municípios da Bahia. Até dezembro, Salvador era o foco da doença. Só no último final de semana, houve um aumento de 28,6% no número de casos de influenza na capital baiana, totalizando 993, até esta segunda-feira (3). Porém, após as festas de fim de ano, os números começaram a crescer em outras cidades. Ao todo, são 1.458 casos de H3N2 na Bahia, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Destes, 259 precisaram de internamento e 35 pessoas morreram.

Em Barreiras, no Extremo Oeste baiano, já há mais casos de síndrome respiratória do que covid-19. Desde de março de 2020, 20 mil casos do novo coronavírus e outros 34 mil de síndromes gripais foram confirmados no município. Em Cruz das Almas, no Recôncavo, os atendimentos de pessoas com síndrome gripal passaram de 15 para uma média de 80 a 100 por dia, no último mês - um aumento de 566%. Por isso, a prefeitura agora mantém a unidade de covid-19 como gripário. Já em Itacaré, no Sul, há entre 200 e 250 casos suspeitos diários.

Em Itabuna, também no Sul, a prefeitura abrirá dois novos gripários nesta semana, um pediátrico e outro adulto, para dar conta da demanda. Segundo a secretária de saúde, Lívia Mendes, o aumento foi de 200%, comparado ao final de novembro. Com a reabertura das duas estruturas, a cidade passa a ter o mesmo número de gripários da época do pico da covid-19. “Estamos abrindo um [gripário] específico de pediatria, porque o Hospital Manoel Novaes estava muito sobrecarregado. Está tendo gripe em todo mundo, desde criança a idoso”, afirma Lívia.

Ela acredita que as intensas chuvas pioraram o cenário no município. Na última semana, uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) atendeu 400 pessoas com sintomas e internou 21. “Estamos vivendo um surto em toda a Bahia com a nova variante da H3N2 e os locais que tiveram enchente acabaram ficando em um cenário pior pelas aglomerações dos salvamentos. As pessoas não estavam de máscara e tiveram contato mais próximo com os desabrigados, por isso, acabou ganhando uma proporção maior", opina a secretária.

Lívia Mendes ainda diz ter dificuldade em comprar testes que confirmem a gripe. Por isso, não há dados oficiais de casos confirmados. “A gente testa para covid, porque não conseguimos adquirir teste de influenza. O fornecedor diz que não tem, desde antes do Natal que tento comprar com ele. Então, estamos fazendo diagnóstico de exclusão e colocando pontos de testagem fixos pela cidade”, conta a secretária de saúde de Itabuna. Um serviço de telemedicina ainda foi criado para atender pacientes de forma online, evitando superlotação das unidades.

Casos quadruplicam em Itacaré
Os casos de síndrome gripal mais que quadruplicaram em Itacaré, segundo o secretário de saúde, Ricardo Lins. Ele ainda relata que os hospitais estão cheios. Porém, pela baixa quantidade de testes de influenza aplicados e demora na entrega dos resultados pelo Lacen, não é possível precisar quantos casos realmente existem, agora, na cidade. Até o momento, foram confirmados 332.

“Não temos o quantitativo exato, mas, dos 200 a 250 testes que a gente aplica, apenas 6 a 10% dão positivo para covid. E o teste de influenza, como temos poucos, só testamos quem está hospitalizado, em torno de dois a três por dia. É difícil a separação das duas viroses e, quando temos casos suspeitos, fazemos a coleta, mas o Lacen está demorando 50 dias para entregar o resultado”, conta o secretário.

Barreiras tem 1.121 casos de síndrome gripal
Em Barreiras existem 1.121 casos de síndrome gripal, notificados entre 1º/12/2021 e esta segunda-feira (3). O número de testes de covid-19 realizados também aumentou, de acordo com o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Lucas Torres, mas ainda não há confirmados oficiais para influenza. “O município vinha realizando uma média de 40 a 50 testes para diagnóstico da covid, semanalmente. Na última semana, esse número aumentou para 75, e a perspectiva é que aumente mais na próxima semana”, estima.

Em Juazeiro, no Vale do São Francisco, apenas 130 dos 1.319 testes feitos em pessoas com sintomas gripais positivaram para covid-19, em dezembro. No Hospital de Campanha, apenas três a quatro pessoas positivam para o coronavírus, de um total de 170 atendidas. Segundo a prefeitura, os casos negativos para o coronavírus foram considerados como gripe, assim como em Itabuna.

Na última segunda-feira (3), mais que o dobro de pessoas procurou o ponto de testagem: de 70 pessoas por dia, o local testou 200. “A procura pela testagem está muito grande. Estamos realizando por livre demanda, mas as pessoas precisam compreender que existe um limite de horário e testes realizados neste local pela própria equipe”, destaca o diretor de Vigilância em Saúde, Djalma Amorim.

Reflexos do Natal e Réveillon
A cidade de Feira de Santana, no Centro-Norte da Bahia, é a segunda cidade com maior número de casos confirmados, depois de Salvador, com 66 contaminados, segundo a Sesab. Para o secretário de saúde da cidade, Marcelo Britto, o aumento de casos é reflexo das festas de fim de ano. “Estamos vivendo um problema do Natal e do Réveillon. Os encontros familiares estão gerando um aumento na prevalência do vírus e isso faz com que a gente tenha mais necessidade de internamento”, afirma Britto.

Ele aponta que o número de casos aumentou 120% de novembro para janeiro, mas que a maioria das pessoas tem sintomas leves. Para atender o aumento da demanda, as unidades de saúde estenderam o horário de atendimento até 21h e algumas salas administrativas nas policlínicas e UPAs estão se transformando em salas de atendimento, de espera e até de internamento.

Em Teixeira de Freitas, no Extremo Sul, dos 3.400 casos de síndrome gripal identificados, apenas dois foram confirmados como H3N2 e 342 como covid-19, pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). De acordo com a prefeitura, os casos começaram a aumentar no dia 13 de dezembro e cerca de 170 testes por dia são feitos, entre a rede pública e privada.

Em Nova Soure e Ribeira do Pombal, no Nordeste da Bahia, as prefeituras admitem que existe um surto de gripe, mas que não há como dimensionar, porque não há monitoramento. Já em Vitória da Conquista, no Centro-Sul, cinco casos foram notificados neste final de semana.

Salvador se prepara para ativar novo gripário
Salvador teve um aumento de quase 30% do número de casos confirmados de influenza no último fim de semana, mas o movimento nos gripários deu uma diminuída, com cerca de 90 a 100 pessoas por dia. “Percebemos um aumento do número de casos em dezembro, que acabou sobrecarregando o gripário dos Barris, que era o único existente e a decisão da gestão foi colocar o de Pau Miúdo para absorver a demanda. Mas não vimos um aumento progressivo que justificasse a abertura de outra estrutura”, diz o coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Salvador (SAMU), Ivan Paiva.

Mesmo assim, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está sob alerta para abrir um novo gripário, para evitar longas filas. “A gente está na expectativa do gripário de Pirajá Santo Inácio ser reativado, caso a gente perceba um aumento do número de casos além do que temos hoje”, revela Paiva. Para quem tem sintomas leves, ele recomenda que o paciente vá às 157 unidades primárias de saúde. “Seja unidade de saúde da família ou unidade de atenção básica, elas estão aptas e vão ter médico para colher a história clínicas, identificar potenciais de gravidade que indiquem tratamento ou investigação suplementar”, orienta.

Síndrome gripal, respiratória ou gripe?
O infectologista Antônio Bandeira, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Aeroporto, esclarece que tanto a gripe quanto a covid-19 são tipos de síndromes respiratórias e síndromes gripais. Como os sintomas são basicamente iguais, assim como a forma de se proteger das doenças, a certeza do diagnóstico só virá com o teste de covid e de influenza. Porém, se o de covid-19 der negativo, já é possível considerar que é influenza, devido ao cenário de epidemia de gripe.

“As doenças são muito semelhantes. É praticamente impossível identificar pelo quadro respiratório, apesar de que a covid gera perda súbita do olfato e paladar, coisa que a influenza não faz. A gente só consegue ter certeza se fizer os testes. Porém, se a pessoa tiver com síndromes gripais e o teste de covid for negativo, pode-se considerar e tratar como influenza”, detalha Bandeira. No Hospital Aeroporto, por exemplo, ele cita que apenas 8% dos testes de covid deram positivo, para as pessoas com sintomas de gripe. “Isso mostra que a influenza é que tem predominado”, completa.

Cidades com maior número de casos de influenza na Bahia:
1) Salvador - 909
2) Feira de Santana - 66
3) Conceição do Almeida - 36
4) Lauro de Freitas - 32
5) São Sebastião do Passé - 31
Fonte: Sesab

O governo baiano retomou, nesta segunda-feira (4), a prova de vida para os pensionista e aposentados do Estado. O serviço pode ser relizado por videochamada. A expectativa da gestão estadual é alcançar 11.797 pessoas somente neste mês de janeiro.

No primeiro dia de atendimento, 127 beneficiários foram submetidos aos procedimentos. A decisão pelo atendimento virtual visa minimizar riscos em relação à contaminação pela Covid-19.

A convocação é realizada pela Superintendência de Previdência do Estado (Suprev) de acordo com o mês de aniversário do aposentado ou do ex-servidor que instituiu a pensão.

Segundo a coordenadora de Relacionamento com o Beneficiário da Suprev, Sílvia Machado, até agora 1448 aposentados e pensionistas já agendaram a prova de vida. Deste total, cerca de 30% optou pelo atendimento por vídeochamada, mas a expectativa é que haja um aumento progressivo da demanda pelo serviço nos próximos meses. "É uma questão de adaptação cultural, mas a nossa recomendação é de que os beneficiários priorizem a vídeochamada ao presencial, considerando o momento pandêmico pelo qual passamos e o fato de que o canal traz mais segurança, comodidade e tranquilidade", ressalta Sílvia.

A coordenadora também orienta aos beneficiários que atendam ao chamamento dentro do mês do seu aniversário ou do mês de aniversário do instituidor da pensão previdenciária, para evitar o bloqueio do benefício.

Para realizar o procedimento, os aposentados e pensionistas precisam obrigatoriamente fazer o agendamento prévio na plataforma de serviços eletrônicos www.sacdigital.ba.gov.br ou por meio do serviço de call center da Superintendência de Previdência, por meio dos telefones 0800 71 5353 (para chamadas de telefone fixo, celular ou DDD) e (71) 4020-5353 (para ligações originadas do interior do estado e de celular).

Mais informações sobre o procedimento podem ser conferidas por meio do Portal do Servidor.

De 1º de novembro de 2021 até 4 de janeiro deste ano, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou 1.447 casos de Influenza A, do tipo H3N2, distribuídos em 114 municípios. Deste total, 881 (60,1%) são residentes em Salvador.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia, dos 1447 casos, 259 evoluíram para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessitaram de internação, com 35 pacientes vindo a falecer. Os óbitos foram registrados em residentes de Salvador (30), Camaçari (1), Laje (1), Teixeira de Freitas (1), Urandi (1) e Valença (1).

Do total de óbitos, 19 (54,3%) ocorreram no sexo feminino e 16 (45,7%) no sexo masculino. A maioria ocorreu na faixa etária acima de 80 anos (17 óbitos; 48,6%). Os outros ocorreram nas faixas de 70 a 79 anos (5 óbitos), 60 a 69 anos (5), 50 a 59 anos (3), 40 a 49 anos (2), 30 a 39 anos (1) e 10 a 14 anos (2 óbitos). Verificou-se presença de comorbidades e/ou condições de risco para o agravamento da doença em 27 (77,2%) óbitos.

"Neste contexto, cabe reforçar que os casos de SRAG requerem notificação compulsória imediata para adoção de medidas pertinentes de prevenção, controle e tratamento da Influenza, para a qual, diferentemente da COVID-19, existe opção terapêutica eficaz para impedir uma evolução desfavorável do quadro clínico (oseltamivir)", informou a Sesab.

Medidas de prevenção

Enquanto a vacina Influenza da campanha de 2022 está em fase de produção, a população pode e deve adotar as seguintes medidas de precaução:

utilizar máscara e álcool em gel;
lavar as mãos várias vezes ao dia, principalmente antes de consumir alimentos;
evitar tocar a face e mucosas de olhos, nariz e boca;
cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; manter os ambientes bem ventilados;
evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de gripe;
evitar aglomerações e ambientes fechados;
e adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Os donos de veículos baianos já podem consultar e pagar o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2022. Quem pagar em cota única até 10 de fevereiro recebe um desconto de 20%. O imposto teve alta que chega a 35,3% na Bahia.

O desconto para quem quitar integralmente o IPVA na primeira cota do parcelamento, cuja data varia seguindo o número final da placa do veículo, será de 10%.

O valor parcelado pode ser pago a partir de março, com opção de dividir em cinco vezes, ao invés de três, como acontecia nos anos anteriores. É possível fazer a consulta sobre seu veículo com número do Renavan no site da Sefaz.

Veja o calendário de pagamento:

Como pagar
Para pagar o IPVA, o dono do veículo deve procurar qualquer agência do Banco do Brasil, Bradesco ou Bancoob, bastando apenas informar o número do Renavam. No BB e no Bradesco, é possível também fazer o pagamento on-line. Mais informações estão disponíveis no site da Sefaz ou via 0800 071 0071.

Para parcelar em cinco vezes, é preciso observar a data de vencimento da primeira cota na tabela, seguindo a numeração final da tabela. O valor devido deve ser no mínimo de R$ 120 para permitir o parcelamento.

Os débitos ligados à taxa de licenciamento e às multas de trânsito devem ser pagos até a data de vencimento da quinta parcela.

Quem perder o prazo de pagar a primeira cota não terá mais direito a fazer o parcelamento.

Isenção
Estão isentos do pagamento do IPVA portadores de deficiência física, visual, mental e autistas. A isenção também contempla os veículos de empresas concessionárias de serviço público de transporte coletivo, aqueles com mais de 15 anos de fabricação, veículos terrestres com motor de potência inferior a 50 cilindradas e embarcações com motor de potência inferior a 25 HP.

Constam ainda na faixa de isenção máquinas agrícolas, táxis de propriedade de motoristas profissionais autônomos e veículos pertencentes a embaixadas, a representações consulares, a funcionários de carreira diplomática e a pessoas jurídicas de direito privado instituídas pelo poder público estadual ou municipal.

Em meio à pandemia do novo coronavírus e a epidemia de gripe, uma nova preocupação tem nome: flurona. É assim que os médicos chamam os casos de dupla infecção, quando, ao mesmo tempo, o paciente é diagnosticado com covid-19 e com Influenza. Entenda a doença:

Flurona
O nome flurona é uma junção em inglês de "flu" (gripe) e "rona" de corona. De acordo com a Agência Brasil, os primeiros casos de flurona foram detectados nos Estados Unidos ainda durante o primeiro ano da pandemia de covid-19.

Mas foi somente na semana passada que o mundo passou a ver a dupla infecção com mais cuidado após uma mulher grávida não vacinada em Israel ter sido diagnosticada com as duas doenças ao mesmo tempo.

Aqui no Brasil, os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará já confirmaram casos de flurona. No Rio, como o paciente - um jovem de 16 anos - estava vacinado, os sintomas foram leves. Em Santa Catarina, o governo investiga 10 casos suspeitos.

O que dizem os médicos sobre a flurona?
De acordo com o médico geneticista e diretor do laboratório Genetika, de Curitiba, Salmo Raskin, em entrevista à revista Exame, os casos de dupla infecção são pouco notados, já que, normalmente, ao se receber confirmação para covid-19, não se investiga uma possível e simultânea contaminação por Influenza.

Normalmente, esses casos de dupla infecção são encontrados em testes do tipo painel virado - que costumam ser analisados em laboratórios particulares.

Por enquanto, ainda não se sabe se a dupla infecção pode causar agravamento nos pacientes. "Sabemos que os dois vírus podem infectar, inclusive, a mesma célula. Mas como ainda não temos estudos comparando coinfectados com aqueles que foram infectados com apenas um dos dois vírus, não podemos dizer se o prognóstico é melhor ou pior", disse Raskin.

Perfil de pessoas infectadas
No Brasil, os casos de flurona já foram identificados em pacientes com idades variadas. No Rio de Janeiro, por exemplo, o paciente é um jovem de 16 anos. No Ceará, por outro lado, a dupla infecção já foi localizada em crianças com 1 ano de idade e em um homem de 52 anos.

A Bahia fechou o último trimestre de 2021 com queda nos números de Crimes Violentos Letais Intencionais ( CVLIs). A diminuição foi de 14,3%, passando de 1487 casos para 1274 na comparação entre o mesmo período do ano anterior. A diferença representa a preservação de 213 vidas. Na categoria são contabilizados homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.

O mês de dezembro também apresentou diminuição em todo o estado, passando de 467 casos em 2020 para 393 em 2021. Em Salvador, a queda nos índices foi de 38,5% ( de 117 para 72 ), e de 15% no interior, com redução de 313 para 266 mortes. A tendência de queda teve início ainda em outubro, quando os CVLIs passaram de 522 em 2020, para 466 no ano passado (-22%), e seguiu em novembro, com a redução de 18% (de 498, em 2020, para 415, em 2021).

" Esse é o resultado de muito esforço, do envolvimento das equipes policiais e dos investimentos realizados ao longo do ano, unidos ao trabalho de investigação e inteligência que ajudou a identificar os principais grupos responsáveis pelos crimes", destacou o secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino. Ele também reforça que a redução do último mês também é reflexo das operações executadas ao longo do ano. " A expectativa é que, em 2022, a gente ainda colha os frutos desse trabalho, e que segue de forma intensa em toda a Bahia", finaliza o gestor.

Primeiro final de semana de 2022
Segundo a SSP-Ba, o primeiro final de semana de 2022 manteve a tendência de queda, com diminuição de 22,9% nos casos de Crimes Violentos Letais e Intencionais, comparado ao mesmo período de 2021. Nos dias 1 e 2 de janeiro de 2022 foram registradas 27 ocorrências, contra 35 do ano anterior. A Região Metropolitana de Salvador (RMS) – composta por 13 cidades - registrou o menor número de casos (3), seguido da capital (4) e interior (20).

Ainda não será neste ano que o Carnaval, cuja festa que deve ocorrer de sexta, 25 de fevereiro, a 1º de março, será promovido aos moldes tradicionais. Pelo segundo ano consecutivo após a OMS declarar a pandemia da Covid-19, em 11 de março de 2020, muitos blocos de carnaval, desfiles e outros festejos estão sendo cancelados ou sem definição se irão ocorrer ou não.

Somente quatro capitais confirmaram a programação de Carnaval, que pode ser cancelada caso os índices de contaminação e mortes por Covid aumentem nos próximos dias. Até o momento, os desfiles das escolas de samba do Rio e de São Paulo estão confirmados.

Além disso, os próprios artistas e blocos estão cancelando sua programação. Em São Paulo, 28 blocos cancelaram a participação no carnaval de rua da capital em 2022, entre eles estão os das cantoras Daniela Mercury (Pipoca da Rainha) e Gloria Groove (Bloco das Gloriosas), a produtora de funk Kondzilla (Bloco do Kondzilla) e o ator e cantor Tiago Abravanel (Bloco do Abrava).

Somente quatro capitais confirmaram a programação de Carnaval, que pode ser cancelada caso os índices de contaminação e mortes por Covid aumentem nos próximos dias. Até o momento, os desfiles das escolas de samba do Rio e de São Paulo estão confirmados.

Além disso, os próprios artistas e blocos estão cancelando sua programação. Em São Paulo, 28 blocos cancelaram a participação no carnaval de rua da capital em 2022, entre eles estão os das cantoras Daniela Mercury (Pipoca da Rainha) e Gloria Groove (Bloco das Gloriosas), a produtora de funk Kondzilla (Bloco do Kondzilla) e o ator e cantor Tiago Abravanel (Bloco do Abrava).

Carnaval de rua
Onde vai ter carnaval de rua:

João Pessoa
Maceió: já está definido o calendário das prévias do carnaval de rua.
Rio de Janeiro: até 21 de dezembro, o Comitê Científico do Rio também destacou que não vê nenhuma restrição à realização do carnaval carioca nas condições atuais .
São Paulo: são 524 blocos de rua aprovados até o momento. No entanto, prefeitura pode decidir pelo cancelamento ou por novas regras para a realização do carnaval até 10 de janeiro.

Onde não vai ter carnaval de rua:

Campo Grande: decisão levou em conta a preocupação das autoridades de saúde com as novas variantes da Covid-19.
Cuiabá: o prefeito Emanuel Pinheiro anunciou a decisão em 1° de dezembro. Entre os motivos estão os riscos da nova variante da Covid-19, a ômicron, além das pessoas que ainda não se vacinaram com nenhuma das doses
Curitiba: o prefeito Rafael Greca anunciou em 26 de dezembro que, pelo segundo ano seguido, a comemoração do Carnaval de 2022 vai acontecer em formato virtual.
Fortaleza: O prefeito José Sarto cancelou o edital de apoio às festas de carnaval em 30 de novembro. No mesmo dia, o governador do estado, Camilo Santana, também cancelou os editais.
Salvador: o governador Rui Costa anunciou a decisão em 23 de dezembro. Segundo ele, atraso na segunda dose da vacina contra a Covid-19 e epidemia de gripe tornam festa insegura.

Onde não foi definido:

Aracaju
Brasília
Belo Horizonte
Florianópolis
Goiânia
Macapá
Manaus
Natal
Palmas: não costuma ter carnaval de rua
Recife
São Luís
Vitória
Carnaval de desfile
Antes da pandemia, já não havia desfiles de escolas de samba em Aracaju, Brasília, Goiânia, Maceió, Palmas e Teresina. Veja como será o carnaval onde costuma ocorrer desfiles:

Onde vai ter carnaval de desfile:

Campo Grande
Rio de Janeiro
São Paulo
Onde não vai ter carnaval de desfile:

Cuiabá
Fortaleza
Onde não foi definido:

Belo Horizonte
Florianópolis
João Pessoa
Macapá
Manaus
Natal
Recife
São Luís
Vitória

Diante de um 2021 que deve deixar de presente uma inflação de dois dígitos – coisa que não acontecia desde 2015 - o consumidor sabe bem o que sofreu em cada ida ao supermercado. Diante desse cenário, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) fez uma lista com os alimentos que mais dispararam de preço no país e os que mais recuaram nos últimos 12 meses, até o novembro.

E no topo da lista está o açúcar refinado, que subiu 53,05%. O maracujá (52,02%), seguido por filé mignon (39,07%) e café em pó (38,69%) vieram logo em seguida entre os vilões. Alimentos preparados e congelados de carne bovina (33,71%) e o frango em pedaços subiram 28,68%. O economista e pesquisador do IBRE, responsável pelo levantamento, Matheus Peçanha explica que boa parte da inflação nos alimentos em 2021 foi decorrente cenário climático que impactou a produção agrícola brasileira até meados de outubro. Outro motivo veio do aumento do custo de alimentação dos animais, altamente dependentes do milho e da soja.

“Mesmo agora com a melhoria no cenário climático, há alguma demora no repasse da queda pela cadeia, além de outros custos que ainda impactam esse mercado, como o diesel em virtude do preço dos fretes”, analisa.

Mas, se por um lado, tiveram os alimentos que fizeram com que muita gente gastasse mais do que esperava, houve produtos que aliviaram mais o bolso, como o preço do limão caiu 18,50%, o da maçã 16,30% e o da banana-da-terra recuou 11,05%. Já o arroz variou -8,27% e o feijão mulatinho -2,02%.

No caso do professor Abraão Oliveira, 40 anos, as despesas com alimentação passaram de R$ 1,2 mil, situação que o levou a optar por comprar mais em atacado e congelar todas as sobras para não perder nada e zerar qualquer desperdício.

“Foi um ano extremamente difícil porque, de fato, foi possível perceber claramente o aumento de preço em diversos produtos, por mais que eu tentasse economizar mudando os locais de compra e a quantidade. Já vivíamos um ano atípico por conta da pandemia, mas, mesmo assim, esses gastos se superaram bastante com relação a 2020”.

O economista e Conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-BA), Edval Landulfo, acrescenta ainda que a desvalorização do real e o dólar fortaleceram a alta dos vilões, assim como a crise hídrica. Não foi um ano fácil para ninguém. Isso sem contar o enfrentamento de outros sucessivos aumentos nas despesas com energia elétrica, gás e combustível.

“A alta do dólar favoreceu muito para os produtores brasileiros venderem para o mercado externo, ao invés do mercado interno, porque vender em dólar era muito mais vantajoso do que em reais, diante da desvalorização da nossa moeda. Então, o frango, a carne bovina, o trigo, a soja e outros grãos causaram um impacto negativo em vários alimentos e o consumidor pagou muito caro por isso e por outros produtos e serviços de primeira necessidade também”.

Aperto continua
Por mais que o bolso tenha sentido o peso desse aumento no ano que passou, infelizmente, não vai ser agora que o gasto com o supermercado vai aliviar o orçamento. De acordo com o educador financeiro Antônio Carvalho, o sacrifício para equilibrar as contas, continua.

“Embora seja difícil fazer prognósticos exatos do comportamento da economia e o IPCA (principal índice da inflação) tenha recuado um pouco no último trimestre de 2021, por mais otimista que sejamos, devemos esperar ainda nos primeiros meses de 2022 a continuidade dos aumentos, ainda como reflexo do ritmo do ano anterior”, comenta.

No momento, umas das saídas é reduzir as compras dos itens mais caros para provocar uma queda na demanda. “Existe o oportunismo do empresariado que, ao longo da pandemia, foi experimentando preços mais altos e, como as vendas continuaram altas, mantiveram o ritmo de aumento, gerando o que chamamos inflação de demanda. Cabe então ao consumidor pesquisar preços, buscar marcas mais baratas e produtos substitutos, que possam atender a mesma necessidade”, aconselha.

Já para a educadora financeira Renata Maia, é necessário ter cautela, sobretudo, diante das despesas de início de ano. “A situação econômica permanece incerta. Eu enxergo como saída uma educação financeira que permita o consumidor ser independente de cenários. Por mais que haja uma interferência entre altas e baixas de inflação, independente do quadro que o mesmo se encontre, o controle, organização e planejamento vão contribuir para que esse consumidor possa fazer um reajuste orçamentário quando precisar”.

OS VILÕES DA INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS

. Açúcar refinado (53,05%)
. Maracujá (52,02%)
. Filé mignon (39,07%)
. Café em pó (38,09%)
. Alimentos preparados congelados de carne bovina (33,71%)
. Pimentão (31,68%)
. Açúcar cristal (31,25%)
. Frango em pedaços (28,68%)
. Feijão fradinho (25,97%)

OS MOCINHOS DA INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS

. Fígado bovino (-0,37%)
. Sucos de fruta (-0,66%)
. Pernil suíno (-1,27%)
. Uva (-1,84%)
. Feijão-mulatinho (-2,02%)
. Banana d’água ou nanica (-4,17%)
. Arroz (-8,27%)
. Banana-da-terra (-11,05%)
. Maçã (-16,30%)
. Limão (-18,50%)

Fonte: FGV

O Brasil tem 143,4 milhões de pessoas totalmente imunizadas contra a covid, ou 67,23% da população. É o que aponta o levantamento do consórcio de veículos de imprensa, em parceria com 27 secretarias de Saúde, neste domingo, 2.

Em relação ao número de pessoas parcialmente imunizadas, com ao menos uma dose da vacina, são 161,2 milhões de residentes, o que equivale a 75,59% do total de habitantes do País.

Devido ao feriado, houve menos registros das secretarias. Os Estados do Alagoas, Amazonas, Sergipe, Paraíba, Acre, Maranhão não atualizaram os dados do dia sobre o avanço da vacinação. Amapá, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina também estão sem alteração das informações de vacinas. Não houve divulgação de boletins de Roraima, Rondônia e do Distrito Federal, assim como de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Tocantins.

Nas últimas 24 horas, houve 13.406 aplicações. As primeiras doses foram aplicadas em 3.560 pessoas, enquanto 3.951 receberam a 2ª aplicação da vacina.

O registro de dose única ficou em 7. Já as aplicações de reforço foram administradas em 5.888 habitantes, com total de 26,3 milhões de doses aplicadas.

Após descobrir uma gravidez, uma das principais expectativas é saber o sexo do bebê. Mas você sabia que a probabilidade da 'cegonha' enviar um bebê do sexo masculino é maior? Só na Bahia, em todos os últimos 18 anos, foram registrados mais nascimentos de meninos do que meninas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano de 2004, que teve a maior diferença, os 117 mil nascimentos de meninos foram quase 6% maior do que os 110,5 mil nascimentos de meninas.

A Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA) registra fenômeno semelhante. Para o instituto, em todos os últimos cinco anos, mês a mês, também foram registrados mais nascimentos de bebês do sexo masculino do que feminino. Em março de 2017 houve a maior diferença: nasceram 9.606 meninos, 710 a mais do que as 8.896 meninas.

Neste ano, a quantidade de crianças que nasciam no estado estava crescendo, tendência que foi revertida a partir de 2019. A diferença entre a quantidade de nascimentos de meninos e meninas também caiu a partir de 2017, mas o sexo masculino continuou na frente. Mesmo sem ainda ter terminado o ano de 2021, já é possível afirmar que será mais um período de mais nascimento de meninos.

Esse fenômeno é refletido nos dados da capital baiana. Assim como no estado, Salvador não teve um ano sequer de mais nascimento de meninas, segundo o IBGE. O ano que houve a maior diferença foi 2003, quando os 20 mil nascimentos de meninos chegaram a ser 8% a mais do que as 18,5 mil meninas registradas. Tanto a quantidade de nascimentos como a diferença entre os dados foi sendo reduzida com o passar dos anos.

A Arpen também registra mais nascimentos de meninos do que meninas em Salvador. No entanto, alguns meses pontuais já tiveram mais nascimentos de meninas. Entre setembro e dezembro de 2019, por exemplo, nasceram mais bebês do sexo feminino durante os quatro meses seguidos. Em janeiro de 2020, a tendência voltou a pesar para o lado masculino.

Mas afinal, o que explica esse fenômeno?
De acordo com a médica obstetra Gabriela Romeo, não há uma explicação concreta que justifique esse fenômeno, mas ela diz que alguns estudiosos falam em um “equilíbrio natural”.

“Por os homens morrerem mais cedo e mais do que as mulheres, é como se houvesse uma compensação. Por isso que a população na pirâmide etária costuma se igualar na idade jovem até que as mulheres se tornam maioria”, explica.

De fato, o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a população masculina é maior do que a feminina na faixa etária de 0 a 19 anos. A partir dos 20 anos, a quantidade de mulheres na Bahia é maior e a diferença entre as duas populações só cresce.

Na faixa das pessoas com mais de 100 anos, por exemplo, a quantidade de mulheres chega a ser maior do que o dobro da de homens. Eram 2.442 idosas centenárias frente aos 1.136 idosos com mais de 100 anos na Bahia, em 2010.

Essa mortalidade maior dos homens está associada com a sua expectativa de vida, que é menor do que a das mulheres, por alguns fatores apontados pelos cientistas, como hábitos de vida não saudáveis e exposição a situação de risco ou violência fatal.

Não é exclusivo da Bahia
Os dados do IBGE mostram que o maior nascimento de homens é um fenômeno que acontece em outros estados brasileiros e, inclusive, no Brasil como um tudo. A obstetra Gabriela Romeo vai além e descreve isso como um fenômeno mundial. “Em todo o mundo há o nascimento maior de meninos e as mulheres, em geral, vivem mais. Isso é um fenômeno mundial, inclusive reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica a cientista, reforçando que ainda não existe uma explicação concreta para isso.

“E por não existir, surgem lendas ou teorias que tentam explicar o assunto, inclusive na área médica. Há um estudo que aponta que o percentual de abortamento de bebês meninas é maior do que de meninos. Há uma lenda que diz que, para engravidar de uma menina, tem que ter relação antes do período de ovulação, mas é como eu disse, isso é pouco concreto. O que sabemos é que nascem mais meninos do que meninas e isso é um fato”, relata.

A assistente social Jaciane Silva ficou grávida em 2021 do menino Luís Antônio. Ela já está no oitavo mês e diz que não havia nenhum desejo em relação ao sexo do bebê, embora já imaginasse que fosse menino por causa do histórico familiar. “Seus outros três primos que já nasceram são todos meninos, mas a gente não se importava com o sexo dele não. O importante é que venha como Deus quer”, aponta.

Esse é o primeiro filho de Jaciane, o que pode justificar, para a obstetra, esse não desejo para que o bebê fosse de um sexo específico escolhido pelos pais. “Isso acontece mais no segundo filho, quando os pais quererem que venha do sexo oposto ao do primeiro, para que seja um casal. Quando não vem como eles queriam, alguns ficam até frustrados, mas isso é algo passageiro”, diz Gabriela. Existem procedimentos científicos que permitem aos pais escolherem o sexo do bebê.

“Mas isso não é permitido no Brasil. Temos técnicas de reprodução assistida ou fertilização in vitro que dá para os pais escolherem se vai querer menino ou menina, mas no Brasil, pela lei da reprodução assistida, essa escolha é proibida. Em outros países, como os EUA, isso já é permitido”, conta.

Cerca de 2,1% das crianças que nascem atualmente não são registradas
Os dados do IBGE apresentados nessa reportagem dizem respeito às crianças que nasceram e foram registradas no mesmo ano de nascimento. É importante destacar isso, pois o Brasil ainda possui problemas relacionados a não realização do registro de crianças. De acordo com a Arpen, usando dados do IBGE, 2,1% dos nascidos vivos atualmente não são registrados assim que nascem.

Por esse motivo, não é possível utilizar na reportagem dados inferiores ao ano de 2003, uma vez que, antigamente, o problema do registro tardio era ainda mais agravado no país. Inclusive, isso foi tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021: "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil".

“O registro de nascimento, que dá origem à certidão de nascimento, que é gratuita a toda a população, é o primeiro documento civil do cidadão, que confirma sua existência e confere ao recém-nascido nome, sobrenome, filiação, nacionalidade, direitos e a possibilidade de existir perante o Estado, sendo a base primária para todos os demais documentos civis”, explica a Arpen.

Ainda segundo a associação, o problema da invisibilidade civil era maior antigamente e vem reduzindo com o tempo “muito em razão de ações de mobilização, presença dos cartórios em unidades interligadas em hospitais e registros itinerantes. As particularidades do Brasil, com municípios de muita extensão territorial, isolados dos centros urbanos e a pouca valorização deste documento por parte de uma população que é excluída de direitos são algumas das explicações para a ausência do documento”, argumenta.

O ideal é que os pais façam o registro da criança assim que ela nasça. Para isso, basta comparecer no cartório do local de nascimento ou de domicílio da família, com os seguintes documentos: Declaração de Nascido Vivo; RG (pode ser substituído por CNH, RNE, passaporte ou documento profissional oficial nacional) e CPF dos pais; certidão de casamento do civil ou escritura pública de união estável; comparecer o pai ou a mãe da criança. O procedimento é gratuito.