O Jornal da Cidade

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O resultado do DNA e o depoimento do suspeito, com detalhes sobre o crime que batem com o que está no inquérito policial, embasam a crença da Polícia Civil de Pernambuco que Marcelo da Silva é mesmo responsável pela morte da menina Beatriz, em Petrolina, há mais de 6 anos. A motivação do crime foi porque Beatriz teria se assustado quando foi abordada pelo criminoso, que agiu para calá-la. Marcelo está preso na cidade de Salgueiro por outro crime, estupro de vulnerável, e foi identificado através de exames feitos na faca usada no crime. Ele confessou que matou Beatriz, explicou o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire.

"Ao haver contato do assassino com a vítima, a vítima teria se desesperado. E por isso foi silenciada a golpes de faca. Essa é a motivação alegada e se coaduna com a dinâmica minuto a minuto, segundo a segundo, que foi feita no trabalho investigativo, técnico-científico. Reafirmo, 100% das imagens foram recuperadas. Não há o que macular essa investigação e esse trabalho técnico-científico", disse o secretário. "Trabalho foi sério, comprometido, e chegou a uma prova técnico-científica".

Marcelo disse em depoimento que conseguiu entrar na escola após um momento inicial de dificuldade - o local recebia um evento com mais de 2 mil pessoas. "Ele menciona que transitou no local, teve contato com algumas pessoas. E quando teve contato com a vítima, após um breve contato, conversa, ela teria se assustado, se exasperado, e então a motivação foi silenciar ela, porque ele ficou preocupado que houvesse um revés contra ele", acrescenta. O suspeito não detalhou o que conversou com a menina.

Não há indícios de que Beatriz tenha sido vítima de qualquer violência sexual. A faca usada foi levada por Marcelo. "Ele já tinha a faca, circulou durante algum tempo, e as imagens corroboram, não tenho aqui detalhe da quantidade de minutos. A dinâmica foi estudada de segundo a segundo. Do momento que ele está lá fora, vultos, imagens não de muita qualidade, mas que podem trazer à investigação essa dinâmica", explica o investigador. "Ele entrou no local porque tinha muitas pessoas e queria conseguir algum dinheiro para sair da cidade".

Segundo a Polícia Civil, a força-tarefa vai continuar para concluir a investigação, compilando tudo que é necessário para finalizar o caso. "O acusado está preso por outro crime de estupro de uma menor de idade", acrescentou o secretário, explicando que Marcelo não era de Petrolina e estava de passagem.

A investigação não tem indicativo de outros criminosos envolvidos, e na confissão Marcelo diz que agiu sozinho. "A escolha da vítima, segundo a investigação e confissão, foi ao acaso. Ele estava transitando. E em razão desse desespero momentâneo dela (a matou)", reafirma.

O secretário ainda esclareceu que Beatriz foi morta com 10 facadas, e não 42. Segundo ele, foram 42 fotografias de lesões, mas uma mesma facada causou várias lesões.

A coletiva aconteceu na Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, no Recife, na manhã desta quarta-feira (12), um dia depois da polícia anunciar que havia identificado o suspeito pelo crime, que chocou o país.

Reconhecimento por DNA
O DNA foi coletado do cabo da arma, deixada no local do crime, pelos peritos. A faca foi entregue ao Instituto de Genética Forense, no Recife, um dia depois do assassinato. A partir da análise do material recolhido, foi possível comparar com o perfil de suspeitos. O DNA de Marcelo já fazia parte do Banco Estadual de Perfis Genéticos.

Ao todo, o material genético recolhido foi comparado com o de 125 pessoas consideradas suspeitas. Essas amostras foram coletadas pelos peritos desde 2015. "De lá para cá, o trabalho técnico-científico foi preciso de melhoria da qualidade da amostra", disse ele, classificando o trabalho como um "refino" para permitir que a amostra pudesse ser inserida no banco para comparações.

O perfil de Marcelo está no banco genético desde 2019. A partir de um primeiro indicativo positivo na comparação, várias outras análises são necessárias para confirmar a identificação. O Instituto de Genética Forense fez nova coleta do material genético do suspeito, na semana passada, para novos testes. Quatro peritos geneticistas assinam o laudo que aponta que o material recolhido na faca é mesmo de Marcelo.

O ano letivo ainda não começou, mas já tem muito pai e mãe preparando o bolso para a lista de material escolar. E este ano o preço está mais salgado, especialmente para artigos de papelaria. Esses itens tiveram um aumento de pouco mais de 18% em Salvador e Região Metropolitana nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são de dezembro de 2021 e foram divulgados nesta terça-feira (11), pelo Instituto.

Esse crescimento de 18% nos itens de papelaria é quase 40,2% mais alto que o índice geral da inflação, que fechou em 10,78%, em Salvador. Ou seja, eles aumentaram mais do que a média geral de produtos. Os preços nas papelarias soteropolitanas também aumentaram acima da média do Brasil, que teve alta de 8,74%. Em segundo lugar no ranking, estão os cadernos: eles encareceram 3,05% desde o último ano letivo. Já os livros didáticos tiveram aumento menor, de 0,91%.

De acordo com o superintendente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe-BA), a variação de preço dos materiais entre as lojas pode ser até quatro vezes maior. "Não dá para dizer que é mais barato neste ou naquele lugar. Na livraria, na papelaria, ou pela internet, a ordem é pesquisar tudo", aconselha o superintendente do Sinepe-BA, Jaime Davi Cardoso. "Temos relatos de diferença de preço superiores a 400% para um mesmo produto", alerta.

A dica do sindicato para economizar é reaproveitar o que foi usado nos outros anos, como canetas, mochilas, lápis e borrachas. “É bom comprar só o material do primeiro semestre, para diminuir os custos, além de comprar em conjunto com outros pais, fazendo pesquisa em atacadões, para negociar preços”, orienta o diretor do Sinepe, Jorge Tadeu Coelho.

Itens mais caros
As mães Brenda Santana e Jaqueline Flores, amigas e que têm uma criança cada, de dois anos de idade, foram, nesta segunda-feira (10), à Joana Angélica, na Avenida Sete, em busca dos materiais. É a primeira vez que elas têm essa experiência e já acham os preços salgados.

“Em uma outra loja, achei mochilas de R$ 100, agora, elas já estão por R$ 180. Tem muita relação com o período, pois já virou o ano e a volta às aulas está mais perto", conta Jaqueline. Para pagar menos, elas pesquisam mais antes de comprar. “Estamos pesquisando o máximo possível para conseguir economizar. Não queremos comprar algo ruim, mas materiais bons, com preços razoáveis, que caibam no nosso bolso também”, explica Brenda.

Daiane Oliveira, 35, foi em busca dos livros, lápis de cor, hidrocor e outros itens de papelaria para a filha, que está na alfabetização. Ela diz ter conseguido balancear o orçamento, por ter antecipado a compra de alguns produtos. "Quando vi os preços, antecedi a compra, com medo de pagar ainda mais caro. O jeito para economizar é esperar as promoções ou então comprar o kit de materiais oferecido pela própria escola. Onde a minha filha estuda, ele custa R$150,00, o que acaba saindo um pouco mais barato", diz Daiane.

Já Ithalanny Diniz, que se mudou de Recife para Salvador com os dois filhos, Yasmim e Ryan, no ano passado, não precisou comprar tanta coisa pois trouxe os materiais das crianças na mala. "Os preços estão absurdos. Só compramos os livros, que, para nós, já estava mais caro. Salvador é uma cidade bem mais cara que Recife em vários aspectos, inclusive no valor dos materiais”, conta Ithalanny.

A dica que ela dá é pechinchar o preço dos produtos no caixa. “Vi um caderno com uma manchinha na última página e já fui pedir um desconto”, indica a mãe. Ela também faz estoque dos itens mais usados pelas crianças ao longo do ano. "Lápis, caderno, cola e mochila estão sendo os materiais mais caros. Antes de vir pra cá, não gastava nem R$600 de papelaria, agora, só R$1.650 é de livros. Mas tenho meus truques, sempre tenho alguns materiais que vou comprando e estocando, tipo caneta, borracha e lápis, que eles vão perdendo ao longo do ano", completa Ithalanny.

Itens pela internet saem mais em conta
Ao contrário do que pensa Daiane, a doutoranda da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Andreia Macêdo**, 31, preferiu não comprar o kit de material escolar vendido na escola, porque achou mais caro. Ela dividiu as compras na Avenida Sete, Lapa e na Shoppe e fez uma economia de quase 50%. É o primeiro ano que o filho vai à escola – uma particular, em Brotas - e ele tem três anos.

“Cheguei a ver numa loja, um kit com mochila, lancheira e estojo, de R$ 200 e, o mesmo kit, de R$150, na Shopee, com frete grátis. O preço mais divergente, foi uma sacola transparente de 30x40, que a escola pediu. Nas lojas, o mais barato que achei foi R$ 15. Comprei na Shopee por R$ 2 e pouco. Parece pouco, mas, pagando menos em todos os itens, a economia foi grande”, detalha a mãe.

O item mais caro que ela comprou foi o kit mochila e lancheira, por R$ 280. “Paguei porque meu filho pediu um tema específico, Pocoyo, e queria dar para incentivar na escola", explica Andreia. Já os livros paradidáticos ela comprou na Amazon, mais barato que pelo representante que a escola indicou. “Acho que o que fez diferença pra mim foi a Shopee, porque já tinha olhado tudo antes, para poder comparar os preços, e já conhecer as lojas, na rua, para saber onde encontrar”, conclui.

Queda de 65% nas vendas
Apesar de ser comum o aumento das vendas durante o começo do ano, ao circular pelas papelarias da Joana Angélica, na Avenida Sete, é fácil perceber que muitas dessas lojas estão vazias. De acordo com vendedores de lojas ouvidas pelo CORREIO, as vendas caíram até 65% este ano, comparado aos anos anteriores.

"Esse ano, as vendas estão mais fracas que nos outros. Por conta da pandemia, muita gente fica com medo de vir comprar, de levar o produto e não ter aula. Quem está em casa não compra mochila", explica a vendedora Judite Machado. Ela ainda afirma que os itens mais vendidos são os mais básicos - caderno, lápis, borracha e caneta.

Já a vendedora Marlucia Teixeira acredita que a queda no movimento seja fruto da nova política de venda de kits de materiais escolares nas escolas de Salvador. "Elas estão tomando os clientes da gente, fazendo parceria com livrarias e vendendo kits de materiais de papelaria, aí não fica justo. As vendas estão 65% mais baixas”, completa Marlucia.

Já em outra loja da Joana Angélica, o administrador Davi Martins conta que não só os itens de papelaria estão em baixa, mas também os livros. "Infelizmente, as escolas estão vendendo materiais, os livros saem sem nota fiscal e isso acaba tirando uma grande fatia das livrarias. Deixamos de vender muitos livros por causa disso, as editoras estão fazendo parceria com as escolas para vender só lá", esclarece Davi.

Sobre essa prática de as escolas venderem kits de material escolar, o vice-presidente do Sinepe Bahia, o professor e advogado Nelson Souza, informa que "a escola é uma prestadora de serviços, portando, não pode vender material ou fardamento escolar a não ser que tenha constituído uma Pessoa Jurídica para isso”. As escolas tampouco podem exigir que a aquisição do material seja feita no próprio estabelecimento. A única indicação de lojas permitida é para os uniformes.

Procon orienta para itens proibidos na lista
Alguns itens são proibidos de estarem na lista de material escolar das escolas. O diretor de fiscalização da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA), Iratan Vilas Boas, alerta que os produtos de uso coletivo, de limpeza e os de uso administrativo da escola não podem estar na lista.

Essa proibição está expressa na Lei Estadual nº 6586/1994. Segundo o texto, estão vetados da lista: papel-ofício, papel higiênico, fita adesiva, cartolina, estêncil e tinta para mimeógrafo, verniz corretor, álcool, algodão, artigos de limpeza e higiene, dentre outros.

Vilas Boas ainda diz que as instituições devem apresentar o plano de execução didático pedagógico, detalhando como será a utilização dos materiais exigidos. “As escolas estão obrigadas a apresentar ao consumidor, previamente, um plano didático pedagógico. Isso facilitará, para o consumidor, conhecer a destinação do produto e identificar, se há ou não, uma solicitação inadequada”, explica o diretor de fiscalização.

O Procon-BA ainda alerta que as instituições não podem especificar marcas, determinar locais específicos para compra, ou ainda determinar, ou forçar, compra de livros e cadernos nas próprias escolas. Em caso de suspeita de cobrança indevida, os consumidores podem denunciar através do aplicativo Procon BA Mobile, para que o órgão busque providências cabíveis.

Como economizar?
O educador financeiro e professor da UniRuy Ângelo Guerreiro dá conselhos para os familiares economizarem na compra de material escolar. “Janeiro junta uma série de despesas não recorrentes que demanda um desembolso muito concentrado, como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar. A alternativa é montar grupos de desapego, com pais na mesma escola, do ano anterior, que podem estar vendendo fardas e livros usados”, orienta Guerreiro.

Uma segunda opção é comprar em conjunto com esse grupo de responsáveis em papelarias e livrarias. "Negociar de forma coletiva normalmente tem um desconto. Se alguma dessas pessoas tiver um CNPJ, melhor ainda. Porque alguns desses negócios vendem pra pessoa jurídica e têm incentivos fiscais que permitem gerar um preço ainda menor. Uma coisa é comprar sozinho, outra coisa é ir com mais dez pessoas ao meu lado, tem um poder de barganha melhor”, esclarece o professor.

Ele também pontua que não se deve deixar para comprar os materiais de última hora. Sobre os itens de papelaria estarem mais caros que o próprio índice geral do IPCA, Ângelo Guerreiro diz que é por conta desses produtos serem derivados do petróleo, commodity que tem aumentado de preço durante a pandemia. “O papel vem da celulose, que é commodity. A madeira e demais itens que têm plásticos e tintas, tudo isso é derivado de produtos químicos que, no final, derivam do petróleo, que é commodity. Então com certeza esses itens subiram mais do que do que o IPCA”, conclui.

Ranking de vendas
Quem vai às compras, tem buscado, principalmente, os materiais básicos. Segundo a Le Biscuit, os cadernos de uma matéria, os cadernos universitários de dez matérias e os kits de mochilas infantis, com lancheira e estojo, lideram as vendas na rede. Eles têm exemplares de uma matéria a partir de R$ 5,99 e com dez matérias a partir de R$ 9,99. Aqueles que vem com os personagens do momento, como o Homem Aranha e o Patrulha Canina, estão entre os mais vendidos.

Ainda segundo informações fornecidas pela loja, as pessoas pesquisam mais antes de levarem os itens de papelaria para casa. A assessoria da rede Kalunga não conseguiu responder dentro do prazo de fechamento do texto. Já a Papel e Cia foi procurados pela reportagem, mas não respondeu à solicitação.

Veja os preços de alguns materiais:

Caderno com uma matéria:
Le Biscuit: R$ 5,99
Kalunga: R$ 8,50
Papel e Cia: R$ 6,49
Lojas Americanas: R$ 7,99

Caderno dez matérias:
Le Biscuit: R$ 9,99
Kalunga: R$ 18,50
Papel e Cia: R$ 10,90
Lojas Americanas: R$ 12,99

Kit de mochila infantil:
Le Biscuit: R$ 149,99
Kalunga: R$ 85,20 (apenas mochila)
Papel e Cia: R$ 59,90 (apenas mochila)
Lojas Americanas: R$ 74,80

kit de Lápis:
Le Biscuit: R$ 3,99
Kalunga: R$ 3,30
Papel e Cia: R$ 0,90 (unidade)
Lojas Americanas: R$ 4,90

Borracha:
Le Biscuit: R$ 1,50
Kalunga: R$ 1,90
Papel e Cia: R$ 0,35
Lojas Americanas: R$ 0,90

Caneta azul:
Le Biscuit: R$1,99
Kalunga: R$1,20
Papel e Cia: R$0,97
Lojas Americanas: R$1,45

Lápis de cor:
Le Biscuit: R$ 3,99
Kalunga: R$ 2,30
Papel e Cia: R$ 3,99
Lojas Americanas: R$ 5,96

Hidrocor:
Le Biscuit: R$ 4,99
Kalunga: R$ 9,90
Papel e Cia: R$ 4,84
Lojas Americanas: R$ 7,99

As vacinas ainda não chegaram, mas o esquema já está todo armado. Nesta segunda-feira (10), a Prefeitura de Salvador divulgou o planejamento para a vacinação das crianças de 5 a 11 anos, autorizada pelo Ministério da Saúde em 5 de janeiro. Serão 65 pontos de imunização e os postos vão funcionar das 8h às 18h.

Em toda a Bahia, são 1.447.163 crianças nessa faixa etária registradas no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 149.214 delas em Salvador. É possível consultar o nome da criança ou fazer o recadastramento através do portal da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ou presencialmente, em uma das 155 unidades básicas da rede municipal, de segunda a sexta, a partir das 8h.

No caso das crianças que não têm cartão SUS de Salvador ou estão com cadastro em outra cidade, os pais ou responsáveis devem procurar uma unidade da prefeitura-bairro para conseguir o documento ou fazer a transferência de domicílio. Para esse serviço, é preciso fazer agendamento pelo site do Hora Marcada.

No momento da vacina, além dos originais e cópias dos documentos do adulto e da criança e do cartão de vacina, será necessário apresentar uma declaração de um dos pais autorizando a proteção. A declaração pode ser preenchida e assinada no ato da vacina ou impressa no site da SMS, para quem preferir levar pronta.

Na casa da recepcionista Ana Virgínia Lima, 42 anos, todos já estão imunizados, com exceção do pequeno Lucas, 9 anos. A mãe contou que o garoto está ansioso para receber a vacina, mas está mais empolgado pela novidade do que propriamente pela proteção.

“Meu esposo o levou no dia que foi tomar a vacina, eu também levei na minha vez, e ele foi também com o irmão mais velho. Ele está vendo os primos tomando e postando foto e comentando, então, está empolgado. A gente já explicou porque é importante ele tomar a vacina e ele entendeu, mas tem esse outro lado que a criança adora”, contou.

A vacinação de crianças foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 16 de dezembro, mas o Ministério da Saúde só autorizou a aplicação das doses no dia 5 de janeiro.

O prefeito Bruno Reis (DEM) contou que fará ações para tornar o dia lúdico e que uma campanha será lançada com o tema ‘Dia das Crianças é Dia da Vacina’ para incentivar os pais. Estão previstas participações do Le Cirque, atrações do Programa Ruas de Lazer e Anderson Martins DJ. Além disso, os profissionais de saúde estão sendo capacitados para realizar os atendimentos aos pequenos.

"Nossa expectativa é que até o final da semana possam chegar a Salvador [as doses] e vamos iniciar de imediato a vacina para as crianças para todos aqueles pais que quiserem vacinar seus filhos de 5 a 11 anos", afirmou o prefeito.

Objetivo
A meta é proteger 60 mil pessoas no Dia das Crianças, Dia da Vacina. Será usado o imunizante da Pfizer, em uma dose com 0,2 ml e composição específica para esse grupo etário. A vacina da covid não será administrada junto com outros imunizantes do calendário infantil. A recomendação, por precaução, é fazer intervalo de 15 dias.

A pediatra e presidente da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), Dolores Fernandez, disse que as vacinas permitiram o controle de doenças que assolavam a população no passado e que todos os imunizantes do calendário vacinal precisam ser defendidos e aplicados.

“Graças às vacinas conseguimos erradicar a poliomielite, a varíola e o sarampo. Os conhecimentos sobre as vacinas são de muito tempo e a da covid virá para o calendário vacinal, assim como aconteceu com as outras. Ela é segura, já foi aplicada em vários países e, o mais importante, com bons resultados”, disse.

Ela destacou a imunização dos adultos como um exemplo da segurança da vacina, onde a gravidade dos casos diminuiu e os efeitos colaterais foram ínfimos, e lembrou que a alta na ocupação de leitos pediátricos – Salvador está com 95% de ocupação – se deve a saída das crianças do isolamento.

“Por isso, é importante mais do que nunca a vacinação. Uma criança não vacinada tem quatro vezes mais chances de desenvolver formas graves da doença. É preciso conversar com os filhos e lembrar que vacinação é caso de saúde pública. Eu me vacino e você se vacina, não por mim ou por você, mas para que toda a comunidade seja protegida”, disse.

A taxa de ocupação dos leitos pediátricos no estado é de 83%. O doutor em microbiologia e professor da UniFTC, Hebert Pina, contou que a desinformação é tão letal quanto o vírus. Ele pediu que os pais busquem fontes confiáveis antes de tomar decisões e que vacinem os filhos.

“As crianças sempre se vacinaram contra várias doenças e as vacinas também tinham efeitos colaterais em suas composições, como acontece com todo tipo de medicamento. O que temos visto é uma distorção, interpretações equivocadas dos estudos científicos que são apresentadas como sendo estudos”, disse.

O biomédico citou como exemplo a afirmação de que a miocardite (inflamação da camada média da parede do coração), apontada como um efeito colateral da vacina, será desenvolvida na criança que for imunizada, deixando de ser uma exceção para se tornar uma regra. “Foram feitos teste, no Brasil e fora do Brasil, que garantem a segurança dos imunizantes. É precioso tranquilizar os pais e que eles entendam que precisam proteger os filhos”, disse.

Prazo
Procurado, o Ministério da Saúde disse que encomendou mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer. Os imunizantes serão aplicados em duas doses, com intervalo de oito semanas da primeira para a segunda aplicação.

“A previsão é que essas unidades sejam entregues no primeiro trimestre deste ano. Até o fim de janeiro, a estimativa é que 4,3 milhões de doses cheguem ao país. A primeira remessa desembarcará no Brasil em 13 de janeiro, com novas entregas programadas para os dias 20 e 27 deste mês”, diz a nota.

Desde que a pandemia começou até dezembro do ano passado, foram registradas 311 mortes de crianças de 5 a 11 anos por Covid-19 no país. Foram 162 óbitos em 2020, e 149 em 2021.

Vacinação em Salvador:

Antes de se dirigir ao posto de imunização confira se seu filho está registrado no SUS de Salvador, através do portal da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ou presencialmente nas unidades.
Caso não esteja registrado ou o registro seja de outra cidade, faça esse cadastro nas prefeituras-bairro. É necessário levar documentação dos pais e da criança, e comprovante de residência.
No dia da vacina não esqueça: máscara, documentos dos pais, da criança, originais e cópias do cartão de vacina e uma declaração de um dos pais autorizando a proteção. A declaração pode ser assinada no ato da vacina ou impressa no site da SMS e preenchida em casa.
A documentação exigida dos pais é a carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS. Para as crianças, é necessário apresentar certidão de nascimento e cartão SUS (se houver).
Depois da imunização contra a covid, a criança deve esperar 15 dias para receber qualquer outro tipo de vacina. A segunda dose será aplicada oito semanas após a primeira.

Congestão nasal, corpo mole e febre leve. Esses foram os sintomas que o produtor Matheus de Morais, 26 anos, apresentou a partir do dia 4 de janeiro. Eles coincidem com os principais sintomas que a variante ômicron do novo coronavírus causa, mas Matheus não sabe com qual cepa foi infectado, só sabe que foi diagnosticado com a covid-19. Nem todos os amigos do produtor, que também apresentaram sintomas gripais, fizeram teste. E é por isso que especialistas alertam para uma subnotificação de casos da ômicron no estado. A variante pode estar mais presente aqui do que indicam os 12 casos identificados nesta segunda-feira, 10, pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab).

“Com certeza, há subnotificação. Muito provavelmente a ômicron já é a variante dominante aqui em Salvador e na Bahia, como em outros locais. E isso se deve muito às festas de Réveillon. Mas nem todo mundo testa, nem mesmo os que têm sintomas. E nem todos os testes vão para a triagem para a detecção de variante. Então na verdade, no país todo, estamos no escuro e isso é preocupante porque precisamos de dados para entender o cenário real e tomar medidas”, diz o imunologista Celso Sant’anna.

Nesta segunda-feira (10), o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) divulgou que detectou 12 amostras da variante ômicron na Bahia. Esse total representa 12,5% dos 96 sequenciamentos realizados em amostras coletadas no mês de dezembro.

Os casos foram identificados em residentes de Salvador, Guanambi, Seabra, Camaçari, Madre de Deus e São Francisco do Conde. São sete homens e cinco mulheres, sendo o mais novo de 14 anos e o mais velho com 41 anos. Foram sete casos registrados na capital baiana, mas apenas um era residente, sendo os demais tripulantes de navios. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no entanto, afirmou que todos os casos referentes a Salvador são de turistas, negando que haja um residente em meio aos infectados com a ômicron.

Com a divulgação dos 12 casos, a Secretária da Saúde do Estado, Tereza Paim, alertou que a atenção agora deve aumentar. ”Estamos vendo nos dados uma elevação do número de positivos covid. Nós vínhamos com uma média de 2 mil casos ativos. Passamos agora a 4.467”, afirmou.

Matheus de Morais diz que não sabe de quem pegou a doença porque, do seu ciclo de amigos, mais de uma pessoa foi infectada. “Um amigo meu fez o teste e deu positivo. Eu tive contato com ele, mas não sei se foi dele que peguei porque outros dois amigos também testaram positivo e outras pessoas do meu ciclo ficaram com esses sintomas de gripe mas não chegaram a fazer teste”, conta. Ele teve dificuldade de receber o diagnóstico porque, no primeiro dia de tentativa, os testes acabaram antes do horário de encerramento do atendimento devido à alta procura.

A variante ômicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul, em novembro do ano passado. Todos os continentes já apresentam casos. No Brasil, os primeiros casos surgiram em São Paulo, ainda no final de novembro. O país já tem a primeira morte por ômicron confirmada. Trata-se de um idoso de 68 anos morador de um abrigo em Goiânia (GO). Ele tinha uma doença pulmonar e hipertensão arterial. A morte aconteceu no dia 27 de dezembro de 2021 e foi confirmada no dia 6 de janeiro deste ano.

Qual nível de preocupação a ômicron traz?

O imunologista destaca que a nova variante, apesar de menos letal, é extremamente transmissível. “É uma capacidade de transmissão impressionante, superior ao sarampo. A letalidade, no geral, é baixa. Mas isso não significa que não há preocupação. Pode haver desfecho grave com essa variante, inclusive, para quem tomou a vacina, mesmo que isso seja raro. Não há proteção de 100%. Mas o bom é que temos um contingente grande de pessoas vacinadas ou que estão pegando a doença e criando anticorpos, então vamos construindo uma imunidade coletiva”, acrescenta Sant’anna.

Washington Franca-Rocha, coordenador do portal Geocovid e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), concorda que “certamente há subnotificação, devido aos sintomas menos intensos causados por essa variante" e faz o alerta. “O padrão apresentado na Europa e Estados Unidos, onde a ômicron encontra-se no auge, é de baixa letalidade, que vem sendo atribuída à proteção pelas vacinas. Entretanto, cabe salientar que no Brasil ao menos 30% não receberam duas doses de vacina e apenas 20% se encontram imunizados com a terceira dose”.

De acordo com a secretária Tereza Paim, cerca de 2,4 milhões de baianos ainda não retornaram para tomar as segunda ou terceira doses. Dados do Vacinômetro Bahia indicam que, se considerada uma população de 15 milhões de habitantes, pouco mais de 60% da população total está com 2ª dose e cerca de 10% com a dose de reforço.

Os estudos apontam que a variante ômicron é muito mais contagiosa do que as antecessoras, e por isso o mundo tem batido sucessivamente o recorde de casos diários de covid-19. A notícia boa é que os números de mortes não acompanharam a explosão de casos. O risco de hospitalização também é menor. De acordo com um estudo feito pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA), as chances de um paciente com ômicron ser hospitalizado é igual a um terço das chances de um paciente com delta.

As vacinas protegem contra a ômicron?

A análise também concluiu que a proteção contra hospitalizações dada pelas vacinas é "boa" contra a ômicron. Uma dose da vacina foi associada a um risco 35% menor de hospitalização entre casos sintomáticos com esta cepa, enquanto duas doses reduzem em 67% esse risco, até 24 semanas após a segunda dose; com 25 semanas ou mais de aplicação da segunda dose, esse risco é reduzido em 51%. Uma terceira dose foi associada com risco 68% menor de hospitalização, na comparação com os não vacinados, diz o comunicado do Reino Unido.

Para a infectologista e pesquisadora da Fiocruz, Fernanda Grassi, diz que a cobertura vacinal que o Brasil tem hoje não é suficiente para conter a ômicron. “A cobertura vacinal da covid ainda não atingiu os níveis necessários para barrar a infecção, ainda mais agora com o surgimento da ômicron. Vários estudos têm mostrado que apenas duas doses de vacina não protegem completamente contra essa variante”, coloca.

Segundo o imunologista Celso Sant’anna, a cobertura vacinal suficiente para barrar a ômicron é relativa.

“A segunda dose, no geral, protege. Mas a proteção vai diminuindo ao longo do tempo, principalmente após seis meses, então a terceira dose é fundamental. Estudos apontam que todas as vacinas, na terceira dose, dão proteção de ao menos 80% contra a forma grave da doença. E o fato é que quanto mais avançado no esquema vacinal você estiver, melhores são as suas chances contra a doença, então não tem por que não vacinar!”, defende.

Sant’anna diz ainda que a ômicron pode ser “o começo do fim”, mas que ainda é cedo para cravar as cenas dos próximos capítulos. “O que parece é que estamos caminhando para um equilíbrio em relação à pandemia no sentido de que, talvez, essa seja a última variante de destaque, que terá alta transmissão, mas baixa letalidade. Aí passaríamos a conviver com esse vírus como convivemos com outros sob controle. Mas ainda é cedo para termos conclusões definitivas e, para chegar a isso, há uma transição ainda preocupante porque estamos tendo pressão no sistema de saúde”, finaliza.

Quais são os sintomas provocados pela ômicron?

A variante ômicron traz algumas novidades em relação ao que já se sabia sobre a covid-19. No início da pandemia, o período de incubação da doença, ou seja, o intervalo entre a data de contato com o vírus até o início dos sintomas, era estimado em até 14 dias. Agora, com a ômicron, os sintomas aparecem entre 3 a 5 dias após o contágio. Além disso, o paciente pode transmitir a doença antes mesmo dos sintomas se manifestarem. Mas quais são esses sintomas?

Febre e perda ou alteração do olfato e paladar foram reconhecidos como os principais sinais de infecção por coronavírus nos últimos dois anos. No entanto, a variante ômicron está provando causar diferentes efeitos, e seus sintomas podem ser confundidos com um resfriado comum, isso porque ela afeta mais as vias aéreas do que o pulmão. Veja quais são eles por ordem de frequência (levantamento do aplicativo ZOE Covid, que acompanha as manifestações clínicas da doença desde o início da pandemia):

Dor de cabeça
Coriza
Fadiga
Espirros
Dor de garganta
Tosse
Voz rouca
Calafrios
Febre
Tontura
Confusão mental
Olfato alterado
Dor nos olhos
Dores musculares incomuns
Perda de apetite
Perda de cheiro
Dor no peito
Glândulas inchadas
Desânimo

Quais cuidados devem ser tomados?

O advogado Guilherme Pitanga, de 25 anos, foi um dos contaminados com covid-19 na onda das festas de final de ano. Os sintomas começaram já no dia 1º de janeiro. “Começou com uma simples coriza. Depois disso, nos três dias seguintes, espirrei bastante, tossi bastante, tive febre, dor de cabeça e secreção. Daí, na última sexta-feira, fiz o teste, depois de rodar de Stella Maris até o Bonfim em busca de vaga, e deu positivo”, conta.

Guilherme passou a virada de ano em Morro de São Paulo com os amigos e admite que relaxou em relação aos cuidados que vinha mantendo desde o início da pandemia. “Eu, sinceramente, não esperava esse baque. Sei que a vacina não nos imune a ponto de não nos contaminarmos mais, mas não esperava esse ‘boom’. Mas, pelo menos, a vacina serviu muito para inibir os sintomas mais graves, tornando a maioria dos casos em uma ‘gripezinha’”, diz.

Para os especialistas, esse relaxamento de cuidados, que não está restrito a Guilherme, é preocupante. Como a ômicron é muito mais contagiosa que qualquer outra versão anterior do vírus, os cuidados precisam ser reforçados. Os infectologistas recomendam usar uma máscara de qualidade superior às de tecido e cirúrgicas. A PFF2, por exemplo, tem uma filtragem melhor, além de vedar bem as entradas e saídas de ar. Mesmo ao ar livre, a recomendação é não tirar a máscara e sempre que possível evitar aglomerações.

“A orientação é que, primeiro de tudo, quem não tomou a vacina, vá tomar. Seja a primeira, a segunda ou a terceira dose. É preciso que as pessoas completem o ciclo para que a gente possa ter uma população o mais imunizada possível. Quando o vírus está no processo de transmissão e se esbarra em pessoas protegidas, com imunidade, ele não vai encontrar um terreno para se propagar. Além disso, é preciso que a sociedade continue seguindo as orientações que existem desde o início da pandemia: utilização de máscara, uso do álcool em gel e adoção do distanciamento”, diz Ivan Paiva, coordenador médico de urgência e emergência de Salvador.

A partir do momento da suspeita de infecção, a recomendação é testar e procurar atendimento médico. “É preciso procurar o mais rápido possível um hospital porque alguns sintomas são diferentes dos tradicionais da covid inicial. Então as pessoas acham que estão com gripe ou resfriado, rinite, qualquer outra coisa. Então é preciso testar e receber orientação médica”, orienta o imunologista Celso Sant’anna. Ele acrescenta que a ômicron é mais difícil de ser detectada pelo teste rápido, então o ideal é o RT-PCR, mas, de todo modo, em caso de teste rápido, o ideal é fazer 5 dias após o contato com alguém infectado ou início de sintomas.

É recomendado isolamento de ao menos cinco dias a partir do aparecimento do primeiro sintoma ou a partir do teste positivo, para o caso de pessoas assintomáticas. Este é o período em que o risco de transmissão começa a cair, mas isso não significa que ele se anule. “O ideal são 14 dias ou ao menos 10, mas já estamos vendo o período de isolamento de 5 dias quando o paciente é assintomático ou tem sintomas leves. Mas eu não defendo esse período porque é uma variante muito transmissível. Claro que cada caso é um caso porque temos países como a França com falta de médicos porque estão todos contaminados, aí flexibilizaram esse tempo e os médicos que estavam bem voltaram a trabalhar. Nos Estados Unidos, por exemplo, está todo mundo se infectando e tem empresas sem funcionários”, explica Celso Sant’anna.

Saiba onde testar em Salvador:

Os testes rápidos de antígeno podem ser feitos das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o resultado é liberado em cerca de 30 minutos.

Centro Histórico

UBS 19º CS Pelourinho
UBS Péricles Esteves Cardoso - Barbalho
UBS Santo Antônio
Itapagipe

USF São José de Baixo - Lobato
UBS Virgílio de Carvalho - Bonfim
UBS Ministro Alkimin - Massaranduba
São Caetano / Valéria

USF Nossa Senhora de Guadalupe – Alto do Peru
USF San Martim II - Fazenda Grande do Retiro
USF Boa Vista do Lobato
USF Lagoa da Paixão - Nova Brasília de Valéria
UBS Péricles Laranjeiras - Fazenda Grande do Retiro
Liberdade

USF IAPI - Pau Miúdo
Brotas

USF Candeal Pequeno
USF Mário Andréa (14º CS) - Sete Portas
UBS Major Cosme de Farias - Cosme de Farias
Barra / Rio Vermelho

USF Úrsula Catarino Garcia - Fazenda Garcia
USF Ivone Silveira – Calabar
USF Engenho Velho da Federação
Boca do Rio

UBS César de Araújo - Boca do Rio
USF de Pituaçu
Itapuã

USF Parque São Cristóvão
USF Vila Verde
USF CEASA I e II
USF São Cristóvão
USF KM 17 - Itapuã
Cabula / Beiru

UBS Calabetão
USF Deputado Cristóvão Ferreira Saramandaia - DETRAN
UBS Prof. Humberto C. Lima Pernambuezinho - Pernambués
USF Raimundo Agripino Sussuarana - Sussuarana
Pau da Lima

UBS Dra. Cecy Andrade - Largo da Feirinha
UBS Canabrava (Rua Bem-Te-Vi)
UBS Sete de Abril
UBS Castelo Branco
USF Gal Costa
UBS Vale dos Lagos
USF Canabrava (Rua Artêmio Valente)
Subúrbio Ferroviário

USF Ilha Amarela
USF Rio Sena
USF Bate Coração
USF Vila Fraternidade
USF Fazenda Coutos III
USF Beira Mangue - São Bartolomeu
USF São Tomé de Paripe
Cajazeiras

USF Palestina - Fazenda Grande I
USF Cajazeiras / Jaguaripe I - Fazenda Grande II
USF Fazenda Grande III
Quantas variantes existem?

As variantes mais comentadas são as chamadas variantes de preocupação, assim classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) porque há evidências de que são mais transmissíveis, podem escapar da imunidade adquirida (via vacina ou infecção natural) e/ou provocar versões mais graves da covid-19. Até o momento, além da ômicron, existem quatro variantes de preocupação.

Relembre quais são elas:

Alfa (antiga B.1.1.7) - detectada pela primeira vez no Reino Unido em setembro de 2020
Beta (antiga B.1.351) - detectada pela primeira vez na África do Sul em dezembro de 2020
Gama (antiga P.1) - detectada pela primeira vez no Brasil em novembro de 2020
Delta (antiga B.1.617.2) - detectada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-Bahia) foram procurados para comentar sobre o espalhamento da variante ômicron na Bahia, mas não deram retorno.


A Salvador Produções, empresa responsável pela realização do Baile da Santinha In the Park, anunciou, nesta segunda-feira (10), o cancelamento das duas próximas atrações da festa que aconteceriam no dia 14 e 21 de janeiro. A suspensão do baile acontece após o governador da Bahia, Rui Costa, ter decretado a redução de público em eventos no estado.

A próxima edição do ‘Baile da Santinha’, ensaio de verão do cantor Léo Santana, seria no dia 14 de janeiro, a partir das 19h, no Parque Exposições Salvador, na Avenida Paralela. Uma das participações mais aguardadas era a do DJ Alok, que tocaria seus principais hits. Além de Alok, o agito também teria apresentações de Tayrone e João Gomes.

Rui Costa decretou a redução da capacidade máxima de público em estádios e shows, de 5 mil para 3 mil pessoas nesta segunda com o objetivo de frear o avanço do número de casos de coronavírus e H3N2 na Bahia. "Nós limitamos todos os espaços a 50% da capacidade, isso vale pra teatro, cinema e qualquer espaço de evento. E, neles, o limite máximo é de 3 mil pessoas", anunciou em entrevista à TV Bahia. A medida é válida também para estádios de futebol.

Os clientes que adquiriram passaporte ou ingresso para o Baile do dia 14 deverão solicitar o reembolso conforme a política de compra no local ou plataforma em que comprou o ingresso: Loja Bora Tickets, loja do Pida, www.boratickets.com.br www.sympla.com.br

A Salvador Produções informou ainda que realizará nesta sexta (14), às 20h, um novo evento, com formato diferenciado para 3.000 pessoas seguindo orientações do decreto, o “ENSAIOS DE VERÃO”, com shows de Léo Santana, João Gomes e Tayrone. As vendas para este evento começam nesta terça (11).

Os trabalhadores dos municípios baianos de Itabuna e Itororó poderão sacar, a partir de amanhã (11), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. Os municípios foram afetados por fortes enchentes no fim de ano.

Cada trabalhador atingido poderá retirar até R$ 6.220. Somente poderão sacar o FGTS os moradores de endereços informados pela Defesa Civil dos municípios à Caixa Econômica Federal.

A retirada poderá ser pedida por meio do aplicativo FGTS até 28 de março. Basta o trabalhador abrir o aplicativo e escolher a opção “Meus Saques”, sem a necessidade de comparecer a uma agência. Os documentos – foto de documento de identidade e comprovante de residência em nome do trabalhador de até 120 dias antes do desastre – poderão ser enviados pelo próprio aplicativo.

Caso o comprovante de residência esteja em nome do cônjuge, será necessário também enviar certidão de casamento ou escritura pública de união estável. O documento também pode ser incluído no aplicativo.

Ao pedir o saque, o trabalhador poderá indicar o crédito em uma conta de qualquer banco para receber os valores, sem nenhum custo. O prazo para retorno da análise e crédito em conta, caso aprovado o saque, é de cinco dias úteis.

Mais informações podem ser obtidas no site ou entrar em contato com a Caixa no telefone 0800-726-0207.

Até o momento, a Caixa autorizou o saque antecipado do FGTS para 12 municípios da Bahia e dois de Minas Gerais, todos afetados pelas chuvas. Na Bahia, a medida também vale para os moradores de Canavieiras, Eunápolis, Gandú, Ilhéus, Medeiros Neto, Mundo Novo, Prado e Teixeira de Freitas. Em Minas Gerais, os moradores de Águas Formosas e Machacalis podem retirar o dinheiro.

Os bares e restaurantes de toda a Bahia serão obrigados a exigir comprovante de vacinação dos clientes. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (10) pelo governador Rui Costa.

"No caso dos bares e restaurantes nós não limitamos a quantidade de pessoas, mas será obrigatório a exigência do passaporte da vacina. Isso vale para todos os ambientes onde as pessoas precisam tirar as máscaras. A entrada (nesses espaços) será permitida apenas para pessoas vacinadas".

A medida é válida para todo o estado e será divulgada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (10).

Segundo Rui Costa, hoje a Bahia tem 4.400 casos ativos de covid-19. "Em dezembro, eram 2 mil casos ativos. Considerando que temos muita subnotificação porque os municípios reduziram de forma expressiva a testagem, esse número com certeza ainda está subnotifcado. O decreto vale por 15 dias, podendo ser alterado para um prazo menor a depender desse número", explicou em entrevista à TV Bahia.

Além disso, Rui anunciou que todos os espaços fechados como teatros e cinemas poderão receber apenas 50% do seu público. Já os shows e estádios terão público máximo estabelecido em 3 mil pessoas. Antes do novo decreto, eram permitidas até 5 mil pessoas.

A decisão é divulgada no dia em que o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) detectou 12 pessoas infectadas com a variante Ômicron no estado. Além da identificação da Ômicron, foram detectadas 81 amostras da variante delta.

O governador Rui Costa anunciou um decreto com novas medidas para frear o avanço do número de casos de coronavírus e H3N2 em toda a Bahia. Uma das medidas é a redução da capacidade máxima de público em estádios e shows, de 5 mil para 3 mil pessoas.

"Em função do aumento do número de casos, reduzimos de 5 mil para, no máximo, 3 mil pessoas. Nós limitamos todos os espaços a 50% da capacidade, isso vale pra teatro, cinema e qualquer espaço de evento. E, neles, o limite máximo é de 3 mil pessoas", anunciou em entrevista à TV Bahia. A medida é válida também para estádios de futebol.

O governador anunciou ainda novas medidas para bares e restaurantes. Os espaços não terão limite máximo de ocupantes, mas serão obrigados a exigir comprovante de vacinação de todos os clientes.

A decisão é divulgada no dia em que o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) detectou 12 pessoas infectadas com a variante Ômicron no estado. Além da identificação da Ômicron, foram detectadas 81 amostras da variante delta.

Ainda segundo Rui Costa, há um pré-colapso no sistema de saúde nas emergências das UPAs e emergências estaduais. "Tomamos essas decisões baseados nisso e no grande crescimento do número de casos ativos. Esses serão os dois indicadores que iremos monitorar: o percentual e a situação das UPAs e postos de saúde. Além, claro, dos casos ativos. Estamos preocupados também com as crianças, pois houve um aumento de casos de covid e H3N2 entre elas. Mesmo que não se agrave, elas precisam de atendimento médico", finalizou o governador.

O decreto tem validade inicial de 15 dias, podendo ser suspenso antes do prazo, caso haja baixa no número de casos. A medida também pode ser prorrogada.

Nesta segunda-feira (10), o Vitória confirmou o surto de Covid-19 entre jogadores e integrantes da comissão do time. As atividades foram suspensas a partir desta segunda, e ainda não há uma programação de retorno.

O regime de internato na chácara Vidigal Guimarães, em que ficariam os jogadores concentrados e que já havia sido iniciado no dia 3 de janeiro, foi suspenso. Permanecem no local apenas os atletas infectados. São eles: David, Jeferson Renan, Alan Santos, Mateus Morais, Dinei, Caíque e Carlos.

Os assistentes técnicos Pedro Gama e Ricardo Silva, os preparadores Leonardo Fagundes e Rodrigo Santana, os treinadores de goleiro Itamar Ferreira e Victor Muller (da base) e Willian Jesus (do Setor de Inteligência) também estão infectados, além do diretor de futebol Alex Brasil.

Ainda segundo o clube, todos os contaminados estão assintomáticos e, de acordo com o gerente médico da equipe, os exames serão repetidos na próxima quinta-feira (13).

O Vitória tem estreia prevista para o próximo domingo (16), contra a Juazeirense, pelo Campeonato Baiano, às 16 horas, no Barradão.

Em outubro do ano passado, as micro e pequenas empresas (MPE) baianas tiveram um saldo líquido de 9.553 oportunidades, representando 76,7% dos postos de trabalho gerados no Estado. No acumulado do ano, esse quantitativo foi de 92.511, correspondendo a 77,9% das vagas geradas.

Os segmentos que mais geraram empregos foram serviços e comércio com, respectivamente, 41,7% e 27,4%. Nos dados disponibilizados desagregados por munícipio (mais atualizados), em setembro/2021, as MPE da capital baiana tiveram um saldo líquido de 2.681 oportunidades, representando 248%. No acumulado do ano, até setembro/2021, esse quantitativo foi de 16.669 postos de trabalho, correspondendo a 75% das vagas geradas.

De acordo com a gerente adjunta da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae-Bahia Isabel Ribeiro, em novembro de 2021, a Bahia possuía 19.132.675 empreendimentos de micro e pequeno porte. Esses empreendimentos representam cerca de 98% das empresas no país, que respondem por cerca de 50% dos empregos com carteira assinada. Os micro empreendedores individuais (MEI) correspondem a quase 70% do universo das MPEs.

“Quase nunca esses empreendedores viram oportunidades, geralmente, essas iniciativas surgem por uma necessidade de ocupação e geração de renda para sustentar a sua família”, afirma.

Serviços e comércio


Ela explica ainda que o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, obras de alvenaria, promoção de vendas e comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (minimercados, mercearias e armazéns e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar) concentram a maior quantidade de MEIs.

“Estamos falando de atividades que requerem baixos níveis de investimento, geralmente com nível de abrangência restrita à região onde estão instalados, exceto se adotarem outros canais de entrega (drivethru, entregas a domicílio, vendas on line) ou realizem comercializações/prestações de serviços nas vias públicas”, explica Isabel.


A representante do Sebrae salienta que, como se trata, em grande parte de empreendimentos iniciados com recursos próprios, com elevadas dificuldades em acessar o crédito, são liderados, geralmente, por pessoas de nível educacional mais baixo, com poucas qualificações técnicas ou gerenciais.

“As exceções ocorrem com profissionais liberais, que adquirem formações universitárias, a exemplo de veterinários, fisioterapeutas, jornalistas, educadores físicos, tecnologia da informação, contadores e outras profissões correlatas que, ou iniciaram suas carreiras por conta própria, ou foram desligados dos empregados com carteira de trabalho e passaram a prestar serviços, em geral para as mesmas empresas que foram desligados, na condição de prestadores de serviços”, esclarece.


Talento natural

O presidente da ABRH-BA Vitor Igdal salienta o talento natural do brasileiro para empreende e destaca a sétima posição ocupada pelo país no Global Entrepreneurship Monitor. “Se olharmos para Salvador e para a Bahia, percebemos que nos destacamos pelo talento da criatividade, que se somado com o empreendedorismo, resulta no fortalecimento do segmento da economia criativa”, diz.


O Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) Evandro Mazo reconhece que a realidade dos pequenos negócios é muito difícil em Salvador e na Bahia, com as restrições e adversidades da pandemia, falta de crédito, inflação em alta e demanda contida.

“No entanto, mesmo com todas essas dificuldades, tem havido um movimento de recuperação da atividade em 2021. No Estado, vê-se uma expressiva contribuição do setor industrial, que vem sendo puxada pela construção e também pelos setores de calçados e produtos alimentícios, compensando a perda ocorrida no ano com o encerramento da Ford”, defende.

Capacitação

Mazo salienta que a maioria dos empreendimentos é de micro e pequenas empresas. “No entanto, é bom destacar que as grandes empresas, apesar de em número reduzido, também geram emprego, além de gerar demanda para os pequenos negócios”, completa.

Isabel reconhece que apesar da importância socioeconômica desses empreendimentos, eles não apresentam potencialidades para o desenvolvimento de encadeamentos produtivos e incorporação de tecnologias mais modernas e robustas, capazes de contribuir para elevar a qualificação e produtividade da mão de obra, a produtividade e competividade da economia, o que deixa o país em uma situação pouco confortável nos indicadores de qualidade e produtividade quando comparada a outros países.

“Na verdade, estamos falando de um cenário de precarização nas relações trabalhistas com níveis de produtividade e competitividade que comprometem o nosso desenvolvimento econômico, produtivo e social”, complementa.
Para Igdal, os interessados em empreender precisam focar seus esforços na capacitação de habilidades como: empreendedorismo, gestão, marketing, liderança, inteligência emocional, vendas, comunicação, gestão de projetos e atendimento. “Só assim eles estarão na direção correta para realizar os seus objetivos pessoais”, acredita.


A Secretária de Desenvolvimento Econômico Mila Paes acredita que os interessados em vagas como essas podem ainda se preparar para participar dos processos seletivos, através de oficinas que ensinam desde a elaboração de um currículo até como se comportar em uma entrevista. “Há vagas disponíveis no SIMM, que são ofertadas através do Instagram: @semdecsimmsalvador e o agendamento do atendimento através do site: agendamentosemdec.salvador.ba.gov.br.”, finaliza.

Para garantir vagas:
1. Mantenha seu currículo atualizado;

2. Mantenha o seu processo de aprendizagem atualizado;

3. Reúna e apresente certificados de qualificações;

4. Reúna e apresenta Cartas de Recomendações;

5. Busque no seu bairro e nas redes sociais informações sobre qualificações, não apenas o Sistema S como outras ONGs – Organizações Não Governamentais tem ofertado uma ampla gama de capacitações. Participar de capacitações também uma forma de desenvolver redes de contatos e relacionamentos que podem gerar indicações e informar sobre oportunidades de emprego;

6. Acesse os sites de organismos públicos estaduais e municipais de intermediação de mão de obra;

7. Acesse sites e aplicativos particulares de intermediação de mão de obra;

8. Leia jornais e acesse outras mídias que informam sobre o mercado de trabalho.