O corpo de Marcus Vinicius da Silva Leal, de 22 anos, segunda vítima fatal de uma descarga elétrica enquanto trabalhava em Senhor do Bonfim, no norte da Bahia, foi retirado do próprio velório que acontecia na casa de sua família nesta quarta-feira (28). O motivo é que o Hospital Dom Antônio Monteiro (HDAM), onde Marcus estava internado, liberou o corpo para sepultamento sem antes encaminhá-lo para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

O acidente aconteceu no dia 20 de junho durante um serviço de instalação de postes de iluminação pública na Avenida do Contorno, no bairro Itamaraty. Na ocasião, Tarcísio Domingues de Souza, de 19 anos, morreu no local e outras cinco ficaram feridas. Marcus estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e teve a morte constatada na madrugada desta quarta-feira (28).

A família já estava velando o corpo quando equipes do DPT chegaram no imóvel e retiraram o corpo junto ao caixão para realizar perícia. Segundo o DPT, a guia para remoção foi emitida por volta das 11h. Não há previsão para uma nova liberação do corpo.

O Hospital não explicou como o corpo foi liberado para sepultamento antes de passar por perícia. Em caso de morte não natural, o corpo precisa passar por exame necroscópico para determinar a causa da morte.

Sérgio França, diretor do HDAM, informou ao CORREIO que a Fundação Fabamed, que administra a unidade médica, irá se posicionar posteriormente por meio de nota.

Segundo Antônio, padrastro de Marcus Vinicius, desde o dia 21 de junho, os médicos informaram à família que havia suspeita de morte encefálica. No dia seguinte, outra médica disse à família que iria iniciar o protocolo para confirmar a morte, mas que havia a necessidade de uma equipe especializada para atestar o óbito. No sábado (24) os médicos confirmaram a morte e a família foi consultada sobre a doação de órgãos.

Já no domingo (25), o padrasto da vítima disse que pediu ajuda do prefeito da cidade e só depois disso Marcus foi incluído na regulação para ser atendido em uma unidade com equipe especializada.

"O médico que toda vez batia na tecla que não era perito, que não podia afirmar que ele estava morto, fez os testes e confirmou a morte. Na terça (27), quando começou a falar em prefeito, falar em rádio, falar em rede social, o médico do dia para a noite virou perito e declarou a morte de Marcus. Informaram a irmã dele 23h30 e quando deu 1h da madrugada entregaram o corpo na casa sem fazer autópsia", lamentou Antônio.

O parente da vítima reclamou ainda da falta de fiscalização no local do acidente, onde Marcus foi eletrocutado. "Ele fazia serviço de ajudante de pedreiro, passou para pedreiro, pintor e agora morreu como eletricista, recebendo R$50. Os culpados têm que aparecer", concluiu.

Investigação
O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou procedimento na última quarta-feira (21) para apurar a primeira morte do caso. Na ocorrência de Tarcísio Domingues de Souza, de 19 anos, morreu no local em outros cinco trabalhadores ficaram feridos após um choque elétrico atingir o grupo de operários que trabalhava para a Prefeitura de Senhor do Bonfim, no norte da Bahia.

Os homens atingidos estavam a serviço da Jauá Construções Ltda., empresa contratada pela prefeitura de Senhor do Bonfim para instalação de iluminação pública ao longo da Avenida Itamaraty. Sem equipamentos de proteção e provavelmente sem capacitação para lidar com os riscos inerentes ao trabalho com corretes elétricas, os operários receberam uma forte descarga elétrica assim que o poste que estavam fixando tocou na fiação aérea do local.

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Nenhum homicídio foi registrado nos eventos de São João realizados em 244 cidades da Bahia. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) empregou cerca de 23 mil policiais e bombeiros, que atuaram em prisões, apreensões e abordagens no estado.

Com mais de 700 câmeras de monitoramento, entres elas, 153 do Sistema de Reconhecimento Facial, instaladas em Salvador, Região Metropolitana e interior, 13 criminosos, com ordens judiciais, foram capturados.

Foram cinco prisões em Salvador, três em Jequié, duas em Jaguaquara, duas em Camaçari e uma em Irecê. Os criminosos respondem por tráfico de drogas, roubo, estupro, homicídio e dívida de pensão alimentícia.

Números

Os dados estatísticos da SSP apontaram 28 prisões em flagrante, nove apreensões de armas de fogo e brancas, três tentativas de homicídios e 36 lesões corporais dolosas, entre 21 a 26 junho. Neste mesmo período foram registrados 12 roubos, 14 vias de fato, 30 desacatos e 362 furtos.

Polícias Militar, Civil e Técnica

A Polícia Militar recuperou 11 veículos, apreendeu 12 adolescentes e fez a condução de 180 pessoas. Também foram abordadas quase 400 mil pessoas e cerca de 12 mil motos e carros.

A Civil registrou oito boletins, instaurou 34 inquéritos e 81 termos circunstanciados. Também foi realizado o trabalho de conscientização dos ‘Guardiões da Infância’, equipe composta por policiais da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), reforçando o combate à violência e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Na capital, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou seis exames de lesões corporais, três identificações de drogas, uma identificação de periciando - vítima que chega sem documento- e um de crime contra a vida. Já em outras 19 cidades foram realizadas 46 análises de drogas de abuso, lesões corporais e identificação de periciando.

Corpo de Bombeiros

As pulseiras de identificação produzidas pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM) foram entregues em 39 municípios com eventos juninos. Orientações quanto ao uso de fogos também fizeram parte das ações preventivas da instituição.

No total foram contabilizados 808 atendimentos pré-hospitalares, 782 orientações, 12 incêndios e cinco buscas e salvamentos, nas cidades com eventos tradicionais.

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Preso suspeito de matar o ator Jeff Machado, no Rio de Janeiro, o garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga, de 29 anos, disse à polícia que a vítima foi assassinada com um fio de telefone usado no pescoço. Ele alega, contudo, que não matou Jeff, apenas ajudando a esconder o corpo.

Segundo o acusado, o ator teria sido dopado por ele e pelo outro indiciado pelo crime, Bruno de Souza Rodrigues, 37 anos, que era amigo da vítima e está foragido. Bruno teria sido o responsável por matar o ator, afirma.

Jeander também admitiu que não houve um terceiro envolvido no crime, como chegou a afirmar inicialmente. Ele também disse que não houve relação sexual entre ele e Jeff.

Antes da prisão de Jeander, agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros estiveram em quatro endereços na Zona Oeste do Rio. O suspeito foi encontrado no bairro do Santíssimo, quando tentava fugir.

A Justiça decretou a prisão de Jeander e Bruno nesta quinta-feira (1).

Quem era Jeff Machado?

O ator de 44 anos aconteceu quando interpretava um soldado filisteu na novela Reis, exibida desde março de 2022 pela Record TV. De acordo com matérias divulgadas após o seu desaparecimento, Jeff era apaixonado pelos oito cachorros que tinha - todos da raça shetter, que inclusive, contribuíram com a polícia para encontrá-lo (leia mais abaixo).

Segundo a mãe de Jeff, em entrevista ao Metrópoles, o ator tinha o sonho de trabalhar na Globo, motivo pelo qual teria sido enganado pelo seu então amigo, e agora suspeito do crime. Bruno trabalhou na Rede Globo no período em que teria conhecido Jeff. Ele foi demitido em 2018.

Na rede social, em que tinha 10,9 mil seguidores, ele se apresentava como ator, modelo, produtor jornalista, assessor de imprensa e "pai de cães". "Meus filhos Tim Maia, Nando Reis, Elis Regina, Cazuza, Vinícius de Moraes, Gilberto Gil, Rita Lee e Caetano Veloso", escreveu em uma publicação no Instagram em 1 de janeiro deste ano, quando desejou "Feliz 2023!" aos seguidores.

A família é de Santa Catarina, mas Jeff nasceu em Aranguá, no sul do estado, e se mudou para o Rio por conta da carreira de ator. Ele era formado em jornalismo e cinema.

Quando ele morreu e quando desapareceu?
As investigações sobre a morte do ator Jeff Machado, de 44 anos, apontam que ele foi morto no final de janeiro. O corpo dele foi encontrado dentro de um baú em estado de mumificação esta semana.

Esse foi o período que a mãe do ator parou de ter contato direto com o filho. “Falei com o meu filho no dia do aniversário dele, dia 19 de janeiro, e no dia 21. A partir do dia 23 eu ligava para ele e ele dizia: ‘Não posso falar, mãe’. E respondia umas coisas escritas no WhatsApp que eu sentia que não era o meu filho que estava escrevendo”, contou.

Um amigo de Jeff, o veterinário André Meirelles, contou que falou com ele no dia 22 de janeiro, por conta de seu aniversário. Depois disso, no dia 23 de janeiro, o carro de Jeff foi multado por transpor um bloqueio policial à noite.

Como ele foi encontrado?
O desfecho do caso começou no dia 30 de janeiro, quando o primeiro dos oito cães do ator, denominado Cazuza, foi encontrado abandonado pelas ruas do bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. Os cães de Jeff têm nomes de ídolos da MPB.

Ao encontrar Cazuza, uma moradora da região contactou a ONG Indefesos, comunicando o estado do animal, que parecia muito cansado. No dia 31 de janeiro, outro cão, Vinícius de Moraes, foi encontrado em situação semelhante à de Cazuza.

No dia seguinte, 1 de fevereiro, foram achados ainda Nando Reis e Tim Maia. O "despejo" de cães da raça começou a despertar a atenção. Foi quando uma amiga da ONG informou na página deles que a raça é mais restrita no Brasil e que os criadores costumam usar chips de identificação em seus animais. Até então, o ator não era dado como desaparecido.

A situação mudou após a leitura de dados dos chips instalados nos animais. Todos os cães pertenciam ao ator, que começou a ser procurado para resgatar os bichos ou ser responsabilizado pelo abandono. Uma pessoa chegou a contactar a ONG por meio do WhatsApp. Ela alegou ser a tutora dos animais, pois o dono estaria em viagem. Conforme o relato do suposto tutor, os cães teriam fugido.

No dia 3 de fevereiro foram achadas as cadelas Elis Regina, em Paciência, também na Zona Oeste, e Rita Lee, essa já sem vida, vítima de um atropelamento, no mesmo bairro.

A família só ficou sabendo do desaparecimento dias depois, segundo a amiga do ator, Cintia Hilsendeger. “Nós só soubemos porque os cães do Jefferson foram abandonados. Ao serem resgatados, passaram aquelas maquininhas de microchip e chegaram até ele. Ao entrarem em contato, quem estava com o celular do Jefferson era esse rapaz, que dizia que ele estava indo pra São Paulo, se passando pelo Jefferson. Ele ficou com a chave do carro, com o cartão do banco e com uma procuração pro Jefferson vender a casa pra ele. E isso foi muito anormal…”, explicou ao Metrópoles.

Como estava o corpo?
O corpo tinha sinais de estrangulamento, e por conta do estado avançado de decomposição, a identificação foi feita através da análise de digital.

Um vídeo divulgado pela polícia do Rio de Janeiro mostra o momento que o baú com o corpo do ator Jeff Machado foi achado, enterrado no terreno de um casa.

O advogado da família de Jeff, Jairo Magalhães, disse à Record TV Rio que o inquilino da residência onde o corpo foi encontrado era alguém que "tinha relação de amizade com Jeff".

O que dizem a família e os amigos sobre o caso?
O Fantástico ouviu a mãe de Jeff, Maria das Dores. Ela contou que o filho deu várias quantias para Bruno, com a promessa de que seria incluído em uma das novelas da Globo. “(Pagou) R$ 12 mil, depois R$ 2 mil porque tinha que fazer uma filmagem, mais R$ 2 mil porque não sei o quê… Você tem um sonho que ele é tão forte dentro de ti que a impressão é que você fica cego pra realidade”, desabafou ela.

“O Jefferson não tinha inimigos, mas ele teve um falso, que foi o Bruno, que tinha interesse no Jefferson. E ele também trabalhava com produção de teatro, novela, essas coisas… Ele dizia ao Jefferson que trabalhava na Globo e que arranjaria uma ponta pra ele lá. A gente acredita que foi em uma reunião de trabalho na casa do Jefferson que ele foi assassinado”, contou ainda Cintia Hilsendeger, amiga do artista, ao Metropoles.

A amiga de Jeff detalhou como tudo aconteceu: “Eles estavam na casa do Jefferson… o Bruno, mais alguém e o Jefferson. Eles mataram o Jefferson dentro de casa, transportaram ele dentro de um dos baús que ele tinha em casa… baús muito bonitos. E, com requintes de crueldade, enterraram ele, concretaram ele… foi horrível o que fizeram com ele”, declarou.

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Familiares e amigos da enfermeira Mariana Angélica Borges de Souza, 28 anos, morta junto com o namorado a golpes de facão pelo próprio padrasto, se reuniram no Cemitério Bosque da Paz, no fim da manhã desta quarta-feira (24), para o velório e sepultamento da jovem.

A capela do local ficou cheia e alternou momentos de silêncio completo e muito choro por parte de quem era próximo à vítima. A maioria das pessoas que foi ao cemitério preferiu não falar com a imprensa.

Apesar de ser filha única de sua mãe, identificada apenas como Maria de Lourdes, Mariana tinha ainda três irmãos por parte de pai. Diego Borges, 40, irmão mais velho, foi o único a falar com a reportagem. Ele foi um dos primeiros a tomar notícia do crime na madrugada de terça-feira (23).

Ele contou da relação de proximidade dela com os irmãos, e deu detalhes de como o duplo homicídio deixou toda a família desolada.

"Estamos todos abalados. A família como um todo e meu pai também. Éramos quatro irmãos, todos muito próximos. É aquela história: era uma pizza pequena, de quatro pedaços, que agora fica faltando um. Ele roubou parte da gente", fala.

Nilson Borges, pai de Mariana, também conversou com a imprensa sobre a filha. Ele afirmou que ela não tinha comentado com ele acerca de problemas com o padrasto e falou da dor que estava sentindo. "Eu achei que tinha cumprido a minha missão de criar meus filhos dignamente. Não imaginava e nem esperava esse golpe. Eu peço a vocês que não me deixem falar mais nada. Perdi minha bebê, minha amiga", disse enquanto chorava.

Diego também comentou a relação que David Silva Barbosa, 45, autor confesso do crime, de acordo com a Polícia Civil, tinha com toda a família. "O que ele fez não se faz contra ninguém, ainda mais ela. Ele era bem tratado, não tinha qualquer motivo para isso. Minha irmã era uma pessoa maravilhosa, entendeu?! Ele estava desempregado e nunca faltou nada para ele".

Em depoimento, David afirmou que se sentia destratado pelas vítimas. "Ele alega que era humilhado no relacionamento, tinha muito ciúme da mãe, da relação entre mãe e filha, que a mãe era muito dedicada à filha única. Ele se sentia humilhado nessa relação, de morar na casa deles", contou a delegada Pilly Dantas, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

"Uma mulher maravilhosa, uma profissional excelente, de coração enorme. Ela era muito recatada, muito profissional. Deixava as coisas de casa em casa e vivia o profissional. Uma colega maravilhosa. Uma pessoa humana, feliz. Isso foi terrível. Ontem nós íamos dar o plantão juntas. E foi o prior plantão da minha vida até o momento", desabafou, entre lágrimas, Bárbara Leite, 51, colega de trabalho de Mariana.

Mariana trabalhava como enfermeira no Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba).

Quem era Mariana?

A imagem da capela lotada na parte interna e externa conta por si só o quanto Mariana era querida. Amigos e familiares não falaram com a imprensa, mas por diversas vezes repetiram o quanto a vítima era uma pessoa querida. "Ela era só alegria, só fazia bem para todos", comentou um dos presentes enquanto chorava.

Diegou, seu irmão, reiterou as falas sobre o comportamento de Mariana. "Mariana era uma pessoa queridíssima, uma menina de uma alegria imensa. Não via ela chorando, só sorrindo. Por mais que o lugar não estivesse com clima tão bom, quando ela chegava era só para melhorar", afirmou ele.

"Era desse jeito no trabalho, com os amigos e com a gente também. Uma pessoa que somava muito, sempre sorridente. E uma das coisas que fiz questão de manter foi essa imagem dela para todos e por isso o caixão se manteve fechado", completou.

Maria Sigimar Passos, 47, é amiga da família e fez coro aos elogios a Mariana, além de destacar a relação dela com a mãe. "Era uma menina estudiosa, dedicada e muito meiga. Sempre vi o cuidado que existia entre a mãe e ela. Era uma relação de carinho e dedicação, cheia de amor das duas partes. A notícia me deixou chocada, é muito triste essa situação de violência. Não nos sentimos protegidas e seguras mesmo dentro de casa", disse.

Mariana foi sepultada sob forte comoção e muitos aplausos. O corpo de André Couto foi enterrado no Cemitério Municipal de Jequié, sua cidade natal.

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Imagens de câmeras de segurança divulgadas nesta segunda-feira (22) mostram o momento em que o entregador Renildo Rebouças Santos, 35 anos, foi agredido no bairro de Nazaré, em 29 de abril, por outro motociclista. Renildo morreu dias depois. Inicialmente, o caso foi registrado como um acidente de trânsito, mas a informação de uma testemunha mudou os rumos da investigação.

A 1ª Delegacia, que investiga o caso, conclui o inquérito hoje. O suspeito pelo crime, identificado como Tiago Lázaro Gonçalves dos Santos de Souza, 23 anos, foi indiciado pelo crime de lesão corporal seguida de morte, que tem pena de 4 a 12 anos de reclusão. "O inquérito foi remetido ao Ministério Público, a quem compete denunciá-lo por esse crime ou não", diz a Polícia Civil em nota.

As imagens mostram um motociclista entrando na contramão na Rua Pedro Veloso e atingindo em cheio a moto de Renildo. Os dois conversam na rua, avaliando prejuízos. No meio do diálogo, o motociclista que estava na contramão dá um soco no rosto de Renildo, que cai no chão e bate a cabeça no meio fio. As imagens mostram uma mulher chegando - é a mãe do agressor, segundo a polícia. Enquanto o homem tira a moto de Renildo de lá, a mulher pega algo no chão, que a polícia investiga se é o celular da vítima, que não foi localizado.

Renildo fica quase 10 minutos desacordado sem receber socorro. Com a chegada de mais pessoas, o agressor troca de blusa e passa a fingir que é uma testemunha ajudando a dar socorro - ele estava próximo de casa. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu Renildo, repassando que o caso era um acidente de trânsito.

O agresssor está em liberdade, pois não foi detido em flagrante. Ele foi ouvido e alegou que agiu em legítima defesa. O rapaz estava voltando para casa de uma festa no momento da batida.

"Ele alegou legítima defesa e as imagens mostram que ele mentiu", disse o delegado Willian Achan à TV Bahia. "Como foi uma situação de surpresa, não deu chance de defesa. E a situação complicou porque ele foi tentar dar socorro sem conhecer as técnicas necessárias e de modo rudimentar. Acredito que isso corroborou para piora da saúde da vítima", acrescenta.

Tiago deve ser indiciado por lesão corporal seguida de morte. "Ele não quis ao dar o soco causar a morte", avalia. A defesa de Tiago disse à TV Bahia que o acusado tem residência e trabalho fixos, que o que aconteceu foi um fato lamentável, durante uma discussão e Tiago prestou "imediatamente" os primeiros socorros para tentar salvar a vítima, e tudo será comprovado no processo.

Renildo deixou esposa e um filho de 3 anos.

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Um rifeiro apresentou diversos comprovantes de transferências bancárias tendo como beneficiados os jornalistas que figuram como suspeitos do caso do 'Golpe do Pix' da Record TV. A informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (12).

O inquérito policial instaurado na Delegacia de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (DreofCyber), para apurar uma fraude que consistia em arrecadar doações para pessoas em estado de vulnerabilidade social, porém o valor não era repassado para as vítimas, está em andamento e as investigações, baseadas em provas testemunhais e documentais, avançaram. Cerca de 40 pessoas já foram ouvidas.

Conforme a nota da polícia, os jornalistas suspeitos ainda serão ouvidos pelo delegado Charles Leão. Laudos periciais dos celulares apreendidos e encaminhados ao DPT são aguardados. Até o momento, 15 pessoas são investigadas.

'R$70 mil na conta'

O repórter Marcelo Castro, um dos investigados pela Polícia Civil no 'Golpe do Pix da Record', afirmou que os R$ 70 mil enviados pelo jogador de futebol Talisca para a mãe da criança que estava doente caíram na conta da mulher.

"O advogado de Talisca me ligou e perguntou onde eu botaria o dinheiro. Os 70 mil que ele botou caiu em 5 minutos na conta da mulher. A criança, no dia seguinte, morreu porque a médica do hospital não quis aplicar a injeção, parece", afirmou o jornalista em entrevista ao canal Sem Censura TV. A entrevista foi ao ar na noite desta quarta-feira (10).

Castro reafirmou que não tem nenhum tipo de envolvimento no caso. Ele disse ainda que está recebendo apoio da classe policial, e da noiva, mas afirmou ainda não ter prestado depoimento à Polícia Civil.

Questionado sobre a viagem que fazia a Dubai quando o caso veio a público, Marcelo Castro disse que ainda está pagando a passagem, que "dividiu em 10 vezes".

"A viagem estava programada com minha família para visitar meu irmão, que mora lá. Depois, minha noiva entrou na minha vida e comprou também a passagem. De repente lá recebi a mensagem que me acusaram de aplicar um golpe. A empresa falou 'Quando vc voltar de férias a gente conversa' e já fui procurar meus advogados".

Quanto à BMW que possui, alvo de críticas do apresentador Zé Eduardo, Castro disse que foi financiada em 48 vezes. "Dei entrada e estou pagando. Não é quitado", afirmou. Ele ainda atribuiu as acusações à "inveja" de colegas dentro da TV. "Eu vou retornar para a mídia, grandão, destemido e sem medo", finalizou.

Entenda o caso

Quando o caso de uma criança com câncer foi veiculado no Balanço Geral, o jogador Anderson Talisca se ofereceu para fazer uma doação de R$ 70 mil. Essa operação foi intermediada pelo repórter Márcio Martins, que detectou que o pix que a Record TV exibia era de um rifeiro, conforme explicou Zé Eduardo ao podcast Canal do Black.

"Márcio me ligou e disse que algo estava errado. Ele era fã de Marcelo, ficou bastante decepcionado", revelou Bocão. O jornalista contou ainda que chegou a ficar "dez dias sem dormir" durante o episódio. A criança com câncer, no entanto, recebeu a doação, pois Talisca transferiu a quantia diretamente para a conta da mãe.

O CORREIO procurou a Polícia Civil para saber atualizações sobre o caso e confirmar a informação passada pelo apresentador de que serão presos "os dois e mais 10", mas ainda não obteve resposta.

A polícia não revelou os nomes dos investigados, nem mesmo os dos dois jornalistas da Record que são os principais suspeitos pelo crime segundo a própria emissora. No entanto, em meio ao escândalo, o repórter Marcelo Castro e o editor-chefe do Balanço Geral, Jamerson Oliveira, foram demitidos por justa causa pela TV Itapoan.A defesa de ambos negou no início do mês que eles eram investigados.

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Maqueila Santos Bastos, indiciada pela morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, foi encontrada morta na cidade de Canarana. O corpo foi encontrado na madrugada desta quinta-feira (11), em uma estrada vicinal de acesso ao povoado de Baixa do Vigário.

Segundo informações da Polícia Civil, Maqueila estava com as mãos amarradas e com marcas de tiros. Junto ao corpo, foram localizados cartuchos de munição calibre 12, .380 e .40.

Maqueila estava há poucos dias no povoado de Capivara, na zona rural de Canarana. A morte vai ser investigada pela Delegacia Territorial de Canarana. Além do envolvimento no caso Paraíso Perdido, ela também era investigada por estelionato.

Paraíso Perdido
Leandro Troesch foi encontrado sem vida dentro de um dos quartos de sua pousada de luxo Paraíso Perdido, em Jaguaripe , com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro do ano passado. Leandro havia chegado a ser preso em 2021 por envolvimento em um sequestro vinte anos antes, no bairro do Costa Azul, em Salvador.

Em abril do ano passado, Maqueila confirmou que vivia um relacionamento amoroso com Shirley da Silva Figueredo, viúva de Leandro, mas diz que os dois tinham uma relação aberta e que ele não se incomodava. "Nós tínhamos uma relação amorosa, isso não é a esconder, nos conhecemos no presídio, tenho consideração muito grande pela Shirley, sempre tive convicção que a Shirley não tinha cometido (crime). A relação de Leandro e Shirley era aberta. Eu não tinha muito contato com ele, mas tenho indícios que ele sabia sim da relação da gente, mas em momento nenhum chegou a comentar comigo", explicou, na época.

Em janeiro deste ano, o laudo do exame pericial sobre a morte de Leandro Troesch, encontrado em um dos quartos da Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, apontou que o empresário cometeu suicídio.

O documento, assinado no último dia 19 de janeiro, evidencia ainda que não foram detectadas partículas de disparo de arma de fogo nas mãos de Shirley da Silva Figueredo, companheira de Leandro e apontada como suspeita de envolvimento na morte do marido. Shirley está presa desde maio do ano passado.

Um laudo anterior, publicado em abril, apontou que não houve suicídio no caso, levando o delegado Rafael Magalhães, responsável pelas investigações, a concluir o inquérito policial e indiciar Shirley por homicídio. O novo exame pericial, contudo, muda a versão.

Procurada, a Polícia Civil declarou que o inquérito policial foi concluído em maio de 2022, pelo crime de homicídio. "O Ministério Público requisitou novas diligências, a exemplo da reprodução simulada, que foi realizada, e em seguida o inquérito foi novamente remetido ao MP com o laudo do Departamento de Polícia Técnica. Somente o MP vai decidir se fará a denúncia ou procederá com o arquivamento do processo."

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A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) divulgou nesta segunda-feira (8) a suspensão da licitação para contratação da empresa responsável pelas câmeras corporais que seriam usadas por policiais em todo o estado. Não há data marcada para uma nova licitação.

Em nota, a SSP explicou que a decisão foi motivada após seis empresas pedirem esclarecimentos e quatro pedirem impugnações acerca da oferta. "A pasta informa ainda que estes procedimentos são previstos em lei e podem ocorrer a partir da data de publicação do edital e até três dias antes da realização da disputa", diz a nota da pasta. O edital do certame será republicado.

A suspensão da licitação acontece no dia em que deveria acontecer o pregão eletrônico. O edital para aquisição das bodycams foi publicado no dia 19 de abril. Após o pregão, a empresa vencedora passaria pela prova de conceito.

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Após nota da coluna (IN)SEGURANÇA publicada neta segunda-feira (08), que apontou que as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) não funcionam com o atendimento presencial 24h, a Polícia Civil disse hoje, em nota enviada ao CORREIO, que já começou a expansão do serviço no interior do estado. No entanto, não informou a previsão de quando irá concluir toda etapa.

Confira a nota na íntegra:

As Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) funcionam 24 horas, com auxílio da Deam Online, desde março de 2022 em Salvador e Camaçari. No interior, além das Deams, sete Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher (Neams) atendem as demandas de violência doméstica e familiar, que também são recepcionadas 24 horas nos plantões das Delegacias Territoriais e sede das Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins), além da Central de Flagrantes Online. O atendimento 24 horas em todas as Deams do interior está sendo implementado.

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O assassinato brutal de uma técnica de enfermagem, cometido pelo marido, causou revolta entre familiares e amigos da vítima. Pedro Henrique Santos de Jesus, filho caçula de Simone Maria, que foi morta pelo marido na manhã desta segunda-feira (1º), afirmou que o único desejo que tem em relação ao destino de seu pai é a justiça divina.

“Não vou dizer que eu tenho raiva nem mágoa do acusado, que é meu pai, mas eu digo que tenho pena. O homem lá de cima é quem vai fazer a justiça divina. No momento da raiva você pensa em descontar na mesma moeda, mas se trata de um pai, de um ser humano. Você não se iguala para cometer o mesmo que ele”, afirmou, visivelmente emocionado. Antes de falecer, Simone conseguiu ligar para Pedro Henrique e pedir ajuda. O Samu realizou o atendimento médico, mas a vítima não resistiu.

Simone Maria dos Santos foi morta a pedradas por volta de 6h da manhã de segunda-feira, em sua casa, na Vila Laura. O motivo supostamente foi a intenção de Simone de pôr fim ao casamento, decisão com a qual o marido não soube lidar. De acordo com a Polícia Civil, o acusado pulou a janela do apartamento para tentar fugir, mas foi socorrido e está sob custódia no Hospital Geral do Estado. Ele será autuado em flagrante por feminicídio.

Vestindo camisas estampadas com o rosto da técnica de enfermagem, os entes queridos se despediram nesta terça-feira (2) de Simone Maria dos Santos. O enterro aconteceu no Vale da Saudade, em Candeias, e foi uma demonstração do carinho que quem a cercava sentia por ela: os filhos precisaram alugar um ônibus para levar parentes, amigos da cidade natal e colegas de trabalho da vítima.

O enterro trouxe à tona a dor do pai enlutado, a comoção dos amigos e o misto de sentimento dos filhos. Jaime dos Santos, pai de Simone, perdeu a esposa em fevereiro. Hoje, apenas dois meses depois, chorava sobre o caixão de sua única filha mulher.

Nascida em Aratu, no município de Candeias, Simone tinha 51 anos e era casada há 30. Mudou-se cedo para Salvador, onde teve seus dois filhos, Carlos Henrique e Pedro Henrique. Descrita pelos colegas como generosa e discreta, Simone trabalhou como técnica de enfermagem por 17 anos, até ter sua vida interrompida precocemente nesta segunda-feira (1º).

De acordo com Adriana Ferro, colega do Hospital Geral Roberto Santos, mesmo de folga, Simone ia para o hospital cuidar dos pacientes mais velhos. “Simone não tinha tristeza nela, era uma pessoa do bem. Isso é indiscutível”, afirmou a enfermeira.

Pedro Henrique diz que a mãe ligava todos os dias para seu celular para perguntar sobre os dois netos, João, de oito meses, e Pietro, de três anos. Além dos dois, Simone era avó de Samuel, filho do mais velho, Carlos Henrique. O caçula de Simone se emociona ao falar sobre como os filhos crescerão sem ter de novo esse carinho por parte da avó.

Seis vítimas de feminicídio por mês
“A nossa dor é ver que nós, enquanto mulheres, estamos tratando cada dia de uma rotina absurda de mulheres violentadas. Essa estatística vem crescendo muito na nossa realidade enquanto técnicas de enfermagem intensivistas. E a minha revolta é ver quem estava cuidando hoje ser vítima dessa violência”, disse Aialla Fontes, que trabalhou com Simone por quatro anos no Hospital Geral do Estado, em nome de todas as técnicas de enfermagem do local.

Para ela, é essencial que exista uma rede de apoio eficiente para as mulheres. “Nós não encontramos uma política que faça realmente valer esse acolhimento. O acolhimento não é apenas a colega chegar e conversar que foi agredida, é ter profissionais para acolher, ter direcionamento, ter dimensionamento do fato. Eu acho que o que faltou para a nossa colega estar viva hoje foi isso: ter um trabalho de direcionamento à mulher”, defende.

Em 2023, seis mulheres são mortas por mês na Bahia vítimas de feminicídio. Esse número é inferior aos casos registrados no mesmo período no último ano. De acordo com a Polícia Civil, até 25 de abril, foram 24 feminicídios, contra 26 no mesmo período de 2022, o que figura uma redução de 7% (leia mais no box).

Julieta Palmeira, antiga Secretária de Políticas para Mulheres do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) da UFBA, defende a necessidade de executar melhor as políticas existentes. “Nós precisamos de políticas para evitar a impunidade e garantir uma proteção mais efetiva às mulheres, buscando a aplicação da Lei Maria da Penha, um marco legal de referência. É preciso ampliar o número de delegacias especializadas, fazer valer a lei que dá celeridade às medidas protetivas, recentemente sancionada, e fortalecer os serviços locais de acolhimento às mulheres em situação de violência, as redes de acolhimento”, diz.

O relatório Elas Vivem, organizado pela Rede de Observatórios da Segurança, registrou que a Bahia é o estado do Nordeste com maior índice de violência contra a mulher. Larissa Neves, pesquisadora e organizadora do projeto, afirma que 75% dos feminicídios são cometidos por companheiros.

“É muito importante que essas mulheres conversem sobre o que sentem. Que elas tenham ali pessoas de confiança para sinalizar o que ela está passando. Elas precisam externalizar, porque muitas vezes a gente naturaliza esses ciclos da violência, justamente porque a gente não sabe que isso é violência. A gente acredita que isso faz parte da relação e acaba não falando, porque nós temos vergonha de dizer e sinalizar que a gente está sendo controlada”, ressalta a pesquisadora.

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