No poder desde 2016, dirigente fará novo mandato até 2027

Uma recém-nascida raptada foi localizada e a sequestradora foi capturada em flagrante, na quarta-feira (15), pela 73ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/ Juazeiro). A criança foi devolvida à mãe.

De acordo com o subcomandante da unidade, capitão Alécio Albuquerque, a equipe foi procurada pela mãe da criança, que revelou ter sido atacada com socos por uma mulher enquanto seguia para o terminal de transporte coletivo. A vítima caiu e teve o bebê sequestrado.

A equipe fez rondas na região e encontrou a criminosa com a criança no colo, em frente ao Hospital da Mulher, enquanto tentava pegar um veículo por aplicativo. Ela foi reconhecida pela mãe e levada à 17ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior.

A delegada Lígia Sá, titular da Coorpin, explicou que a mulher está ligada a outro sequestro, cometido na sexta-feira (10), na cidade. Ela teria solicitado uma criança a uma travesti, que realizou o rapto.

Os dois envolvidos no crime permanecem presos e seguirão para a audiência de custódia.

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A vereadora Yanny Brena, que foi encontrada morta ao lado do namorado, Rickson Pinto, teve as unhas quebradas e ferimentos no pescoço e abdômen, segundo o laudo pericial. As marcas apontam indícios de luta corporal.

Segundo a TV Verdes Mares, a Secretaria de Segurança Pública segue a linha de um femicídio seguido de suicídio, tendo um cabo de aparelho de tv utilizado na hora no crime.

Uma das amigas de Yanny Brenna afirmou, em depoimento à polícia, que a vereadora não queria continuar pagando as contas do namorado. A investigação tenta descobrir se a vítima tinha tentado terminar o relacionamento com o Thiago dias antes de morrer.

Até o momento, 17 pessoas foram ouvidas pela polícia, incluindo a amiga de Yanny. A médica foi sepultada no último sábado (4), no Centro de Velório Anjo da Guarda.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Rickson tinha antecedentes criminais por posse ilegal de arma de fogo. O corpo de Rickson será velado no município de Aurora, há 464 km de Fortaleza.

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O policiamento foi reforçado nos bairros da Gamboa e Garcia após a morte de um homem, suspeito de ser o líder do tráfico de drogas nestas regiões, no bairro de Ondina, em um confronto com a polícia. Segundo a polícia, o policiamento foi reforçado na noite de domingo (26), após o confronto.

Equipes do 18⁰ Batalhão de Polícia Militar (BPM/ Centro Histórico), da Rondesp Baía de Todos os Santos, do Batalhão de Choque, do Grupamento Aéreo e do Esquadrão Águia permanecem nos locais para garantir a tranquilidade da população.

Segundo o tenente-coronel Agnaldo Ceita, comandante do 18⁰ BPM, a intensificação segue por tempo indeterminado.

Morte
Um homem apontando como líder do tráfico nos bairros da Gamboa, Garcia e Narandiba foi morto em uma operação policial em Ondina. O tiroteio assustou moradores do bairro, na noite de domingo (26).

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), o homem possuía um mandado de prisão e estava sendo investigado por um duplo homicídio. Ele foi interceptado, após informações de que ele estava em um veículo vermelho.

“Quando as guarnições se aproximaram, o suspeito desceu do carro e efetuou vários disparos. Durante o confronto ele foi atingindo, levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu”, contou o comandante do Bope, major Fábio Boaventura.

A ação conjunta foi deflagrada pelo Comando de Policiamento Especializado (CPE) e pelos Batalhões de Polícia de Choque(BPChq) e de Operações Policiais Especiais (Bope). Segundo a SSP, com ele foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, um carregador com sete munições e 15 porções de cocaína. A ocorrência foi registrada no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

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O segundo suspeito pela chacina em um bar de Sinop (MT), a cerca de 500 km de Cuiabá, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, foi detido, na manhã desta quinta-feira (23) pela polícia. A prisão foi confirmada pelo delegado Bráulio Junqueira, responsável pelo inquérito. O outro suspeito pelos sete assassinatos, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, foi morto em confronto com o Bope-MT na tarde desta quarta-feira, 22, em uma mata próxima ao aeroporto da cidade.

Segundo a polícia, a dupla é suspeita de matar sete pessoas, dentre elas uma adolescente de 12 anos, na terça-feira de carnaval, dia 21. A jovem foi atingida nas costas com tiros de uma espingarda calibre 12 mm. O motivo do crime, segundo a polícia, foi porque os dois homens não aceitaram perder em jogo de sinuca. Também conforme a polícia, Oliveira tem cadastro no Exército e registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

Segundo o delegado, Oliveira se apresentava como pedreiro, "andou pegando umas obras, não entregou, pegou o dinheiro antecipado, comprou a caminhonete, armas". Já o comparsa, afirma a polícia, tinha passagens por transporte ilegal de madeira, já havia sido preso por formação de quadrilha e porte ilegal de armas, dentre outros crimes.

Entenda o caso
Dois homens mataram seis pessoas após perderem em um jogo em um bar na cidade de Sinop, na terça-feira (21). Segundo o tenente Romening dos Santos Silva, após perderem duas partidas em que apostaram dinheiro, os homens foram alvo de piadas das pessoas que participavam do jogo. Revoltados, eles foram até o carro e pegaram duas armas.

Um deles, com uma arma curta, rendeu as pessoas e as colocou contra a parede. Enquanto o outro chegou com uma espingarda e atirou nas vítimas. Ainda conforme a polícia, cinco homens e a adolescente de 12 anos foram mortos. Uma outra pessoa foi socorrida em estado grave.

"Da forma como aconteceu, fica claro que algumas vítimas podem nem ter envolvimento com o jogo que estava acontecendo no estabelecimento", disse o tenente.

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A Polícia Civil da Bahia abriu um novo canal de atendimento ao cidadão no WhatsApp. Por meio do telefone 71 99973-7729, Paulo César, o policial virtual, estreia neste Carnaval esclarecendo as principais dúvidas da população sobre os serviços prestados pela instituição.

O assistente virtual, cujo nome remete à sigla – PC – pela qual é conhecida a Polícia Civil, orienta o cidadão acerca da localização dos postos nos principais circuitos da festa. Por meio de um mapa personalizado com o brasão da instituição, o folião pode identificar a unidade mais próxima.

Paulo César também instrui o cidadão baiano sobre como registrar ocorrência digital ou presencialmente, além do cadastramento no Alerta Celular, sobre a solicitação de certificado de antecedentes criminais ou ainda a respeito do Disque Denúncia. Outra novidade é a pesquisa de qualidade: por meio de um formulário simples e objetivo, o folião pode avaliar o atendimento da Polícia Civil no Carnaval, tanto na capital quanto no interior.

"O lançamento do nosso policial virtual reflete a preocupação da Polícia Civil em estar cada vez mais próxima da população: seja por meio de nossas unidades, seja na palma da mão do cidadão. Além da Delegacia Virtual, que possibilita o registro de ocorrências de 15 crimes diferentes, temos agora mais um meio de estarmos conectados ao povo baiano", declarou a Delegada-Geral da instituição, Heloísa Campos de Brito.

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O laudo do exame pericial sobre a morte de Leandro Troesch, encontrado em um dos quartos da Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, apontou que o empresário cometeu suicídio.

O documento, assinado no último dia 19 de janeiro, evidencia ainda que não foram detectadas partículas de disparo de arma de fogo nas mãos de Shirley da Silva Figueredo, companheira de Leandro e apontada como suspeita de envolvimento na morte do marido. Shirley está presa desde maio do ano passado.

Shirley foi detida no dia 9 de maio, na zona rural de Iaçu, por descumprir as medidas de prisão domiciliar. À época, o coordenador da 4ª Coorpjn, delegado Joaquim Souza declarou que a prisão dela iria "ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte do empresário.”

Um laudo anterior, publicado em abril, apontou que não houve suicídio no caso, levando o delegado Rafael Magalhães, responsável pelas investigações, a concluir o inquérito policial e indiciar Shirley por homicídio. O novo exame pericial, contudo, muda a versão.

Procurada, a Polícia Civil declarou que o inquérito policial foi concluído em maio de 2022, pelo crime de homicídio. "O Ministério Público requisitou novas diligências, a exemplo da reprodução simulada, que foi realizada, e em seguida o inquérito foi novamente remetido ao MP com o laudo do Departamento de Polícia Técnica. Somente o MP vai decidir se fará a denúncia ou procederá com o arquivamento do processo."

Leandro Troesch foi encontrado sem vida dentro de um dos quartos de sua pousada de luxo, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano.

Prisão de Maqueila Bastos

Maqueila Santos Bastos, amiga da esposa de Leandro, também foi presa por suspeita de envolvimento na morte do empresário. Ela teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março.

Maqueila respondia em liberdade a processos por estelionato e fez amizade com Shirley, esposa do empresário, durante a prisão. Ao ser liberada pela Justiça, ela trabalhou na pousada Paraíso Perdido.

Durante o inquérito, Maqueila chegou a negar envolvimento na morte de Leandro. "No dia do ato, eu não estava lá, eu estava em Salvador, tive em vários locais, inclusive em médico. Eu não tinha nada ligado à situação ligada lá na Paraíso Perdido", garantiu Maqueila em entrevista à TV Bahia.

Maqueila confirmou que vivia um relacionamento amoroso com Shirley da Silva Figueredo, viúva de Leandro, mas diz que os dois tinham uma relação aberta e que ele não se incomodava. "Nós tínhamos uma relação amorosa, isso não é a esconder, nos conhecemos no presídio, tenho consideração muito grande pela Shirley, sempre tive convicção que a Shirley não tinha cometido (crime). A relação de Leandro e Shirley era aberta. Eu não tinha muito contato com ele, mas tenho indícios que ele sabia sim da relação da gente, mas em momento nenhum chegou a comentar comigo", explicou.

Ela foi solta no dia 22 de abril, porque a Justiça decidiu não manter a prisão dela, por falta de provas.

Entenda o caso

A pousada começou a alimentar os noticiários policiais com as prisões de seus donos, Leandro Silva Troesch e Shirley da Silva Figueredo, em fevereiro de 2021, após serem condenados por roubo e extorsão mediante sequestro contra uma mulher em Salvador. Um ano depois, Leandro foi encontrado morto dentro de um dos quartos - ele e Shirley estavam respondendo pelos crimes em liberdade.

Desde então, mais fatos foram surgindo, assim como novos envolvidos. Após o sumiço de Shirley, a polícia chegou até o nome de uma amiga dela, Maqueila Bastos. Elas se conheceram no presídio feminino. Os investigadores descobriram ainda que Maqueila havia sido demitida da pousada dez dias antes da morte de Leandro, que não aprovava a amizade entre a esposa e ex-presidiária.

Sem Shirley e Maqueila, a polícia contava com o depoimento de Marcel Silva, o Billy, amigo de infância de Leandro que o reencontrou no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Marcel era uma pessoa de confiança de Leandro e por isso era considerado "peça-chave" no inquérito que apura a morte do patrão, mas foi assassinado um dia antes de prestar depoimento.

Diante das novas informações, a polícia considerou importante o interrogatório de Shirley e Maqueila e por isso as prisões delas foram decretadas pela Justiça.

Procure ajuda
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).

O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24 horas por dia pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

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O policial suspeito de matar os indígenas Nawir Brito de Jesus, 16 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 21 anos, em Itabela, sul da Bahia, vai passar por processo administrativo da Corregedoria da Polícia Militar. A medida foi adotada porque o homem prestava segurança privada na região, o que é proibido pela corporação.O suspeito, identificado como Laércio Maia Santos, foi interrogado na noite de segunda-feira (30), e permaneceu em silêncio. A informação foi divulgada pelo delegado Moisés Damasceno, coordenador da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis).

O policial teve a prisão preventiva decretada por 30 dias e foi encaminhado para o Batalhão de Choque da Polícia Militar em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, ainda na noite de segunda.

A defesa do PM, declarou que prefere não se manifestar enquanto não tiver acesso aos autos e provas do processo.

A polícia segue investigando o caso para identificar se houve participação de outras pessoas e possíveis mandantes.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o militar, que estava com a prisão decretada, se apresentou à polícia acompanhado de dois advogados. Ele era procurado por equipes da Força Integrada (FI) de Combate a Crimes Comuns envolvendo Povos e Comunidades Tradicionais.

No último sábado (28), a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou que o suspeito havia sido identificado pela polícia.

Durante as buscas, os policiais apreenderam armas, celulares, rádios comunicadores, e outros dispositivos eletrônicos, encontrados em um imóvel utilizado pelo suspeito na zona rural de Porto Seguro, cidade localizada na mesma região.

Caso
Os jovens foram mortos em 17 de janeiro, em Itabela, a cerca de 136 km do local onde o suspeito se apresentou.

De acordo com a polícia, a dupla foi atingida pelos tiros, por volta das 17h, no km 787, quando se deslocava do Povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas por um grupo indígena no processo de retomada feito pelos povos Pataxós da região extremo sul.

Testemunhas informaram que os disparos foram feitos por homens em uma motocicleta e as vítimas foram atingidas nas costas. A mãe de uma das vítimas disse que eles deixaram o local para buscar comida em outra localidade.

Após o assassinato, ainda no dia 17 de janeiro, os indígenas fizeram uma manifestação na BR-101, que ficou interditada por cerca de três horas.

Depois do protesto, o Movimento Indígena da Bahia e a Federação Indígena das Nações Pataxós e Tupinambás do Extremo Sul da Bahia (FINPAT) fizeram pedidos de reforço de segurança aos povos da região, que estão em conflitos com fazendeiros, aos ministérios da Justiça e dos Povos Indígenas, além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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Um soldado da Polícia Militar suspeito de participar das mortes de dois jovens indígenas no extremo sul da Bahia foi preso depois de se apresentar à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (30), em Teixeira de Freitas. O PM, que não teve nome divulgado, compareceu à delegacia acompanhado de dois advogados.

Procurado por equipes da Força Integrada (FI) de Combate a Crimes Comuns envolvendo Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria da Segurança Pública, o PM, segundo as investigações, prestava serviço de segurança particular na região. Ele é lotado na 87ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).

O PM vai ser transferido para Eunápolis, onde vai ser ouvido. Ele tinha mandado de prisão em aberto. Depois do depoimento, o soldado será encaminhado ao Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas, onde vai ficar custodiado.

Crime
Nawir Brito de Jesus, 16 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 21, estavam em uma moto sem placa quando foram atingidas por tiros. Os dois foram atingidos por tiros no km 787, quando estavam andando do Povoado de Montinho para uma das fazendas que estão ocupadas por um grupo indígena no processo de retomada feito pelo povo pataxós.

Testemunhas informaram que os disparos foram efetuados por homens em uma moto e as vítima foram atingidas nas costas. Após o assassinato dos jovens indígenas, os nativos fizeram uma manifestação na BR-101, que ficou interditada das 19h às 22h.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, criou um gabinete de crise para acompanhar o caso. O governo baiano estabeleceu a Força Integrada (FI) para combater crimes envolvendo conflitos com indígenas e quilombolas.

Histórico
O conflito no sul da Bahia se arrasta há anos, mas organizações indígenas afirmam que a situação vem se agravando desde junho de 2022, sobretudo no território Barra Velha, em Porto Seguro.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Terra Indígena Barra Velha foi demarcada na década de 1980. No entanto, ainda segundo o Cimi, grande parte do território de ocupação tradicional Pataxó ficou de fora dos 8.627 hectares (um hectare corresponde aproximadamente às medidas de um campo de futebol oficial) iniciais, levando a comunidade indígena a se mobilizar para reivindicar a ampliação da área.

Em 2009, a Funai publicou o novo relatório circunstanciado de identificação da área. A demarcação revisada recebeu o nome de TI Barra Velha do Monte Pascoal e corrigiu também os limites do território, que passou contar com 52.748 hectares. A decisão foi questionada na Justiça por entidades ruralistas, o que impediu a publicação da Portaria Declaratória que oficializa a área pertencente à União como de usufruto exclusivo dos pataxó.

Esta semana, a Apib e a Apoinme pediram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), que interceda pelos pataxó de dois territórios indígenas do extremo sul da Bahia, Barra Velha e Comexatiba.

No documento enviado à comissão da OEA, as organizações indígenas afirmam que, desde junho do ano passado, as comunidades pataxó do sul da Bahia enfrentam um cenário de violência contínua que inclui “ameaças, cercos armados, tiroteios nas comunidades, bem como difamações e campanhas de desinformação por parte da mídia local e instituições públicas”.

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Mais três corpos que seriam da família de desaparecidos no Distrito Federal foram encontrados pela Polícia Civil, na madrugada desta terça-feira (24). Eles estavam dentro de uma cisterna, em Planaltina.

Os corpos ainda não foram reconhecidos, mas, segundo a polícia são duas mulheres, uma delas adolescente, e um homem. Ainda estão desaparecidos: Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos, marido de Elizamar Silva; Claudia Regina Marques de Oliveira, ex-mulher de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, pai de Thiago; e Ana Beatriz Marques de Oliveira, filha de Claudia e Marcos Antônio.

Segundo a polícia, um dos suspeitos do crime colaborou com informações e indicou a localização. As vítimas foram localizadas dentro de uma cisterna, com sinais de violência, a cerca de 5km da casa abandonada onde Renata e Gabriela teriam sido mantidas em cativeiro antes de serem mortas.

Ao todo, 10 corpos foram encontrados, número que coincide com o total de desaparecidos. No entanto, apenas cinco já foram identificados: Elizamar da Silva; os filhos dela: Rafael, Gabriel e Gabriela; e o sogro, Marcos Antônio Lopes de Oliveira.

Outros dois corpos encontrados carbonizados em um carro devem ser de Renata Juliene Belchior: mãe de Thiago e sogra de Elizamar; e Gabriela Belchior: irmã de Thiago e cunhada de Elizamar.

Prisões
Três suspeitos já foram presos por envolvimento no desaparecimento da família: Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa e Fabrício Silva Canhedo. Inicialmente, a polícia fez as investigações a partir do depoimento de um dos suspeitos, que acusou Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos, marido de Elizamar, e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, como mandantes do crime.

No entanto, com a localização e identificação do corpo de Marcos Antônio, a polícia constatou que eles também foram vítimas.

A principal tese da polícia é de que a chacina tenha sido motivada por dinheiro, visto que a família tinha recebido uma grande quantidade de dinheiro recentemente. Todos os suspeitos moravam próximos ao sogro da cabelereira.

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O radialista e suplente de vereador em Jacobina, Laedson Almeida, é investigado pela Polícia Civil por importunação sexual. A denúncia partiu de sua sobrinha, uma jovem de 17 anos, que conta ter sofrido o crime na madrugada do dia 8 de janeiro em uma viagem com familiares. Após a repercussão do vídeo em que ela relata os abusos, o radialista, conhecido como Pirulito, foi afastado do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Rádio Jacobina FM, na qual é apresentador.

No final de semana em que teria ocorrido o crime, Laedson estava com a mulher e as duas filhas pequenas, além da sobrinha e um casal de amigos com os filhos, em Itaitu. O distrito é uma região turística do município de Jacobina, no centro-norte baiano. Segundo a vítima menor de idade, a casa em que eles ficaram é de uma amiga do radialista e possui dois quartos.

“De início, eu dormiria no sofá cama na sala [...] só que no decorrer da tarde eles beberam bastante e nos divertimos muito. Porém, a noite chegou e a minha tia [esposa de Laedson] pediu para eu dormir no quarto que ela dormiria na sala porque iria acordar muito cedo e não queria me incomodar”, relata.

A jovem aceitou a proposta e não imaginou que o tio fosse realizar qualquer tipo de assédio, uma vez que possuia “total confiança nele”. Ela lembra que foi acordada por Laedson às 4 horas da manhã porque ele estaria procurando seu celular. Foi então que a importunação sexual teria tido início.

“Ele deitou, começou a me abraçar, passar a mão no meu corpo e depositar beijos no meu pescoço. Eu fiquei em choque e não conseguia me mexer nem falar para ele sair”, diz. Segundo ela, o tio só parou depois que fez uma pergunta à sobrinha.

“Ele perguntou se eu tinha certeza daquilo e eu consegui ter uma reação e falei para ele sair”, completa.

Logo depois, Laedson teria voltado para a outra cama de solteiro do quarto. A sobrinha diz que não contou para ninguém da casa o que teria acontecido por medo da reação das pessoas.

Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia Territorial de Jacobina instaurou um inquérito policial para apurar a denúncia de importunação sexual contra a adolescente. Como a investigação envolve uma menor de idade, o caso corre em segredo de justiça.

Outra versão

O advogado de defesa do radialista, Rodrigo Almeida, dá outra versão sobre o ocorrido na madrugada e nega que o cliente tenha cometido crime de importunação sexual. Segundo ele, tio e sobrinha não dormiram sozinho e no quarto estavam a esposa de Laedson e as duas filhas.

Em um dado momento da noite, o radialista, alcoolizado, teria pedido para deitar na mesma cama da sobrinha para ficar mais próximo do ventilador que havia no local.

"Ele perguntou se podia deitar e ela disse que sim. Mas ele permaneceu muito pouco na cama porque percebeu que ela estava incomodada. Foi quando perguntou se a sobrinha queria que ela saísse da cama e ela respondeu que sim", afirma o advogado.

Ainda segundo a versão da defesa, a jovem estaria com raiva do tio por acreditar que ele estaria apoiando a separação de seus pais e, por isso, teria feito a denúncia. "Haveria uma revolta por ela entender que os irmãos do pai estão dando apoio a separação do pai e da mãe dela", diz Rodrigo Almeida.

Desdobramentos

O vídeo em que a jovem relata o ocorrido circulou nas redes sociais na quarta-feira (18), o que fez com que o Diretório Municipal do PT em Jacobina suspendesse a filiação do suplente. A presidente do partido na cidade, Mariana Oliveira, conta que depois que tomou a decisão de afastamento enviou uma mensagem à Laedson, que disse que tudo seria esclarecido.

“Estamos tendo muita cautela no momento e aguardamos a defesa dele e o levantamento das provas”, afirma. Laedson Almeida é suplente do vereador Martins (PT), o quarto mais votado da cidade nas eleições de 2020. Segundo Mariana Oliveira, essa é a primeira vez que Laedson é suplente.

A reportagem tentou entrar em contato com a Câmara Municipal de Jacobina e com o presidente da casa, Juliano Cruz (Solidariedade), para saber quais medidas serão tomadas após a instauração do inquérito, mas não obteve retorno.

A Rádio Jacobina FM optou pelo afastamento do radialista, que também atua como palhaço e atende pelo codinome Pirulito. Em nota, a emissora defende a “importância da investigação, direito ao contraditório e ampla defesa”. Cleuber Fagundes, diretor da rádio e amigo pessoal de Laedson, afirma ter ficado “assustado” quando se deparou com o relato da jovem.

“Conversamos com ele e pedimos para que ele se afastasse do trabalho até que pudesse se resolver com a população e com a polícia”, explica. Laedson teria dito a Cleuber e a outros membros da emissora que a situação se tratava de um “problema familiar que seria resolvido” – versão similar a que deu ao diretório do PT.

Psicóloga alerta para sinais que vítimas podem apresentar

Entre janeiro e outubro do ano passado, a Polícia Civil da Bahia recebeu 158 ocorrências de importunação sexual na capital baiana - um número 68% maior do que o registrado no mesmo período de 2021. Segundo a polícia, o aumento é consequência da maior conscientização da população em relação ao crime, que foi tipificado em 2018. A Polícia Civil não forneceu dados sobre o crime de importunação sexual na Bahia.

A importunação sexual consiste na prática de atos libidinosos sem a anuência da outra pessoa. A pena é reclusão de 1 a 5 anos, mais leve do que a do crime de estupro, que pode chegar a 30 anos. Nesse outro caso, é preciso que a vítima participe da prática sexual e o crime é considerado hediondo.

A psicóloga clínica Mirella Almeida explica que os abusos sexuais costumam ocorrer dentro de casa por parentes ou conhecido, já que os agressores se aproveitam do vínculo construído com a família ou vítima para que o crime ocorra.

“Mesmo com os tabus a cerca da educação sexual, os pais devem conversar com os filhos e esclarecer quem pode manipular suas partes íntimas”, indica.

Segundo a psicóloga, abusos ocorridos na infância ou adolescência criam traumas que perduram por anos. “É um evento traumático que deixa marca emocionais e pode promover mudanças comportamentais”, explica Mirella Almeida.

Mudança de humor, baixa autoestima, isolamento social, manifestações de brincadeiras sexuais e baixo desempenho escolar são alguns dos sinais que crianças e adolescentes vítimas de abusos podem manifestar. “É indispensável que a família ofereça apoio à vítima e busque orientação profissional”, destaca.

 

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