O Jornal da Cidade

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A base do governador Rui Costa na Assembleia Legislativa teve duas mudanças. Bira Corôa (PT) e Carlos Ubaldino (PSD) assumiram na segunda-feira (4) as vagas e deputado estadual de Zé Cocá (PP) e Jânio Natal (Podemos), novos prefeitos de Jequié e Porto Seguro, respectivamente.

Ambos eram parlamentares na legislatura passada, mas as eleições de 2018 os deixaram na primeira e segunda suplência do bloco governista. Bira Corôa e Pastor Ubaldino estão na quarta legislatura, após exercerem o cargo de deputado nos períodos 2007-2011, 2011-2015 e 2015-2019.

Presidente da Casa, o deputado Nelson Leal parabenizou os deputados pelo retorno, afirmando ter convicção “da disposição para servir à Bahia e aos baianos desses parlamentares experientes, comprometidos e conhecedores das vocações e das necessidades das regiões e comunidades que representam”.

Acompanhado da filha, a vereadora por Salvador Débora Santana (Avante), Ubaldinho afirmou que pretende “ trabalhar com meus pares nessa Casa, em prol dos mais carentes, fazer acontecer os anseios daqueles que mais precisam”. Já Bira Corôa ressaltou que volta ao parlamento “com a responsabilidade de transformar quatro anos em dois”.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (5) que o Brasil está quebrado e que ele não consegue fazer nada quanto a isso. Afirmou também que a pandemia de covid-19 vem sendo "potencializada pela mídia".

"Chefe, o Brasil está quebrado, e eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter. É um trabalho incessante de tentar desgastar para tirar a gente daqui e atender interesses escusos da mídia", afirmou Bolsonaro a um grupo de apoiadores que costuma frequentar um cercadinho no Palácio da Alvorada para tentar falar com o presidente.

Bolsonaro tem dito que o Brasil não tem como manter o auxílio emergencial, que se encerrou em dezembro, pelo cenário fiscal e de endividamento gerado pelo coronavírus. Também culpa as políticas de isolamento social, recomendadas por órgãos sanitários como maneira de evitar a disseminação da covid-19, pela crise econômica que atinge o Brasil.

Na fala, ele também cita uma promessa que fez de atualizar a tabela do IR, uma ideia que nunca tomou forma pelo governo.

A covid-19 já matou quase 200 mil pessoas no Brasil, infectando mais de 7,7 milhões, segundo dados atualizados de um consórcio de veículos de imprensa que reúne os dados de secretarias estaduais.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou nesta terça-feira, 5, que não há proibição do governo da Índia para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) importe 2 milhões de doses prontas da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. As dúvidas sobre a vinda do produto ao Brasil surgiram após o CEO do Instituto Serum da Índia, onde as doses foram fabricadas, Adar Poonawalla, afirmar que o governo local impediria exportações de vacinas contra a covid-19.

"O Governo brasileiro, por meio dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, esclarece que não há qualquer tipo de proibição oficial do Governo da Índia para exportação de doses de vacina contra o novo coronavírus produzidas por farmacêuticas indianas", afirma o MRE em nota. O ministério diz ainda que a negociação para importação está em "estágio avançado, com provável data de entrega em meados de janeiro".

A importação de 2 milhões de doses prontas da AstraZeneca foi autorizada no dia 31 de dezembro pela Anvisa. Trata-se da principal aposta do governo federal para vacinar já em 20 de janeiro, data apontada como "cenário mais otimista" para começo da campanha contra a covid-19. Antes, a Fiocruz pretendia apenas receber o insumo farmacêutico neste mês e completar a fabricação das doses no Brasil, que só seriam liberadas em fevereiro, num primeiro lote de 30 milhões de unidades. No total, a Fiocruz espera produzir e distribuir 210,4 milhões de doses desta vacina em 2021.

O MRE afirma que o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, teve reunião na segunda-feira, 4, com a Embaixada da Índia em Brasília para tratar da importação. Como se trata de importação excepcional, a Anvisa exige que as vacinas fiquem sob a guarda da Fiocruz até que seja dado o registro ou aval de uso emergencial. O mesmo processo foi autorizado ao Instituto Butantan, que afirma ter 10,8 milhões de doses de unidades da Coronavac estocadas, à espera da autorização para o uso.

As vacinas vindas da Índia devem ser aplicadas após aval para uso emergencial do produto. A Fiocruz teve nova reunião com a Anvisa nesta terça-feira, 5, mas o laboratório ainda não pediu esta permissão. A ideia é apresentar a solicitação até o fim desta semana. A Anvisa estima que levará até 10 dias para concluir a análise.

O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para a compra de ingredientes para as doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imunização, o governo prevê aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.

A falta de transparência sobre os dados da vacina de Oxford e AstraZeneca gerou críticas na comunidade científica. Um erro de dosagem levou a dois resultados de eficácia do produto: 62% quando aplicada em um regime de duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa. Há ainda dúvidas sobre os resultados para pessoas acima de 55 anos.

Responsável por coordenar o estudo clínico da vacina no Brasil, a médica Lily Yin Weckx disse ao Estadão que a primeira dose da vacina já mostra eficácia de cerca de 70% contra a doença, mas em intervalo curto. "A gente ainda pode ficar com a média de eficácia de 70%. O estudo continua; teremos um ano de segmento para ver a persistência da proteção, dos anticorpos, de segurança, etc".

Segundo Lily, "o que é importante é que temos uma vacina segura, eficaz e que pode fazer a diferença na pandemia. Esses número de 60%, 70%, 80% é de proteção contra a doença covid. Mas se considerarmos doenças graves e hospitalização, a vacina foi capaz de evitar quase 100%". Ela diz que entre as pessoas que foram vacinadas, nenhuma teve uma doença grave ou ficou hospitalizada por covid. Todas as hospitalizações ocorreram no grupo controle.

 

A atração mais aguardada deste janeiro de 2021 na televisão é o BBB21. Faltando menos de três semanas para a estreia, que irá ocorrer em 25 de janeiro, algumas novidades para a nova edição já foram confirmados por Boninho, diretor geral da atração, que promete mais novidades sobre o reality show na próxima sexta-feira, dia 8.

Edição mais longa
O "Big Brother Brasil 21" começa no dia 25 de janeiro e vai até o início de maio com previsão de duração de 100 dias. A duração supera a vigésima edição, que foi estendido e terminou em 28 de abril. A médica Thelma Assis venceu a edição. Rafa Kalimann ficou com o segundo lugar, e a Manu Gavassi terminou em terceiro.

Camarote x pipoca de novo
Assim como na edição do ano passado, o BBB vai ter participantes anônimos, que se inscreveram na atração, e participantes famosos, convidados para o jogo. Nenhum famoso foi confirmado ainda.

Confinamento já começou
Enquanto respondia perguntas de seguidores no Instagram nesta segunda-feira, Boninho confirmou que os participantes da edição estão confiandos desde o último domingo, dia 3. Já os famosos vão para um hotel na próxima segunda-feira, dia 11.

Cenário colorido
Depois de uma visita à casa mais vigiada do Brasil, Boninho publicou uma parte do cenário no Instagram e adiantou: "Este vai ser dos coloridos".

Número de participantes
Em um post de spoiler sobre o "BBB21" no Instagram, Boninho negou que lotaria a casa e contou quantos participantes vão disputar o prêmio de R$ 1,5 milhão: 15 pessoas.

Sem Casa de Vidro
Por causa da pandemia, Boninho descartou a possibilidade de fazer uma Casa de Vidro no "BBB21". Perguntado sobre a dinâmica no Instagram por fãs, o diretor confirmou que não teremos a dinâmica nesta edição.

Depois de 12 dias da noite de Natal, a cidade de Feira de Santana inicia o ano de 2021 beirando os 100% de ocupação nos leitos de UTI reservados para a covid-19. No Hospital Geral Clériston Andrade, todos os 40 leitos estavam ocupados. Já no Hospital de Campanha, administrado pela prefeitura e exclusivo para pacientes da cidade, há apenas dois leitos livres e uma taxa de ocupação de 89%, mas que já chegou a atingir 100% nos últimos dias.

Para Francisco Mota, diretor do hospital de campanha, não há dúvidas de que os dados obtidos agora são um reflexo da festa natalina. “Esse aumento é por conta das aglomerações de Natal. A gente tem uma resposta das aglomerações de oito a 15 dias”, explica o médico, que está ainda mais preocupado com o possível reflexo das comemorações de Ano-Novo, que devem impactar mais ainda o sistema.

“Muito provavelmente não vamos ter como acolher mais doentes. Até há espaço para abertura de leitos, mas o processo não é rápido. Infelizmente, não caiu a ficha da população que a doença é contra o sistema de saúde. Enquanto a população não tiver consciência da importância das medidas de segurança, a gente pode abrir o maior número de leitos possíveis, mas tem uma hora que vai faltar profissional, medicamentos, materiais... o problema é a falta de conscientização”, declarou Mota.

Coordenadora do Comitê Gestor Municipal de Controle ao Coronavírus em Feira, a infectologista Melissa Falcão também se vê preocupada com o cenário que é agravado pela chamada segunda onda, marcada pela alta taxa de transmissão da doença na cidade. “Desde dezembro, nós estamos vendo alta taxa de ocupação nos leitos e uma incidência grande de casos. Só que o Ano-Novo é mais preocupante do que o Natal, pois teve muita gente viajando, fazendo festas. Estamos preocupados em como estará a situação daqui as duas semanas”, diz.

Mesmo com essa realidade, não é discutido pela prefeitura a realização de algum tipo de lockdown ou mesmo fechamento do comércio. A infectologista explica o motivo: “Não é cogitado fechamento do comércio, a não ser que saia muito do controle. Não existe possibilidade de lockdown, pois como a taxa de transmissão está muito grande e espalhada, as pessoas se contaminariam em casa”, explica Falcão.

Medidas anunciadas pela prefeitura em dezembro, quando a cidade já registrava o pior momento da pandemia desde julho, continuam valendo: houve aumento do número de realizações de exames, mesmo das pessoas assintomáticas; fechamento de bares, restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência às 21h; e aumento da fiscalização.

Os estabelecimentos são obrigados a manter os protocolos sanitários, como disponibilizar álcool a 70%, sabão e papel toalha para clientes e funcionários; não permitir mais de quatro pessoas em uma mesma mesa; e utilizar apenas 50% da área total.

Segundo a assessoria da prefeitura, estão em vigor ainda a proibição de bebidas alcoólicas em espaços públicos e a proibição de shows e apresentações musicais e de transmissão de jogos de futebol.

Progressão da doença
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o "período de incubação do coronavírus" se refere ao tempo entre a infecção do ser humano pelo vírus e o início dos sintomas da doença, intervalo que pode variar de 1 a 14 dias. Outros estudos apontam que se leva cerca de 14,5 dias do início dos sintomas até a intubação, que é quando o paciente já está no leito de UTI. Uma vez intubado, os casos podem evoluir a óbito de 4 a 5 dias.

Se no Natal e Ano-Novo muitas pessoas foram contaminadas, o reflexo disso no sistema de saúde - com aumento de internação e número de óbitos - só será sentido ao longo de janeiro. “Nós já vivemos um período em que os pacientes da rede particular começaram a ser transferidos para a rede pública, devido à alta ocupação. Se Feira não conseguir dar conta, essas pessoas terão que ir para outras cidades. Hoje, observamos ainda aumento na contaminação e internação de idosos. As pessoas estão tendo menos cuidado e levando o vírus para casa”, aponta a infectologista Melissa Falcão.

Segundo o diretor médico do Hospital de Campanha de Feira, há relatos de que a ocupação dos leitos de UTI na rede particular da cidade está acima de 90%. Já o Hospital Estadual da Criança, localizado na cidade, possui cinco leitos pediátricos voltados para covid-19 e apenas um ocupado. Em outras cidades também do centro-leste baiano, onde Feira de Santana está localizada, a ocupação nos leitos de UTI é de 80% no Hospital Regional da Chapada, em Seabra, e de 70% nos hospitais da Chapada, em Itaberaba, e Municipal, em Serrinha.

Tudo isso ajuda a pressionar o sistema de saúde feirense. Mesmo assim, para Francisco Mota, ainda não é possível falar que podemos chegar a um colapso. “O que eu posso dizer é que, quando os hospitais lotam, os pacientes vão ficar nas UPAs [unidades de pronto-atendimento] e policlínicas, esperando atendimento, ou serão remanejados para hospitais de outras regiões. O colapso pode acontecer quando esse remanejamento não for mais possível”, explica.

Dezembro já foi o mês com maior número de casos de covid-19 em Feira de Santana desde que começou a pandemia. No total, foram 4,9 mil casos confirmados no último mês de 2020, o que representa 25% de todos os casos notificados desde o início da pandemia, segundo o boletim epidemiológico municipal. Feira também já registrou 354 mortes; 1,5 mil pessoas ainda aguardam o resultado do exame para saberem se estão contaminados pelo vírus. Mais de 20 mil casos da doença já foram confirmados.

Lista dos hospitais que estão com mais taxa de ocupação na Bahia:

Hospital Geral Clériston Andrade (Feira de Santana) - 100%
Hospital Santa Helena (Camaçari) – 100%
Hospital São Pedro (Remanso) - 100%
Hospital Municipal Dom Antonio Monteiro (Senhor do Bonfim) - 100%
Hospital São Vicente (Jequié) 100%
Hospital Regional Costa do Cacau (Ilhéus) - 93%
Hospital de Ilhéus - 91%
Hospital Regional Dr Mario Dourado Sobrinho (Irece) - 90%
Hospital de Tratamento Covid19 de Eunápolis – 90%
Promatre de Juazeiro – 90%
Hospital São Vicente de Paulo (Vitoria Da Conquista) 90%
Vida Memorial (Ilhéus) - 90%
Hospital de Campanha de Feira de Santana – 89%

A partir desta terça-feira (5), Salvador passa a contar com um novo equipamento de convivência, pesquisa e lazer com um clima de pré-história. A Lagoa dos Frades, no bairro do Stiep, próximo ao antigo Centro de Convenções, foi requalificada e ganhou réplicas de dinossauros que tornaram o local um atrativo diferenciado de tudo o que existe na cidade. O espaço, agora renomeado de Lagoa dos Dinossauros, foi entregue hoje (05) pelo prefeito Bruno Reis. Estiveram presentes ainda o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Desal), Virgílio Daltro, e do titular da Secretaria de Manutenção (Seman), Luciano Sandes.

"Essa inauguração faz parte da estratégia de cada vez mais desenvolver o espaço público ao cidadão. Estivemos aqui há pouco mais de um ano e nos deparamos com um lugar completamente abandonado, com esgoto alimentando a lagoa, sem peixes, sem patos. As pessoas não frequentavam este local. Decidimos, portanto, implantar um projeto arrojado e impactante", disse o prefeito, ressaltando que as réplicas dos dinossauros foram construídas pela própria Desal.

Duas delas são de Tiranossauro Rex, com aproximadamente cinco metros de altura e nove metros de comprimento cada. As demais estão distribuídas em seis réplicas de Velociraptor, duas de Dilofossauro, uma de Dilofossauro Sinensis, uma de Braquiossauro, uma de Pteranodonte e um Anquilossauro.

No local, o visitante tem a sensação de ter voltado ao tempo diante das esculturas em tamanho real, situadas em uma área verde, com vegetações nativas de Mata Atlântica em pleno meio urbano. As réplicas emitem som com a aproximação das pessoas, por meio de um sensor de presença e do uso de um aplicativo.

O processo de construção das peças envolveu um estudo sobre como era a anatomia dos dinossauros. Após o estudo e a busca de imagens, os colaboradores da autarquia projetaram as imagens em 3D e as retrataram em estruturas metálicas. O passo seguinte foi cobrir essas estruturas esculpindo célula por célula com argila. Depois que as peças foram totalmente cobertas e fibradas, elas foram recortadas dando origem à fibra de vidro que é utilizada como forma final.

Conforme anunciado pelo prefeito, a estimativa é que a lagoa ganhe ainda mais esculturas, fruto de recursos provenientes de contrapartidas com o setor privado.

Revitalização – A lagoa tem 16.470 m² e o entorno possui espaço de convivência, sanitário, novo mobiliário com jogos de bancos e mesa, banheiro para pessoas com deficiência, pergolado, anfiteatro, acessibilidade e quiosques.

Antes da intervenção, a situação de abandono trazia um clima de insegurança e, ainda por cima, o local recebia pontos de esgoto despejados por edificações próximas. Estes focos foram desativados com o apoio das secretarias de Manutenção (Seman) e de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), assim como da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa).

Além disso, a lagoa passou por um processo de aeração, que melhora as condições da água. Serão lançados, ainda, cinco mil alevinos de espécies diferentes doados pela Bahia Pesca, para aumentar o número de peixes.

Durante 30 dias, será proibida a pesca para que essa população possa se multiplicar. No espaço de convivência e lazer também são encontradas espécies como camaleões, micos e até mesmo joões-de-barro. O projeto tem a participação intensa da comunidade que, inclusive, ajudou na aquisição de produtos para melhoria da água e na doação de patos que vão embelezar o local. O investimento total foi de quase R$ 9 milhões.

"Só aqui na região a Prefeitura já entregou três espaços para o lazer da população. Além da Lagoa dos Dinossauros, a capital baiana teve revitalizada a Lagoa dos Pássaros, também aqui no Stiep, e a construção do Parque dos Ventos, na orla da Boca do Rio", complementou Bruno Reis.

Segurança – Dentro da Lagoa dos Dinossauros será construída uma base de apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) para que faça a segurança do local e possa orientar os visitantes. O parque foi todo cercado por gradil e a portaria terá catraca, onde será possível orientar e fiscalizar a entrada. A administração do espaço ficará a cargo da Secretaria de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) e o funcionamento segue o decreto municipal de enfrentamento ao coronavírus: de segunda a sábado, de 6h às 17h.

Avaliação - Moradora do Stiep há quase quatro décadas, a doméstica Jandira Lima, 60 levou o neto Pedro, de apenas um ano, para conhecer a Lagoa dos Dinossauros. "Essa revitalização é um pedido antigo da comunidade. A lagoa ficou muito tempo abandonada, a pavimentação do entorno era quebrada, havia muito de mato e nem tinha espaço para andar. Isso fora a insegurança. Agora está maravilhoso", avaliou.

Já o estudante Antônio Celso Ferrari, 26, saiu de Pernambués só para passear com a família no local. "Sabia que existia a lagoa, mas nunca havia frequentado. Soube da inauguração pela internet e decidi vir hoje. Achei o espaço bem legal e estou aproveitando para tirar fotos de recordação com a minha filhinha", comemorou.

O cartão de confirmação de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio 2020 (Enem) vai ser disponibilizado aos candidatos a partir desta terça-feira (5).

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – responsável pela realização do exame – o cartão vai informar o número de inscrição, além da data, do horário e do local do exame. O documento também registra se o participante precisa de atendimento especializado, bem como o tratamento pelo nome social, caso essas solicitações tenham sido feitas pelo candidato.

A posse do cartão de confirmação do Enem no dia das provas não é obrigatória, mas o Inep recomenda que os participantes levem o documento caso precisem fazer alguma consulta de última hora.

Este ano, mais de 5,7 milhões de pessoas se inscreveram para o Enem. As provas vão ser aplicadas nos dias 17 e 24 de janeiro, na versão impressa, e nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, na versão digital.

Para mais informações sobre o exame deste ano, o Inep disponibiliza dois canais de atendimento: o site do Enem e o aplicativo disponível para Android e iOS.

Terça, 05 Janeiro 2021 12:06

Os deuses devem estar loucos

Aviso que esse artigo contém spoiler. É que revi, recentemente, o filme “Os deuses devem estar loucos”, (por sinal título apropriado para os dias de hoje) e a história se assemelha ao fenômeno do “culto à carga”, quando, depois da Segunda Guerra Mundial, nativos que viviam isolados, na região da Nova Guiné, ao tomar conhecimento das geringonças de colonizadores europeus, são atingidos pela maldição segundo a qual “qualquer tecnologia avançada o bastante é indistinguível da magia”. Ou seja, os ilhéus achavam que os equipamentos mecânicos e eletrônicos dos estrangeiros eram produzidos e enviados por deuses, em forma de carga, e tentam repetir os hábitos dos colonizadores pra também obterem o mesmo material.

Pois bem no filme “Os deuses devem estar loucos” uma garrafa de vidro vazia de Coca Cola é descartada pelo piloto mal-educado de um pequeno avião que sobrevoava a reserva de uma tribo africana, isolada do mundo. Como os nativos da Nova Guiné, esses indivíduos nunca tinham entrado em contato com um objeto manufaturado como aquele, de formato cilíndrico, transparente e duro. Acharam que a garrafa era um presente dos deuses e logo perceberam que poderia ser usada para várias utilidades manuais (amassar raízes, esticar couro de cobra e outros).

O objeto passa a ser cultuado e cria uma dependência para os integrantes da tribo, que sempre dividiram tudo, mas não podiam dividir o presente divino. Aí começam os desentendimentos e a garrafa chega a ser usada como arma para um garoto bater na cabeça de outro.

Após várias desavenças causadas pelo objeto, o líder da tribo conclui, com os mais velhos, que aquilo era uma “coisa má”, que fora mandada pelos deuses para testá-los, episódio recorrente nos livros sagrados de várias religiões. O líder resolve, então, devolver o presente aos deuses, e para isso era preciso jogá-lo no buraco do fim do mundo, local desconhecido, que ele vai procurar numa jornada ao mundo exterior. Uma alegoria extraordinariamente bem-feita sobre os malefícios que o mundo civilizado provocou nas tribos primitivas e o tremendo choque cultural entre os povos.

O problema da história começa aí, pois o autor resolveu colocar o líder da tribo em contato com pessoas “civilizadas” e o filme se transforma numa comédia-pastelão, embora não perca a mensagem antropológica do choque de culturas e da criação das religiões e seus dogmas. Outro filme que mostra como a criação de um mito pode surgir de uma coisa simples é “A vida de Brian”, do grupo de humoristas ingleses Monty Python. É sobre um personagem que nasceu numa manjedoura vizinha à de Jesus e, ao longo da vida, é confundido com o messias. Há uma sequência em que, tentando escapar de um grupo de pessoas que o cultua como o Salvador, Brain deixa cair uma cabaça e perde uma sandália. Os devotos acreditam que o messias forneceu dois sinais divinos. Então, um grupo funda a ala dos seguidores da cabaça e outro, de adeptos da sandália. E, assim, começa a primeira cisão da nova religião. Pra saber mais, fica a sugestão dos dois filmes, Os deuses devem estar loucos e A vida de Brian.

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

A Bahia registrou 28 mortes e 815 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta segunda, 4. No mesmo período, 1.236 pacientes foram considerados curados da doença (+0%). Dos 496.823 casos confirmados desde o início da pandemia, 483.275 já são considerados recuperados, 4.302 encontram-se ativos.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,46%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (10.344,83), Muniz Ferreira (8.515,23), Conceição do Coité (8.445,93), Jucuruçu (8.152,53), Pintadas (8.019,55).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 886.572 casos descartados e 122.447 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda-feira (04). Na Bahia, 36.841 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Óbitos

O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 28 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.246, representando uma letalidade de 1,86%.

Não deu nem tempo para a Secretaria de Segurança Pública (SSP) respirar. Pouco depois de anunciar que a Região Metropolitana de Salvador atingiu o marco de 24 horas sem homicídios, no sábado (2), a localidade voltou a ser palco de assassinatos já no terceiro e quarto dias do ano.

De 0h de domingo (3) até 13h desta segunda-feira (4) – a última atualização das ocorrências do site da SSP foi às 00h56 – foram contabilizados sete homicídios registrados, sendo três em Salvador, nos bairros de São Caetano, Mata Escura e Águas Claras, e quatro na RMS, nos municípios de Camaçari, Vera Cruz, Monte Gordo e Simões Filho.

No sábado (2), a SSP divulgou que as 13 cidades da RMS completaram 24 horas sem registro de morte violenta (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte). Neste dia também não houve tentativa de homicídio nos municípios do entorno da capital. No entanto, no primeiro dia do ano, dos oito crimes contra a vida, cinco foram na RMS.

Um dos casos do domingo aconteceu na Rua da Jaqueira, em Monte Gordo. Benvindo Alves da Silva, 47 anos, estava num bar quando foi baleado por um desconhecido. De acordo com a Polícia Militar, por volta das 23h, uma guarnição do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da 59ª CIPM recebeu a informação de um homicídio.

Chegando ao local, os policiais militares foram informados que a vítima tinha sido socorrida por populares para UPA de Monte Gordo, onde foi confirmado que ela não resistiu aos ferimentos. “Segundo testemunhas, o suspeito estava escondido no mato e disparou com arma de fogo contra a vítima e fugiu”, diz nota da PM enviada ao CORREIO.

A Polícia Civil informou que o caso será apurado pela 33ª DT/Monte Gordo. “A autoria e a motivação serão investigadas. Não há informações sobre antecedentes”, diz nota da Polícia Civil. O CORREIO tentou localizar os parentes de Benvindo, sem sucesso.

Ainda no domingo foram assassinados dois homens na RMS. Um em Camaçari e outro em Vera Cruz. Ambos estavam sem identificação. Já nesta segunda-feira (04), o único assassinato registro foi de uma mulher na cidade de Simões Filho.

Salvador
Em Salvador, Roberto Goncalves Filho, 46, foi assassinado na Rua Pedro Felsemburg, onde morava. De acordo com a PM, a 48ª CIPM foi acionada com a informação de um homicídio por volta das 08h50, na Rua da Igreja Raio de Luz, próximo à estação do metrô. “O corpo do homem, vítima de golpes de arma branca, foi localizado em via pública. A área foi isolada e a Polícia Técnica acionada”, informou a PM.

Ainda em Salvador foram mortos William Santos Miranda, 25, na Rua Padre Luís em São Caetano e Davi Puridade Souza, 29, na Travessa Benedito Jenkis, em frente a um mercado.