Bahia é o estado com mais mortes causadas por policiais, aponta anuário

Bahia é o estado com mais mortes causadas por policiais, aponta anuário

A Bahia lidera os casos de mortes causadas por policiais registradas em 2022, segundo dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20). O estado teve 1.464 casos do tipo. Somado ao Rio de Janeiro, que registrou 1.330 casos, são 43% das mortes causadas por policiais em todo Brasil no ano passado.

Essa foi a primeira vez que a Bahia assumiu a frente nessa lista, passsando o Rio de Janeiro. Em terceiro lugar aparece o Pará, com 621 mortes.

Considerando a taxa de mortes pela polícia por 100 mil habitantes em 2022, a Bahia aparece em segundo, atrás do Amapá. Veja:

Taxa de mortes pela polícia por 100 mil habitantes em 2022

Amapá: 16,6
Bahia: 10,4
Rio de Janeiro: 8,3
Sergipe: 7,9
Pará: 7,7
Goiás: 7,6
Paraná: 4,2
Rio Grande do Norte: 3,2
Mato Grosso: 3,0
Amazonas: 2,5
Acre: 2,3
Tocantins: 1,7
Ceará: 1,7
Espírito Santo: 1,7
Mato Grosso do Sul: 1,6
Alagoas: 1,6
Roraima: 1,6
Maranhão: 1,4
Paraíba: 1,3
Piauí: 1,2
Rondônia: 1,1
Pernambuco: 1
Rio Grande do Sul: 1
São Paulo: 0,9
Minas Gerais: 0,7
Santa Catarina: 0,6
Distrito Federal: 0,5

No ano passado, a Bahia registrou 1.335 mortes causadas policiais, segundo o anuário, ficando atrás do Rio, que na ocasião tinha 1.356 casos do tipo nos registros. Agora, as posições se invertem.

Em todo país, 6.430 pessoas morreram pelas mãos de policiais no ano passado, cerca de 1% a menos que a quantidade de 2021. A maioria das vítimas é de homens (99%), negros (83%)e mortos com disparo de arma de fogo (99%).

A maior parte das mortes foi causada por policiais militares em serviço (2.359), seguido por PMs de folga (217), civis em serviço (117) e civis de folga (19). Alguns estados não identificam o tipo do policial envolvido.

Veja quantas mortes causadas por policiais cada estado registrou em 2022

Acre - 19
Alagoas - 50
Amapá - 122
Amazon - 99
Bahia - 1464
Ceará - 150
DF - 15
Espírito Santo - 65
Goiás - 538
Maranhão - 92
Mato Grosso - 109
Mato Grosso do Sul - 45
Minas Gerais - 148
Pará - 621
Paraíba - 51
Paraná - 479
Pernambuco - 90
Piauí - 38
Rio de Janeiro - 1.330
Rio Grande do Norte - 107
Rio Grande do Sul - 106
Rondônia - 18
Roraima - 10
Santa Catarina - 44
São Paulo - 419
Sergipe - 175
Tocantins - 26

Itens relacionados (por tag)

  • Chuva: 41 municípios em situação de emergência, 380 desabrigados e 2.227 desalojados

    Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) atualizou, nesta quarta-feira (28), os números referentes à população atingida pelas enchentes que ocorrem em municípios baianos.

    Até a situação presente, são 380 desabrigados e 2.227 desalojados em decorrência dos efeitos diretos do desastre. Segundo a Sudec, foram contabilizados seis óbitos. Os números correspondem às ocorrências registradas em 76 municípios afetados. É importante destacar que, desse total, 41estão com decreto de Situação de Emergência.

    O Governo do Estado segue mobilizado para atender as demandas de emergência, a fim de socorrer a população atingida pelas fortes chuvas em diversas regiões da Bahia.

  • Empresa brasileira vira concorrente da BYD pela antiga fábrica da Ford em Camaçari

    A BYD ganhou um concorrente pelo complexo da Ford nos minutos finais do prazo para a manifestação de interessados em comprar a antiga fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em janeiro de 2021 e que hoje pertence ao governo da Bahia. O empresário brasileiro Flávio Figueiredo Assis entrou na disputa para erguer ali a fábrica da Lecar e construir o futuro hatch elétrico da marca, que, diz, deve ter preço abaixo de R$ 100 mil.

    Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Assis já tem um projeto de carro elétrico em fase de desenvolvimento, mas ainda procura um local para produzir o veículo. Em visita às antigas instalações da Ford para comprar equipamentos usados, como robôs e esteiras desativadas deixadas ali pela empresa americana, descobriu que o processo que envolve o futuro uso da área ainda estava aberto, já que o chamamento público feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) só se encerraria nessa quarta (28).

    O documento da SDE, ainda segundo a Folha, diz que a BYD havia apontado interesse no complexo industrial de Camaçari, mas outros interessados também poderiam "manifestar interesse em relação ao imóvel indicado e/ou apresentar impedimentos legais à sua disponibilização, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir desta publicação".

    A montadora chinesa anunciou em julho passado, em cerimônia com o governador Jerônimo Rodrigues no Farol da Barra, um investimento de R$ 3 bilhões para construir no antigo complexo da Ford três plantas com capacidade de produção de até 300 mil carros por ano.

    A reportagem da Folha afirma que a BYD já está ciente da proposta e prepara uma resposta oficial a Lecar. E que pessoas ligadas à montadora chinesa acreditam que nada irá mudar nas negociações com o governo baiano porque Assis estaria atrás apenas de uma jogada de marketing. O empresário, por sua vez, disse ver uma oportunidade de bom negócio, pois os valores envolvidos são atraentes.

    Procurada pelo CORREIO, a BYD afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto, e que o cronograma anunciado está mantido.

    Em nota, a SDE apenas confirmou que a Lecar encaminhou e-mail ontem afirmando ter interesse na área da antiga Ford. A secretaria, diz a nota, orientou a empresa sobre como proceder, de acordo com as regras do processo legal de concorrência pública em curso.

    Entre as perguntas não respondidas pela pasta na nota estão o prazo para a conclusão da definição sobre a área e o impacto que a concorrência entre BYD e Lecar traz para a implantação de uma nova fábrica de veículos no estado.

  • Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue

    Em um esforço para combater a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, marcado para o próximo sábado (2). A informação é da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que está em Brasília nesta quarta-feira (28) para uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esta iniciativa sublinha a necessidade de uma ação coletiva diária e destaca o papel vital que cada indivíduo desempenha na prevenção da doença. Com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e do Conselho Estadual de Saúde (CES), os municípios farão mutirões de limpeza, visitas aos imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos.

    A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

    A titular da pasta estadual da Saúde pontua ainda que o Governo do Estado fez a aquisição de novos veículos de fumacê e distribuirá 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoiar os mutirões de limpeza urbana com o auxílio das forças de segurança e emergência. "Além disso, o Governo do Estado compartilhou com os municípios a possibilidade de adquirir bombas costais, medicamentos e insumos por meio de atas de registro de preço", ressalta Roberta Santana.

    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.