A Secretaria da Segurança Pública iniciou a prova de conceito da tecnologia fornecida pela terceira empresa classificada na licitação para aquisição das câmeras corporais – bodycams. A avaliação do equipamento aconteceu no Centro de Operações e Inteligência (COI), na manhã dessa terça-feira (3).

Segundo informações da SSP, em dois dias os analistas vão realizar testes internos e externos para garantir que a ferramenta tenha todas as características previstas no edital e atenda as especificações tecnológicas.

Após a divulgação do resultado da prova, com devidos prazos legais para recurso, ocorrerá a assinatura do contrato. A empresa terá o prazo de 60 dias para entregar as mil primeiras unidades.

Além dos especialistas da Superintendência de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO), a prova também é acompanhada por profissionais da Superintendência de Gestão Integrada da Ação Policial, das Polícias Militar e Civil, de outras empresas candidatas, do Ministério Público Estadual, da Procuradoria Geral do Estado, da Defensoria Pública do Estado e de movimentos sociais.

“Seguimos no propósito de cumprir o que está previsto no edital, buscando a melhor entrega possível para a sociedade, dentro do que foi levantado das melhores práticas no Brasil e no mundo”, frisou o coronel Marcos Oliveira, superintendente da SGTO.

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A Anistia Internacional divulgou, nesta quarta-feira (27), nota pública criticando o governo da Bahia pelo número de mortes registradas no estado em confrontos com policiais.

Levantamento da organização aponta 86 mortes em operações policiais no período de dois meses, o que significa quase duas mortes por dia. Somente em setembro, foram 52 mortes registradas.

“A Anistia Internacional Brasil exige a ação contundente das autoridades em âmbito estadual e federal, para responsabilização de todos os envolvidos nas ações que levaram a essas mortes, incluindo cadeias de comando. Para isso devem ser instauradas investigações céleres, imparciais e efetivas, os agentes que tiveram participação direta devem ser afastados e as armas utilizadas acauteladas”, diz a nota.

O estado da Bahia vive uma onda de violência, com registros de tiroteios quase diários. Nesta quarta-feira (27), por exemplo, dois homens foram mortos em uma ação da polícia em Lauro de Freitas. De acordo com a Polícia Civil, a dupla tinha armas, munições e granadas e atiraram contra os agentes.

No dia 15 de setembro, um policial federal foi morto em uma operação contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos. Antes, em agosto, a líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete, de 72 anos, havia sido assassinada no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador.

Para a Anistia Internacional, o combate às drogas e ao crime organizado “não podem ser usados como justificativas para graves violações de direitos humanos por parte do Estado”.

Na segunda-feira (25), o governador Jerônimo Rodrigues reuniu-se com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília, para solicitar reforços.

Dino garantiu a ampliação de recursos para compra de equipamentos e tecnologias, com o objetivo de fortalecer as operações conjuntas. Equipes da pasta estarão até esta quinta-feira (28) em Salvador para visitas técnicas.

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Um suspeito de atear fogo a um ônibus em Paripe, na região do Subúrbio Ferroviário, foi preso na manhã desta quarta-feira (27) pela Polícia Militar. Com ele foram apreendidos uma submetralhadora artesanal, um revólver e um galão com combustível, informou a PM.

O ônibus foi interceptado e incendiado na Avenida São Luiz, em Paripe, na noite de terça-feira (26).

Policiais da 19ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) receberam uma denúncia anônima de que envolvidos no crime estavam escondidos na Rua 8 de Dezembro. No local, os PMs encontraram homens suspeitos.

Com a aproximação dos PMs, os homens se dispersaram em fuga pelos telhados da casa. Eles abandonaram duas armas na fuga, incluindo uma submetralhadora artesanal 9mm e um revólver calibre 38.

Cinco casas depois, um dos suspeitos foi encontrado escondido na laje. Ao avistar os PMs ele ainda pulou, mas foi alcançado. Após a varredura na residência, os policiais encontraram o galão com combustível, uma porção grande de maconha, 70 pinos de cocaína e seis pedras grandes de crack.

Com ferimentos, devido à altura da qual saltou, o homem foi socorrido para unidade de saúde, para posteriormente ser encaminhado e apresentado ao Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc), juntamente com o material apreendido.

Tiroteio

De acordo com moradores, no fim da tarde, houve um tiroteio nas imediações da Avenida São Luiz e um jovem - que ainda não foi identificado - foi baleado e não resistiu aos ferimentos. A queima do ônibus teria sido uma represália.

"É que ontem, depois das 17h30, rolou uns tiros aqui na região, teve polícia e tudo. A gente entrou para se resguardar, mas quando terminou e saímos de novo, nos contaram um rapaz tinha sido morto. A família estava chorando, dizendo que não era envolvido com crime. Só que, nesse horário que a rua está movimentada, quem está no meio acaba sendo vítima", fala um morador que prefere não se identificar.

Fontes da polícia confirmaram à reportagem que houve uma ação após denúncias de homens armados na região. Procurada para confirmar a ação e informar se houve mais mortos, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) não respondeu até a publicação desta matéria. Um outro morador, que mora perto de onde o ônibus foi incendiado, confirma que o ataque ao veículo se deu por conta do ocorrido.

"A gente só ouviu uns dois ou três tiros. Deram para cima na hora que foram parar o ônibus e tirar o cobrador e o motorista. Nessa hora, não houve confronto porque não tinha polícia e nem nada aqui. Foi uma resposta deles mesmo, foi uma revanche porque mataram o rapaz", conta o morador. Na Rua Pará, ao lado da Avenida São Luís, havia a presença de agentes da 19° CIPM durante toda a manhã, que estavam em contato com a família do jovem morto.

A reportagem não conseguiu acesso aos familiares do jovem. Moradores, porém, lembraram do susto que foi o momento em que perceberam que o ônibus estava pegando fogo. "Eu estava vendo o jogo e ouvi os tiros. Na hora que passou um tempo e eu saí para ver, o ônibus já estava em chamas no lado do cobrador. Em pouco tempo, queimou tudo, inclusive os fios e a casa que estava na frente do ônibus", conta uma moradora de uma casa que fica ao lado de onde houve o incêndio.

Ainda segundo ela, quem morava na residência teve que ser socorrido por populares. "A mulher não conseguiu sair pela frente por conta do fogo. Na hora, foi uma agonia retada. O povo teve que correr para ajudar e, de repente, apareceu um vizinho com escada. Ele botou pelo lado da casa e só aí a mulher conseguiu descer. Porém, perdeu tudo que estava lá", conta ela.

Além do prejuízo pessoal, houve dano coletivo. Desde o momento do incêndio até o início da manhã desta quarta-feira (27), o fornecimento de energia foi afetado porque o fogo atingiu as fiações. Procurada, a Neoenergia Coelba garantiu que boa parte do serviço foi reestabelicida.

"Logo após a ocorrência, profissionais foram encaminhados ao local e normalizaram 96% dos consumidores inicialmente afetados - apenas 3 unidades seguem com o fornecimento interrompido. Técnicos especializados estão em deslocamento para concluir o serviço e restabelecer todos os clientes", informa.

Ainda assim, técnicos da empresa trabalham em postes da região até o fim desta manhã.

Ônibus

A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) informou que a circulaçãoo de ônibus na Avenida São Luis (conhecida como Estrada Velha de Paripe) foi suspensa na manhã. Uma nova tentativa de vandalismo contra outro coletivo causou a interrupção no serviço. Com isso, os ônibus tiveram o itinerário desviado para a Rua Almirante Tamandaré. Equipes da Semob estão monitorando a circulação dos ônibus na região.

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O corpo de Raquel da Silva Almeida, 34 anos, foi sepultado na tarde desta terça-feira (26) no Cemitério Municipal de Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Ela foi assassinada a golpes de faca no bairro de Massaranduba, no domingo (24). O filho dela, um menino de 11 anos, também foi ferido e está internado em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE). O principal suspeito é o marido da vítima, Diego Andrade.

O sepultamento começou com atraso, porque familiares de Raquel estavam sendo ouvidos na delegacia. O corpo foi velado em uma área arborizada do cemitério, ao som de cânticos, orações e salva de palmas. Durante a cerimônia, pessoas passaram mal e precisaram ser amparadas. A madrinha e amiga da vítima, Edna Moreira, ficou emocionada e fez um desabafo.

"Não é justo. Um homem matar e não dá em nada. Ele chegou na delegacia com dois advogados, sorriu para a gente e saiu como se nada tivesse acontecido. Hoje foi ela, e amanhã será outra mulher. Até quando um homem vai poder matar uma mulher e sair impune? Queremos justiça", disse.

Segundo a família, Diego esteve no Jardim Cruzeiro na segunda-feira, nas proximidades da loja do casal. Testemunhas contaram que ele esteva em um carro, mas que não desceu do veículo. A família trocou o cadeado da loja.

Raquel e Diego se conheceram em abril de 2020, através de amigos em comum, e começaram a namorar alguns meses depois. Em julho de 2022, eles oficializaram a união com casamento no religioso e no civil, e passaram a morar no último andar de um prédio com três pavimentos da família de Raquel, em Massaranduba. O casal parecia viver em harmonia, mas, segundo a família, Diego era violento com o enteado de 11 anos.

Crime

No domingo, por volta das 3h, familiares contaram que ouviram barulho vindo do imóvel do casal, mas que não houve gritos e nem pedidos de socorro. Durante todo o dia, Raquel, Diego e o menino não saíram de casa, até que no final da tarde Diego desceu as escadas carregando uma mochila, fechou o portão e foi embora. Alguns minutos depois ele teria mandado uma mensagem no grupo de amigos contando que havia matado a esposa e o enteado.

Familiares correram até o imóvel e encontraram o corpo de Raquel no quarto, e o menino de 11 anos ferido no sofá. Ele foi atingido no peito, no pescoço e nos braços, mas ainda respirava, e foi socorrido para o HGE, onde segue internado em estado grave. Raquel tem outro filho, que estava com o pai quando tudo aconteceu e não presenciou o crime.

No final do dia seguinte, ou seja, na segunda-feira, Diego procurou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Itapuã, e se apresentou junto com dois advogados. O conteúdo do depoimento não foi divulgado e ele foi liberado. A Polícia Civil informou que Diego foi dispensado por não haver os requisitos legais para a prisão em flagrante, mas afirmou que a prisão preventiva será solicitada ao Judiciário.

Diego trabalhava como gari quando conheceu Raquel, mas ficou desempregado e estava trabalhado na loja dela, no Jardim Cruzeiro. Nesta terça-feira, emocionados, os familiares da vítima pediram por justiça. Segundo eles, o suspeito está com os cartões e celulares da vítima, e fazendo contato com clientes para cobrar dívidas.

A Bahia já registrou 68 feminicídios até o dia 21 de setembro deste ano, segundo a Polícia Civil. O número representa 7,5 mortes por mês, ou uma mulher assassinada a cada quatro dias, em situações envolvendo violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. O caso de Raquel ainda não foi classificado como feminicídio, mas para familiares e amigos não resta dúvida.

O caso está sendo investigado pelo DHPP.

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O caseiro da corretora de imóveis assassinada em Lauro de Freitas é considerado pela polícia o principal suspeito do crime. O corpo de Marileide Santos Silva, de 49 anos, estava enrolado em um tapete quando foi encontrado, na quinta-feira (21).

O homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso após a Justiça aceitar o pedido de prisão temporária. As informações são do portal g1.

O caseiro foi encontrado desacordado na mesma casa, em Vilas do Atlântico. A Polícia Civil informou que ele está custodiado no Hospital Menandro de Farias, onde segue internado.

A 23ª Delegacia Territorial (DT) de Lauro de Freitas investiga a motivação do crime. Os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) apontarão as causas da morte.

Testemunhas relataram que fizeram contato com Marileide Santos Silva pela última vez na segunda-feira (18). De acordo com informações de vizinhos, era possível sentir um forte odor vindo da direção da casa da vítima.

A corretora criava diversos animais de estimação, que demonstraram inquietação nos últimos dias, de acordo com vizinhos.

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Ações e operações policiais, como a que culminou na morte do policial federal Lucas Caribé, 42 anos, na última sexta-feira (15), não são novidade para quem vive em Valéria. De acordo com dados do Fogo Cruzado, ao longo de 2023, o bairro já registrou 24 tiroteios, 22 mortes e cinco feridos em episódios de violência armada. Ainda segundo informações do instituto, que monitora casos com disparos em Salvador e Região Metropolitana (RMS), 15 trocas destas 24 ocorrências foram durante ações das polícias, sejam elas Militar, Civil ou Federal. Ou seja, 62,5% dos tiroteios no bairro ocorreram durante ações em que a polícia se confrontou com homens ou grupos armados.

Ao longo dos últimos meses, inclusive, há um aumento na letalidade dos casos de violência armada de maneira geral no bairro. Isso porque, até 30 de junho, Valéria tinha registrado 15 tiroteios e 9 mortos. De 1° de julho até domingo (17), houve nove tiroteios que, juntos, somaram 13 pessoas mortas ou 59% dos registros letais no local.

O alvo da operação deflagrada na sexta-feira era a facção Katiara, que tem o domínio da região de Boca da Mata, localidade de Valéria próxima à Estrada do Derba, onde ocorreu o confronto. No entanto, o grupo que trocou tiros com os policiais é da facção Bonde do Maluco (BDM), que havia sido expulsa do local uma semana antes pelos rivais.

Uma fonte da polícia, que não se identifica, diz que Valéria é centro de uma disputa intensa entre facções, já que a proximidade com a BR-324 e a facilidade logística para escoamento de drogas e armas interessam qualquer facção criminosa. "Ali há uma ação contínua desses grupos. Entra ano, sai ano e tem guerra. Então, é claro que a polícia age quando recebe denúncias e também de maneira planejada, porque tirar das facções uma área tão estratégica como essa seria um golpe para o crime", explica Antônio Jorge de Melo, especialista em segurança pública.

Valéria é um dos últimos bairros de Salvador às margens da BR-324. De lá, é possível pegar a via em direção a Feira de Santana, que é um entrocamento rodoviário que liga a Bahia com vias que dão acesso e estados do Norte e Nordeste do país.

Com aulas suspensas, postos de saúde sem funcionar e ônibus com circulação restriata, o prefeito Bruno Reis comentou ontem a situação. Ele disse que, se fosse ele o governador, solicitaria o apoio do Exército para lidar com o caso.

"Se eu fosse governante, pediria o apoio do Exército sob a minha liderança para acabar com as guerras de facções. Deixaria o Exército lá [em Valéria] atuando para garantir a tranquilidade e iria avançando em outros locais. Porém, cada governo tem sua estratégia e sua forma de proceder", falou Reis.

O prefeito lembrou ainda o caso recente do Calabar/ Alto das Pombas como argumento para essa solicitação de apoio das forças armadas. "No meu Calabar, onde houve confrontos, o Exército está atuando e garantindo a segurança e eu não vejo nada demais nisso. Buscar apoio e pedir reforço não é um ato de fraqueza", argumentou.

Em coletiva dada sobre os confrontos armados no Calabar/Alto das Pombas, o titular da Secretaria de Segurança Pública do Estado, Marcelo Werner, já havia negado a possibilidade de pedir reforço em escala federal. "Negativamente, de forma alguma. A gente mostra pelas ações de inteligência e investimentos que há um avanço na melhora da segurança pública do estado", afirmou na época.

Em evento ontem, o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, representando o governador Jerônimo Rodrigues (PT), informou que o policiamento foi intensificado, que o governo está investindo nas polícias Militar, Civil e no Departamento de Polícia Técnica e que a intervenção do Exército não é a solução.

Blindados

Mais três blindados da Polícia Federal chegarão à Bahia nesta semana para reforçar o combate ao crime organizado. Os veículos, utilizados por outras Superintendências Regionais, já estavam na programação da instituição.

As viaturas foram embarcadas em um navio da Marinha, no porto do Rio de Janeiro. Os blindados serão utilizados por equipes do Comando de Operações Táticas (COT) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI).

"As viaturas já estavam definidas para reforçar o nosso trabalho. Não se trata de uma medida nova. Outros estados têm os seus blindados e agora a Bahia está sendo contemplada", explicou o superintendente regional da PF na Bahia, Flávio Albergaria.

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Neste domingo (17), no Km 408 da BR 242, em trecho do município de Seabra, na região da Chapada Diamantina, policiais rodoviários federais abordaram uma carreta Volvo, carregada com 15 mil quilos de cebola.

O motorista de 56 anos apresentou os documentos de porte obrigatório, porém não foi apresentada a nota fiscal da carga da hortaliça.

O condutor disse aos policiais que receberia a documentação comprobatória do produto pelo celular. Por se tratar de transporte de mercadoria sem nota fiscal, a ocorrência foi encaminhada para a Secretaria de Fazenda Estadual (SEFAZ/BA) ficou responsável para os procedimentos administrativos, o que incluí pagamento do imposto sonegado e multas.

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Policiais militares da 50ª CIPM apreenderam uma submetralhadora 9mm na manhã desta sexta-feira (15), bairro de Sete de Abril, em Salvador, durante a 12ª edição da Operação Força Total.

Os militares realizavam rondas quando receberam, via Cicom, uma denúncia anônima sobre a localização da arma de fogo, que foi encontrada em terreno baldio na Rua do Chafariz.

“Desde o início da manhã de hoje até às 15h30, a Polícia Militar já retirou 8 armas de fogo de circulação na Operação Força Total. Nessa apreensão da submetralhadora, destacamos a importância da população seguir denunciando e contribuir com o trabalho da polícia através do 181", enaltece o major Paz, comandante da 50ª CIPM.

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O homem preso na terça-feira (12), em Salvador, usando dados do ator Chay Suede para cometer fraude em uma agência bancária, chegou a fazer uma transferência Pix com R$ 1 mil com limite do cheque especial.

Depois disso, contudo, o aplicativo bloqueou a conta e o suspeito foi até uma agência do Banco Regional de Brasília (BRB) na Avenida Tancredo Neves, no Caminho das Árvores, para tentar liberar o uso do app.

No local, contudo, funcionários desconfiaram porque a foto enviada para o cadastro, do ator Chay Suede, era muito diferente do homem que se apresentou. Ele portava um RG com o nome de batismo de Chay, mas outra foto.

Os funcionários do banco acionaram a Polícia Militar e equipes da 35ª Companhia Independente (CIPM) prenderam o suspeito.

A delegada Marita Souza, da 16ª Delegacia (Pituba), explicou porque os bandidos podem ter visado Chay no golpe. "Eles escolhem a pessoa aleatoriamente. Claro, sendo uma pessoa conhecida, eles vão escolher por conta de que vai conseguir um limite mais alto, e de fato conseguiram, tanto no cheque especial como no cartão. Chegou a fazer transferência de R$ 1 mil, mas o próprio banco desconfiou devido a tantas solicitações da mesma conta", disse ela à TV Bahia.

Agora, a polícia também investiga outros envolvidos. "Ele alega que o responsável pela confecção do documento falso é outra pessoa. Levantamos o nome desse segundo indivíduo e estamos investigando para conseguir alcança-lo. Ele (o preso) ficaria responsável por ir na agência e fazer essa movimentação, desbloquear", conta.

A polícia também apura se conta que recebeu o Pix de R$ 1 mil foi aberta com dados falsos e a quem pode pertencer.

O suspeito preso, que não teve nome divulgado, segue detido e passará por audiência de custódia.

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As armas encontradas com integrantes da facção Comando Vermelho (CV) em dois dias de ação policial no Alto das Pombas, localidade invadida pelo grupo em Salvador, custam cerca de R$ 450 mil, de acordo com levantamento realizado pela reportagem. Ao todo, desde a última segunda-feira (4), a Polícia Militar da Bahia entrou em confronto com suspeitos por seis vezes. E o saldo de apreensões chegou a seis fuzis 556, 11 pistolas do modelo 9 mm e três granadas sem modelo informado.

O comandante da PM-BA, coronel Paulo Coutinho, falou especificamente sobre o impacto da apreensão dos fuzis. "São fuzis importados que têm uma capacidade bélica grande, são armas de guerra. O alcance útil supera 2 km e, por isso, tivemos impacto na Graça. Hoje, eles são comercializados, no mercado nacional, com um valor por unidade que é de mais de R$ 70 mil", destacou Coutinho, ressaltando o impacto bélico e financeiro contra os grupos criminosos nas apreensões.

O coronel não falou especificamente sobre as pistolas. Oficialmente, a PM da Bahia confirma que ao menos quatro delas são de calibre 9 mm. Em julho deste ano, o governo federal restringiu a compra de pistolas desse tipo, que havia sido flexibilizada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto a venda era liberada para Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs), o valor médio era de R$ 6 mil, o que gera um prejuízo de pelo menos R$ 24 mil somente com as quatro pistolas apreendidas pela PM-BA.

Já as granadas, que não têm venda liberada, chegam a custar R$ 2 mil cada uma em mercados paralelos, de acordo com fontes da polícia que investigam a atividade.

Além das apreensões, as ações da polícia resultaram em oito prisões e dez mortes de homens armados no Alto das Pombas. Não há detalhes, porém, se todos seriam do CV ou se haveria entre os criminosos interceptados membros do Bonde do Maluco (BDM), grupo rival que atua na área.

O comandante Paulo Coutinho destacou que o objetivo principal da PM nas ações é preservar vidas, inclusive as dos suspeitos. Porém, ao falar da letalidade das ações, lamentou que haja revide violento por parte dos criminosos. "Infelizmente, eles insistem em resistir às ações policiais. Nós temos que fazer nossa missão, preservando, sobretudo, vidas. Deixamos isso bem claro com a atuação do BOPE, que liberou ilesas pessoas feitas reféns em suas residências", lembrou o coronel em coletiva de imprensa no Comando Geral da PM-BA, nos Aflitos, no início da tarde de terça-feira (5).

Ele se refere aos casos de cárcere privado que aconteceram ainda na segunda-feira, quando criminosos em fuga invadiram quatro residências diferentes no Alto das Pombas, sendo duas pela manhã e outras duas durante a tarde. Ao todo, 17 pessoas foram mantidas nessas condições pelos suspeitos, mas todas foram liberadas durante as negociações sem registros de mortes ou ferimentos, de acordo com informações de agentes da polícia.

Ao lado do coronel Coutinho na coletiva, o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, afirmou que as ações mostram que as facções criminosas não vão causar terror à população da Bahia. Segundo ele, a polícia baiana está "fazendo frente" e melhorando a questão da segurança no estado. "As facções não podem se sobrepor às forças de segurança e não causarão esse terror e nem vão implantar a política de medo que querem fazer por aqui", garantiu o secretário.

O reforço policial na região do Alto das Pombas e também do Calabar, que faz divisa com a localidade, segue por tempo indeterminado, de acordo com a PM-BA.

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