Um levantamento aponta que as polícias da Bahia mataram mais do que todas as forças policiais dos Estados Unidos no ano de 2022. O levantamento, realizado pelo UOL, comparou dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Mapping Police Violence, dos EUA.

As polícias da Bahia - Militar e Civil - mataram 1.464 pessoas em intervenções em 2022. Já nos Estados Unidos, 1.201 pessoas foram mortas pelas forças de segurança.

Ao UOL, a professora e pesquisadora de Harvard Yanilda Gonzales ressalta a confiança no levantamento. Ela diz que a situação da Bahia "deveria entrar no radar das autoridades internacionais por ter uma taxa de letalidade comparável à de um país de 330 milhões de habitantes, embora a população baiana fique em torno de 15 milhões de moradores, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)".

"Deveria ser declarada uma emergência nacional. Um estado do tamanho da Bahia matou mais pessoas que as 18 mil polícias dos Estados Unidos. Um país que tem 330 milhoes de habitantes. Onde está o debate no Brasil sobre essas mortes? Como pode ser possível ter essa magnitude tão grande num estado só?", questiona a pesquisadora.

A reportagem do Uol destaca que o governo da Bahia classificou os mortos por policiais de bandidos. Por outro lado, famílias denunciam abusos da atuação da PM. O site lembrou as mortes na Gamboa, no ano passado. "A polícia já tinha matado outros dois e levou meu filho ainda vivo. Eu cheguei lá e me apresentei como mãe dele. Eles me destrataram e apontaram a arma para a minha cabeça. Quando virei, eles dispararam três tiros contra meu filho", relatou Silvana dos Santos, mãe de jovem morto pela polícia da Bahia.

O Uol ainda destaca que a gestão de Rui Costa (PT) como governador, atual ministro da Casa Civil, ficou marcada pela explosão de mortes. Entre 2015 e 2022, as mortes por membros das forças de segurança aumentaram 313% e baterem recorde no ano passado.

Em nota ao Uol, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que mortes por intervenção policial reduziram 5,8% em 2023. O governo não informou os números usados para o levantamento. E também não comentou sobre a comparação com os dados dos Estados Unidos.

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As portas dos colégios no bairro de Cosme de Farias amanheceram fechadas na manhã desta terça-feira (1°). Isso porque ao menos quatro instituições de ensino optaram pela suspensão das atividades após quatro homens morrerem em troca de tiros contra agentes da Polícia Militar (PM-BA), na Rua Jaguarari, na tarde dessa segunda-feira (31).

A Secretaria Municipal de Educação de Salvador (Smed) informou que as gestões das escolas municipais Lélis Piedade, Saturnino Cabral e Olga Figueiredo suspenderam as atividades no turno matutino por conta do clima de insegurança que se formou no bairro após a mortes dos quatro suspeitos.

Com as três unidades fechadas, ao menos 458 alunos que estudam pela manhã ficaram prejudicados. A Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) também foi procurada para informar sobre suspensão de aulas, mas não retornou até o fechamento desta matéria.

No entanto, a reportagem apurou que o Colégio Estadual de Cosme de Farias, localizado no fim de linha do bairro, também suspendeu as atividades. Segundo dados do Censo Escolar 2022, a escola tinha 866 alunos matriculados. Em frente ao colégio, um morador, que prefere não dizer o nome, contou que os estudantes que apareceram foram orientados a retornar para casa.

"Vieram até alguns desavisados, mas precisaram voltar porque não teve aula. Eles suspendem sempre que acontece esse tipo de coisa porque o medo é de que haja resposta por parte dos criminosos. Então, é até melhor mesmo porque boa parte já não iria comparecer. Eu, se sou pai, não deixo filho meu ir estudar nesse risco", falou

De janeiro até o momento, de acordo com a Smed, 48 escolas tiveram que suspender as atividades por um ou quatro dias, dependendo da região, em decorrência da sensação de insegurança, afetando, ao todo 16.108 alunos que ficaram sem aula.

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Uma turista de Brasília foi roubada quando estava na Praia de Pedra do Chapéu, na área de Praia do Forte. O assalto aconteceu na tarde de segunda-feira (24).

A vítima contou à polícia que foram roubados um óculos de grau, um cartão de banco e um celular, além de itens de vestuário. Câmeras da região registraram a ação do bandido, que saiu correndo com a bolsa da turista.

O caso foi registrado na Delegacia de Proteção Ambiental (DPA) de Praia do Forte. Segundo a Polícia Civil, o Setor de Investigação da DPA já iniciou a apuração, e ela foi orientada a retornar na unidade para prestar mais informações.

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A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na Operação Élpis. Élpis é a deusa grega da esperança.

Esta é a primeira operação desde o início de 2023, quando a PF assumiu a investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Suel foi condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto. O ex-bombeiro tinha sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II, e já é réu neste processo por homicídio e receptação, porque recebeu o carro usado no crime segundo o MP e a PF.

De acordo com o MPRJ, Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do assassinato e amigo de Suel. O ex-bombeiro também teria ajudado a jogar o armamento no mar.

Suel foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e foi levado para a sede da PF, na Zona Portuária. Ele foi preso na mesma casa onde foi detido anteriormente. Um carro do ex-bombeiro foi apreendido.

O ex-bombeiro acompanhou a revista no imóvel feita por equipes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ. O coordenador do grupo especializado, Fábio Corrêa, acompanhou a ação.

Foram cumpridos ainda sete mandados de busca e apreensão no Grande Rio (veja abaixo quem são os alvos).

O g1 e a TV Globo apuraram que um dos alvos é Denis Lessa, irmão de Ronnie Lessa, que será ouvido na sede da PF. Um outro homem foi conduzido ao local.

Ao g1, Fabíola Garcia, que faz a defesa de Suel, informou que não teve acesso ao inquérito e que foi pega de surpresa com a prisão de seu cliente. Ele destacou que não teve acesso à investigação.

“Eu não sei o que está acontecendo. Não tive acesso ao inquérito e não tive acesso ao Suel. Precisamos entender o que está acontecendo e o motivo dessa prisão”, disse Garcia.

Os alvos da operação:

Maxwell Simões Côrrea, conhecido como Suel ou Swel;
Denis Lessa, irmão de Ronnie Lessa;
Edilson Barbosa dos santos, conhecido como Orelha;
João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como Gato do Mato;
Alessandra da Silva Farizote;
Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o Mauricinho;
Jomar Duarte Bittencourt Junior, o Jomarzinho.

5 anos sem respostas
Em 2023, o atentado completou 5 anos. Desde fevereiro, o caso é investigado pela PF. Até hoje, ninguém tinha esclarecido quem mandou matar Marielle e qual a motivação da execução.

Apenas a primeira fase do inquérito foi concluída pela Polícia Civil e o MP: a que prendeu e levou ao banco de réus o policial militar reformado Ronnie Lessa — acusado de ter feito os disparos — e o ex-PM Élcio de Queiroz — que estaria dirigindo o Cobalt prata que perseguiu as vítimas. Ambos negam participação no crime.

Os dois estão presos em penitenciárias federais de segurança máxima e serão julgados pelo Tribunal do Júri. O julgamento ainda não tem data marcada.

Lessa já foi condenado por outros crimes: comércio e tráfico internacional de armas, obstrução das investigações e destruição de provas.

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A Bahia lidera os casos de mortes causadas por policiais registradas em 2022, segundo dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20). O estado teve 1.464 casos do tipo. Somado ao Rio de Janeiro, que registrou 1.330 casos, são 43% das mortes causadas por policiais em todo Brasil no ano passado.

Essa foi a primeira vez que a Bahia assumiu a frente nessa lista, passsando o Rio de Janeiro. Em terceiro lugar aparece o Pará, com 621 mortes.

Considerando a taxa de mortes pela polícia por 100 mil habitantes em 2022, a Bahia aparece em segundo, atrás do Amapá. Veja:

Taxa de mortes pela polícia por 100 mil habitantes em 2022

Amapá: 16,6
Bahia: 10,4
Rio de Janeiro: 8,3
Sergipe: 7,9
Pará: 7,7
Goiás: 7,6
Paraná: 4,2
Rio Grande do Norte: 3,2
Mato Grosso: 3,0
Amazonas: 2,5
Acre: 2,3
Tocantins: 1,7
Ceará: 1,7
Espírito Santo: 1,7
Mato Grosso do Sul: 1,6
Alagoas: 1,6
Roraima: 1,6
Maranhão: 1,4
Paraíba: 1,3
Piauí: 1,2
Rondônia: 1,1
Pernambuco: 1
Rio Grande do Sul: 1
São Paulo: 0,9
Minas Gerais: 0,7
Santa Catarina: 0,6
Distrito Federal: 0,5

No ano passado, a Bahia registrou 1.335 mortes causadas policiais, segundo o anuário, ficando atrás do Rio, que na ocasião tinha 1.356 casos do tipo nos registros. Agora, as posições se invertem.

Em todo país, 6.430 pessoas morreram pelas mãos de policiais no ano passado, cerca de 1% a menos que a quantidade de 2021. A maioria das vítimas é de homens (99%), negros (83%)e mortos com disparo de arma de fogo (99%).

A maior parte das mortes foi causada por policiais militares em serviço (2.359), seguido por PMs de folga (217), civis em serviço (117) e civis de folga (19). Alguns estados não identificam o tipo do policial envolvido.

Veja quantas mortes causadas por policiais cada estado registrou em 2022

Acre - 19
Alagoas - 50
Amapá - 122
Amazon - 99
Bahia - 1464
Ceará - 150
DF - 15
Espírito Santo - 65
Goiás - 538
Maranhão - 92
Mato Grosso - 109
Mato Grosso do Sul - 45
Minas Gerais - 148
Pará - 621
Paraíba - 51
Paraná - 479
Pernambuco - 90
Piauí - 38
Rio de Janeiro - 1.330
Rio Grande do Norte - 107
Rio Grande do Sul - 106
Rondônia - 18
Roraima - 10
Santa Catarina - 44
São Paulo - 419
Sergipe - 175
Tocantins - 26

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O pai de Gabriel Hamed Ferreira Rodrigues, jovem de 19 anos morto a tiros na noite de domingo (16) no Uruguai, em Salvador, diz que seu filho era um rapaz caseiro, sem conflitos conhecidos e que a família aguarda a investigação da polícia para saber o que pode ter motivado o crime.

"Meu filho era uma pessoa super boa. Foi uma safadeza o que fizeram com ele, uma maldade. Meu filho nunca andou com negócio de droga, beber, era um menino caseiro. Bem criado, bem cuidado. Estudou no colégio militar, estava ai agora perto pra trabalhar. Aí vem essa fatalidade. Um miserável desses tira a vida do meu filho sem mais nem menos. Queremos a justiça de Deus, do homem, para não ficar impune. Não pode ficar assim, não", diz o servidor municipal Geovane Rodrigues.

Ele continua: "Nunca usou droga, nunca bebeu na vida dele, uma coisa que estou sem entender, tô sem chão. Quero saber e só a polícia pode resolver essa situação. Estamos esperando a investigação da polícia".

No domingo, Geovane saiu de casa no bairro de Roma para trabalhar e pouco depois recebeu a notícia que o filho estava na UPA, em uma ligação feita pela irmã. Na hora, ele acreditou que Gabriel tivesse caído de moto, mas foi surpreendido com a informação de que o rapaz havia sido baleado. Quando saiu de casa, Gabriel estava com as irmãs e primos num churrasco.

Geovane conta que brigava com Gabriel para que ele fosse não para o Uruguai, mas o rapaz ia muitas vezes ao bairro porque uma das irmãs, Bruna, que está grávida, mora lá.

"Estavam num churrasco e resolveu levar ela em casa e aconteceu essa situação. A irmã saiu da moto e o cara veio atirando nele. Ele sem esperar. Ainda correu um pedaço, mas infelizmente...", diz o pai. "Até agora estou sem entender, sem chão".

Ele diz não saber se o filho foi morto por engano. Moradores relataram à família que a moto estava acompanhada de um carro que ficou no local desde três dias antes do crime. "E a moto uns dois dias. E ontem disseram que a moto estava lá desde cedo, e ele não estava lá, porque ele mora aqui em Roma. Eu fiquei encismado".

Gabriel tinha três irmão e, entre eles, está a blogueira Lalai Magarão, que acumula mais de 86 mil seguidores em uma de suas redes socias. Foi pelas redes que ela relatou o crime e expressou indignação. "Gabriel era um anjo e nunca fez maldade com ninguém. Nós vamos aguardar e dobraremos os joelhos para que ele tenha justiça", afirmou em uma publicação.

Questionado sobre rumores de que o crime poderia ter relação com o namorado de Bruna, que foi apontado como um dos suspeitos do caso por fontes ouvidas pela reportagem, Geovane diz que não sabem nada até agora. "Que motivo ele teria, ele até se dava bem... Só investigando para saber", acrescenta.

Geovane se emociona ao lembrar do filho. "Não tem ninguém que fale mal, não é porque ele morreu. Ele não, boto a mão no fogo e na vizinhança lá pode perguntar a qualquer um que todo mundo sabe quem é ele, foi bem criado, não tem ninguém que venha a falar mal dele, nada a julgar dele".

Uma das irmãs de Gabriel, a influenciadora Lalai Magarão, usou as redes sociais para lamentar a morte. "Você era só uma criança, que mudou cruel, quanta maldade, meu Deus, eu não aceito isso e nunca vou aceitar", escreveu. "Tenho orgulho de voc~e ter sido um irmão direito, que nunca fez maldade com ninguém, que nunca colocou uma droga na boca, nunca rouobou, nem matou ninguém para morrer assim". Ela acrescentou que está "sem chão e em prantos". "Quero meu irmão de volta".

Crime

O morador que presenciou a execução de Gabriel diz que ele não ter sobrevivido não foi uma surpresa por conta da quantidade de tiros que a vítima recebeu.

"Não tiveram pena nenhuma de gastar as balas que tinham, foi tanto tiro que eu acho que descarregaram tudo nele. Aí não teve jeito, é difícil alguém sobreviver a algo assim. Não dá para ver o tanto de cápsulas porque vieram catar tudo depois que aconteceu", relata ele.

Um outro morador, que também prefere não dizer o nome por medo de represálias, atesta o mesmo em relação a quantidade de tiros. "Foi ontem por volta das 22h30. Eu não saí pra ver, mas deu para ouvir e foi, pelo menos, 15 tiros que deram aí. Ficou no silêncio e depois a família chegou naquele desespero, todo mundo gritando. Na hora, por ser muito tiro, achei que era tiroteio mesmo", conta ele, afirmando que isso não é comum na Rua Jequitibá.

A 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS) é que vai apurar a morte de Gabriel e, apesar das versões dos moradores e da PM-BA, ouviu testemunhas que afirmam que o caso se deu na Rua Jornalista Nilton França. De acordo com o registro, Gabriel estava na porta de casa quando homens em um carro passaram atirando.

As testemunhas informaram que é provável que o jovem não era o alvo porque quem estava no veículo gritou 'ele não está aqui, então vai você mesmo". As guias para remoção e perícia foram expedidas e oitivas e diligências serão realizadas para identificar a autoria e motivação do crime.

Execuções

Segundo dados do Fogo Cruzado, com a execução de Gabriel, ao menos 379 pessoas foram executadas em Salvador e Região Metropolitana (RMS). Só em junho, 70 vítimas morreram nessas circunstâncias.

No dia 25 de junho, o entregador Michel Lucas Silva Santos, 16 anos, foi encontrado morto na Rua Nova Aliança, em Praia Grande. A família apontou que ele teria sido sequestrado por traficantes enquanto realizava uma entrega e foi executado pelos criminosos.

No fim do mês passado, um grupo de extermínio, formado por policiais militares de Camaçari, foi apontado como responsável por uma chacina que acabou em sete homicídios na cidade e um outro no município de Candeias durante a madrugada do dia 29.

Já nesse mês, no dia 3, O casal Monalisa Carneiro da Silva Santos, 34 anos, e Tiago Pereira, 34, estava na rua de casa quando foi surpreendido por dois suspeitos que chegaram de moto e dispararam contra os dois. O crime aconteceu na Rua Sérgio Landulfo Furtado, no bairro de Castelo Branco, por volta das 11h.

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O subsecretário da Segurança Pública, Marcel de Oliveira, participou na manhã desta segunda-feira (10) de uma reunião com representantes de entregadores por aplicativo. A ideia era discutir soluções e enfrentamentos aos crimes que a categoria tem sofrido na Bahia.

Em nota, a SSP diz que recebeu as demandas dos entregadores e destacou as ações da polícia para coibir crimes e trazer segurança aos trabalhadores.

“A categoria também pode ajudar muito a polícia informando a dinâmica dos crimes e é importante que esses detalhes cheguem até nós. Estamos aqui com as ferramentas para que a segurança de todos os trabalhadores sejam garantidas”, afirmou Marcel.

O subsecretário reforçou a importância do registro da ocorrência em casos de crime.

Estiveram presenAtes no encontro, que aconteceu no Centro de Operações e Inteligência (COI), no CAB, o vice-presidente da Associação dos Motofrentistas, Mototaxistas e Motoentregadores da Bahia (AMMMBA, André Freire Vieira Reis, os comandantes do Esquadrão de Motociclistas Águia da PM e da 82ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/CAB), majores Éverton Monteiro e Hugo Almeida.

Acusação de ameaça

Uma confusão aconteceu na semana passada que gerou protesto de entregadores. Um entregador de aplicativo gravou o momento em que foi impedido de entrar em uma hamburgueria que fica na Barra. A situação ocorreu na noite desta terça-feira (04), quando o trabalhador alegou que o segurança da Red Burger não autorizou a entrada dele no estabelecimento para pegar o pedido.

Na gravação é possível ver o entregador comentando que o segurança não o deixa entrar na loja porque seriam ordens da empresa. Ainda no vídeo, o segurança alega que 'iFood' tem que esperar um funcionário da hamburgueria entregar ao motoboy, sem pisar dentro do estabelecimento.

"Não entra IFood. Quem está falando sou eu. Aqui é para pegar e ir embora. Não é para entrar na loja não. É isso aí e acabou, não devo nada a iFood nenhum", disse o segurança.

Após a gravação, o entregador retornou ao local com outros entregadores, e a confusão iniciou. Outros trabalhadores gravaram a situação e afirmaram que o segurança tinha ameaçado os motoboys com uma faca.

Em outro vídeo, o segurança aparece tentando se esconder dentro da loja após a chegada de mais de dez entregadores na porta da hamburgueria.

Em nota, a Polícia Militar informou que a 11ª CIPM estava fazendo rondas pela Av. Oceânica, quando avistaram um princípio de desentendimento próximo à entrada da lanchonete. No entanto, apesar da confusão, a guarnição conseguiu intervir a briga entre os envolvidos, finalizando a situação em seguida.

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Uma operação contra desvios de recursos públicos federais foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (7), em Ilhéus, no sul da Bahia. Estão sendo cumpridos mandados na prefeitura municipal e em estabelecimentos comerciais de servidores públicos.

Segundo a PF, estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão, por por 31 policiais federais em Ilhéus, Distrito de Olivença e Itabuna e foram expedidos pela Justiça Federal de Ilhéus.

A operação desta sexta, denominada Trapaça, é a segunda fase da Operação Nefanda, deflagrada em 2021 e combate o crime de desvio de recursos públicos federais utilizados no enfrentamento da pandemia de coronavírus em 2020.

Segundo as investigações, a prefeitura contratou, com dispensa de licitação, uma empresa (haras) sem capacidade técnica e operacional para gerir o abrigo de campanha destinado ao acolhimento de pacientes infectados com covid-19. A empresa recebeu, à época, mais de R$ 1,2 milhão.

O contrato foi analisado pela Controladoria Geral da União, que constatou superfaturamento de mais de 82% dos valores pagos. Com o aprofundamento das investigações, foi possível identificar o envolvimento de servidores públicos municipais com o desvio dos recursos públicos do contrato.

Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de Fraude à licitação, Estelionato (art. 171 do Código Penal); Corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), Falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal) e Associação Criminosa (art. 288 do Código Penal).

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A Polícia Militar da Bahia apreendeu 14 armas de fogo, realizou 22 prisões em flagrante e conduziu 53 pessoas às delegacias durante a 10ª edição da Operação Força Total. A ação aconteceu em todo o estado desde as primeiras horas de terça-feira (4) e foi até as 22h.

Durante a operação, a PM abordou 46.749 pessoas e 26.460 veículos (12.538 carros e 13.922 motos). Como resultado das ações ostensivas, a tropa recuperou 12 veículos com restrição de furto ou roubo, apreendeu 164 veículos e autuou 940 automóveis.

Ao longo do dia, policiais militares de diversas unidades apreenderam drogas em 17 ocorrências e cumpriram sete mandados de prisão, além da apreensão de quatro adolescentes envolvidos em atos infracionais e do registro de 13 termos circunstanciados de ocorrência (TCO), crimes considerados de menor potencial ofensivo. O efetivo atuou a pé, em cavalos, bicicletas, bases móveis, aeronaves e postos de abordagem.

“O resultado positivo na Operação Força Total se deve ao empenho e dedicação da tropa para fortalecer as ações preventivas e ostensivas no estado. Todo esforço operacional está aliado ao aporte da tecnologia, acesso a banco de dados com atualizações em tempo real, informações do serviço de inteligência, além da realização de blitze e incursões na capital e interior baiano“, destaca o coronel Paulo Coutinho, comandante-geral da Polícia Militar.

10 edições

A Operação Força Total, no acumulado das 10 edições, já retirou 186 armas de fogo de circulação, prendeu 334 criminosos, recuperou 10 veículos e registrou 1340 ocorrências envolvendo drogas. Os policiais também encaminharam 782 pessoas às delegacias, apreenderam 72 adolescentes e cumpriram 134 mandados de prisão nos 417 municípios baianos.

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A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) informou nesta segunda-feira (3) que notificou a polícia em relação um esquema de falsificação de diplomas para obtenção de registro para falsos médicos no Rio de Janeiro assim que percebeu que havia algo errado, em janeiro do ano passado. O esquema é investigado pela Polícia Federal.

Pelo menos 65 pessoas usaram os documentos forjados para obter o registro profissional, a maioria deles apresentando diploma da Uneb. Segundo nota da universidade, nenhuma das pessoas que usou os diplomas falsos estudou de fato na universidade. O esquema foi divulgado em reportagem do Fantástico, da TV Globo, no domingo.

Na nota, a Uneb diz que recebeu um ofício do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) em 18 de janeiro de 2022 pedindo comprovação de veracidade de atas de colação de grau, diplomas e históricos escolares de supostos formados em medicina na universidade.

A universidade fez consulta às suas bases e notou que os nomes apresentados nunca foram foram alunos da Uneb. "Assim sendo, confirmamos que as referidas atas, diplomas e/ou históricos escolares recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados por esta universidade, portanto, são ilegítimos", diz o texto.

Todos os documentos enviados pelo Cremerj foram repassados para as autoridades competentes da Bahia para a investigação, diz a Uneb.

O e-mail usado pelos criminosos para enviar diplomas e outros documentos falsos (validaçãO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.) não é da Uneb, destaca a universidade.

"A Uneb externa sua indignação com o ocorrido, ao tempo em que reforça que se trata de uma ação criminosa da qual esta universidade é vítima, assim como toda a sociedade brasileira", diz a nota.

Presos

Em junho, a PF cumpriu quatro mandados de prisão e três pessoas foram presas: Valdelírio Barroso Lima, Reinaldo Santos Ramos e Francisco Gomes Inocêncio Junior, que é médico. A quarta pessoa, Ana Maria Monteiro Neta, apontada como chefe da quadrilha, está foragida.

Segundo o delegado da Polícia Federal Francisco Guarani disse ao Fantástico, “a investigação conseguiu apontar que de fato existia uma estrutura empresarial nessa venda de diplomas falsos e históricos escolares falsos.”

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