Acusado de envolvimento em cerca de 200 homicídios no estado da Bahia, Robson de Jesus, de 36 anos, foi capturado na tarde desta terça-feira, 12. O homem, conhecido como “Robson Luxúria”, era um dos mais procurados pela polícia baiana e foi preso no município cearense de Iguatu. A captura ocorreu em uma operação integrada das Polícias Civil (PCCE) e Militar (PMCE) do Ceará após três meses de investigações.

Robson foi surpreendido pelos policiais e preso dentro da própria residência, uma mansão localizada no bairro Planalto, onde esbanjava uma vida de luxo ao lado da companheira. No local foram apreendidos dezenas de jóias, 47 relógios de alto padrão, sete aparelhos celulares, 29 chips telefônicos e documentos falsos, além de outros artigos de luxo.

A apuração das forças de segurança revelou ainda que ele utilizava um nome falso no Ceará e que sempre que saía de casa, transitava pelas vias de Iguatu e arredores com uma Hilux de cor cinza, como forma de evitar ser visto em público.

O veículo foi interceptado por policiais nesta terça-feira e foi fundamental na prisão de Robson. Por meio de um cerco ao carro, a operação conseguiu capturar a companheira de Robson, que, após ser rendida pelos policiais, revelou o endereço do esconderijo dele. A partir disso, ele foi preso.

Informações preliminares divulgadas afirmam que os presos foram conduzidos até a Delegacia Regional de Iguatu, unidade que gerenciou toda a operação, onde um procedimento de custódia estaria sendo iniciado ainda na noite desta terça-feira. Segundo as forças policiais, mais detalhes sobre o caso serão divulgados ao longo da quarta-feira, 13.

As informações são do jornal O Povo

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O Governo do Estado lamenta o encerramento da produção nas plantas da Ford, em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), e da Troller, em Horizonte (CE). O governo destaca os impactos socioeconômicos consequentes do fechamento da empresa, importante geradora de empregos e renda no estado.

Assim que foi informado, o governador Rui Costa entrou em contato com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) para discutir a formação de grupo de trabalho para avaliar possibilidades alternativas ao fechamento. O governo estadual também entrou em contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores com interesse em assumir o negócio na Bahia.

A decisão da Ford foi informada ao governador Rui Costa durante reunião virtual com representantes da empresa nesta segunda-feira (11). Em nota distribuída à imprensa, a Ford afirma que "a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas", são motivadores da decisão.

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Uma mulher foi presa em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, suspeita de matar os dois filhos, um bebê de 1 ano e uma menina de 8 anos. As crianças foram achadas mortas dentro de casa, em um condomínio no bairro de Lama Preta, na madrugada desta segunda-feira (11). A mãe foi presa em flagrante.

A Polícia Militar informou que uma equipe do 18ª Batalhão (BPM/Camaçari) foi até o local após denúncias de que havia duas crianças mortas na casa. As crianças não tinham sinal de violência exterior e a causa das mortes será conhecida após perícia. A mãe, que também teria tentado tirar a própria vida, passou mal e foi levada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a UPA de Abrantes, com apoio da PM.

Parentes da mãe acreditam que ela pode ter sofrido algum surto. "Não tem explicação. A gente está sem entender. Porque era uma mãe dedicada, uma mãe esforçada", contou uma familiar em entrevista à Record Bahia. "A dedicação com os filhos dela era uma dedicação maravilhosa... A família está arrasada, a gente está abalada, porque a gente não sabe o porquê. Não era uma mãe irresponsável. Uma mãe competente, uma mãe que corria atrás, cuidava direitinho, nunca deixou à toa. Eu não sei porque agiu assim, teve esse comportamento, do nada", acrescenta.

Outro familiar diz que a mãe da mulher afirmou que ela não estava normal. "Sempre cuidou dos filhos dela muito bem, gostava de levar eles para os lugares. Amava de paixão, muito carinho. A gente está todo mundo sem entender o que foi que aconteceu. Mas a mãe dela disse que ela não estava em si".

A casa ficou isolada aguardando perícia. A ocorrência foi registrada na 18ª Delegacia, que vai investigar o caso.

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Os familiares do empresário Elton Gonçalves Campelo, 35 anos, e da namorada dele, Isabela Valença, 33, estão consternados com a morte do casal. Os dois estavam no edifício Terrazzo Imperiale, que fica no Horto Florestal, um dos bairros mais nobres de Salvador, quando o crime aconteceu.

A suspeita da polícia é de que Isabela matou o namorado e cometeu suicídio em seguida. Na manhã desta segunda-feira (11), um outro parente de Elton esteve no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues para fazer a liberação do corpo. Chocado com a situação, ele disse que o casal não tinha histórico de brigas.

“Estamos todos tentando entender o motivo da tragédia. Eles nunca tiveram uma briga. Estamos perplexos”, disse ele, que preferiu não revelar o nome. O CORREIO tentou falar com um irmão de Isabela, Paulo Valença, sem sucesso.

Já a prima de Elton, Lívia Campelo, disse que a família não consegue achar explicação para a tragédia. “Me perdoe, mas está sendo muito difícil para todos nós. Ninguém tem explicação para o que aconteceu, para nada”, disse emocionada, na manhã desta segunda-feira (11).

No condomínio de luxo onde ocorreu o crime, os funcionários foram orientados ao não falar com a imprensa. Os moradores também não quiseram comentar o assunto. Porém, uma manicure que atende em domicílio, e que tinha acabado de sair do edifício Terrazzo Imperiale quando o crime aconteceu, contou ao CORREIO que os pais de Elton dormiam quando os disparos foram efetuados. “O comentário é que eles acordaram com os tiros”, contou ela.

De acordo com a investigação policial, os corpos de Elton e Isabela foram encontrados pelos pais de Elton, a decoradora Elza Campelo e o empresário Gladston Campelo, donos do apartamento, que estavam em outro quarto na hora do crime.

Elton e Isabela foram mortos com tiros na cabeça. O corpo dele foi encontrado em cima da cama da suíte onde o casal estava, enquanto o dela foi achado no banheiro do cômodo. Ao lado dela, estava a arma do crime, uma pistola que pertencia a Elton, que tinha porte de arma.

As circunstâncias reforçam a hipótese para o crime: um homicídio seguido de suicídio. Segundo a Polícia Civil, o pai do empresário se assustou ao ouvir um barulho de tiro e foi ao quarto do casal, que passava as férias em Salvador.

Elton morava em Juazeiro, na região do Vale São Francisco, onde nasceu. Já Isabela morava em Petrolina, cidade vizinha, em Pernambuco.

Ainda segundo informações preliminares, não houve nenhuma discussão do casal momentos antes do crime. No sábado (8), horas antes do assassinato, Isabela chegou a postar uma foto com o namorado em sua rede social. Os dois namoravam desde 2018.

O caso é apurado pela delegada Marta Karine, da 1ª Delegacia de Homicídios. O motivo do crime ainda é um mistério.

O corpo de Elton será enterrado às 11h30 desta terça-feira (12) no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas. Já o corpo de Isabela segue no IML Nina Rodrigues e aguarda liberação.

De acordo com o Departamento Polícia Técnica (DPT), dois familiares dela já foram ao local, mas não puderam fazer os procedimentos legais para a liberação, por não serem parentes direitos, como pais ou irmãos.

A família de Elton comanda o Curtume Campelo, que já foi símbolo de desenvolvimento na região. A empresa chegou a empregar 500 funcionários e teve influência direta na geração de renda no município.

Elton e Isabela estavam juntos desde 2018. Antes de voltar a morar em Juazeiro, Elton estudou em Salvador em colégios tradicionais, como Módulo e Anchieta. Formado em Administração, regressou para a cidade que nasceu. No final do ano passado, ele havia solicitado um alvará à Vigilância Sanitária para montar uma clínica. Já Isabela, era sócia de um restaurante japonês em Petrolina, que está fechado para reforma desde a pandemia.

Morador de Juazeiro, o jornalista Pedro Alcântara Filho, amigo de infância de Elton, disse que está perplexo com o crime. “Estou até agora atordoado tentando entender tudo isso. Meu pai é muito amigo do pai dele e, por isso, fomos criados juntos. Era um casal que se dava super bem. Eram tranquilos. A cidade toda está em sem acreditar. Nunca vi o casal em desentendimento, sequer subia a voz. Altamente inexplicável. Estamos todos chocados”, contou.

Pedro disse que viu Elton pela última vez há cerca de mês. “O vi passeando antes de viajar nas férias”, recordou. Ele disse que o amigo sempre gostou de esportes aquáticos. “Além de surfar, ele pilotava jet-ski e praticava kitesurf no Rio São Francisco”, contou o amigo.

Já sobre Isabela, o jornalista disse que sabe pouco dela. “Minha amizade era com ele. Vez ou outra almoçava no restaurante dela e a cumprimentava. O que sei é que ela é também de uma família que tem boa condição financeira em Petrolina”, disse.

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Um casal foi encontrado morto num apartamento do edifício Terrazzo Imperiale, no Horto Florestal, bairro nobre de Salvador, na manhã deste domingo (10), na Rua Waldemar Falcão. De acordo com informações iniciais obtidas pelo CORREIO com fontes policiais, uma mulher teria disparado contra o namorado enquanto ele estava dormindo e cometeu suicídio em seguida.

Através de moradores do prédio, o jornal apurou que as vítimas são Elton Gonçalves Campelo, de 35 anos, natural de Juazeiro, e Isabela Valença, sua companheira. A motivação do crime ainda é desconhecida e o caso será investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico). A Polícia Civil da Bahia informou que também suspeita de que houve um homicídio seguido de suicídio.

Elton Campelo pertence a uma tradicional família juazeirense, proprietária da fábrica Curtume Campelo, empresa especializada em comércio de produtos de couro. Elton é filho do megaempresário Gladson Campelo e da decoradora Elza Campelo. Segundo apuração da coluna Alô Alô Bahia, o rapaz morava em Juazeiro e passava as férias na capital baiana.

O casal passou o Réveillon junto em um apartamento no Corredor da Vitória. Após a virada, ele utilizou o Instagram para publicar uma foto com a companheira e, na legenda, escreveu: “Mais um ano juntos. Nosso dia 1º sempre mais que especial. E juntos desejamos um feliz ano novo a todos! Um 2021 com muita saúde, paz, e muitas metas a serem almejadas, alcançadas e conquistadas. Deus no comando, sempre”.

A morte de Elton foi registrada no boletim de principais ocorrências policiais da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e a confirmação do óbito pela polícia foi constatado às 10h da manhã.

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Apontado pela polícia como alvo do ataque na Praia de Jaguaribe, em Patamares, onde três pessoas morreram, Lucas Santos da Cruz, 27 anos, ocupava o cargo de liderança da facção Bonde do Maluco (BDM) na Boca do Rio. Ele era um dos gerentes do traficante Claudomiro Santos Rocha Filho, o Nicão, ex-7 de Copas do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), morto em 2018.

“Lucas era o braço direito de Nicão. Era o gerente e, por isso, considerado o segundo nome no grupo”, declarou o diretor do Departamento de Homicídios (DHPP), o delegado José Bezerra Júnior. Nicão comandava o tráfico na localidade do Cajueiro e também em Camaçari. “Ele e o grupo deram muito trabalho à polícia. Uma série de crimes foram imputados a eles, inclusive homicídios na Boca do Rio e adjacências”, disse Bezerra.

Nicão morreu em outubro de 2018, quando emboscado em um carro ao passar pela Avenida Pinto de Aguiar, em Patamares. Na lógica, com a ausência definitiva de Nicão, Lucas, o segundo na hierarquia da facção, assumiria a liderança, mas não foi isso o que aconteceu. Lucas, que em 2015 foi preso por posse de arma de fogo, voltava à prisão após ter sido flagrado pela Polícia Militar com uma arma e drogas.

Quando a Justiça decretou sua liberdade, em março de 2019, Lucas voltou para a Boca do Rio acreditando que assumiria o posto que lhe era de direito, mas não conseguiu. “O espaço do Nicão foi ocupado por outro. Quando Lucas saiu, pode ter gerado algum conflito nesse sentido”, disse Bezerra, fortalecendo uma das hipóteses mais prováveis para o crime: um ataque fruto de rivalidade.

Diante da situação, Lucas teria feito uma aliança com um grupo rival, que vem tentando controlar todo o tráfico de drogas na Boca do Rio, e com isso promovendo diversos ataques ao reduto de Nicão, o Cajueiro. “Mas não posso afirmar pois estamos ainda apurando essa questão”, declarou Bezerra.

Crime
Por volta das 15h desta terça-feira (5), banhistas se divertiam na Praia de Jaguaribe, quando um grupo de cinco homens armados invadiu a faixa de areia atirando. O alvo da ação era Lucas, que correu, mas foi alcançado e morto no local. A estudante de biomedicina na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Juliana Celina da Santana Silva Alcântara, 20, e o adolescente, Igor Oliveira Lima Filho, 16, que não tinham nenhum envolvimento com os criminosos, estavam na linha dos tiros e acabaram sendo atingidos e mortos.

A mãe de Juliana Celina estava na hora quando a filha foi baleada. “Diante da situação, ela passou mal”, disse Bezerra, esclarecendo que a mulher não foi baleada, conforme informação dada anteriormente por autoridades. Já André Luiz Cunha dos Santos, que também não tem envolvimento com a criminalidade, foi atingido e sobreviveu. Ele foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou por cirurgia.

Na manhã desta quarta-feira (6), o trecho onde ocorreu o ataque não tinha cadeiras, garçons, movimentação de ambulantes, sequer havia alguém tomando sol. Era um vazio na extensão da sempre cheia Praia de Jaguaribe. As marcas da violência ainda estavam na areia com os rastros de sangue das vítimas.

A barraca não abriu, mas o CORREIO conversou com um dos funcionários que foi ao local somente para limpar uma cadeira usada pela estudante de biomedicina Juliana Celina. Ela estava com a mãe e o primo sentados debaixo de um guarda-sol próximo onde Lucas e o seu grupo estavam. “Foi muito triste. Ela não teve nem reação para correr. Foi atingida ainda sentada”, disse ele.

O funcionário falou também que o adolescente Igor era cliente da barraca, que por várias vezes o adolescente comprava água de coco quando terminava o futevôlei. “O menino estava na hora com a bola. Ele e a menina (Juliana Celina) estavam na linha de tiro, infelizmente”, desabafou.

Tiros
Funcionários de barracas de praia do entorno contaram que Lucas e outros quatro rapazes chegaram com um cooler para beber numa barraca, cujo nome foi preservado por garantia da segurança dos funcionários e frequentadores. Como nesta terça-feira (05) não estava funcionando, Lucas e os demais foram beber em outra barraca de praia.

“Eles chegaram tranquilamente, se sentaram mais próximo à água e começaram a beber. Ainda não tinham consumido nada. Não demorou muito quando dois homens vieram caminhando do lado e um deles disse para o alvo (Lucas): ‘Você vai morrer agora’. E começou a atirar”, relatou o garçom, que preferiu não revelar o nome.

Ainda de acordo com ele, no domingo, Lucas e os mesmos rapazes que estavam com ele nesta terça, estavam na Praia de Jaguaribe neste último domingo. “Todos eles estavam sentados na mesma barraca que procuraram na terça, mas que estava fechada”, contou.

Medo
Apesar do episódio da tarde de terça, algumas pessoas foram à Praia de Jaguaribe. O CORREIO conversou com os banhistas e a maioria disse que estava com medo e relataram a ausência de policiais, como foi o caso da empregada doméstica Maria do Carmo Santos da Paixão, 50. “Estou aqui, mas morrendo de medo. Pensei que aqui haveria polícia circulando, mas não vi um PM sequer. Normalmente quando tem esses casos de repercussão, eles aumentam o efetivo, mas até agora nada”, disse ela, moradora do Rio Vermelho.

A funcionária pública estadual Valdilene Anjos, 48, moradora do Cabula, contou que só foi à praia porque ela e a filha precisavam sair de casa, uma vez que elas vêm cumprindo à risca o isolamento social devido à pandemia. “Já não aguentávamos mais ficar em casa. Já tínhamos combinado vir hoje, porque ela (filha) estava de férias dos cursos de inglês e balé”, argumentou.

Já gerente comercial Marina Ikissima, 43, disse que o ataque que deixou mortos e feridos na praia foi algo pontual, mas ponderou a falta de segurança. “Isso pode acontecer em qualquer lugar. A gente não pode deixar de sair achando que algo pode acontecer. Mas é notório que falta segurança em Salvador”, declarou.

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Um crime bárbaro ocorrido na tarde desta terça-feira (5), na praia de Jaguaribe, chocou a população baiana. Três pessoas foram assassinadas, incluindo dois estudantes que não tinham nenhuma relação com atividades criminosas, e outras três foram baleadas.

Contexto
Segundo informações preliminares da investigação, reveladas pelo diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Lucas Bezerra, durante entrevista à TV Bahia nesta quarta-feira (6), dois homens em uma moto chegaram à praia por volta das 15h desta terça.

Eles localizaram Lucas Santos da Cruz, 27, sentado numa barraca ao lado de amigos e abriram fogo. Lucas, segundo a Polícia Civil, tinha envolvimento com o tráfico de drogas e era o alvo da ação criminosa.

Neste primeiro momento Lucas e dois amigos dele foram atingidos pelos disparos, que segundo as investigações foram efetuados por apenas um criminoso enquanto o outro ficava na retaguarda.

Como todos começaram a correr após os primeiros tiros, na perseguição o criminoso descarregou a arma na tentativa de executar Lucas. As balas perdidas atingiram três pessoas que estavam na areia: Igor Oliveira Lima Filho, de 16 anos, Juliana Celina da Santana da Silva Alcântara, de 20, e Elenilce Alcântara, mãe de Juliana. Os dois primeiros não resistiram.

A ação, ao todo, durou cerca de 60 segundos, e os suspeitos fugiram em uma moto.

Vítimas
Lucas e Milena morreram na hora, enquanto Igor chegou a ser atendido, mas não resistiu. Uma quarta vítima fatal identificada como Andre Luiz Cunha dos Santos, de 24 anos, chegou a ser apontada inicialmente, mas a Secretaria de Segurança Pública (SSP) corrigiu a informação às 22h30 da noite dizendo que ele tinha sobrevivido.

Milena tinha 20 anos e estudava Biomedicina na Faculdade Bahiana de Medicina de Saúde Pública. Ela, que morava no Imbuí, estava na praia ao lado de familiares e foi atingida quando estava sentada em uma cadeira de praia. O corpo dela foi coberto com uma canga por familiares.

A mãe, Elenilce Alcântara, que estava ao lado da filha foi atingida de raspão e encaminhada para a UPA de Itapuã. Ela foi liberada na mesma tarde.

Outra vítima foi Igor Oliveira Lima Filho, de 16 anos. O adolescente tinha o costume de jogar futevôlei nas areias de Jaguaribe. A paixão pelo futebol era tanta que bola estava logo na descrição de uma das suas contas nas redes sociais.

Um amigo de Igor contou ao CORREIO que ele era o mais velho de três irmãos e morava no condomínio Le Parc, na Avenida Paralela. "Até por isso o gosto por Jaguaribe, rapidinho chegava lá", disse a fonte antes de classificá-lo como estudioso, boleiro e de família.

O principal alvo da ação era Lucas. Segundo Lucas Bezerra, diretor do DHPP, ele tinha envolvimento com o tráfico de drogas e fora preso em duas oportunidades. Em 2015 ao ser flagrado com uma moto roubada e uma arma de fogo, e em 2018 por associação ao tráfico.

Ele deixou a prisão em maio de 2019 e voltou a exercer a atividade criminosa na região do Cajueiro, na Boca do Rio. "Por isso acreditamos que integrantes de uma facção rival o localizou na praia e tentou executá-lo", disse Lucas em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia.

André Luiz Cunha dos Santos também foi atingido pelos disparos e foi socorrido para a Unidade de Pronto-Atendimento de Itapuã. Inicialmente a unidade e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informaram que ele havia morrido no atentado, porém a informação foi corrigida às 22h30. André passou por uma cirurgia e se recupera. Em uma rede social, um amigo informou que 'ele está vivo e lúcido'.

Outro sobrevivente é um homem que foi socorrido pelo Samu para o Hospital Geral do Estado (HGE) em estado grave, com perfuração no tórax e coxa esquerda, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Todos os três sobreviventes do atentado não correm risco de vida.

Investigações
As primeiras equipes da Polícia Militar (PM) chegaram ao local poucos minutos após o ataque e realizaram buscas na região para tentar localizar os criminosos, que conseguiram escapar.

Agora o caso está nas mãos do DHPP, que já ouviu testemunhas e está investigando câmeras de segurança da região para entender como ocorreu o crime e qual foi a rota de fuga adotada pelos atiradores.

Durante toda essa quarta-feira (6) buscas devem ser feitas para tentar localizar os bandidos.

"A expectativa é de realizarmos as prisões ainda hoje, nas próximas horas. Estamos com equipes nas ruas e contamos com todo o aparato tanto da Polícia Civil quanto das outras forças de segurança do estado. Foi um crime bárbaro e precisamos dar essa resposta à sociedade", afirma o diretor do DHPP.

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Um tiroteio deixou pelo menos três pessoas mortas e outras três feridas na tarde desta quarta-feira (5), na Praia de Jaguaribe, em Patamares, Salvador. O caso aconteceu por volta das 15h.

De acordo com informações preliminares da polícia, quatro homens chegaram à praia e dois deles desceram até a faixa de areia. Ao identificarem um desafeto, iniciaram o tiroteio. Ao todo, pelo menos cinco pessoas foram atingidas, todas na areia.

Um homem e uma mulher não resistiram aos disparos e morreram no local. Uma outra vítima não identificada chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto-Atendimento de Itapuã, mas não resistiu e morreu pouco após dar entrada na unidade de saúde.

Não há informações sobre as identidades dos baleados, nem se os atingidos foram vítima de bala perdida ou se eram desafetos dos criminosos.

De acordo com a Polícia Militar, populares informaram que cinco pessoas haviam sido atingidas pelos disparos, sendo que duas foram socorridas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para unidades hospitalares, uma terceira vítima aguardou outra ambulância para atendimento e outras duas vítimas não resistiram aos ferimentos.

Os policiais isolaram a área e aguardam o Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc), para perícia e remoção dos corpos.

Viaturas da 15ª Companhia Independente da PM (CIPM/Itapuã) foram deslocadas para o local. Não há informações sobre o estado de saúde dos feridos, nem sobre a autoria do crime.

Equipes da Polícia Técnica também já foram acionadas para realizarem perícia e remoção dos corpos.

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Não deu nem tempo para a Secretaria de Segurança Pública (SSP) respirar. Pouco depois de anunciar que a Região Metropolitana de Salvador atingiu o marco de 24 horas sem homicídios, no sábado (2), a localidade voltou a ser palco de assassinatos já no terceiro e quarto dias do ano.

De 0h de domingo (3) até 13h desta segunda-feira (4) – a última atualização das ocorrências do site da SSP foi às 00h56 – foram contabilizados sete homicídios registrados, sendo três em Salvador, nos bairros de São Caetano, Mata Escura e Águas Claras, e quatro na RMS, nos municípios de Camaçari, Vera Cruz, Monte Gordo e Simões Filho.

No sábado (2), a SSP divulgou que as 13 cidades da RMS completaram 24 horas sem registro de morte violenta (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte). Neste dia também não houve tentativa de homicídio nos municípios do entorno da capital. No entanto, no primeiro dia do ano, dos oito crimes contra a vida, cinco foram na RMS.

Um dos casos do domingo aconteceu na Rua da Jaqueira, em Monte Gordo. Benvindo Alves da Silva, 47 anos, estava num bar quando foi baleado por um desconhecido. De acordo com a Polícia Militar, por volta das 23h, uma guarnição do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da 59ª CIPM recebeu a informação de um homicídio.

Chegando ao local, os policiais militares foram informados que a vítima tinha sido socorrida por populares para UPA de Monte Gordo, onde foi confirmado que ela não resistiu aos ferimentos. “Segundo testemunhas, o suspeito estava escondido no mato e disparou com arma de fogo contra a vítima e fugiu”, diz nota da PM enviada ao CORREIO.

A Polícia Civil informou que o caso será apurado pela 33ª DT/Monte Gordo. “A autoria e a motivação serão investigadas. Não há informações sobre antecedentes”, diz nota da Polícia Civil. O CORREIO tentou localizar os parentes de Benvindo, sem sucesso.

Ainda no domingo foram assassinados dois homens na RMS. Um em Camaçari e outro em Vera Cruz. Ambos estavam sem identificação. Já nesta segunda-feira (04), o único assassinato registro foi de uma mulher na cidade de Simões Filho.

Salvador
Em Salvador, Roberto Goncalves Filho, 46, foi assassinado na Rua Pedro Felsemburg, onde morava. De acordo com a PM, a 48ª CIPM foi acionada com a informação de um homicídio por volta das 08h50, na Rua da Igreja Raio de Luz, próximo à estação do metrô. “O corpo do homem, vítima de golpes de arma branca, foi localizado em via pública. A área foi isolada e a Polícia Técnica acionada”, informou a PM.

Ainda em Salvador foram mortos William Santos Miranda, 25, na Rua Padre Luís em São Caetano e Davi Puridade Souza, 29, na Travessa Benedito Jenkis, em frente a um mercado.

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A Polícia Militar da Bahia registrou 104 ocorrências ligadas a festas irregulares entre 28 de dezembro e domingo (3). De acordo com o comandante geral da PM, o coronel Anselmo Brandão, parte desses registros foi de apreensões de equipamentos sonoros, o que impediu a realização dos eventos.

"No geral, foram 104 ocorrências que registramos nesse período, porque fizemos uma intervenção dura e fizemos muita observação. Muitas delas foram apreensões e no geral os resultados foram positivos", disse ele.

O coronel não detalhou quantas das ocorrências foram realmente de encerramento de festas, no entanto, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) já havia divulgado que 70 eventos foram encerrados pela PM só em Porto Seguro, no sul da Bahia.

Sobre essas festas irregulares, o comandante geral disse que a PM teve muita dificuldade em encontrar os donos das casas, para que eles fossem legalmente responsabilizados.

“Nós tivemos muita dificuldade de encontrar os proprietários. Casas eram locadas, polícia chegava e apreendia os equipamentos [sonoros], nós chamávamos na responsabilidade e ninguém sabia quem era o dono da casa. O dono da residência não estava, o locatário não estava. Em alguns condomínios nós entramos, fechamos a casa, evitamos a festa, e, posteriormente, as pessoas começavam novamente. Grande parte das pessoas de outros estados, sem a conscientização", disse.

Para Anselmo Brandão, o resultado da atuação foi positivo para a PM. Segundo ele, em Salvador, por exemplo, não foram desmobilizadas tantas festas como em finais de semana antes do período de final de ano.

"A Polícia Militar atuou forte, fizemos algumas conduções. Foram em pequenos locais, Porto Seguro, Ilha de Itaparica. Para o universo da Bahia, tivemos bons resultados. Salvador, por exemplo, deu um show. Tivemos poucos episódios, comparados com outros finais de semana. As pessoas se conscientizaram. Não tivemos tantos paredões, tantas festas como nós assistimos em Porto Seguro, na Ilha, no baixo-sul e em Itacaré", explicou.

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