Dados revelam que 37,6 milhões de pessoas no mundo têm HIV

Dados revelam que 37,6 milhões de pessoas no mundo têm HIV

A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Sida) ou Acquired Immunodeficiency Syndrome (Aids) afeta milhares de pessoas no mundo e é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O Dezembro Vermelho é uma campanha responsável pela conscientização das pessoas para a relevância do tratamento precoce e da prevenção da Aids.

Mas mesmo que uma grande parcela da população tenha conhecimento sobre a importância do combate à Aids, ainda há um crescente número de casos não diagnosticados, o que é preocupante. Segundo dados oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2020, 1,5 milhão de pessoas foram infectadas pelo HIV, e hoje, no mundo, são aproximadamente 38 milhões de pessoas que vivem com o vírus.

Já um levantamento recente da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil e do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), mostrou que 33% das pessoas do Rio de Janeiro que realizaram o exame de sangue anteriormente dentro das unidades da rede não retornaram para realizar a testagem de HIV nos últimos 2 anos, o que pode ser preocupante se essas vidas forem de grupos de alto risco.

O diagnóstico da doença é realizado por meio de um exame simples de sangue e pode ser feito de forma anônima. Com os exames de quarta geração, por meio dos quais se identificam anticorpos e antígenos do HIV atuais, é possível determinar a soroconversão em períodos curtos de tempo.

“As formas de contrair o HIV são por meio de relações sexuais sem preservativos, pelo compartilhamento de agulhas e/ou seringas e de transfusão de sangue contaminado. A melhor maneira de se prevenir é fazer sexo seguro, sempre com preservativos masculinos e femininos (que funcionam como barreiras de prevenção tanto para a mulher quanto para o homem) e não reutilizar material perfurocortante (seringas e agulhas)”, explica o infectologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) Paulo Furtado.

O dr. Paulo Furtado explica que como a infecção não tem idade, sexo ou orientação sexual, é importante que toda pessoa que tenha vida sexual ativa realize o exame como rotina, pois uma grande proporção de pacientes são portadores do HIV e não apresentam nenhum sintoma. “Hoje, com o advento dos medicamentos antirretrovirais, a doença passou para uma categoria de cronicidade, como é o caso da hipertensão e do diabetes mellitus, ou seja, é possível viver uma vida normal e de qualidade sendo soropositivo.

É importante salientar a diferença entre Aids e HIV. A Aids é a forma avançada da doença, em que o sistema imune do indivíduo está bem comprometido. O HIV é o vírus que causa a Aids. Muitas pessoas são somente portadoras do vírus e têm vida normal.

Os principais sintomas da Aids são: tosse seca; fadiga; dor na região genital; língua branca; dor de cabeça; pneumonia; candidíase oral (sapinho); perda de peso sem motivo aparente; diarreia e erupções na pele ou pústulas, entre outros.

“A terapia antirretroviral é o tratamento usado de uso contínuo. A rede de saúde pública oferece, de forma gratuita, essa medicação para os infectados. Graças aos fármacos que compõem o coquetel, o paciente pode viver uma vida longa, saudável e ativa. Quando o tratamento é feito de maneira correta, a carga do HIV chega a ficar indetectável”, reitera o infectologista.

O diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja de excelência. Ao identificar qualquer um dos sintomas, é necessário procurar uma unidade de saúde e solicitar o exame de sorologia.

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  • Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue

    Em um esforço para combater a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, marcado para o próximo sábado (2). A informação é da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que está em Brasília nesta quarta-feira (28) para uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esta iniciativa sublinha a necessidade de uma ação coletiva diária e destaca o papel vital que cada indivíduo desempenha na prevenção da doença. Com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e do Conselho Estadual de Saúde (CES), os municípios farão mutirões de limpeza, visitas aos imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos.

    A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

    A titular da pasta estadual da Saúde pontua ainda que o Governo do Estado fez a aquisição de novos veículos de fumacê e distribuirá 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoiar os mutirões de limpeza urbana com o auxílio das forças de segurança e emergência. "Além disso, o Governo do Estado compartilhou com os municípios a possibilidade de adquirir bombas costais, medicamentos e insumos por meio de atas de registro de preço", ressalta Roberta Santana.

    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

  • Começa vacinação contra dengue em Salvador

    A cidade de Salvador vai iniciar a vacinação contra a dengue nesta quinta-feira (15). O primeiro lote do imunizante, com 56.493 doses chegou na capital baiana nesta manhã.

    Essa primeira fase na capital baiana contemplará com o esquema primário os pré-adolescentes entre 10 e 11 anos; com o recebimento de novos lotes o público será ampliado gradativamente. Nessa faixa etária, a cidade conta 87.307 pessoas. Em dezembro do ano passado, o Brasil incorporou a vacina no SUS, tornando-se o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.

    O pontapé inicial da vacinação será às 14h na sede da OAF – Organização de Auxílio Fraterno, que fica na Rua do Queimado, na Liberdade. Já a partir de amanhã, sexta-feira (16), a vacinação acontecerá em 30 unidades de saúde de referência, distribuídas pelos 12 distritos da cidade, das 08 às 16h.

    “Salvador está na contramão do Brasil que entrou em alerta para o aumento de casos de dengue, graças a uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses que promovemos ao longo dos últimos meses na nossa cidade. Intensificamos as atividades de monitoramento e prevenção, bem como reforçamos a conscientização sobre prevenção junto à população. A inclusão da vacina da dengue é mais ferramenta de extrema importância no SUS para se evitar casos graves da doença, principalmente óbitos. Com o avanço da imunização, esperamos que a dengue seja classificada como mais uma doença imunoprevenível, mas o enfrentamento contra o mosquito Aedes deverá continuar sendo prioridade de cada cidadão”.

    Para receber a dose, deve ser apresentado documento de identificação com foto, cartão SUS de Salvador e caderneta de vacinação. Vale destacar que a aplicação será feita somente na presença dos pais ou responsável legal, garantindo um acompanhamento adequado e a segurança das crianças e adolescentes. Para a vacinação nas escolas, as crianças deverão portar documento de autorização dos pais e ou responsáveis.



  • OMS: surto de dengue no Brasil faz parte de aumento em escala global

    Em visita ao Brasil, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (7) que o surto de dengue registrado no país faz parte de um grande aumento de casos da doença em escala global. Segundo ele, foram relatados, ao longo de 2023, 500 milhões de casos e mais de 5 mil mortes em cerca de 80 países de todas as regiões, exceto a Europa.

    Durante a cerimônia de lançamento do programa Brasil Saudável, Tedros lembrou que o fenômeno El Niño, associado ao aumento das temperaturas globais, vem contribuindo para o aumento de casos de dengue no Brasil e no mundo. O diretor-geral da OMS comentou ainda a vacinação contra a doença e disse que o país tem uma capacidade gigantesca de produção de insumos desse tipo.

    “O Brasil está fazendo seu melhor. Os esforços são em interromper a transmissão e em melhorar o controle da doença”, disse. “Temos a vacina e isso pode ser usado como uma das ferramentas de combate”, completou.

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