Hospital Roberto Santos aumenta em 50% capacidade de internação em UTI

Hospital Roberto Santos aumenta em 50% capacidade de internação em UTI

A internação em uma das Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no bairro do Cabula, em Salvador, que era de aproximadamente 12 dias, agora é, no máximo, de oito. Isso porque, ao adotar um modelo de gestão baseada em planejamento estratégico e controle de infecções, o maior hospital do Norte e Nordeste conseguiu reduzir o tempo médio de permanência (TMP) em 31,4% na comparação ao ano anterior (dados do Núcleo de Gestão da Qualidade da unidade, referentes a 2016 e 2015). Foi fundamental ainda a atenção à segurança do paciente, melhoria de fluxos e processos internos e a qualidade da assistência e custos.

O fato colabora para uma maior disponibilidade de leitos destinados à internação de pacientes críticos, ampliando o acesso de pacientes graves às unidades de terapia intensiva. Na realidade do HGRS, com o TMP de 2015, foram recebidos 32 pacientes. Já em 2016, com a readequação dos trabalhos e menor TMP, cada leito de UTI recebeu 47 pacientes. A redução do tempo médio de permanência, então, implicou no aumento da capacidade de internação em cerca de 50%. É como se 15 leitos tivessem sido abertos em 2016.

De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo de permanência hospitalar é um dos indicadores de qualidade institucionais utilizados para definir o rendimento e produtividade de leito de cada especialidade. Para os gestores de saúde, além de ser usado para avaliar a eficiência de uma determinada unidade, o indicador pode servir até como base para mensurar o número de leitos necessários destinados ao atendimento da população de uma área específica.

Controle de infecções

As mudanças no Hospital Geral Roberto Santos comprovam que é possível não só diminuir a morbidade e mortalidade como aumentar a efetividade. Para isso, um dos grandes aliados é a atividade desenvolvida pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH - HGRS), responsável pela queda de 30% das taxas de infecção de sangue por microorganismos resistentes no ano de 2016, em relação aos anos de 2015 e 2014 (94% em 2014, 87% em 2015 e 65% em 2016).

“Os microorganismos resistentes, como o Acinetobacter e Klebsiella (KPC), são responsáveis por uma mortalidade elevada porque não respondem à maioria dos antibióticos. Essa redução pode ser explicada pela intensificação da limpeza dos setores, maior disponibilidade de álcool gel para higiene das mãos, mudanças estruturais em UTI’s e reestruturação dos leitos”, diz Verônica Diniz, infectologista da CCIH - HGRS.

Para 2017, a administração do HGRS planeja melhorar, ainda mais, os indicadores e se prepara também para entregar à população baiana uma nova UTI Neurológica. “Estamos com diversas reformas acontecendo. A UTI Geral e parte da neonatologia terão caras novas, a Biomagem já conta com equipamentos de última geração e as obras do entorno do hospital estão na reta final. Mesmo assim, penso que não devemos apenas abrir novos leitos, é preciso fazer a gestão clínica com eficiência para favorecer a rotatividade e a admissão de mais pacientes”, afirma o diretor-geral da instituição, José Admirço Lima Filho.

Fonte: Ascom/Hospital Geral Roberto Santos (HGRS)

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