Veja propostas que os candidatos à prefeitura de Salvador apresentaram no 1º debate

Veja propostas que os candidatos à prefeitura de Salvador apresentaram no 1º debate

Foi dada a largada nos debates de candidatos à prefeitura de Salvador nas Eleições 2020. O primeiro deles foi transmitido nesta quinta-feira (1), na Band, onde sete dos nove prefeituráveis se encararam frente a frente, num debate morno, sem grandes confrontos, marcado por temas como geração de emprego e educação.

Seguindo uma série de protocolos sanitários de distanciamento, participaram Bacelar (Podemos), Bruno Reis (DEM), Celsinho Cotrim (PROS), Hilton Coelho (PSOL), Major Denice (PT), Olívia Santana (PCdoB) e Pastor Sargento Isidório (Avante). Ficaram de fora Cézar Leite (PRTB) e Rodrigo Pereira (PCO).

Antes mesmo do início do debate, apoiadores de Cézar Leite causaram aglomeração na porta da emissora, protestando contra a falta do candidato bolsonarista, que não possuía os requisitos estabelecidos para ocupar um dos púlpitos. Foram convidados apenas candidatos cujo partido tenha, no mínimo, cinco parlamentares no Congresso Nacional. Em caso de coligação, foi considerada a regra de somar cinco parlamentares considerando os seis maiores partidos da coligação.

Mediado pela jornalista Carolina Rosa, o debate teve início às 22h30, formado de cinco blocos, com falas individuais de cada um e também troca de perguntas entre eles, no sistema pinga-fogo. No estúdio, todos os participantes tiveram que usar máscaras, só podendo retirá-las no momento de sua fala.

A princípio, todos tiveram que responder à seguinte pergunta, feita pelo jornalismo da Band: Sabemos que a situação do desemprego foi agravada pela pandemia, que afetou dois setores para a geração de renda e emprego, que foram o turismo e a cultura. Se eleito, quais são suas propostas para a retomada desses setores?

Por ordem de sorteio, a Major Denice foi a primeira a responder. Em atenção à pergunta, ela disse que o seu plano é criar 13 grandes centros de fomento à economia criativa, dando incentivos às áreas de tecnologia, cultura e arte para capacitar pessoas e potencializar o surgimento de novos empreendimentos.

Em seguida, foi a vez do Pastor Sargento Isidório, que disse que na pós-pandemia pretende isentar de impostos as empresas que queiram investir em Salvador, além de incentivar a criação de um polo comercial na Nova Rodoviária, no bairro de Águas Claras.

O candidato Hilton Coelho propôs uma melhor estruturação do turismo do Centro Histórico e a criação do “Banco de Salvador”, uma alternativa para que a população deixe de depender de grandes bancos e a cidade possa superar melhor a desigualdade social.

Bruno Reis relembrou os investimentos da gestão dele na recuperação do Centro Histórico, da entrega no Novo Centro de Convenções, da criação do Caminho da Fé para incentivar o turismo religioso, além da implantação do Museu do Carnaval e da criação do calendário de eventos festivos. Ele certificou que, se eleito, entregará ainda o Centro Cultural Casa da Música, o Museu de Bem Estar e Saúde e um Arquivo da Memória de Salvador.

A candidata Olívia Santana garantiu que pretende democratizar os recursos do turismo e da cultura, fazendo um calendário de eventos que estimule o turismo regional. Celsinho Cotrim, por sua vez, disse que sua ideia é reunir o trade turístico para criar políticas pública de geração de emprego, chamando-os para intermediação de cursos de profissionalização e captação de mão de obra para o turismo.

Já Bacelar disse que, enquanto durar a pandemia, Salvador não poderá receber grandes eventos como o Carnaval, e por isso deve apostar no turismo cultural, esportivo e ecológico, investindo fortemente em conotação étnica, como museus da cultura afro-brasileira.

Educação

Perguntado sobre os seus planos para a educação, Bruno Reis disse que apostará no reforço escolar para que os estudantes recuperem o tempo perdido com a pandemia. Ele disse que, com apoio da tecnologia, as crianças poderão estudar presencialmente pela manhã e ter aulas de reforço online. Propôs ainda a criação da Escola Digital do Pelourinho e o Centro de Inovação do Subúrbio.

Major Denice prometeu valorização dos servidores da educação e disse que aumentará as vagas de creches, colocando as crianças para estudar próximo de suas casas a fim de diminuir a evasão escolar. Olívia falou que as creches também são sua prioridade e defendeu investimento para a educação integral e com acesso a esporte, arte e cultura.

Moradia digna

O candidato Celsinho Cotrim fez um compromisso público de que “para cada centavo gasto em bairros ricos, gastará dois em bairros pobres”. Bruno Reis disse que seguirá investindo no Programa Morar Melhor, que deve chegar a 50 mil casas reformadas até o ano que vem e apostará em iluminação pública como modo de garantir mais segurança nas localidades, prometendo entregar a cidade com luz completamente moderna e mais econômica até a metade de 2021.

Também sobre iluminação, Hilton Coelho alfinetou que este serviço virou moeda de troca na política, apontando que os moradores precisam implorar para vereadores, quando deveria ser uma obrigação do poder público.

Major Denice propôs melhorar as condições das casas em Salvador através de assessoria técnica em parceria com universidades, com projetos criados por alunos recém-formados. Já Olívia apresentou uma proposta de destinar imóveis abandonados da cidade para uso como moradia social.

O confronto na Band terminou quase à 1h da madrugada. O próximo debate dos candidatos acontecerá no dia 24 de outubro, às 18h30, na emissora TVE, com duração prevista de duas horas.

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    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

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    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

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