O Jornal da Cidade

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A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba) realizou nesta quarta-feira (24) sessão remota, em que deliberou sobre temas relacionados à pandemia da covid-19 no estado.

Três projetos foram apreciados e aprovados: o Projeto de Lei 24.129/2021, que promove o retorno da gratuidade das contas de água da Embasa, assim como o Projeto de Lei 24.131/2021, que institui o Bolsa Presença para estudantes da rede estadual de ensino.

O terceiro projeto foi o PL 24.116/2021, de autoria dos deputados e encampado pela Mesa Diretora, que torna os templos religiosos como “serviço essencial” durante os tempos de pandemia, desde que estes cumpram todos os protocolos determinados pelos governos estadual e municipal.

"Todos os 63 deputados baianos superaram qualquer divergência política para convergirem suas ações e decisões em favor do interesse público, em favor do povo baiano. Foram três importantes leis aprovadas, duas delas que beneficiam, principalmente, a população baiana de baixa renda, nesse período de grandes dificuldades econômicas por causa da pandemia. E a inclusão dos templos religiosos como serviço essencial, mantidas as medidas sanitárias, ajudam a suportar os efeitos emocionais danosos causados pela pandemia”, ressaltou Adolfo Menezes, presidente da ALBA.

Relatado pelo deputado Tiago Correia (PSDB), o projeto de isenção de pagamento das contas de água fornecida pela Embasa foi aprovado por unanimidade e beneficia cerca de 1 milhão de pessoas - 233 mil famílias - de baixa renda, afetadas pela pandemia, em diversos municípios baianos.

A conta, de cerca de R$ 17 milhões, será paga pelo Estado e a isenção será por um período de três meses para famílias cadastradas no núcleo social da Embasa e que consumirem até 25 metros cúbicos de água por mês.

Também foi aprovado, por unanimidade, o Projeto de Lei 24.131/2021, relatado pela deputada Fabíola Mansur (PSB), que institui a Bolsa Presença para estudantes da rede estadual de ensino, dentro do programa Estado Solidário.

Com um investimento anual previsto de mais de R$ 231 milhões, será pago o valor de R$ 150 para cada família com aluno matriculado na rede estadual de ensino, concedido para os estudantes que tiverem frequência superior a 85% nas atividades escolares. O percentual de estudantes beneficiados corresponde a cerca de 37% dos matriculados na rede estadual de ensino.

Homenagens às Haroldo Lima
A sessão foi iniciada com o pedido do presidente Adolfo Menezes de um minuto de silêncio em memória do ex-deputado Haroldo Lima, falecido na madrugada de hoje. “Foi um grande brasileiro, defensor intransigente dos interesses do Brasil, um lutador pela liberdade, linha de frente contra a ditadura de 1964, que defendia sua bandeira comunista, mas convivia democraticamente com todos. Minha solidariedade aos familiares, na pessoa de sua esposa, D. Solange, aos amigos e a toda a grande família do PCdoB, partido de luta, que completa, amanhã, 99 anos”, destacou Menezes, encaminhando Moção de Pesar à Mesa Diretora da Casa.

O deputado e líder da Minoria Sandro Régis (DEM) disse que a ideologia tinha que ser posta de lado para saudar a memória de Haroldo Lima e seu papel histórico na política da Bahia. Depois, se sucederam nas homenagens ao ex-deputado federal e prócer do PCdoB o líder governista Rosemberg Pinto (PT) e os deputados estaduais comunistas Fabrício Falcão, Olívia Santana, Raimundo Tavares Bobô e Deputado Zó. “Amanhã, o PCdoB faz aniversário, assim como eu, mas o meu coração está de luto”, disse Olívia Santana (PCdoB) aos prantos.

No dia em que o Brasil voltou a bater o recorde de mortes por covid-19 em 24h, o Ministério da Saúde alterou a ficha dos pacientes no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), segundo técnicos responsáveis por preencher diariamente as atualizações sobre novos óbitos confirmados pela doença.

As informações são da TV Globo, que procurou o Ministério da Saúde para confirmar se a mudança, ocorrida nesta terça-feira (23) em que Marcelo Queiroga foi nomeado ministro e o país registrou 3.158 mortes, foi combinada com as secretarias estaduais e municipais. A pasta não respondeu.

A nova ficha distribuída para as vigilâncias de saúde municipais e estaduais incluiu mudanças em uma série de campos, com inclusão de novos tipos de informações, como se o paciente pertence a uma comunidade tradicional, e a exclusão de outras, como o histórico de viagem internacional.

No entanto, outras alterações devem afetar mais diretamente o trabalho de preenchimento do sistema, como a obrigatoriedade de informar o número do Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS), se o paciente é brasileiro ou estrangeiro e se já foi vacinado contra a Covid-19. Todos esses campos inexistiam na versão anterior da ficha, em utilização desde julho de 2020.

Secretarias
Em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que as 20 novas mortes confirmadas em 24 horas não representam a "realidade".

"Nós estamos tendo muito mais óbitos que esses anunciados hoje. Mas é porque o sistema, chamado Sivep, está com oscilação, está dificultando a inserção de dados, e certamente amanhã nós vamos ter um número elástico de óbitos, já que a nossa média móvel já ultrapassou a 30 óbitos por dia. E a gente sabe que esse número de hoje está a menor, do que o que aconteceu nos últimos dias por essa oscilação do sistema do Ministério da Saúde", declarou Resende.

Além dos novos dados requeridos, o campo do número do CPF, que antes era considerado "essencial", também passa a ser obrigatório. Caso o paciente não tenha o CPF em mãos, é obrigatório preencher o Cartão Nacional do SUS. A única exceção para essa obrigatoriedade é para os pacientes declarados indígenas na ficha.

Nesta quarta-feira (24), além do governo do sul-matogrossense, São Paulo também relatou que houve queda na notificação de novas mortes devido às mudanças no sistema.

O governo paulista afirmou que "a medida -- segundo o Estado -- pegou os municípios de surpresa, fazendo com que muitas cidades não conseguissem registrar todos os óbitos no sistema nacional oficial. Além disso, muitas cidades reportaram à Secretaria de Estado da Saúde instabilidade do sistema desde a tarde de ontem, também dificultando a inserção de dados".

Na terça, São Paulo confirmou 1.021 óbitos, principalmente por causa do represamento no fim de semana, que é mais alto do que nos dias úteis. Nesta quarta, porém, foram 281 óbitos confirmados em 24 horas, o número mais baixo entre as quartas-feiras desde 17 de fevereiro, e bem mais baixo do que a média móvel registrada na terça, de 532 mortes diárias. Com a queda na produtividade, a média também caiu para 484.

Impacto
O Sivep-Gripe é o sistema oficial onde todas as novas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) devem ser compulsoriamente notificadas desde 2009. Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, ele passou a ser usado também como a fonte oficial das mortes confirmadas por covid-19.

A ficha do sistema é válida para todos os hospitais e vigilâncias municipais do país. Conforme o paciente evolui e novas informações são obtidas, como o resultado de exames, a necessidade de internação em UTI ou de ventilação mecânica, além da data da alta ou do óbito, a ficha dele vai sendo atualizada.

Segundo técnicos que são usuários do Sivep consultados pela equipe de reportagem, em mudanças anteriores da ficha, não houve necessidade de preenchimento retroativo de novos campos para pacientes que já constavam no sistema.

Os dois principais impactos da nova ficha, segundo eles, foram a falta de aviso prévio por parte do Ministério da Saúde e as secretarias, como ocorreu em julho passado, e a exigência de preenchimento obrigatório de novos campos, que pode aumentar o atraso entre a ocorrência das mortes e o registro delas no sistema, para que constem no balanço oficial diário. Com informações da TV Globo e do portal G1.

Além da eliminação de Carla Diaz, outra parte da edição desta terça-feira (23) Big Brother Brasil 21 chamou a atenção do público e dos confinados: a atualização sobre a situação da pandemia de covid-19. No comunicado, Tiago Leifert citou de maneira geral que alguns participantes estavam zombando do coronavírus, mas as palavras tinham Sarah como alvo.

A ex-favorita vem chamando a atenção do público nas redes sociais por conta do tom de deboche com que trata o vírus responsável pela morte de quase 300 mil brasileiros. Primeiro, afirmou que estava frequentando festas grandes e que soube que entraria no programa enquanto estava em uma dessas baladas clandestinas.

Nesta segunda-feira (22), no quarto, Sarah pegou uma máscara de mala e, ao conversar com Gil e João, afirmou que iria usar o item na edição ao vivo. "Só pensando nas vítimas do Covid", disse, em tom de piada.

Já na terça-feira (23), horas antes da bronca, chegou a afirmar que a pandemia já devia ter acabado e ainda contou que achava frescura fazer teste de covid antes de festas como a que frequentou no Ano Novo.

Quem pegou ônibus em direção à Lapa por volta das 9h desta quarta-feira (24) teve uma surpresa ao chegar perto do seu destino final. É que, da porta da estação até o Dique do Tororó, se formou uma fila de ônibus parados, fechando o trânsito por conta de um protesto dos rodoviários, que reivindicavam a compra da vacina contra o coronavírus por parte da Prefeitura e a colocação da categoria como prioridade em uma possível rotina de vacinação municipal, já que, no Plano Nacional de Imunização (PNI), os rodoviários não estão como prioritários.

Ao todo, segundo o Sindicato dos Rodoviários, cerca de 160 motoristas e cobradores participaram do ato naquela região. Por lá, era difícil não se perder ao tentar contar a quantidade de ônibus emparelhados, encerrando a circulação do trânsito. Só que, com o fim do itinerário dos veículos, acabou também a paciência dos passageiros que se irritaram, bateram boca com os rodoviários e tiveram que seguir o rumo a pé. Entre as várias queixas, a mais vista questionava o modelo do protesto. Para quem pegou o ônibus cedo, era melhor que os ônibus nem tivessem saído da garagem, evitando o gasto que precisaram fazer com a passagem.

População revoltada

Essa foi a principal reclamação de seu Wilson Oliveira, 87 anos, aposentado que saiu de casa para fazer tratamento de úlcera e precisou seguir do Vale dos Barris até a estação da Lapa andando. "Eu preferia que eles tivessem avisado ou nem saíssem da garagem. Porque, se eu soubesse, não saía de casa e não passaria por essa situação. Tenho 87 anos e preciso fazer uma caminhada dessa em um sol terrível, é muito descaso com a gente", reclamou Wilson, que ia até a Lapa para pegar um ônibus para Pero Vaz, onde faz seu tratamento.

Mais exaltado, o vigilante Sidney de Paula, 48, que estava vindo de Ondina para o Subúrbio, criticou o sindicato dos rodoviários por não pensar nos transtornos para os passageiros. "Eu saí de casa às 5h e pago R$ 4,20 para fazer integração. E agora? Como faço pra chegar em casa? Só tinha esse dinheiro pra voltar e tô aqui sem tomar café, com sede, com fome. Como quer contar com o nosso apoio? Não tem como a população apoiar dessa forma", questionou.

Para Sidney, seria muito mais correto que o protesto consistisse na permanência dos ônibus da garagem para evitar o constrangimento e o dano aos passageiros. "Continuasse na garagem, que tava de boa. Mas os caras saem e a gente fica no prejuízo. Pai e mãe de família aqui. Um monte de gente vindo e indo pra médico. Tem o seu Wilson aí, outra senhora ali, todos vão ter que dar essa paletada em um sol desse", declarou.

Quem também ficou indignada com a situação foi Jucilene Dias, 32, que pegou o Mirantes de Periperi rumo ao comércio para resolver problemas e foi surpreendida pelo protesto já que só tinha a passagem de ida e volta pra casa. "Tô querendo meu dinheiro de volta. Como faz isso com os trabalhadores? Deixa a gente parado aqui no sol, manda descer do ônibus e não liga para os nossos problemas. Como vou me resolver? Isso quebrou minhas pernas", disse a autonôma.

Palavra do Sindicato

A reportagem do CORREIO ouviu diretores do sindicato dos rodoviários para entender o porquê dessa forma de paralisação. Segundo Adenilson Pereira, 52, que íntegra a diretoria, a reivindicação parte de um cenário em que os rodoviários têm se infectado cada vez mais no ambiente de trabalho e da necessidade de fazer barulho por conta disso. "A gente não é profissional de saúde, mas estamos na linha de frente por*que carregamos os profissionais que vão trabalhar e os passageiros comuns. Estamos sempre em contato com muitas pessoas. E o nível de contaminação da gente é muito alto. Eu tenho mais de 40 colegas internados no momento, fora os que, infelizmente, já morreram", afirmou

Jeferson Reis, 44 anos, que também atua como diretor do sindicato reclamou do fato da categoria nunca ter sido considerada como prioridade em uma escala de vacinação mesmo sem nunca parar por conta das medidas restritivas. "Tudo isso acontecendo e não temos prioridade. Os rodoviários estão vulneráveis neste sentido. A gente é serviço essencial que nunca para, com lockdown ou não. Só no momento de decidir quem toma vacina, a gente não é, nem mencionam a nossa categoria pra vacinação", pontuou.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), afirmou na manhã desta quarta-feira (24) que atualmente 38 pacientes esperam ser regulados no sistema de saúde da capital. Dessas, 23 aguardam por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19.

O gestor destacou que o “pior momento” da pandemia da Covid-19 já passou na capital baiana. “Podemos dizer isso com tranquilidade”.

“De 87 para 23 é uma queda expressiva. O número é alto, mas os números só vão cair quando os pacientes todos forem regulados. Isso reflete o esforço que todos nós estamos fazendo e mostra que o isolamento social surge efeito. Hoje podemos dizer que o pior momento da pandemia já passou. Não sabemos se poderemos ter outros piores momentos, mas atualmente o quadro é esse”, disse em coletiva virtual de imprensa.

O prefeito ressaltou ainda que avaliará entre esta quarta-feira e sexta-feira (26) em reunião com prefeitos e o governador sobre uma possível prorrogação das medidas restritivas. “Veremos também a antecipação dos feriados e sinalizar uma possível abertura do comércio após a semana santa”, salientou.

Em discurso de pouco mais de três minutos em cadeia de Rádio e TV, transmitido na noite desta terça-feira, 23, o presidente Jair Bolsonaro mentiu ou exagerou sobre ações do governo contra a covid-19. Pressionado a moderar o tom, Bolsonaro disse que 2021 será "o ano da vacinação".

A manifestação foi divulgada na data da posse do novo ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga. No mesmo dia, o País registrou recorde de mortos pela covid: 3.251 vítimas confirmadas nas últimas 24h.

No discurso, Bolsonaro tentou desfazer a imagem de negacionista e a barreira para a chegada das vacinas, apesar de ter rejeitado por meses propostas de imunizantes e até ter levantado dúvidas, sem provas, sobre a eficácia dos produtos. Abaixo, trechos com mentiras ou exageros do presidente.

Mentiras

Ações do governo: Logo no começo do discurso, Bolsonaro disse que "em nenhum momento" o governo deixou de tomar medidas contra o vírus e o "caos" na pandemia. O presidente, porém, desestimula desde o começo da pandemia a adoção de medidas básicas de combate à doença, como distanciamento social e o uso de máscaras. Bolsonaro só começou a usar a proteção facial mais regularmente nas últimas semanas, mas mesmo assim continua desdenhando de medidas de restrição de circulação. Ele chegou a ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que alguns Estados adotem lockdowns ou toque de recolher.
Doses distribuídas: Bolsonaro disse que o Ministério da Saúde já entregou "mais de 32 milhões de doses" da vacina contra a covid-19. Segundo dados da própria pasta, porém, foram cerca de 29,9 milhões até agora.
Pessoas vacinadas: O presidente disse que mais de 14 milhões já foram vacinados no País contra a covid-19. Na verdade, 11,4 milhões receberam pelo menos a primeira dose da vacina. Destes, somente 3,62 milhões receberam a segunda dose, que garante a eficácia do produto.
Compra da Coronavac: Bolsonaro afirmou sempre ter dito que compraria "qualquer vacina", desde que aprovada pela Anvisa. Não é verdade. Irritado com possível ganho político do governador paulista, João Doria (PSDB), com a entrega da Coronavac, Bolsonaro mandou o Ministério da Saúde recuar de uma promessa de compra deste imunizante, em outubro de 2020. Em entrevista, o presidente disse, ainda, que a vacina não seria comprada de forma alguma por causa de sua "origem". A Coronavac foi desenvolvida pela chinesa Sinovac. "Da China nós não compraremos. É decisão minha. Não acredito que ela transmita segurança suficiente à população pela sua origem. Esse é o pensamento nosso", afirmou Bolsonaro, em 21 de outubro, durante entrevista à rádio Jovem Pan.


Exageros

Ranking de vacinados: Bolsonaro voltou a afirmar que o Brasil é o quinto país que mais vacina no mundo. O presidente, porém, considera o número total de doses aplicadas. Quando a comparação é ajustada à população de cada País, o Brasil é o 18º no ranking mundial, segundo dados do "Our World in Data", que usa informações oficiais.
Pfizer e Janssen: Bolsonaro disse que intercedeu "pessoalmente" para antecipar o calendário da vacina da Pfizer e garantir as doses da Janssen. De fato, o presidente realizou uma reunião com a Pfizer neste mês, mas o atraso na compra destas vacinas se deve justamente à resistência e até desdém de Bolsonaro sobre a oferta das empresas. Por meses, o presidente classificou como "abusiva" a exigência da Pfizer de que governo assumisse riscos e custos por eventuais efeitos adversos das vacinas. Trata-se da mesma cláusula colocada por fornecedoras do consórcio Covax Facility, entre outras companhias. "Lá no contrato da Pfizer está bem claro: 'Não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema de você (sic)'", afirmou o presidente, em 17 de dezembro. Como revelou o Estadão, um dispositivo para destravar a compra foi inserido em minuta da medida provisória 1026/2021, com respaldo da Saúde, mas acabou excluído da versão final, publicada em janeiro.
500 milhões de doses: Jair Bolsonaro disse que o País terá alcançado mais de 500 milhões de doses de vacina até o fim do ano. Essa conta, porém, considera imunizantes que ainda têm barreiras no País, como a Covaxin (20 milhões de doses contratadas) e a Sputnik V (10 milhões). Ambas não entregaram ainda dados exigidos pela Anvisa para liberar o uso emergencial dos imunizantes. Há ainda nesta conta 8 milhões de doses da vacina de AstraZeneca/Oxford, fabricada pelo Instituto Serum, da Índia. O governo indiano, no entanto, tem travado as exportações.

 

Fonte: Correio24horas

O presidente Jair Bolsonaro vai receber nesta quarta-feira (24), no Palácio da Alvorada, governadores e presidentes dos outros poderes da República. De acordo com a Presidência, o objetivo do encontro é “fortalecer o ambiente de união nacional para prevenção e combate ao vírus da covid-19, além de ser um espaço para discussão de ações institucionais conjuntas”.

Participam da reunião os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco; da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, bem como o procurador Geral da República, Augusto Aras. O vice-presidente Hamilton Mourão também estará presente, além de governadores das cinco regiões do país.

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estará no encontro, ao lado do ex-titular da pasta, Eduardo Pazuello. A troca do comando do Ministério da Saúde foi oficializada ontem (23) pelo presidente Bolsonaro.

No encontro, há ainda a previsão de participação de todo o staff ministerial do governo, como os ministros da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça; da Economia, Paulo Guedes; da Defesa, Fernando Azevedo; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; do Meio Ambiente, Ricardo Salles; e da Advocacia-Geral da União, José Levi. A presença do vice-presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, também é esperada.

 

 

O Brasil registrou 3.158 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira, 23. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, bateu recorde pelo 25º dia consecutivo e ficou em 2.349. Pela primeira vez o País superou a marca de 3 mil mortes por coronavírus registradas em um único dia.

O número de mortes vem batendo recorde no Brasil e o número de casos também vem aumentando. Nesta terça-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 84.996. No total, o Brasil tem 298.843 mortos e 12.136.615 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Só que nos últimos dias os números brasileiros são os piores do mundo, seja em óbitos ou em casos, o que evidencia o agravamento da pandemia

"Temos uma piora progressiva, gradual, com aumento da intensificação da transmissão sem medidas de contenção da transmissão comunitária. Então não é nenhuma surpresa que chegamos a essa marca de 3 mil mortes, isso está no nosso horizonte chegando cada vez mais perto há semanas", afirma o médico e pesquisador da USP Márcio Bittencourt.

Ele reforça a necessidade de implementação de medidas para tentar frear o avanço da pandemia no Brasil. "As pessoas têm uma expectativa excessivamente positiva de que as coisas irão se controlar de forma automática ou espontânea, e esta não é uma expectativa razoável. Se a gente não faz essas intervenções a expectativa de controle é com muito mais sofrimento, muito mais mortes e complicações", comenta.

Segundo Bittencourt, neste momento é preciso ampliar as medidas de combate a covid-19 com "testagem ampliada, isolamento de casos, quarentena de contatos, de distanciamento, de controle de fronteiras e de aumento da capacidade hospitalar".

Com transmissão descontrolada do vírus, o País tem visto o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos têm recorrido a restrições ao comércio e até ao lockdown para frear o vírus. Já o presidente Jair Bolsonaro continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, e afirma temer efeitos negativos na economia.

Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 10.601.658 pessoas estão recuperadas.

São Paulo foi responsável por quase um terço dos registros de mortes nesta terça, com 1.021 óbitos por covid-19 registrados nas últimas 24h, um recorde desde o início da pandemia. O governo alegou que isso reflete um represamento de dados de domingo e segunda, quando foram registradas 144 e 44 mortes, respectivamente. Ao todo, 68.623 pessoas morreram de covid-19 no Estado. Com isso, a média móvel de mortes dos últimos sete dias chega a 532, um aumento de 33% em relação à última terça-feira.

Mas os números nacionais muito altos tiveram contribuição de outros Estados. A região Sul do País contou com 835 mortes no total, sendo 342 no Rio Grande do Sul, 311 no Paraná e 182 em Santa Catarina. Outros três Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Ceará (178), Rio de Janeiro (151) e Bahia (133).

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 82.493 novos casos e mais 3.251 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 12.130.019 pessoas infectadas e 298.676 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

Bahia

A Bahia manteve a alta no número de mortes por covid-19, que vem ocorrendo desde o final de fevereiro, e registrou 133 óbitos nesta terça (23). Nos últimos dias, o estado tem constantemente registrado números que ficam entre os maiores em óbitos durante a pandemia. O número de mortes desta terça é agora o quarto maior registrado na Bahia desde o começo da pandemia. O recorde foi registrado na quinta-feira (18), quando 153 mortes foram registradas.

Secretários estaduais e municipais de Saúde recomendaram a suspensão de cirurgias eletivas diante da falta de medicamentos para intubação de pacientes com a covid-19. O adiamento deve ser realizado enquanto não houver regularidade do abastecimento dos medicamentos e diminuição do número de casos e internações pela covid-19.

A recomendação de suspensão das cirurgias foi feita pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). As entidades apontam que houve "aumento abrupto" do consumo de medicamentos utilizados na intubação, como sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares.

Segundo os secretários, também há dificuldades na reposição de estoque. Documento do Fórum Nacional de Governadores indicou escassez desses medicamentos em 18 Estados. O documento diz que ao menos 11 medicamentos estão em falta ou em baixa cobertura.

Alguns Estados e municípios já suspenderam completamente as cirurgias eletivas diante do agravamento da pandemia. Hospitais particulares também estão adiando esses procedimentos. Na capital paulista, a Prefeitura anunciou a suspensão de cirurgias eletivas em hospitais-dia.

Segundo o Conass e Conasems, só devem ser mantidas as cirurgias eletivas inadiáveis - aquelas cuja não realização possa causar dano permanente ao paciente, tais como as oncológicas, cardíacas e os transplantes de órgãos.

Nesta segunda-feira, 22, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) já havia se posicionado a favor da interrupção do agendamento de cirurgias eletivas que utilizem os medicamentos que estão em falta. A intenção é poupá-los para as UTIs desabastecidas e também anestesias para cirurgias de urgência.

O governo federal afirmou que a aquisição desses medicamentos "é de responsabilidade de Estados, Distrito Federal e municípios", mas que, "de forma inovadora", monitora semanalmente a disponibilidade dos remédios em todo território nacional em reforço às ações da unidades federativas.

O Big Brother Brasil acabou para Carla Diaz. E desta vez de verdade. Em uma disputa que teve o recorde de votos simultâneos da história do programa, 2 milhões 988 mil votos por minuto, a atriz deixou o programa com 44.96% dos votos.

Esse foi o paredão mais equilibrado da temporada. O cantor Rodolfo teve 44,45%. Fiuk ficou com 10,59%.

A saída de Carla surpreendeu os participantes, inclusive o próprio Rodolfo, que disse: “eu estava prontinho para a Ana Clara”, em referência ao programa do canal Multishow apresentado pela ex-BBB Ana Clara, que recebe o eliminado da semana logo após o paredão.

Ao deixar a casa, Carla Dias agradeceu ao colegas de confinamento. "Obrigada por tudo. Cada um de vocês tem um lugar muito especial aqui dentro. Obrigada por tudo!", disse a eliminada.