O Jornal da Cidade

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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) emitiu um comunicado nesta segunda-feira, 22, desaconselhando o uso de ivermectina no tratamento e na prevenção de covid-19. Ela concluiu que os dados que estão à disposição não confirmam a necessidade de utilização desse fármaco criado na década de 70 contra o coronavírus - ele é indicado para tratar infestações de parasitas como piolho e sarna.

"Na União Europeia, os comprimidos de ivermectina são aprovados para o tratamento de algumas infestações de vermes parasitas, enquanto fórmulas preparadas com ivermectina são aprovadas para o tratamento de doenças de pele como a rosácea. A ivermectina também está autorizada para uso veterinário em uma ampla gama de espécies animais para parasitas internos e externos. Os medicamentos com ivermectina não estão autorizados para uso na covid-19 na União Europeia e a EMA não recebeu nenhum pedido para esse uso", disse a agência.

No Brasil, um grupo de médicos que defende o tratamento precoce contra a covid-19, que implica o consumo de medicamentos mesmo como profilaxia e sem que a pessoa esteja sentindo qualquer sintoma, colocou a ivermectina como um dos remédios que deveria ser utilizados contra a covid-19. Ele está no mesmo grupo de outros, sem eficácia comprovada, como a cloroquina, e ambos são defendidos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

"Após recentes relatórios de publicações sobre o uso de ivermectina, a EMA revisou as evidências publicadas mais recentes de estudos de laboratório, estudos observacionais, ensaios clínicos e meta-análises. Estudos de laboratório descobriram que a ivermectina pode bloquear a replicação do SARS-CoV-2 (o vírus que causa o COVID-19), mas em concentrações de ivermectina muito mais altas do que as alcançadas com as doses atualmente autorizadas", disse a EMA. "Os resultados dos estudos clínicos foram variados, com alguns estudos mostrando nenhum benefício e outros relatando um benefício potencial. A maioria dos estudos revisados pela EMA era pequena e tinha limitações adicionais, incluindo diferentes regimes de dosagem e uso de medicamentos concomitantes. A EMA concluiu, portanto, que a evidência atualmente disponível não é suficiente para apoiar o uso de ivermectina para covid-19 fora dos ensaios clínicos", continuou.

A EMA reforça que o uso indiscriminado de ivermectina pode levar a efeitos colaterais indesejados e reitera que sua declaração de saúde pública é endossada também pela Força Tarefa contra a Covid-19 (COVID-ETF).

No Brasil, a utilização de ivermectina como profilaxia tem provocado problemas no fígado de muitos pacientes, alguns inclusive com a necessidade de transplante devido à alta dosagem de medicamente ineficaz contra a covid-19 que consumiu.

Por causa do problema, a Merck, fabricante do remédio, informou em comunicado em fevereiro que não há dados que sustentem o uso dele contra a covid-19 e que não existe base científica para a recomendação do vermífugo contra a covid-19.

A Bahia manteve a alta no número de mortes por covid-19, que vem ocorrendo desde o final de fevereiro, e registrou 125 óbitos nesta segunda (22). Esse é o quarto maior número de mortes registrado na Bahia desde o começo da pandemia. No entanto, é o maior número de mortes já registrado em uma segunda-feira, dia que normalmente os número são menores em relação aos demais dias úteis.

Com os números desta segunda, seis dos sete dias com mais óbitos na Bahia ocorrem entre a última terça (16) e hoje. O recorde do estado foi registrado na quinta-feira (18), quando 153 mortes foram registradas.

Além disso, a Bahia registrou 1.598 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%), em 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta segunda. No mesmo período, 2.467 pacientes foram considerados curados da doença (+0,3%).

Apesar das 125 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta segunda-feira. E demonstram o crescimento de casos graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. No começo da noite desta segunda, a taxa de ocupação de leitos de UTIs para adultos é de 87%. Das 125 mortes, registradas hoje, 104 ocorreram em 2021. Além disso, março, ainda no 22º dia já é o mês mais mortal da pandemia na Bahia.

De acordo com o órgão estadual, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.
Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.224, representando uma letalidade de 1,85%. Dos 770.430 casos confirmados desde o início da pandemia, 740.434 já são considerados recuperados, 15.772 encontram-se ativos. Na Bahia, 44.846 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h desta segunda-feira, 254 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 118 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Com os estoques de kits intubação das secretarias municipais de saúde em níveis críticos, o governo federal realizará reuniões hoje (22) e amanhã com representantes das indústrias de medicamentos “para alerta e pedido de auxílio efetivo”.

“O governo federal, atento e preocupado com a situação do avanço dos casos de covid-19 no país, tem atuado em diversas frentes, incansavelmente, para garantir a assistência necessária a todos os estados e municípios”, informa nota divulgada hoje, em Brasília, pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Especial de Comunicação ( Ministério das Comunicações).

Acrescenta que medicamentos do chamado kit intubação (IOT), cuja aquisição é de responsabilidade dos estados, Distrito Federal e municípios, estão sendo monitorados pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS), semanalmente, desde setembro de 2020. Informações sobre a disponibilidade em todo território nacional e da indústria e de distribuidores estão sendo enviadas para que os estados possam realizar a requisição.

O ministério destaca que, no último fim de semana, foram realizadas reuniões de avaliação dos números de cada estado.

Entre as estratégias enumeradas para evitar o desabastecimento foram elencadas a requisição dos estoques excedentes das indústrias (não comprometidos em contratos anteriores); aquisições internacionais (via Organização Panamericana de Saúde - OPAS ); e incremento da requisição de informações para harmonização de estoques e distribuição, além de pregões eletrônicos nacionais, possibilitando a adesão dos estados.

Após integrar o grupo humorístico Porta dos Fundos, o comediante baiano João Pimenta entrará para o elenco de 5X Comédia, nova série original da Amazon Prime Vídeo. Produzida durante a pandemia, o ator conta que gravou sozinho em uma locação no Pelourinho.

A série estreia no dia 26 de março e, no episódio que participa, João faz o papel de produtor musical e amigo de um cantor, interpretado por Yuri Marçal, com quem conversa por chamadas de vídeo.

"De dois anos para cá têm acontecido coisas muito legais, que são o reconhecimento desse trabalho que eu faço já há 15 anos”, celebra João.

O consórcio de prefeitos para a compra de vacinas contra a covid-19 deve acelerar o processo de compra dos imunizantes e pode garantir um preço mais barato, segundo o prefeito Bruno Reis. A expectativa é de ter vacinas ainda neste semestre.

"É uma compra em conjunto que aumenta o nosso poder de barganha porque podemos comprar uma maior quantidade de doses por um preço menor e com o prazo de entrega mais rápido. Isso porque o nosso grande objetivo é tentar trazer a vacina ainda no primeiro semestre. Vemos que no segundo semestre vai ter vacina por conta das compras do Governo Federal, mas queremos antecipar a vacinação já nesse primeiro semestre", disse o prefeito, nesta segunda-feira (22).

Ainda de acordo com ele, após a efetivação da compra, o prazo para a entrega é estimado em 20 dias úteis. "Estamos trabalhando com a possibilidade de um prazo de entrega de 20 dias úteis e esperamos que possa se confirmar. Já temos protocolos da nossa Prefeitura e vamos ter mais com a criação do consórcio de prefeitos de todo Brasil", completou.

A criação do consórcio está avançando e deve dar mais um passo na próxima semana. "O consórcio de saúde dos prefeitos do estado já terá eleição da diretoria na próxima segunda-feira (29) e já estamos em conversas com diversos laboratórios e fornecedores de vários tipos de vacina. É óbvio que a partir da constituição do consórcio passamos a ter condição jurídica para fazer aquisição das doses", finalizou o prefeito.

O mês que marca um ano da decretação de pandemia também será lembrado, até então, como o mais mortal na Bahia e também no Brasil. Faltando ainda nove dias para acabar, março já é o mês com o maior número de registros de óbitos de covid-19 de todo o histórico. Esta situação já havia sido prevista e alertada por cientistas brasileiros antes mesmo de acontecer. Foram 2.280 vidas perdidas no estado em março, ultrapassando agosto do ano passado, quando mais de 1,9 mil morreram pela doença. Um aumento de 20% em relação ao recorde anterior. Ao todo, 14.099 baianos vieram a óbito, segundo números da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

Desde o começo do mês, foram raros os dias em que não houve mais de 100 mortes por dia computadas no estado. Se continuar nesse ritmo, março pode encerrar com mais de 3 mil óbitos. A data com maior número de vidas perdidas foi a última quarta-feira (18), com 153. Entre as pessoas públicas estão o cantor e vereador de Salvador Irmão Lázaro (PSC), 54 anos, e o prefeito reeleito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), de 72 anos.

Esta última semana foi a mais mortal de março, com 860 registros de mortes, contra 709 e 711 das duas anteriores, respectivamente. Coordenador do laboratório de Biossistemas do Instituto de Física da Ufba e pesquisador do projeto Geocovid, José Garcia lembra que, no começo da pandemia, os modelos matemáticos previam um crescimento de casos e mortes próximo ao que estamos vivenciando, mas foi possível “achatar a curva” graças à adesão das pessoas ao isolamento social.

No entanto, no último semestre o isolamento caiu com o movimento das eleições, festas de fim de ano, Carnaval e, por fim, encerramento do auxílio, relembra. “Deu no que estamos vendo agora, especialmente com a nova variante”, observa.

Os pesquisadores do projeto estão refazendo o modelo de cálculo das projeções, incluindo agora esses cenários de novas variantes e chegada de vacinas. O que já se sabe é que os valores são “assustadores” para um quadro em que o isolamento não seja respeitado. Para Garcia, agora não faz tanta diferença interromper o fluxo intermunicipal porque as novas cepas do vírus já estão espalhadas por todo o país. O que poderia ajudar, neste momento, seria o esforço nacional de manter as pessoas em casa, mas sem um auxílio-emergencial isso seria muito cruel para os mais vulneráveis.

Quanto ao status da campanha de vacinação em andamento, o pesquisador opina que, pelo que se sabe do comportamento do vírus, é muito provável que, antes de terminar de vacinar a população, já tenhamos uma nova variante resistente ao imunizante. “Pois o vírus está tendo muitas chances de se modificar no nível de reprodução [de casos] que está tendo agora. O pior é que todos os modelos já previam isso”, diz.

Há quatro dias, pesquisadores do grupo Observatório Covid-19 BR, um dos que reúnem mais cientistas no país, escreveram uma carta aberta classificando o momento não apenas como “catástrofe sanitária”, mas também humanitária. A entidade destacou que a situação atual reúne colapso do sistema hospitalar, sobrecarga do sistema de saúde e impasses quanto ao auxílio emergencial. Os signatários disseram que a situação poderia ter sido evitada se os governantes tivessem ouvido a ciência e adotado políticas públicas com antecedência.

“A falta de ações de mitigação ou supressão em tempo hábil resultou no estado de emergência no qual, lamentavelmente, nos encontramos”, afirmaram.

O quadro brasileiro é considerado alarmante, mas existem diferenças na forma como a pandemia foi combatida em cada estado que podem ser observadas para efeito de análise. Médico infectologista e especialista da Fiocruz, Júlio Croda detalha que quatro estados têm registrado menor mortalidade para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Ministério da Saúde desse domingo (21): Alagoas (99,4), Bahia (94,1), Maranhão (80,3) e Minas Gerais (102,8). No Brasil, a taxa geral é bem acima, com 139,3 mortes para cada 100 mil habitantes.

“Alguns estados responderam melhor do que outros muito por conta da gestão local. Não houve uma recomendação técnica e nem apoio do Governo Federal, então estados e municípios fizeram ações específicas em relação a essas intervenções de cunho mais coletivo. No geral, o Brasil respondeu muito mal à pandemia e, por isso, chegamos a esse momento”, comenta Croda, que acrescenta ainda que o discurso que polariza economia e saúde não é real. “Se a gente faz essas medidas efetivas, a economia se recupera mais rápido”, argumenta.

O infectologista adianta que chegamos onde chegamos principalmente por falta de postura comprometida do presidente Jair Bolsonaro, que, em diversos momento, se manifestou contra a vacina, colocando-a em dúvida, como na ocasião em que disse que quem tomasse poderia “virar jacaré”. Bolsonaro também desincentivou o uso de máscaras e estimulou publicamente o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença. Estes fatos levaram a uma condução não baseada em evidências e “bastante enfraquecida do ponto de vista da gestão da crise, sendo que desde o início a gente sabia quais são as medidas efetivas individuais e coletivas”, completa ele.

O que mais fez aumentar as mortes?

Por trás da alta no número de mortes em todo o país estão, segundo o observatório, fatores como o tempo de espera por vagas em UTIs, esgotamento dos estoques de medicamentos, dificuldades na reposição de oxigênio nos hospitais por causa do aumento do consumo. A tudo isso, soma-se, ainda, a escassez de profissionais da saúde para atuar em UTIs, unidades porta-aberta e emergências, bem como esgotamento físico e mental destes trabalhadores.

Em parte, a evolução a óbito acontece porque milhares de pessoas com indicação de necessidade de cuidado intensivo estão internadas fora de UTIs, sem assistência adequada e sem a possibilidade de transferência, nem mesmo para outras regiões do país, já que quase todas estão colapsadas.

Ainda assim, mesmo quem tem acesso a UTI tem alto risco de morte. E não adianta apenas abrir novos leitos, dizem os cientistas, porque isso não detém o espalhamento do vírus. “Em resumo, se mantido o crescimento acelerado atual do número de casos, não há possibilidade de atendimento hospitalar adequado e o número de mortes evitáveis vai aumentar ainda mais”, prevê o Observatório Covid BR.

Dentre as medidas sugeridas pelos cientistas do grupo estão: investir em vacinação em massa da população, conter a transmissão do vírus com a redução da circulação de pessoas, assegurar expansão de leitos e contratação de profissionais treinados, fechamento de estabelecimentos que não prestem serviços essenciais, restrição de viagens não essenciais entre municípios e estados, reforçar a comunicação sobre a necessidade de proteção individual; proteção de pessoas mais vulneráveis com um auxílio de R$ 600 para garantir a subsistência das famílias nesse momento de alta inflação nos itens da cesta básica e oferta de linhas de crédito e redução de impostos para empresas.

A antecipação do horário do toque de recolher na Bahia, das 20h para as 18h, começa a valer nesta segunda-feira (22) em todo o estado, até o dia 1º de abril. Durante esse período, está proibida venda de produtos não essenciais, como eletrodomésticos e vestuário, em hipermercados e atacadistas. Só será permitida a venda de itens de alimentação e limpeza. Dessa forma, assim como as bebidas alcoólicas no fim de semana, a seção deverá ter o acesso fechado ao público.

A retomada escalonada das atividades econômicas fica condicionada à manutenção, por cinco dias consecutivos, da taxa de ocupação dos leitos de UTI em percentual igual ou abaixo de 80%.

Apenas Itaparica, Vera Cruz, Madre de Deus, Pojuca e Mata de São João, na região metropolitana, não vão aderir à prorrogação do decreto, e os serviços não essenciais poderão funcionar até as 17h durante a semana. Entre esta segunda e sexta (26), após as 17h, será permitido somente o funcionamento dos serviços essenciais nesses municípios.

Em Salvador, o funcionamento dos serviços considerados não essenciais continua suspenso até as 5h do dia 29. Podem funcionar locais que comercializam gêneros alimentícios, remédios, serviços de saúde e de utilidade pública indispensáveis, o que inclui supermercados, delicatessens, açougues, farmácias, drograrias, agências bancárias, lotéricas, oficinas mecânicas, lojas de material de construção e serviços públicos considerados essenciais.

Com a prorrogação das medidas restritivas em Salvador e a antecipação do toque de recolher para as 18h, o transporte coletivo terá horário especial de funcionamento a partir desta segunda até as 5h do dia 29. Uma operação foi montada pela Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) para garantir o atendimento aos passageiros. Os primeiros ônibus começarão a circular a partir das 4h até as 19h30, nos principais corredores. Já nas estações, a operação será encerrada às 20h30. As estações de metrô vão funcionar das 5h às 19h30, segundo a CCR Metrô Bahia.

Ônibus da frota reguladora serão disponibilizados para prestar apoio às linhas de maior demanda. Agentes da Semob vão manter a fiscalização nos principais pontos para realizar os ajustes necessários, a fim de evitar aglomerações dentro dos coletivos. Até agora, mais de 40 linhas já foram reforçadas em toda cidade nos horários de pico.

Não haverá restrições para veículos particulares, como táxis, mototáxis e por aplicativos, que poderão circular normalmente.

Confira as regras:

Circulação restrita: com exceção de deslocamento por motivos de saúde ou em situações em que fique comprovada a urgência, segue proibida a circulação de pessoas entre 18h e 5h, até o dia 1º de abril, em todos os municípios baianos

Venda: supermercados, hipermercados e atacadões poderão comercializar apenas gêneros alimentícios e produtos de limpeza e higiene. A medida vale até as 5h do dia 29 para as cidades de Salvador, Candeias, Camaçari, Dias D'Ávila, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho, Itaparica, Vera Cruz, Madre de Deus, Pojuca e Mata de São João

Bebidas: a restrição da venda de bebidas alcoólicas seguirá valendo, em todo o estado, a partir das 18h de 26 de março às 5h do dia 29

Delivery: os estabelecimentos comerciais que funcionam como bares e restaurantes poderão operar apenas de portas fechadas, com entrega em domicílio, até as 24h

Ferry boat e lanchinhas: serviços suspensos das 20h30 às 5h desta segunda a 29 de março, ficando vedado o funcionamento nos dias 27 e 28.

Com covid-19, o humorista Paulo Gustavo foi intubado após ter uma piora no estado de saúde. A informação, que já circulava entre fãs e amigos do artista, foi confirmada pela assessoria de imprensa dele neste domingo (21).

"A assessoria do ator Paulo Gustavo confirma, por meio deste comunicado, que o ator, em plena consciência de seu estado, necessitou entrar em ventilação mecânica invasiva, para ser tratado de forma mais segura. Todas as medidas de segurança estão sendo tomadas e a equipe profissional que o atende permanece confiante na sua plena recuperação", afirmou a equipe do comediante.

O marido do comediante, Thales Bretas, também fez uma postagem falando sobre a intubação, e explicou que a decisão do procedimento foi motivada pela intensa falta de ar que ele sentia. "Foi sedado e intubado para que a cura consiga se estabelecer nos seus pulmões sem cansá-lo tanto com a falta de ar que o incomodava. Estou calmo, confiante e tenho certeza que será um passo importante pra melhora completa do nosso guerreiro!", escreveu.

Leia a postagem completa:

"Hoje o amor a minha vida @paulogustavo31 tomou mais um passo na cura da infecção pelo COVID-19. Foi sedado e intubado para que a cura consiga se estabelecer nos seus pulmões sem cansá-lo tanto com a falta de ar que o incomodava. Estou calmo, confiante e tenho certeza que será um passo importante pra melhora completa do nosso guerreiro!!! Ele que é jovem, saudável, sem comorbidades e super cuidadoso, está passando por isso. Peço por favor que tomem muito cuidado, redobrem as medidas de segurança, porque essa infecção é uma loteria e mais pessoas não merecem sofrer. Peço que continuem as correntes de oração e energia, que com certeza estamos recebendo! Tenho muita fé e sei que já já ele estará alegrando a minha vida e a de muita gente por aí novamente.
Não consigo responder a todos os amigos que, tenho certeza, só tem mensagens de carinho, afeto e torcida! Mas agradeço aqui a todos e peço que continuem orando, que q cura tá chegando!! E orem por todos com Covid, que essa doença não é nem nunca foi uma gripezinha."

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.698 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) e 2.786 recuperados (+0,4%). O boletim epidemiológico deste domingo (21) também registra 99 mortes. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes foram realizadas hoje. Dos 768.832 casos confirmados desde o início da pandemia, 737.967 já são considerados recuperados, 16.766 encontram-se ativos e 14.099 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.094.100 casos descartados e 178.183 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo (21). Na Bahia, 44.813 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.099, representando uma letalidade de 1,83%. Dentre os óbitos, 55,9% ocorreram no sexo masculino e 44,1% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21%, preta com 15%, amarela com 0,5%, indígena com 0,1% e não há informação em 8% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 68,7%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,1%).

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
Situação da regulação de Covid-19

Às 15h deste domingo, 280 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 180 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

O vereador de Salvador Irmão Lázaro morreu nesta sexta-feira (19) em Feira de Santana, onde estava internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Matheus. O parlamentar estava no hospital há cerca de um mês por conta das complicações causadas pela covid-19.

A informação da morte de Lázaro foi confirmada por sua filha, Marta Silva, nas redes sociais. Logo em seguida, a assessoria de imprensa de Lázaro também confirmou a morte.

“Hoje a pessoa mais importante da minha vida se foi, o homem que eu mais amei e continuarei amando o resto da vida!!”, anunciou a filha do político e artista gospel.

Por volta da 1h deste sábado (20), o perfil oficial do artista e político comunicou a morte.

O pastor Josué Brandão, líder da igreja frequentada por Irmão Lázaro, chegou a fazer uma transmissão ao vivo onde pediu orações para a família e especialmente os pais do cantor e político. O estado de saúde de Irmão Lázaro havia piorado nos últimos dias.

Nesta sexta-feira (19), mais cedo, a assessoria do pastor informou que o quadro seguia muito delicado. Ele estava internado desde 25 de fevereiro. E precisou ser intubado por causa das complicações causadas pela doença.

Irmão Lázaro tinha 54 anos e iniciou sua carreira como cantor da banda Olodum. Dono de diversos hits na maior banda de samba-reggae da Bahia, Lázaro dividia com Pierre Onassis os vocais na celebrada "Miss Her".

Posteriormente, Lázaro se converteu para a igreja evangélica e consolidou sua carreira artística na música gospel. Um dos diferenciais foi justamente levar para dentro da igreja o ritmo que o consagrou fora dela. Uma das suas músicas religiosas de maior sucesso é justamente uma versão de Miss Her, "Eu sou de Jesus".

No Festival da Virada de Salvador de 2019 para 2020, Irmão Lázaro dividiu o palco com o cantor e também político Igor Kannário.

Em 2014, Irmão Lázaro concorreu pela primeira vez a um cargo eletivo e foi o terceiro deputado federal mais votado na Bahia com mais de 161 mil votos.

Em 2018, ele tentou voos maiores. Foi candidato ao senado, na chapa que teve o ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo como candidato ao governo do estado. Obteve 1 milhão 578 mil votos, e ficou em terceiro lugar, atrás dos eleitos Jaques Wagner e Angelo Coronel.

Em 2020, Irmão Lázaro foi para seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Salvador (CMS). Não repetiu o sucesso de votação, mas foi eleito com 4.273 votos.