Governo da BA e prefeitura de Salvador criam regras de higienização nos transportes públicos por causa do coronavírus

Governo da BA e prefeitura de Salvador criam regras de higienização nos transportes públicos por causa do coronavírus

O governo da Bahia e a prefeitura de Salvador estabeleceram regras de higienização nos transportes públicos como prevenção contra o novo coronavírus. Os secretários da Saúde Fábio Vilas-Boas [estado] e Léo Prates [município] anunciaram que irão publicar um decreto determinando as medidas em caráter de urgência.

Segundo a assessoria do governo, as medidas têm o objetivo de evitar a propagação da doença nos ônibus urbanos, metropolitanos, intermunicipais, interestaduais, metrô, trens, ferry boat e lanchas que fazem a travessia Salvador/Mar Grande.

Representantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e da União das Prefeituras da Bahia (UPB) vão se reunir nesta segunda-feira (16) com o objetivo de que os Municípios baianos adotem a mesma medida, inclusive atingindo o transporte escolar.

Até o domingo (15), nove casos foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Veja a lista de medidas estabelecidas:
Os transportes de massa devem manter uma política de limpeza diária e frequente com produtos saneantes nas superfícies de contato dos passageiros.
Proceder a limpeza com água e sabão, ou álcool a 70%, pelo menos uma vez ao dia de superfícies que são tocadas com muita intensidade tais como maçanetas, interruptores de luz, telefones, teclados e torneiras;
Intensificar os procedimentos de limpeza e desinfecção nos terminais e meios de transporte, reforçando a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI). Os trabalhadores que realizam esta atividade devem ser alertados para terem maior atenção ao disposto nesta resolução.
Reforçar o uso de EPI para os trabalhadores que realizam esgotamento sanitário dos meios de transporte e fossa séptica.
A administradora dos terminais de ônibus e metrô deve considerar a ampliação da quantidade dos locais para a higienização das mãos ou disponibilizar pontos com álcool gel a 70%. É importante que os locais disponham de sabonete e água corrente para estimular a correta higienização das mãos.
A autoridade local deve estabelecer regras próprias para portos, aeroportos e rodoviárias com triagem e testagem de passageiros oriundos de cidades onde já se saiba da ocorrência de transmissão comunitária da COVID-19.

Casos confirmados
Até este domingo, os casos confirmados na Bahia são:

Mulher de 34 anos, de Feira de Santana, contaminada após retornar da Itália, com passagens por Milão e Roma, em 25 de fevereiro;

Mulher de 42 anos, de Feira de Santana, trabalhadora doméstica que teve contato com a mulher de 34 anos;

Idosa de 68 anos, de Feira de Santana, mãe da mulher de 42, que teve contato domiciliar com a 2ª paciente;

Idoso de 73 anos, também de Feira de Santana, marido da mãe da trabalhadora doméstica, que teve contato domiciliar com as 2ª e 3ª pacientes;

Mulher de 52 anos, de Salvador, que fez viagem recente à Espanha;

Criança de 11 anos, de Salvador, filha da mulher de 52 anos, que também fez viagem recente à Espanha;

Idoso de 72 anos, de Salvador, que fez viagem recente para a Itália;

Homem de 49 anos, de Salvador, que fez viagem recente à Alemanha e Espanha;

Mulher de 50 anos, de Feira de Santana, que fez viagem recente aos Estados Unidos.

Notificações

A Bahia registrou 289 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus), de janeiro até as 17h de sexta-feira (13), quando o último boletim da Sesab foi divulgado. Apesar da confirmação dos novos casos de contaminados, neste domingo (15), a secretaria não atualizou o dados.

Desse total, 153 foram descartados e 129 aguardam análise laboratorial. Ao todo, 26 municípios da Bahia fizeram notificações oficiais. O diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode cursar com grau leve, moderado ou grave.

A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.

Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.


Fonte: G1

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