Praias de Amaralina e Boa Viagem serão reabertas; Piatã segue fechada

Praias de Amaralina e Boa Viagem serão reabertas; Piatã segue fechada

Fechadas por causa das aglomerações as praias de Cantagalo, Amaralina e Boa Viagem serão liberadas a partir de quarta-feira (7). O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (5) pelo prefeito de Salvador ACM Neto. A praia de Piatã, porém, continuará interditada.

A reabertura das praias foi autorizada há duas semanas, mas está atrelada ao cumprimento por parte da população de recomendações, como: evitar aglomerações, usar máscara sempre que estivesse fora d'água, não consumir bebidas nem alimentos na praia e não frequentar aos sábados e domingos. Em Cantagalo, Boa Viagem, Amaralina, e Piatã todas essas medidas foram ignoradas, como o CORREIO mostrou em reportagens.

Devidos às aglomerações, uma semana depois de autorizar as atividades, a Prefeitura voltou atrás e determinou a proibição novamente nessas quatro praias. Barreiras físicas foram instaladas pela Guarda Civil e pela Secretaria Municipal de Manutenção (Seman). Os calçadões continuaram abertos para a prática de atividades físicas, mas as faixas de areia foram bloqueadas e quem tentou descumprir a regra foi convidado pelos guardas a se retirar.

A interdição determinada pelo prefeito tinha validade de sete dias, e expira nesta quarta-feira. ACM Neto avaliou o comportamento da população nos últimos dias como positivo e disse que, por isso, resolveu suspender as interdições. Em Piatã, ocorreram mais casos de desrespeito às medidas e esse será o único local onde o isolamento será mantido.

“Tivemos um final de semana de relativa tranquilidade nas praias de Salvador. Sábado foi absolutamente exemplar, com pouquíssimos casos, isolados, de ocupação das praias. No domingo, tivemos um problema maior na região de Piatã e Itapuã, e a Guarda Municipal e a Secretaria de Ordem Pública agiram para contornar o problema, mas esse fim de semana foi mais tranquilo que o anterior, o que deixa uma mensagem muito positiva”, afirmou.

O decreto proíbe atividades em todas as praias nos fins de semana. Apenas três delas permanecem interditadas todos os dias: Porto da Barra, Buracão e Paciência. Já São Tomé de Paripe,Tubarão, Ribeira, Amaralina e Itapuã só podem funcionar de terça a sexta-feira. As demais têm horário de funcionamento de segunda a sexta.

Regras
Um decreto de 20 de março determinou o fechamento de todas as praias de Salvador por conta da pandemia. Quase seis meses depois, no dia 18 de setembro, o prefeito anunciou a reabertura desses espaços a partir do dia 21, uma segunda-feira, mas com algumas ressalvas. As praias do Porto da Barra, Buracão e Paciência permanecem fechadas porque têm uma faixa de areia muito estreita o que provoca aglomerações.

Já São Tomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, Amaralina e Itapuã podem funcionar apenas de terça à sexta-feira. A prefeitura excluiu a segunda-feira desses cinco espaços porque esse dia tem movimento grande de banhistas nesses locais. As demais praias podem funcionar de segunda à sexta-feira, e não há limite de horário em nenhum dos casos.

Todas as praias de Salvador estão proibidas de receberem público aos fins de semana, mas no primeiro sábado e domingo após a reabertura houve aglomerações em alguns desses espaços. O resultado foi a interdição por sete dias de Boa Viagem, Cantagolo, Amaralina, e Piatã.

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    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

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    Drones

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