As frotas de ônibus que atendem às estações de transbordo voltam a partir desta terça-feira (27) a rodar com 100% da capacidade nos horários de pico, segundo anunciou o prefeito ACM Neto em coletiva on-line.
Os horários de pico são das 5h30 às 8h30 e das 16h30 às 19h30. Funcionarão com 100% as 43 linhas da estação Pirajá, com frota de 309 ônibus; 37 linhas da estação da Lapa, com 259 ônibus; 25 linhas daestação Mussurunga, com 165 ônibus, e 20 linhas do Acesso Norte, com 104 ônibus.
Com isso, dos 2.214 coletivos da frota total de Salvador, 1.900 estarão circulando. "Os outros 314 ônibus voltarão à medida que a demanda continuar aumentando. Especialmente me refiro à volta da educação. À medida que voltarem as aulas, esses ônibus voltarão", disse o prefeito, afirmando que deve tratar de mais detalhes sobre a retomada das aulas esta semana.
Salvador terá também operações assistidas, que vão atuar em algumas das principais avenidas da cidade, como na Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), Avenida São Rafael (São Marcos) e Rua Silveira Martins (Cabula). O objetivo é reforçar a oferta de ônibus quando necessário, com ações táticas e de direcionamento específico.
O prefeito apresentou números que mostram que houve uma redução de 66% da demanda de passageiros de março a julho, comparando com o período pré-pandemia. Com a retomada de atividades econômicas, houve recuperação de apenas 26% da demanda, de agosto a outubro.
Prejuízo
Ele contou que as despesas da Prefeitura com o transporte público durante a pandemia estão em R$ 107 milhões. O montante foi o que impediu o colapso do sistema. Estão sendo gastos R$ 5 milhões em vale-transporte para uso em programas sociais pós-pandemia, R$ 55 milhões com intervenção na concessionária CSN e R$ 47 milhões com a indenização das outras duas concessionárias da diferença entre os custos operacionais e a arrecadação do sistema.
Apesar das dificuldades, Neto descartou a possibilidade de aumento o preço da passagem. "Está descartado o aumento de tarifa. Não há hipótese da prefeitura colocar um centavo a mais na tarifa, onerando as pessoas. Porque a gente sabe que o passageiro não tem como pagar essa conta", disse o prefeito.