Cachorro do Mato é resgatado em condomínio na Boca da Mata

Cachorro do Mato é resgatado em condomínio na Boca da Mata

Uma visitante diferente apareceu no Condomínio Recanto do Jambeiro, no bairro da Boca da Mata, em Salvador. Na última quarta, um cachorro-do-mato foi capturado por agentes da Guarda Civil Municipal. Algo que chama a atenção, principalmente pela quantidade de animais selvagens sendo resgatados com frequência em área urbana. No sábado (15), por exemplo, um jacaré-anão foi resgatado próximo ao Shopping Paralela. 

O animal, que estava ferido, era uma fêmea pesando pouco mais 3kg. Ela foi encaminhada ao Cetas/Inema, para que pudesse receber atendimento e posteriormente ser devolvida à natureza. Comandante da guarnição deslocada para o resgate, o GCM Adroaldo Brito afirmou que a solicitação apontava que tratava-se de uma raposa.

 

"Quando chegamos, averiguamos que era um cachorro-do-mato. Não foi difícil fazer o resgate por conta do estado do animal, que estava muito debilitado", disse o comandante.

Especialista em Meio Ambiente do Inema, Marianna Pinho afirma que esses animais também vivem no ambiente urbano e muitas espécies se adaptam com tranquilidade porque Salvador é uma cidade com muita área verde. Normalmente, os animais avançam para a área urbana por conta do desmatamente e supressão de seus habitats. 

Veterinário do Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), Nestor Blanco também alerta que o avanço de construções mata adentro acaba influenciando para que os bichos apareçam nas cidades.

A fêmea de cachorro-do-mato chegou ao Cetas muito desidratada e com dificuldade de ficar em pé, conforme relata o veterinário que prestou atendimento.

"Fizemos os primeiros atendimentos, colocamos no soro, hidratamos bem, e logo depois da hidratação ela se levantou, se alimentou, a nossa suspeita é que ela está com algum problema oftálmico, não está enxergando muito bem", explicou o veterinário.

Por conta do aparente problema na visão, o animal está com um comportamento arisco, um pouco agressiva, principalmente quando escuta movimentos.

Blanco explica que ela não receberá nenhum nome porque o Inema não cria vínculo com o animal, algo que é mais comum em zoológicos, onde os bichos ficam por mais tempo. Depois da recuperação, ela será solta na natureza.

A bióloga Marianna Pinho afirma que há várias espécies de cachorro do mato - a raposa é uma delas. A mais abundante, por sinal. Para a soltura, os animais recebem um microchip. O Inema libertará a cachorra do mato numa área chamada de Asas (Área de Soltura de Animais Silvestres), que são previamente cadastradas pelo órgão.

"A gente vê em qual dessas áreas tem ocorrência do animal. E caso ele seja resgatado novamente, a gente consegue identificá-la", disse Nelson Blanco.

A quantidade de animais resgatados pela Guarda Civil Municipal caiu bastante quando comparada com o mesmo período do ano passado. Em 2020, foram 607 animais resgatados pela GCM entre janeiro e maio. O número caiu para 350 em 2021.

De acordo com a GCM, as três espécies mais resgatadas no ano são Sariguês, Serpentes e Jiboias.

Uma visitante diferente apareceu no Condomínio Recanto do Jambeiro, no bairro da Boca da Mata, em Salvador. Na última quarta, um cachorro-do-mato foi capturado por agentes da Guarda Civil Municipal. Algo que chama a atenção, principalmente pela quantidade de animais selvagens sendo resgatados com frequência em área urbana. No sábado (15), por exemplo, um jacaré-anão foi resgatado próximo ao Shopping Paralela. 

O animal, que estava ferido, era uma fêmea pesando pouco mais 3kg. Ela foi encaminhada ao Cetas/Inema, para que pudesse receber atendimento e posteriormente ser devolvida à natureza. Comandante da guarnição deslocada para o resgate, o GCM Adroaldo Brito afirmou que a solicitação apontava que tratava-se de uma raposa.

"Quando chegamos, averiguamos que era um cachorro-do-mato. Não foi difícil fazer o resgate por conta do estado do animal, que estava muito debilitado", disse o comandante.

Especialista em Meio Ambiente do Inema, Marianna Pinho afirma que esses animais também vivem no ambiente urbano e muitas espécies se adaptam com tranquilidade porque Salvador é uma cidade com muita área verde. Normalmente, os animais avançam para a área urbana por conta do desmatamente e supressão de seus habitats. 

Veterinário do Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), Nestor Blanco também alerta que o avanço de construções mata adentro acaba influenciando para que os bichos apareçam nas cidades.

A fêmea de cachorro-do-mato chegou ao Cetas muito desidratada e com dificuldade de ficar em pé, conforme relata o veterinário que prestou atendimento.

"Fizemos os primeiros atendimentos, colocamos no soro, hidratamos bem, e logo depois da hidratação ela se levantou, se alimentou, a nossa suspeita é que ela está com algum problema oftálmico, não está enxergando muito bem", explicou o veterinário.

Por conta do aparente problema na visão, o animal está com um comportamento arisco, um pouco agressiva, principalmente quando escuta movimentos.

Blanco explica que ela não receberá nenhum nome porque o Inema não cria vínculo com o animal, algo que é mais comum em zoológicos, onde os bichos ficam por mais tempo. Depois da recuperação, ela será solta na natureza.

A bióloga Marianna Pinho afirma que há várias espécies de cachorro do mato - a raposa é uma delas. A mais abundante, por sinal. Para a soltura, os animais recebem um microchip. O Inema libertará a cachorra do mato numa área chamada de Asas (Área de Soltura de Animais Silvestres), que são previamente cadastradas pelo órgão.

"A gente vê em qual dessas áreas tem ocorrência do animal. E caso ele seja resgatado novamente, a gente consegue identificá-la", disse Nelson Blanco.

A quantidade de animais resgatados pela Guarda Civil Municipal caiu bastante quando comparada com o mesmo período do ano passado. Em 2020, foram 607 animais resgatados pela GCM entre janeiro e maio. O número caiu para 350 em 2021.

De acordo com a GCM, as três espécies mais resgatadas no ano são Sariguês, Serpentes e Jiboias.

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    Drones

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