Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, teve desaceleração - aumentou menos do que no mês anterior - e ficou em 0,81% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em janeiro, o IPCA na RMS havia sido de 1,09%.
A inflação registrada na RMS ficou levemente abaixo do resultado do Brasil como um todo no mês, que foi de 0,84%, sendo o 9º maior índice do país.
Mesmo com essa desaceleração, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, a inflação na RM Salvador é a maior do país, com alta de 1,90%, enquanto que o índice nacional é de 1,37%.
Já nos 12 meses encerrados em fevereiro, a inflação na RM Salvador acumula alta de 6,51%, apresentando leve queda em relação ao índice de janeiro, que havia sido de 6,53%. Ainda assim, é a segunda mais elevada do país, abaixo apenas do índice da RM São Paulo/SP (6,53%).
Nacionalmente, o IPCA tem aumento acumulado de 5,60% no período. A tabela a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês e nos acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2023.
Inflação de fevereiro na RMS foi puxada pela educação
A inflação de fevereiro na Região Metropolitana de Salvador (0,81%) foi resultado de altas em cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
O grupo educação (6,12%) teve o maior e mais relevante aumento de preços para o índice no mês. Foi o maior reajuste para o grupo na RMS desde fevereiro de 2017 (7,20%).
A principal influência para o aumento de preços da educação veio do ensino fundamental (11,25%), que foi o item que exerceu a maior pressão inflacionária no mês na RMS. A pré-escola (10,98%) e o ensino médio (9,78%) também apresentaram reajustes consideráveis de preço.
O segundo aumento de preços mais relevante veio do grupo habitação (2,22%), influenciado pelas altas da taxa de água e esgoto (11,08%) e da energia elétrica residencial (2,66%).
Por outro lado, entre os quatro grupos que registraram deflação na RMS em fevereiro, os mais relevantes foram os transportes (-0,28%) e alimentação e bebidas (-0,21%).
A queda de preços dos transportes na região foi influenciada, principalmente, pela passagem aérea (-12,00%), que foi o item que mais segurou a inflação na RMS em fevereiro. Além disso, os combustíveis (-1,02%) também registraram quedas consideráveis de preço, em especial, a gasolina (-0,80%) e o óleo diesel (-3,20%).
Em relação a alimentação, a queda de preço das carnes (-2,22%) foi a principal influência para a deflação geral do grupo. As aves e ovos (-1,84%) e o leite e derivados (-1,09%) também apresentaram reduções.
A cebola (-16,23%) foi o item que apresentou a maior deflação no mês. Por outro lado, mesmo com a queda geral dos alimentos, a cenoura (15,26%) e o tomate (13,55%) foram os itens que registraram os maiores aumentos de preço em fevereiro na RM Salvador. O grupo que registrou a maior queda de preços no mês foi o de vestuário (-0,49%), que possui peso um pouco menor na composição do índice da RMS.
INPC da RM Salvador também desacelerou em fevereiro e ficou em 0,81%
Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Região Metropolitana de Salvador ficou em 0,81%. O INPC mede a inflação das famílias com menores rendimentos.
O índice também desacelerou frente a janeiro, quando havia ficado em 0,95%, mas ainda ficou levemente acima do resultado nacional em fevereiro (0,77%).
No acumulado dos dois primeiros meses de 2023, o INPC da RM Salvador é de 1,77%, o maior do país, e bem acima do nacional (1,23%). Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a RMS também possui o maior índice entre as áreas pesquisadas (6,99%). Nacionalmente, o indicador fica em 5,47%.