O Jornal da Cidade

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O cantor Xanddy utilizou as redes sociais para anunciar o fim da banda Harmonia do Samba, nesta quarta-feira (14). O artista disse que continuará em carreira solo, apenas como "Xanddy Harmonia".

"Deixo claro que este não é o fim, mas, sim, o início de um novo ciclo para nós", diz publicação. Segundo a postagem, o início de sua carreira solo acontecerá, oficialmente, a partir do dia 1º de outubro.

A publicação afirma ainda que a decisão foi pensada e amadurecida pela banda e equipe, que seguirão acompanhando o cantor, assim como o diretor musical Mestre Bimba. Todas as postagens da conta oficial do grupo no Instagram já foram deletadas.

No stories, Xanddy diz que a decisão foi estratégica e acordada com todos, e que os projetos atuais continuarão em curso. "Harmonia do Samba jamais deixará de ser Harmonia, eu sou Harmonia pra sempre e jamais deixarei o legado ser esquecido", diz o cantor.

Xanddy reitera também que os compromissos que ainda estão agendados com a "Harmonia do Samba" serão cumpridos. Entre eles, conforme o Blog do Marrom, o cantor comanda a sequência de lançamentos do projeto Good Vibes, projeto audiovisual gravado em agosto de 2022.

Serão oito músicas inéditas a serem disponibilizadas nos canais oficiais de Youtube e Plataformas Streamings para serem trabalhadas até o verão 2023.

Para o verão 2023, Xanddy Harmonia faz retomada dos ensaios de verão "A Melhor Segunda Feira do Mundo", que este ano irá celebrar 20 anos de trajetória. Para comemorar as duas décadas do projeto, o cantor programou a estreia da temporada 2023, para o dia 9 de janeiro, na Arena Fonte Nova.

Harmonia

O grupo teve a sua primeira formação no ano de 1993, em Salvador. Xanddy, porém, entrou na banda em 1995. Três anos depois, assinaram com a Abril Music e, em 1999, foi lançado o primeiro álbum, intitulado pelo próprio nome do grupo. A partir daí, surgiram os sucessos como "Vem Neném", "Agachadinho" e "Elevador".

Há três meses, o baiano sente o orçamento ficar menos apertado quando o assunto é gasolina. Em junho, o litro do combustível na bomba saía por R$ 8,04. Na última semana, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio no estado foi de R$ 5,47. De lá para cá, o valor do litro comercializado pela Acelen, empresa responsável pela Refinaria de Mataripe, para as distribuidoras saiu de R$ 4,46 para R$ 3,44.

Porém, a maior mudança está na outra ponta, no valor de repasse dos postos ao consumidor. No mês de junho, a diferença entre o que saía da refinaria (R$ 4,46) para o que era cobrado na bomba (R$ 8,04) era de R$ 3,58. Agora, que a Acelen vende o litro por R$ 3,44 e os postos comercializam por R$ 5,47, a diferença dos valores está em R$ 2,03, uma redução de 56% em três meses do valor que é repassado para o cliente.

A queda, no entanto, não é capaz de tirar a Bahia do topo no ranking de valores mais caros quando o assunto é gasolina. De acordo com o relatório de preços da ANP, que é divulgado semanalmente, o valor da gasolina em território baiano só é mais barato em relação ao que é comercializado no Acre e em Roraima, onde as médias são, respectivamente, de R$ 5,68 e R$ 5,51.

Ter um dos combustíveis mais caros não é novidade por aqui. Ainda de acordo com dados da ANP, no fim de junho, quando o litro da gasolina comum saía por R$ 7,92 na Bahia, não havia estado vendendo o item por valor mais alto em todo o Brasil. No fim de julho, a gasolina baiana foi a 2º mais cara, saindo por R$ 6,04 em média dos postos. Em agosto, na última semana, foi o 4º estado com média mais alta pelo litro: R$ 5,44.

Tanto em junho como no momento atual, os preços praticados pela Acelen são mais altos que os da Petrobrás. Anteriormente, enquanto a empresa privada vendia o litro de gasolina por R$ 4,46, a empresa que tem o governo como seu maior acionista comercializava por R$ 4,06. Agora, a Acelen vende por R$ 3,44 e a Petrobrás por R$ 3,28.

O economista Raimundo Sousa explica que a diferença de valores praticados está na própria natureza das duas empresas."A pcaracterística das empresas as diferenciam. A Petrobrás, que é uma empresa mista, objetiva o lucro, mas deve ter também uma função social. A outra empresa é 100% privada, então a questão do lucro vai ficar mais evidente, é assim que funciona", aponta Sousa.

Ainda segundo o economista, outro ponto que influencia nessa alta é a falta de competitividade no mercado baiano. "É uma empresa que exerce um monopólio. Essa falta de concorrência impacta bastante tanto nas refinarias como junto ao consumidor final. Nos postos, também há pouca concorrência porque estes estão concentrados em poucas empresas. Tanto é que, praticamente, não existe na Bahia diferença de preço entre um posto e outro", completa.

Em relação ao achatamento do valor de repasse estabelecido pelos revendedores, o economista da Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-BA), Guilherme Dietze, vê a redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) como uma justificativa, mas pondera a influência do mesmo ao citar outros fatores.

"O ICMS tem um grande peso no custo geral da gasolina. A redução dele para até 17% nos combustíveis é o que dá o grande impulso para a queda no preço. Depois, veio a questão do preço do petróleo no mercado internacional e do câmbio, que também caíram neste período", pontua Dietze. No caso do barril de petróleo, a queda foi de US$ 120 para US$ 90.

Já o dólar, que estava R$ 5,23 em junho, agora custa R$ 5,19. Procurada, a própria Acelen confirma a influência do mercado internacional nos valores. A empresa informou que os preços praticados para as distribuidoras seguem critérios de mercado, levando em consideração variáveis como custo do petróleo, adquirido a preços internacionais, dólar e frete.

O que mudou no repasse?

Agora, qual é o peso de cada um dos fatores citados para a redução da diferença que é cobrada nos postos de gasolina? Marcelo Travassos, secretário executivo do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicombustíveis Bahia), diz que o valor da bomba é resultado da união de três fatores: o preço praticado pelo produtor - usinas e refinarias, o imposto estadual que teve teto reduzido até 17% e os impostos federais, que foram zerados até o fim de dezembro.

"Se a gente tinha essa diferença do que saía da refinaria em R$ 2,50, temos agora uma equação que reduz essa diferença porque os custos tributários tiveram um comportamento de achatamento por conta de uma desoneração dos tributos incidentes sobre os combustíveis e, consequentemente, temos um preço de bomba mais próximo do original para o consumidor", explica Travassos.

Além de destacar a aprovação do teto do ICMS, o secretário executivo do Sindicombustíveis Bahia também cita ainda outra medida aprovada no congresso nacional como vetor da redução do diferencial entre o que sai das refinarias e o que entra nos tanques de gasolina dos baianos.

"Uma lei complementar, a 192, estabeleceu que a base de cálculo seria feita a partir da média dos últimos trinta meses e assim foi seguindo, tirando um mês da conta e adicionando outro a cada 30 dias. Com isso, o custo tributário do ICMS passou a ser muito próximo de um estado para outro", adiciona, ressaltando que a gasolina que chega aos postos não é a mesma adquirida pelos clientes. Nessa última, 27% é constituído por etanol, o que impacta no valor.

Preço voltou a cair

Ainda que seja R$ 2,03 mais cara do que nas refinarias, a gasolina tem agradado pelo preço e alterado, para melhor, o orçamento dos baianos. Antes, o jornalista Alisson Silva, 39 anos, levava a filha na escola, a esposa no trabalho e ia para o seu de carro. Em junho, deixou o veículo com a esposa para que ela levasse a filha e passou a se deslocar de metrô para que a conta fechasse. Agora, pôde voltar à logística original.

"Logo quando a gasolina estava batendo nos R$ 8, o meu gasto de combustível ficou perto dos R$ 1.000. [...] Quando os preços estavam assim, passei a ir de metrô e deixei minha esposa com carro, o que diminuiu metade do trajeto e do gasto. Agora, voltei a ir de carro porque a redução foi fundamental. Hoje, meu orçamento de combustível está girando entre R$ 450 e R$ 500", relata ele.

Nesta semana, o músico baiano Jeferson Correia, 26 anos, sentiu, de novo, alívio na hora de abastecer sua moto com gasolina. Depois de dois meses com queda acumulada de 30% no preço do combustível, o valor do item voltou a cair. Desta vez, o preço na bomba desceu cerca de R$ 0,14. Isso porque o litro da gasolina comum, que era encontrado por R$ 5,39, agora já sai por R$ 5,25 em alguns postos.

"Agora, com a gasolina nesse preço, percebo muito a diferença. Antes, colocava R$ 15 para rodar dois ou três dias na moto para ir no trabalho e na academia. Hoje, já rodo uma semana com R$ 20 para fazer tudo que é necessário e ainda sair com ela para outras atividades. Está ótimo, me beneficiou bastante e o preço de R$ 5,25 ajuda demais", fala o músico.

Veja a tabela de preços e compare:

Junho

Preço da Acelen: R$ 4,46
Preço da Petrobrás: R$ 4,06
Preço dos revendedores: R$ 8,04

Setembro

Preço da Acelen: R$ 3,44
Preço da Petrobrás: R$ 3,28
Preço dos revendedores: R$ 5,47

O concurso 2.519 da Mega-Sena, realizado nesta terça-feira (13) no Espaço Loterias da Caixa em São Paulo, não teve acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 03 - 08 - 20 - 36 - 38 - 57.

O próximo concurso (2.520), na quinta (15), deve pagar um prêmio de R$ 110 milhões.

A quina teve 88 ganhadores e cada um vai receber R$ 46.964,83. Os 6.736 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 876,50.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

O sorteio é realizado às 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

A rainha Elizabeth II morreu na semana passada e seu filho, o rei Charles III, ficou no lugar do monarca de 96 anos. No entanto, a chegada dele no Palácio de Buckingham teve mudanças drásticas para alguns funcionários. Isso porque as pessoas que trabalharam com ele enquanto herdeiro, serão demitidos em breve.

De acordo com site Reuters, Charles, que teve o seu nome circulado na mídia devido aos 'dedos de salsicha', vai se mudar da Clarence House, sua casa em Londres por décadas, para o Palácio de Buckingham é um processo interno de demissões iniciado há alguns dias. Um porta-voz da casa britânica informou que as demissões são 'inevitáveis'.

"Nossos funcionários prestaram um serviço longo e leal e, embora algumas demissões sejam inevitáveis, estamos trabalhando com urgência para identificar funções alternativas para o maior número possível de funcionários", contou.

Até 100 funcionários perderão os seus empregos, principalmente aqueles que trabalham há décadas no palácio, segundo o jornal The Guardian. Entre os trabalhadores, há aqueles que faziam trabalhos pessoais para a monarquia e até quem sabe de informações do escritório.

A decisão de Chales chamou a atenção do Sindicato dos Serviços Públicos e Comerciais, que condenou a situação como "sem coração".

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou novamente o prazo para comprovação de informações por parte dos candidatos pré-selecionados em segunda chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni). Um novo edital com as alterações foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira, 13, data em que venceria o antigo prazo.

Os estudantes devem entrar em contato com as instituições de ensino para as quais foram chamados para apresentar a documentação necessária.

A lista de espera do ProUni , que seria entre 21 e 22 de setembro, também foi alterada e passou para 27 e 28 de setembro. Para participar, o candidato deverá manifestar o interesse por meio da página do ProUni na internet. A divulgação do resultado, assim como a comprovação de informações da lista de espera, também sofreu alteração.

O programa oferece bolsas de estudo parciais (50%) e integrais (100%) em instituições particulares para candidatos com renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa. Podem participar do processo seletivo estudantes brasileiros que não tenham diploma de curso superior.

O programa exige nota mínima de 450 nas provas objetivas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e que o estudante não tenha zerado a prova da redação. A seleção se dá de acordo com as notas obtidas. É destinado ainda a alunos que cursaram o ensino médio na rede pública ou mesmo na rede particular. Inscritos como treineiros no exame não poderão concorrer a bolsas do ProUni.

No ano passado, o governo federal liberou a concessão de bolsas do ProUni para alunos que tenham feito o ensino médio em colégio particular, mesmo sem o auxílio de bolsa estudantil. Desta forma, passam a ter acesso ao programa alunos que fizeram o "ensino médio completo em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição, ou sem a condição de bolsista". A alteração na Lei 11.096, de 13 de janeiro de 2005, foi publicada no Diário Oficial da União de 7 de dezembro de 2021.

CONFIRA O CALENDÁRIO ATUALIZADO:

- 1º de setembro a 16 de setembro: Comprovação de informações

- 27 e 28 de setembro: Manifestação de interesse na lista de espera

- 3 de outubro: Divulgação do resultado da lista de espera

- 3 de outubro a 7 de outubro: Comprovação de informações da lista de espera

A Bahia registrou sete casos novos da varíola dos macacos na segunda-feira (12), chegando a 75 pacientes infectados com a doença, segundo boletim do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

Não há informação sobre em quais cidades foram registrados os novos casos.

Além dos casos confirmados, há 24 outros classificados como prováveis e 406 como suspeitos no acumulado. Nos últimos sete dias, são 69 suspeitos, um provável e três descartados.

Até agora, a maior parte dos casos na Bahia está em Salvador. Além da capital, houve registros da doença também em Lauro de Freitas, Santo Antônio de Jesus, Cairu, Caldeirão Grande, Conceição do Jacuípe, Conde, Feira de Santana, Ilhéus, Itabela, Juazeiro, Maracás, Mutuípe, Teixeira de Freitas, Pé de Serra, Vitória da Conquista e Xique-Xique.

O primeiro caso no estado foi registrado em 13 de julho. O paciente era morador de Salvador e procurou um hospital particular com sintomas como febre alta, adenomegalia - inchaço nas glândulas do pescoço - e erupções no corpo. Depois, ele foi encaminhado para isolamento domiciliar.

A doença, também chamada de monkeypox, é uma zoonose viral que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. Ela tem sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.

A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa. A erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre e tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está à frente na corrida eleitoral, segundo pesquisa Ipec divulgada nesta segunda (12). Lula está com 46% das intenções de voto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem 31%.

O levantamento aponta uma continuidade na vantagem do petista em relação ao realizado há uma semana.

Antes, o petista tinha 44% e o atual mandatário, 31%. A diferença aumentou de 13 para 15 pontos percentuais.

Em seguida, aparece o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 8% para 7% em relação pesquisa feita nos dias 2 a 4 de setembro. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) se mantém com 4%.

No segundo turno, o petista aparece com 53% das intenções de voto, contra 36% do presidente.

O Ipec ouviu 2.512 brasileiros de 9 a 11 de setembro, em 158 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A sondagem foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01390/2022.

Professores da rede pública de ensino do estado realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (12) em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Os servidores estaduais paralisaram suas atividades nesta segunda e devem permanecer assim até a terça-feira (13). Segundo a Associação de Professores Licenciados do Brasil (Aplb) na Bahia, cerca de 80% das escolas estaduais aderiram à paralisação. A Secretaria Estadual de Educação não informou quantas escolas estão com as portas fechadas durante os dois dias.

Apesar de o dinheiro dos precatórios já ter sido disponibilizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para a transferência ao estado da Bahia no último dia 18, a Alba precisa votar o Projeto de Lei 24.631/2022 que regulamenta o pagamento. O estado encaminhou o projeto à Assembleia no dia 6 deste mês. Há expectativa de que a sessão de votação do PL ocorra na terça (13) ou quarta-feira (14), mas ainda não há data oficial.

Do valor a ser recebido, 60% deverão ser distribuídos entre os profissionais da educação que trabalharam entre 1998 e 2006, o que é equivalente a R$1,039 bilhão. A estimativa é que mais de 80 mil professores sejam beneficiados e o valor a ser pago a cada profissional dependerá da carga horária de trabalho.

Além de exigirem que a votação do Projeto de Lei seja realizada antes das eleições no dia 2 de outubro, os professores reivindicam que o valor seja pago sem descontos e com a correção de juros de mora, por conta do tempo decorrido. Segundo a Aplb, o pagamento pode corresponder a 26,5% do que os servidores teriam direito.

O artigo 2º do projeto de lei inclui um instrumento jurídico chamado Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (Adpf) 528. Na prática, ele permite que o pagamento não inclua os juros. No final da tarde de segunda (12), sindicalistas se reuniram com o procurador geral do estado Paulo Moreno, mas nenhum tipo de acordo foi firmado.

“Tivemos um encontro com o procurador, mas não tivemos avanços significativos e a proposta segue de manter o que está previsto no Projeto de Lei”, disse Marilene Betros, diretora da Aplb na Bahia. “Nós gostaríamos que o artigo 2º fosse modificado e estamos tentando fazer essa discussão nesse sentido”, completou.

A diretora não confirmou que a paralisação seja encerrada no segundo dia e disse que essa avaliação deve depender do que for definido na terça-feira (13). “Amanhã continuaremos com a paralisação e manifestação na Alba. Esperamos conseguir algum desfecho ou decidimos os rumos do movimento amanhã”, afirmou.

O presidente da oposição ao governo na Alba, deputado estadual Sandro Régis (União Brasil), afirmou, em nota, que a bancada está pronta para votar o projeto. Ele defende que os valores sejam pagos integralmente aos professores. “Trata-se de uma decisão judicial e não há o que interferir sobre isso. O direito e o benefício assegurados por lei devem ir integralmente”, disse.

Lideranças do governo na Assembleia foram procuradas, mas não deram retorno à reportagem. A secretaria de Educação também foi questionada sobre escolas fechadas durante a paralisação, mas não respondeu.

A novela das manchas de óleo encontradas no litoral brasileiro ganhou mais um capítulo. Desde o fim do mês passado, o reaparecimento desse tipo de resíduo tem sido observado em praias localizadas no Nordeste do país. Em Salvador, os primeiros fragmentos foram identificados pela Empresa de Limpeza Urbana do município (Limpurb) no dia 26, nos trechos de Jaguaribe, Piatã, Farol de Itapuã, Stella Maris e Praia do Flamengo. Nos dias 1º e 2, outros fragmentos foram encontrados em trechos da Boca do Rio e da Pituba. De lá pra cá, a Limpurb coletou, ao todo, cerca de 26 quilos do material. Inicialmente, autoridades acreditavam se tratar apenas do mesmo óleo derramado em 2019, mas análises químicas divulgadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações na sexta-feira (9) indicam a ocorrência de um novo evento.

Uma nota técnica assinada, também, pela Marinha, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e por universidades afirma que “a hipótese mais provável aponta para um incidente envolvendo petróleo cru, proveniente do descarte de água oleosa lançada ao mar após a lavagem de tanques de navio petroleiro em alto mar”. Ainda segundo a nota, os biomarcadores, ou indicadores de origem, sugerem que o petróleo tenha sido produzido no Golfo do México, conclusão obtida por meio da análise de amostras coletadas, especificamente, nas praias de Boa Viagem, Paiva e Quartel, em Pernambuco, e de Ondina, na capital baiana — na qual, de acordo com a Limpurb, a quantidade presente foi “bem menos de 1 quilo”.

Sem a mesma precisão em suas análises, outras coletas foram feitas nas praias de Casa Caiada, Cupe, Catuama, Maria Farinha, Rio Doce, Bairro Novo e Milagres, também naquele estado; Pitimbu e Jacarapé, na Paraíba; e Carro Quebrado, em Alagoas. Todas as avaliações foram conduzidas pelo Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); pelo Centro de Excelência em Geoquímica, Petróleo, Energia e Meio Ambiente (Lepetro/Igeo), da Universidade Federal da Bahia (Ufba); e pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental Forense (LGAF), do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), vinculado à Marinha e responsável por investigar a origem de tais incidentes.

Além disso, o documento informa que as pelotas de óleo ficaram à deriva no oceano durante mais de duas semanas antes de terem encalhado na praia, já que, em algumas delas, foram encontradas, num estágio avançado de desenvolvimento, crostas formadas por organismos conhecidos como “cracas” (crustáceos) e cuja espécie vive em águas abertas.

Origens distintas, preocupação igual — O Instituto de Geociências da Ufba (Igeo) ficou encarregado de analisar, por meio de “equipamentos de ponta, altamente especializados” disponíveis no Lepetro, as amostras coletadas na praia de Ondina, bem como nas de Itapuã, em Salvador, e de Itacimirim, em Camaçari, na região metropolitana. Diferentemente da primeira, as duas últimas continham material similar àquele já visto antes. “Verificou-se boa semelhança entre as amostras coletadas nas praias de Itacimirim e Itapuã com o óleo que surgiu nas praias do Nordeste em 2019, sendo que os resultados da amostra de Itapuã sugerem ainda uma mistura de óleo venezuelano com petróleo do Golfo do México”, diz um resumo das análises.

Isso, no entanto, não significa que houve um novo derramamento do mesmo óleo daquele incidente, e sim a existência de resíduos do material, que continuou nas areias das praias ou fixado em rochas e recifes de coral próximos ao litoral, os quais, por sua vez, se desprenderam devido à ação de ventos mais fortes e de ressacas, que, normalmente, acontecem na região durante essa época do ano.

Já a primeira amostra, como consta na nota técnica, se parece com as de praias pernambucanas e tem características semelhantes a um dos tipos de petróleo produzidos no Golfo do México.

“Além disso, a amostra da praia de Ondina [aos pesquisadores] nos parece se tratar de óleo resultante de lavagem de tanques de navio petroleiro, uma vez que se sabe que, nas paredes dos tanques dos navios petroleiros, podem ficar resíduos de parafinas pesadas, as quais devem ser retiradas periodicamente, após o descarregamento, através de lavagens com uso de detergentes ou dispersantes”, continua o texto.

Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Marinha, o projeto de pesquisa intitulado “Rede Cooperativa de Desenvolvimento de Protocolos para Avaliação de Zonas Costeiras Impactadas por Derramamento de Óleo e Aplicação de Biotecnologias para Remediação (Rebicop)” atua nessa temática de pesquisa desde 2019. Segundo a professora e coordenadora de Pesquisa Olívia Oliveira — que lidera o projeto com o professor Antônio Fernando Queiroz —, embora tenha sido encontrado em menores proporções, o novo óleo também causa preocupação. “Em qualquer quantidade, um derrame de óleo preocupa uma comunidade/sociedade. Mesmo em menor quantidade que o de 2019, trata-se de impacto ambiental, além de não saber exatamente se mais material pode chegar à costa.”

A afirmação é reiterada pelo diretor do Instituto de Biologia da Ufba (Ibio), Francisco Kelmo. De acordo com ele, os impactos desse novo evento são os mesmos para os animais marinhos. “O contato direto com o óleo ou a ingestão acidental pelos invertebrados coloca em risco a vida desses organismos, contribuindo para a perda de biodiversidade e o desequilíbrio na teia alimentar”, explica Kelmo. “Felizmente, esse material foi encontrado em pequena quantidade no nosso litoral e, até o momento, nenhum impacto significativo foi registrado”, ameniza.

O especialista, que esteve à frente da investigação sobre os impactos biológicos das manchas de óleo três anos atrás, diz que, ainda que a lavagem de tanques dos navios petroleiros seja necessária, o lançamento de resíduos no mar deve ser evitado.

“O ideal é que toda a água de lastro e os resíduos das lavagens dos tanques sejam retidos a bordo e transferidos para instalações de recepção, para que tenham um destino apropriado, evitando danos ao meio ambiente”, detalha.

“A descarga desse tipo de material no mar só deve ser realizada quando for para garantir a segurança da embarcação ou salvar vidas humanas, contudo existem protocolos estabelecidos para que tal procedimento possa acontecer”, conclui.

Nesse sentido, a nota técnica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marinha, Ibama e universidades considera os derramamentos de óleo no mar um problema complexo, “cujo enfrentamento requer vigilância e esforços constantes, os quais vêm sendo continuamente empreendidos pela comunidade científica brasileira, em distintos laboratórios do País, juntamente com os órgãos governamentais envolvidos com o tema”. Procurados, nem a Marinha nem o Ibama deram retorno à reportagem até o fechamento desta matéria.

Os primeiros vestígios de petróleo cru foram identificados pelo instituto em 30 de agosto de 2019, nos municípios de Conde e Pitimbu, na Paraíba. O óleo chegou à Bahia em outubro, por Mangue Seco, no norte do estado, e atingiu Salvador no dia 10 daquele mês.

Até fevereiro de 2020, conforme o próprio Ibama, mais de 459 mil toneladas do material foram removidas de praias baianas — 14 delas, na capital, de onde foi retirada uma quantidade superior a 139 mil toneladas, segundo a Limpurb.

O que fazer ao se deparar com o óleo — Francisco Kelmo dá orientações de como proceder caso encontre ou até tenha contato com pelotas ou manchas de óleo nas praias:

1. Caso as encontre, acione alguma das autoridades competentes, como a Limpurb, pelo telefone 156, e reporte o caso, para que elas façam a remoção do resíduo com segurança;

2. Caso tenha contato direto com o petróleo cru ou seus derivados, remova o material e lave a área com água e sabão. Se ainda houver resíduo na pele, use algum óleo mineral ou, até mesmo, óleo de cozinha.

O processo seletivo simplificado para contratação de 335 profissionais em cargos temporários pelo município de Candeias foi suspenso pela Justiça. A decisão atendeu a um pedido formulado em ação civil ajuizada pelo Ministério Público estadual, por meio da promotora de Justiça Bruna Fittipaldi. Conforme a determinação, o edital 001 de 2022 deve ser suspenso em caráter de urgência.

Publicado no dia 16 de agosto, o edital previa o preenchimento de vagas para diversas funções em caráter temporário, atendendo demandas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social de Candeias, por Regime de Direito Administrativo (Reda). A promotora de Justiça levou em consideração que a lei municipal que trata das contratações temporárias possui “irregularidades constitucionais”.

De acordo ainda com a promotora, a seleção abarca situações que estão no campo de prestações de serviços permanentes, “não caracterizando a necessidade temporária e a excepcionalidade obrigatórias pela Constituição Federal e estando em desacordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)". Bruna Fittipaldi salientou ainda que o Ministério Público firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Município, no qual este se comprometeu, dentre outras coisas, a não mais realizar processos seletivos simplificados para preenchimento de cargos com funções de natureza permanente.