O Jornal da Cidade

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Visando ampliar a garantia do direito ao voto, o calendário eleitoral estabelece que o cidadão eleitor só poderá ser preso a partir desta terça-feira (27) em casos de flagrante delito ou sentença condenatória por crime inafiançável. Nesta terça, vence o prazo para os partidos ou federações enviem à Justiça Eleitoral a relação das pessoas que vão atuar como fiscais.

A semana que antecede a votação tem outros prazos relevantes. O horário eleitoral no rádio e na TV vai até quinta-feira (29). O mesmo dia também é o último dia s debates nas emissoras. Na TV, acontece o encontro entre os presidenciáveis na Rede Globo.

A realização de reuniões públicas e comícios também se encerra no dia 29. Porém, no ato final da campanha, é tolerado um prazo de realização até as 2 horas da sexta-feira (30). Na sexta, vence o prazo para a divulgação paga, na imprensa escrita, e reprodução, na internet, de jornal impresso, de anúncios de propaganda eleitoral.

Véspera da votação, o sábado (1º) é o último dia para a propaganda eleitoral com alto-falantes ou amplificadores de som, até as 22h (vinte e duas horas). Neste horário acaba também a permissão para a distribuição de material gráfico, carreata ou passeata. A divulgação de conteúdo de campanha na internet chega ao fim no sábado.

No domingo (2), além da votação e divulgação do resultado a partir das 17hs, se encerra o prazo para partido ou federação pedir cancelamento de candidaturas e também para a movimentação financeira de arrecadação e contrair obrigações. A exceção é para receitas geradas com o objetivo de assumir obrigações contraídas dentro deste prazo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em -0,17% na Região Metropolitana de Salvador em setembro, em uma segunda deflação seguida. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE. Os preços foram coletados entre 13 de agosto e 14 de setembro.

Essa segunda queda seguida teve ritmo menor do que frente a agosto, quando o IPCA-15 ficou em -0,82%. Esse foi o maior recuo do índice em um mês de setembro desde 2018, aponta o IBGE. O indicador na RMS ficou acima da média do país (-0,37%) e é o quarto maior entre as 11 áreas pesquisadas.

Com o resultado, a inflação da RMS tem alta de 5,75% nesse ano até aqui. O índice está acima do Brasil (4,63%) e é a segunda maior prévia da inflação no país, abaixo apenas do Rio (5,83%).

Considerando os 12 meses encerrados em setembro, a prévia da inflação da RMS segue a mais alta do país (9,72%).

Produtos
A deflação na RMS em setembro teve destaques para quedas no setor de transportes (-2,66%) e de comunicação (-3,09%).

Nos transportes, a principal influência foi a deflação nos combustíveis, com queda de 8,62%, em especial a gasolina.

Já o grupo comunicação teve a maior deflação nos 22 anos da série histórica do IBGE, que começou em 2000. O recuo foi puxado pelos preços do acesso à internet, com queda de 13,17%.

No sentido inverso, sete grupos analisados na RMS tiveram altas. As principais pressões para aumento da inflação vieram do grupo de saúdes e cuidados pessoais (1,05%) e alimentação e bebidas (0,47%). Ambos, contudo, aumentaram menos em setembro do que em agosto.

No setor de alimentos, os destaques para alta são o queijo (3,62%) e o leite
longa vida (2,47%). Já nos cuidados pessoais, as pressões vieram dos planos de saúde (1,07%) e medicamentos em geral (1,13%).

O ataque à escola em Barreiras que terminou com uma estudante cadeirante morta poderia ter terminado de maneira ainda mais trágica, mas a imperícia do estudante de 14 anos que cometeu o crime evitou um cenário pior, afirmou o delegado Rivaldo Luz, que investiga o caso. Geane da Silva de Brito, 19 anos, morreu no local. Ela estava perto da entrada quando o atirador chegou. "Eu acredito que a cadeirante estava no lugar errado, na hora errada. Quando ele começou a atirar, as pessoas começaram a correr. Infelizmente, ela foi uma presa fácil para o assassino", avaliou o delegado, em entrevista à TV Bahia. O adolescente agressor foi baleado por uma pessoa ainda não identificada.

O delegado diz que a arma falhou e, além disso, o adolescente não agiu tão rapidamente. "Houve uma certa imperícia dele. O revólver falhou em alguns momentos. Quando ele começou a atirar logo na entrada do colégio, as pessoas começaram a correr. Tinha muitas crianças que ainda estavam chegando, então quando perceberam nem entraram. Ele não teve condição. Uma arma também só tinha seis balas, ele teria que recarregar, ele tinha material para recarregar, mas não teve tempo para executar mais pessoas", disse o delegado.

Ele lembra ainda que o atirador também estava com um explosivo caseiro que não foi usado. Equipes do COE e do Exército desmontaram o explosivo ainda ontem. "Ele tinha mais munições, mais instrumentos cortantes, poderia fazer um estrago bem maior".

Segundo a investigação, o estudante já planejava o atentado há algum tempo - nas redes sociais, ele falava que estava há três anos se preparando. A ação foi programada para ontem. Ele é um aluno introspectivo, que conversava pouco, gostava de usar "roupas pretas e fazer comentários racistas nas suas escritas. Entendemos que ele programou isso, chegou às 5h, preparou para entrar no colégio, já entrou atirando. Ele não tinha um alvo fixo, tentou acertar o maior número de pessoas possíveis.Infelizmente a vítima era deficiente física, cadeirante, então não teve condição de reagir", diz.

O revólver usado pelo atirador é do pai, um subtenente aposentado do Distrito Federal. O pai já foi ouvido e contou que guardava a arma em casa, mas não sabe como o filho conseguiu ter acesso. No depoimento, ele contou que apesar de um comportamento relativamente antissocial, o filho não tinha problemas e não sabe o que teria motivado o ataque. "Ele disse que o filho era introspectivo, calado, tinha poucas amizades. Mas era um bom menino. Tirava boas notas, embora relatasse que ele faltava muito às aulas e tinha dificuldade de fazer amizades. Cuidava inclusive de um tio que era cadeirante", explica o delegado.

Por ser dono da arma, o pai pode responder também, diz o delegado. "O dever de cautela do portador da arma, o que tem autorização legal. A situação de cuidado da criança, vamos avaliar isso com bastante calma".

Agora, a polícia investiga se o ataque na escola de Barreiras tem relação com outros casos. Nas redes sociais, o atirador fala de um ataque em escola similar que foi frustrado em Vitória (ES). O delegado Rivaldo diz que está em contato com autoridades de outros estados, porque há incídios de relação com outras situações do tipo. "Estamos investigando para conseguir entender motivos, a forma, se alguém financiou, incentivou de alguma forma, e participou desse atentado", afirma. "Essa investigação ainda está bem embrionária, mas a gente tem indício sim da participação dele em outros estados".

De onde partiu tiro
A escola não tem câmeras, mas imagens de câmeras que ficam do lado de fora já foram recolhidas para ajudar nas investigações. Elas podem ajudar a identificar a pessoa que atirou no agressor. Baleado três vezes, o adolescente segue internado sob custódia policial no Hospital do Oeste. O estado de saúde dele é grave, mas estável.

"A gente está ouvindo as testemunhas e pretende fazer uma reconstituição dos fatos, com as testemunhas, para entender a logísticas. Recolhemos alguma cápsulas diferentes da arma que ele estava usando. Vamos tomar novos depoimentos dos PMs. A gente sabe que tinham pais entrando, deixando os filhos. Pais policiais. Poderia ser qualquer um deles. A investigação vai desenrolar. Acreditamos que em breve a gente consegue identificar sim o autor dos disparos", afirma.

Na noite do dia 23 de setembro de 2016, o desabamento de parte do antigo Centro de Convenções da Bahia (CCB) assustou moradores do bairro Stiep, em Salvador, e deixou três pessoas feridas. Para o setor turístico, o que se viu nos anos seguintes foi um vazio de propostas por parte da gestão estadual, a ampliação de prejuízos e o enfraquecimento do estado enquanto destino para um nicho de mercado em franco crescimento: o turismo de negócios.

O CCB ocupava uma área de 153 mil metros quadrados (m²), com 57 mil m² de área construída. A estrutura projetada pelo engenheiro Carlos Emílio Meneses Strauch, exalava baianidade em esculturas e pinturas à frente do prédio, de autoria do artista plástico Bel Borba. Em 1993, o CCB passou por um amplo processo de reforma em suas estruturas. Em 2005, recebeu o Prêmio Caio, um importante reconhecimento no setor de eventos.

O CCB já estava fechado desde 2015, interditado por não apresentar projeto de combate a incêndio e pânico, assim como de manutenção predial. Assim, a queda da estrutura serviu apenas para escancarar o ocaso de um equipamento icônico para o turismo brasileiro. Inaugurado em 1979, foi responsável por elevar a força turística de Salvador e abrigou diversos eventos nacionais e internacionais, como o 12º Congresso da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2010.

Antes disso, sediou também a segunda edição da Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora (II CIAD), evento promovido pela União Africana (UA) em parceira com órgãos governamentais brasileiros, entre os dias 12 e 14 de julho de 2006.

Pouco mais de dez anos antes de cair, em 2013, deu sinais de problemas na manutenção, quando uma bomba d'água que abastecia os banheiros deu defeito durante um grande congresso médico internacional, alimentando uma onda de notícias negativas à respeito do espaço.

Passados seis anos desde a tragédia, o local que sediou diversos congressos, feiras, shows e outros eventos, transformou-se em ruína e continua com destino indefinido, mesmo tendo tido a autorização para leilão aprovada pelo Legislativo em dezembro de 2021. Roberto Duran, presidente do Conselho Baiano de Turismo, avalia que o desabamento foi “a culminância de um processo de degradação do turismo de negócios e eventos que já se arrastava por pelo menos 10 anos”, e que contribuiu para a redução do parque hoteleiro na capital.

“Um grande centro de convenções é um indutor para esse segmento do mercado. Oficialmente, nesse período fechou pelo menos 31 bons hotéis em Salvador, entre eles ícones como o Pestana Bahia e o Bahia Otton Palace, além do Salvador Praia, entre outros”, explica Duran, que acrescenta também o valor arquitetônico agregado ao equipamento.

O laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT), concluído em 2017, apontou que o desabamento foi causado por excesso de oxidação da estrutura e por falta de manutenção.

ALBA aprova leilão do terreno
A última notícia pública de um possível destino para o que sobrou da estrutura aconteceu no final de 2021, quando o Executivo estadual encaminhou para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) um projeto de lei com pedido de autorização para venda de bens do Estado, dentre os quais o terreno do antigo Centro de Convenções.

A ação aconteceu após uma escala temporal de cinco anos desde a tragédia. Nesse período, houve anúncio de demolição feito logo após o desabamento; penhora do terreno como garantia de pagamento de dívida trabalhista de ex-funcionários da Bahiatursa; tentativa de furto de aparelhos de ar condicionado e fios do que restou da estrutura; anúncio de construção de um novo espaço no bairro do Comércio – não confirmado pelo Governo do Estado até a publicação desta reportagem – e, por fim, o anúncio de leilão.

A proposta foi aprovada pelo Legislativo no dia 7 de dezembro, com abstenção da bancada da oposição, que se retirou do plenário durante a votação, e os votos contrários de Hilton Coelho (PSOL) e Mirela Macedo (PSD). De acordo com o texto, a alienação ocorreria por meio da modalidade leilão e os recursos financeiros arrecadados seriam destinados ao Fundo Financeiro da Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Funprev) e outros investimentos.

A decisão da Alba, no entanto, foi contestada judicialmente pela representação jurídica dos 150 ex-funcionários da antiga Empresa de Turismo da Bahia S.A. (Bahiatursa). Uma ação movida pelo sindicato da categoria reivindica pagamento de salários e outros direitos trabalhistas não cumpridos, o que culminou na penhora do terreno como garantia. O processo está parado desde a contestação feita, de acordo com o escritório Pessoa e Pessoa, que representa o grupo. No dia 10 de dezembro, o governador Rui Costa sancionou o projeto de lei.

Procurado pela reportagem por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), o Estado não respondeu. Na mensagem, enviada por e-mail após contato por aplicativo de mensagem com assessores da pasta, foram questionados o status atual em relação ao terreno; se há planejamento de construção de um novo equipamento de mesma finalidade em outro local e, finalmente, os impactos na economia local a partir do vácuo deixado pela ausência do CCB.

A deficiência da rede hoteleira, de acordo com Duran, continua sendo um impasse para o turismo local e impactando negativamente a captação de grandes eventos, apesar da retomada que vem sendo observada com a inauguração e o pleno funcionamento do novo Centro de Convenções da cidade, inaugurado em janeiro de 2020 pela prefeitura de Salvador.

Desafios para a retomada
Em agosto deste ano, impulsionada, sobretudo, pelas viagens corporativas, a rede hoteleira soteropolitana atingiu ocupação equivalente a 57,49%, segundo publicação da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA). Os hotéis voltados ao público de negócios apresentaram desempenho próximo aos dos hotéis de lazer.

Luciano Lopes, presidente da entidade, avalia que o turismo de negócios, com a retomada pós-pandemia do Centro de Convenções de Salvador, volta a ter movimentação. “Ainda é muito cedo. Estamos no final e uma pandemia. 2022 ainda não é parâmetro. Acredito que em 2023 a gente vá ter um crescimento maior do turismo de negócios em Salvador em decorrência dessa reabertura. Junto com o turismo de lazer isso pode crescer muito”.

Falar que a Bahia tem um grande potencial turísticos é praticamente uma redundância. A máxima, no entanto, requer a superação de alguns gargalos. Um deles, segundo Lopes, é de ordem estrutural, e requer reconhecimento do setor turístico como essencial tanto em nível local como nacional.

“Há a necessidade de uma política alinhada para a gente poder ter essa estrutura de forma consolidada. A gente vê iniciativas tanto do Estado como da prefeitura [de Salvador] de divulgação do destino, participação em feiras, mas a gente sente falta de um grande plano nacional de turismo, com diretrizes para os estados a partir de suas vocações turísticas”, releva.

No caso específico da Bahia, o gestor destaca como empecilho para o crescimento da atividade turística o reduzido número de voos internacionais que liguem o estado aos principais destinos. O aeroporto da capital dispõe atualmente de apenas duas rotas internacionais, com previsão de chegar a cinco até o final do ano. Os voos domésticos chegam a 30 atualmente.

O alto custo das passagens também é uma ameaça, inclusive para que se vislumbre retomada substancial em 2023. “Estão bastante elevadas. Isso requer, aí sim, um trabalho que envolve as prefeituras e o governo estadual para encontrar formas de dialogar com as companhias aéreas. Isso é uma ameaça para o verão, uma ameaça para o Carnaval. Talvez, não fossem o valor das passagens, já estaríamos com um ano bem melhor”, pontua Lopes. A lógica, explica, é a regra geral do mercado, quando maior a oferta, menor o custo. E vice-versa.

A última semana de setembro está acabando e, no próximo dia 2 de outubro, diversos baianos vão comparecer às urnas para exercer a democracia no primeiro turno das eleições de 2022. Mas, antes de votar no presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual, é necessário observar se a seção e zona eleitoral não teve mudanças.

O cidadão que ainda está em dúvida, já pode fazer a pesquisa no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao acessar o site, basta colocar o número do CPF ou do título de eleitor, a data de nascimento e o nome da mãe. Após inserir os dados, vão aparecer os números da zona eleitoral, da seção eleitoral e o endereço do local de votação.

Ainda há a possibilidade de ver o endereço e telefone da sua zona eleitoral, por meio da lista disponibilizada no site do TRE-BA.

Além do site do TSE, a busca também é válida nos sites dos tribunais regionais eleitorais. Já para quem está mais antenado nos aplicativos, tem o e-título que, no dia da votação, servirá como documento de identificação, substituindo o título de papel ou outro documento de identificação com foto. O aplicativo está disponível nas lojas dos sistemas operacionais Apple e Android.

No entanto, só será permitido baixar até o dia 1° de outubro. O dowload será suspenso no dia da votação e só será liberado novamente no segundo turno, até o dia 29 de outubro.

Mudanças nas seções e zonas eleitorais em Salvador

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) alertou que alguns locais de votação, este ano, tiveram alterações. Algumas delas, ocorreu adequações em seções, como nas universidades Católica do Salvador, Federal da Bahia e Unifacs.

35 seções que funcionavam na UNIFACS, campus Rio Vermelho, e vinte e oito seções da Universidade Católica do Salvador (UCSAL), campus Federação, foram alteradas para a Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Ondina. Na Universidade Federal da Bahia, foram criados o PAF 1 e PAF 3, dois novos locais de votação.

Quem votava na UNIFACS, terão de se deslocar às urnas distribuídas no Pavilhão de Aulas 3 (PAF3), na Avenida Milton Santos, antiga Avenida Ademar de Barros, em Ondina.

Já os eleitores das seções 103 a 108, 427 a 429, 436 a 454, da UCSAL, foram transferidos para o Pavilhão de Aulas 1 (PAF 1), também na Avenida Milton Santos, em Ondina. As outras 17 seções da universidade seguem funcionando no mesmo local.

As alterações, de acordo com a 2ª ZE, atingiram também 1.503 eleitores recebidos pela zona por meio das solicitações de voto em trânsito. Nesse caso, o local de votação será o PAF 3 da UFBA, em Ondina.

Uma estudante cadeirante foi morta dentro da escola em Barreiras, no oeste baiano, na manhã desta segunda-feira (26), depois que um atirador invadiu a Escola Municipal Eurides Sant'anna. A aluna foi identificada como Geane da Silva de Brito, 19 anos. O atirador também foi baleado depois que a Polícia Militar foi chamada. O agressor, que levava uma aparente bomba caseira e um facão, além do revólver, foi socorrido com vida.

"Quando cheguei só deu pra ver o suspeito todo encapuzado. Consegui, pelo instituto humano, apenas correr. Vi que ele efetuou vários disparos. Ele atingiu uma cadeirante. A gente está aqui agora tentando tirar os alunos, pela segurança", afirmou a coordenadora pedagógica Mônica Patrícia à TV Bahia. "Estou extremamente estarrecida com essa situação".

O atirador chegou por volta das 7h20, todo de preto. "O menino estava todo de preto, entrou na escola e deu um tiro aqui na porta. Quando chegou lá dentro deu outro tiro. Os meninos correram tudo pra quadra", contou um estudante. "Mandaram sair todo mundo pelo fundo". A Polícia Militar foi acionada e chegou em poucos minutos.

As equipes da 84ª Companhia Independente (CIPM) e da Companhia Independente de Policiamento Tático/ Rondesp Oeste foram até o local, mas já encontraram a cadeirante sem vida, segundo a PM. Ela foi baleada e também recebeu golpes de facão.

O atirador, que entrou na escola pulando o muro, foi baleado durante a fuga por uma pessoa ainda não identificada, segundo a PM.

O assessor Aparecido Freitas disse que a estudante foi alvo de tiros e de um ataque a faca. "Um elemento não identificado, trajando preto, usando óculos escuro, impossível identificá-lo, ele entrou armado peitando todo mundo. Ele deu dois tiros e cortou uma cadeirante de facão. Quando a polícia chegou, ele enfrentou a polícia e aí foi alvejado", disse. Ele afirmou ainda que a suspeita é que a estudante era o alvo do agressor.

O atirador foi atendido no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para para o Hospital Geral do Oeste. Não há detalhes sobre o estado de saúde dele.

Com o suspeito, foram achados um revólver calibre 38, duas armas brancas e aparentemente uma bomba caseira. O material apreendido foi apresentado na 11ª Coordenadoria Regional do Interior (Coorpin). A Polícia Civil diz que que o atirador está sob custódia policial na unidade de saúde.

O guitarrista Antônio Ramos de Oliveira, de 64 anos, da banda do cantor baiano Edson Gomes, segue internado em estado grave no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, na Paraíba, nesta segunda-feira (26). Ele sofreu três paradas cardíacas e há risco de ter tido danos cerebrais.

Laercio Bragante, diretor-geral do hospital, disse à TV Bahia que o paciente será mantido sedado nas primeiras 72h. "Segue na área vermelha, vai ser submetido a uma bateria de exames. Já tem vaga para ele na UTI, onde seguirá os cuidados. A condição clínica dele estabeleceu um pouco mais, mas lembrando que ele teve três episódios de parada cardíaca antes de chegar ao hospital e isso provoca naturalmente dano cerebral que agora é nossa preocupação maior, além do coração", afirmou.

A "neuroproteção" é a prioridade agora, conta, para garantir o menor dano possível, acrescenta. "Ele seguirá nessas primeiras 72h sobre efeitos de sedativos para dar o maior repouso possível ao cérebro", explica. "Após o período, começaremos os ensaios de retirada da sedação para avaliar a resposta dele. Assim que possível será retirado da ventilação mecânica".

Após o ocorrido na noite de sábado, Edson Gomes, que está em turnê de comemoração aos 50 anos de carreira, seguiu com o show em João Pessoa e também cumpriu agenda em Campina Grande.

Na saída do show, a equipe foi assaltada por quatro homens armados. A Polícia Militar informou que os bandidos conseguiram levar uma quantia em dinheiro não foi especificada.

Ele ainda tem cara de menino, está prestes a completar 18 anos, porém já lida com responsabilidades de adulto. O rapaz que lava carros num bairro da periferia de Salvador abandonou a escola quando cursava a 5ª série, não se lembra ao certo quando. O sonho era jogar bola, mas o talento que, diz ele, ajuda a fazer fila em quadras, campos ou no asfalto, “onde tiver uma bolinha”, é insuficiente para lhe garantir um futuro.

Precisa trabalhar para ajudar em casa, onde todo mundo faz alguma coisa, mas ninguém tem um emprego fixo. Fora isto, ainda tem o crédito no celular, para conseguir falar com a namorada. Ele não sabe dizer o quanto recebe por mês. Cobra R$ 25 por uma lavagem padrão e nos dias bons chega a ver pequenas filas de carros no lava jato improvisado. “Eu acho que tenho muita sorte”, diz, sem tirar a cara do celular. O que ele não tem hoje é perspectiva.

“Graças a Deus, a gente nunca passou fome, agora dizer que sei o que vou comer quando sair daqui, não sei”, reconhece no meio da tarde de uma quarta-feira qualquer. A insegurança em relação a uma questão básica para a sobrevivência, a alimentação, está longe de ser algo restrito ao lavador de carros. Desde meados de 2020, o vendedor de 39 anos, que pediu para não ser identificado, busca um novo espaço no mercado formal.

“Já bati em todas as portas que podia, faço o que aparece”, conta. Agora começou a se aventurar numa barraquinha de lanches, de onde tenta retirar o próprio sustento e o de dois filhos, de um relacionamento anterior ao atual. O socorro, muitas vezes, acaba vindo da aposentadoria da mãe, ou da ajuda de parentes. “Eu acordo todos os dias acreditando que as coisas irão melhorar”, aposta.

Acontece que, até agora, os números relacionados à pobreza e à desigualdade não indicam sinais positivos. O Brasil não tem uma linha oficial de pobreza. Considerando o critério definido pelo Banco Mundial para países de renda média, adotado no acompanhamento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a linha oficial de pobreza é de US$ 5,50 (R$ 29 na cotação da última sexta-feira) por dia em paridade de poder de compra. Enquadram-se na classificação de extrema pobreza as pessoas com uma renda per capita inferior a US$ 1,90 (equivalente a R$ 10).

Nos últimos dez anos, o número de baianos em situação de extrema pobreza passou de 2,2 milhões, em 2012, para 2,7 milhões no ano passado, o que representou um crescimento de quase 23%, de acordo com dados do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), com base em dados da Pnad Contínua. Houve aumento mesmo na comparação com o período anterior à pandemia, numa proporção menor, de 5%. O número de pessoas na Bahia classificadas como pobres também cresceu, passando de 5,5 milhões para 5,8 milhões, entre 2012 e 2021.

Estes números colocam o estado numa posição de destaque indesejável no ranking da desigualdade social. No caso da extrema pobreza, a Bahia aparece como a 25ª entre as 27 unidades da federação em percentual de pessoas que se enquadram nestas condições e em 22ª quando o critério é o percentual de pobres. Se forem avaliados os números absolutos, a Bahia é o estado com o maior número de pessoas pobres e extremamente pobres do país, superando estados mais populosos ou que tenham uma situação menos favorecida que a 7ª economia nacional e responsável por 4% do PIB do país, além de ser o segundo com o maior número de pobres.

O Brasil encerrou o ano de 2021 com um total de 47,3 milhões de pessoas na pobreza, o que equivale a 22,3% da população do país.

Situação piorou
Em 2015, a cabeleireira Rosangela Santos, 44 anos, começou a tomar conta da cantina na paróquia Nossa Senhora da Luz e percebeu que os valores cobrados pelo café afastavam parte das pessoas, ainda que fossem comercializados a preços simbólicos. “Vi que algumas pessoas iam para a igreja só com o dinheiro do transporte”, lembra.

A partir da constatação surgiu a ideia de formar o grupo Amor de Deus, que conta inclusive com uma página no Instagram (@missaoamordeDeus). O projeto começou com a oferta de sopa e com o tempo passou a servir outros alimentos, materiais de higiene pessoal e água potável. “As pessoas foram falando das suas necessidades. Muitas precisam de água limpa porque não tem acesso. Às vezes dispensam até a comida”, conta.

Segundo Rosangela, é cada vez maior o número de pessoas que têm moradia, mas não comida em casa, ou como preparar o alimento, por falta de gás. “Na pandemia, o número de pessoas passando fome, necessidade, aumentou muito”, aponta.

Além da diversificação nas necessidades das pessoas, os novos tempos trouxeram o desafio de ampliar os dias de atuação para quem se propõe a ajudar. “Optamos por fazer a distribuição no domingo porque pediram, já que é um dia em que pouca gente faz. Maioria dos grupos vai para as ruas até sexta-feira”, conta.

“Nós temos consciência de que estamos diante de um problema muito maior que a nossa capacidade de resolver, mas nós podemos tentar amenizar a dor das pessoas”, acredita.

Ana Georgina Dias, coordenadora do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Bahia, explica que a concentração de riquezas é o que explica os níveis de pobreza no estado. “Se você olhar, 1% da população brasileira tem mais de 50% da riqueza, isso é um fenômeno nacional que se aprofunda muito aqui na Bahia”, destaca. Ela explica que este cenário pode ser compreendido a partir de algumas condições, como um “mercado de trabalho desestruturado”.

“Nós temos na Bahia um nível muito alto de desemprego e mesmo entre as pessoas que estão ocupadas, há um traço de informalidade que é muito grande”, diz. Ela cita dados da Pnad Contínua para mostrar que mais de 50% dos ocupados no estado são informais. “Este é um fator que reduz muito o rendimento médio aqui no estado”, explica.

“Nestas condições, mesmo se tratando de um estado rico, a 7ª economia do país, essa renda fica concentrada nas mãos de muito poucos. Mesmo no trabalho formal, o rendimento é, por vezes, menor do que se vê na média nacional”, acredita. Ela compara o cenário com o da 6ª economia nacional, Santa Catarina, que, segundo Ana Georgina, tem uma diversificação econômica menor que a da Bahia, porém tem um mercado de trabalho mais pujante, com índices próximos ao do pleno emprego.

Custo de vida

O aumento do custo de vida, com a alta tanto dos alimentos, quanto de insumos de produção, como os combustíveis e energia elétrica foi um fator que ajudou a amplificar a pobreza no Brasil nos últimos tempos, avalia a coordenadora do Dieese na Bahia, Ana Georgina Dias.

“A questão do trabalho é central, várias pessoas foram jogadas na pobreza extrema. Muita gente que tinha casa, tinha trabalho, mas enfrenta um cenário que é o do desemprego de longa duração”, avalia a pesquisadora. Ela explica tem muita gente que está há muito tempo procurando trabalho, em muitos casos engrossam as estatísticas de desalento – que engloba a população em idade de trabalhar que desiste de buscar uma oportunidade. “Nós temos na Bahia a maior parcela de pessoas desalentadas do país”, lembra.

Esse contexto leva a uma perda do poder de compra. Quando se soma a isso uma inflação elevada, concentrada em alimentos, além de produtos e serviços vitais para a habitação, como o botijão de gás e a energia elétrica, o impacto social é devastador, diz. “Esta é uma combinação extremamente nefasta. Se observarmos bem, há um contingente que busca os programas sociais como o Auxílio Brasil, que antes não dependia disso”, afirma. “Hoje existe uma fila gigante que de pessoas que estão cadastradas, esperando para ter acesso ao programa porque foram jogadas nesta condição”.

A Bahia encerrou 2021 com uma renda domiciliar per capita de R$ 850, o que coloca o estado na 21ª colocação nacional. Apenas Amapá, Pernambuco, Pará, Amazonas, Alagoas e Maranhão registraram resultados piores. De acordo com o IMDS, 20,5% da renda média da população baiana é proveniente de programas sociais, 56,3% vem das remunerações pelo trabalho, enquanto 18,1% é vem de renda das aposentadorias.

Para Ana Georgina, um dos grandes desafios dos governos está em conseguir reunir e articular as políticas sociais. Um exemplo disso, aponta, está na falta de dimensionamento do público que depende dos programas sociais. “Há uma preocupação grande em aumentar o valor, e é compreensível que se pense nisto, mas talvez fosse necessário, ainda que pagando um valor um pouco menor, atender uma quantidade maior de pessoas”, pondera.

“A realidade em que nós vivemos faz com que pessoas que trabalham, muitas vezes recebem um salário mínimo, não consigam vencer o mês com a renda que têm. Não se deve olhar apenas para os que não tem renda nenhuma”, acredita. “Uma família com diversas pessoas e apenas uma trabalhando, com certeza ela estará numa condição de pobreza. Quem vive com menos de meio salário mínimo per capita está passando muita dificuldade atualmente”, avalia. Ela lembra que 62% dos trabalhadores recebem até um salário mínimo.

Ana Georgina acrescenta à análise o que considera ser uma crise estrutural. “A população negra é tradicionalmente menos privilegiada no mercado de trabalho. E isto é um traço histórico, a inserção desta população no mercado é muito complicado. A desigualdade, que é reforçada pelo racismo, é muito grande”, avalia.

A pesquisadora lembra ainda que a Bahia se caracteriza por a atividade econômica muito concentrada na Região Metropolitana de Salvador (RMS). “Nós temos alguns polos de prosperidade e muitas áreas extremamente carentes economicamente. A RMS é responsável por quase 60% do PIB do estado. Dos 417 municípios, quase 400 não têm dinâmica econômica e vivem do fundo de participação dos municípios, do que entra através da Previdência, programas de transferência e do serviço público local”, enumera. “Não tem uma fábrica, um comércio forte, atividades que sustentem a região”.

“Tem atividade em Salvador, no Oeste, no Norte, no Extremo Sul e, fora isso, um grande vazio”, aponta.

Este cenário de concentração econômica, inclusive, explica os índices de desemprego na RMS, acredita Ana Georgina. “As pessoas de outras regiões não veem perspectivas onde estão e preferem vir para a capital tentar a sorte e isso pressiona o mercado de trabalho aqui”, explica.

Para a pesquisadora, a questão da pobreza baiana não se explica apenas pelo tamanho da população. “São Paulo, por exemplo tem uma população muito maior que a nossa, o nosso problema não é populacional, é o fato de termos um mercado de trabalho desestruturado, com um desemprego muito alto e muita gente ocupada informalmente, além da subutilização da força de trabalho”, avalia. “Boa parte dos baianos tem trabalho precário, por poucas horas, e isso faz o nosso rendimento médio ser muito ruim”, explica.

Considerando que todo cidadão com idade entre 18 e 70 anos é obrigado a votar e esse direito é facultativo para jovens com 16 e 17 anos ou idosos com mais de 70, é impossível que um município tenha mais votantes do que habitantes, certo? Errado. Pelo menos, é isso o que aponta um cruzamento de dados feito pela Agência Tatu entre números de eleitores apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a projeção populacional mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na Bahia, de acordo com estes dados, 36 das 417 cidades têm mais eleitores do que moradores. Para o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), no entanto, as diferenças não sinalizam fraudes eleitorais. "Em regra, a população tem que ser maior que o eleitorado, mas essa não é uma lógica absoluta. Vários fatores podem influenciar em uma situação diferente da comum. [...] Sobre fraude eleitoral, para esse ano de 2022 especificamente, ainda não temos", explica Jaime Barreiros, analista judiciário do TRE-BA.

Discrepâncias

Apesar da ausência de fraudes até o momento, a Corregedoria Eleitoral vai avaliar situações pontuais em 2023. Maetinga, Ribeirão do Largo e Potiraguá, cidades com mais discrepâncias nos dados, são as favoritas para isso. Maetinga tem, de forma estimada, 2.386 residentes, mas apresenta 7.289 aptos a votar, número três vezes maior.

Ribeirão do Largo tem 4.896 habitantes e 8.110 eleitores. Potiraguá, por fim, tem 6.623 moradores e 9.212 eleitores registrados em 2022. As prefeituras das três cidades foram acionadas para comentar a situação, mas não responderam até o fechamento desta reportagem.

Cláudio André de Souza, cientista político e professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), indica um fenômeno comum em cidades menores do interior como possível causa das diferenças oriundas do cruzamento de dados: a existência de eleitores que não moram na cidade a que estão vinculados.

"Vale analisar em que medida essas cidades menores podem ou não ter uma população flutuante. Ou seja, pessoas que são eleitores do município e moram em cidades vizinhas e outros locais, mas mantiveram o título vinculado ao município de origem ou que estavam antes por alguma razão", considera o cientista.

No interior, é comum ver cidadãos que deixaram cidades menores e sempre retornam na época da eleição. Em alguns casos, tem até ônibus com moradores que chegam em municípios pequenos lotados de eleitores que residem fora, como conta um morador de Ribeirão do Largo, que prefere não se identificar.

"Várias pessoas que saíram daqui voltam em época de eleição. Quando é municipal, então, até ônibus chega com o povo todo. Muita gente com familiares na prefeitura e em cidades pequenas cada voto conta. Porém, não tem nem como 5 mil pessoas virem para cá nessa época, é muito menos", pondera ele ao saber dos dados referentes ao seu município.

Atendente de loja e moradora de Maetinga, Priscila Nery, 33 anos, afirma que existe esse movimento de retorno no período eleitoral. Ela, porém, também pondera que isso não acontece na mesma proporção da discrepância entre moradores e votantes de sua cidade.

"Esse retorno dos moradores de fora acontece também como em qualquer interior, mas não é isso tudo. O número de habitantes do IBGE está bem errado mesmo porque, só na loja em que eu trabalho, a gente tem cadastrados mais de 4.000 mil moradores no nosso sistema", afirma ela.

Defasagem sem Censo

Apesar dos números do TSE serem atuais para a eleição que ocorre a menos de duas semanas, o levantamento mais recente do IBGE estima as populações com base no Censo Demográfico de 2010. Jorge Almeida, professor do Departamento de Ciência Política da Ufba, aponta que esse tipo de estimativa costuma ser imprecisa.

"Essas estimativas são muito falhas por serem feitas à base de alterações populacionais anteriores. Porém, se houve algum fato no município, que alterou a tendência média que existia, essas estimativas não pegam. Então, os dados do TSE são mais precisos e os do IBGE são defasados", fala ele, explicando as grandes diferenças.

As Estimativas das Populações que, por lei, precisam ser divulgadas anualmente pelo IBGE são feitas através de um cálculo baseado na tendência de crescimento apresentada pelos municípios nos últimos censos demográficos e no quantitativo geral da população da Bahia. Mariana Viveiros, Supervisora de Disseminação de Informações do IBGE, diz que os resultados têm, de fato, limitações.

"Quando a gente faz a estimativa de 2021, refletimos um movimento de população registrado em 2000 e 2010. Ou seja, estamos refletindo o passado. E a gente sabe que os movimentos podem mudar. Como não temos o Censo em 2020, só agora em 2022, com a realização dele, vamos ter uma nova baliza real e mais precisa", explica.

Se direcionarmos o olhar para os dados do TSE de comparecimento, a possibilidade de números defasados fica ainda maior. Em 2020, na cidade de Maetinga, 7.175 eleitores estavam aptos. Destes, 5.440 foram votar, uma taxa de 75,82%. No município de Ribeirão do Largo, no mesmo ano, 83,10% dos 7.978 votantes compareceram. Já em Potiraguá, na mesma eleição, quando 9.220 pessoas poderiam votar, a taxa de comparecimento foi de 72,91%.

Cidades com mais eleitores que habitantes: Barro Preto, Boa Nova, Caatiba, Caraíbas, Catolândia, Coaraci, Contendas do Sincorá, Dom Macedo Costa, Gavião, Guajeru, Ibiassucê, Ibirataia, Iramaia, Itapé, Jaborandi, Jitaúna, Jussiape, Lafaiete Coutinho, Lajedão, Lamarão, Maetinga, Maracás, Mirante, Mucugê, Mulungu do Morro, Muniz Ferreira, Piatã, Potiraguá, Quixabeira, Ribeirão do Largo, Santanópolis, Saubara, Serra Preta, Sítio do Quinto, Tremedal e Vereda.

Veja lista completa de cidades com mais votantes que moradores no Nordeste - Municipios Habitantes e Eleitores 2022 - Planilhas Google

A operação do BRT em Salvador começa a funcionar em fase de testes na semana que vem, garantiu o prefeito Bruno Reis, nesta quarta-feira (21). O equipamento deve ter acesso gratuito por pelo menos um mês, enquanto acontece esse período de avaliação, para que em novembro comece a funcionar efetivamente.

"Os ônibus já chegaram e estão sendo testados. Agora no final do mês ele começa a funcionar gratuitamente para a população. Vai passar o mês de outubro em teste para em novembro a gente botar para funcionar", explicou Bruno nesta manhã. "É necessário um mês testando a operação. As obras estão sendo concluídas até a próxima semana e em seguida a gente bota em funcionamento. E a partir de novembro para valer. Um mês funcionando gratuitamente, pelo menos", reforçou.

Ele explicou que grande parte dos ônibus da frota de Salvador transitam pela região. "Vamos inaugurar todo o trecho do novo central comercial da cidade, que pega da Cidade Jardim entrando por toda região do Shopping da Bahia, e por toda região do Parque da Cidade até a Orla. Ali é onde passam 7 de cada 10 ônibus que circulam na cidade diariamente. Tem uma grande quantidade de ônibus", disse. "Com esses dois trechos prontos já da pra ter funcionalidade o BRT, que começa a funcionar semana que vem".

Testes
Os dez veículos que vão iniciar a operação do novo modal chegaram a Salvador na tarde da segunda-feira (19). A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) iniciou testes na estação Parque da Cidade no mesmo dia.

Foram testadas a abertura e fechamento das portas automáticas das estações, atracarem do veículo para embarque e desembarque e distanciamento de parada dos ônibus na estação. A Semob também está treinando os motoristas que vão operar os veículos.

“Este é um momento importante para a mobilidade de nossa cidade. O BRT está sendo pensado em todos os detalhes para trazer o que há de melhor quando se trata de transporte público, oferecendo um equipamento moderno, seguro e eficiente aos usuários de Salvador”, destacou o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Müller.

Operação
A operação do BRT será iniciada de forma assistida, com horário reduzido, fora dos horários de pico. Nesta primeira etapa, a ação ocorrerá no trecho entre o Shopping da Bahia e a Pituba, beneficiando diretamente as regiões da Avenida ACM, Itaigara e Juracy Magalhães.

O BRT irá ampliar a oferta de transporte público oferecendo agilidade e segurança aos usuários, retirando o excesso de veículos que circulam pelo trecho e melhorando o tráfego de toda a área e proximidades. O usuário poderá integrar com outros modais, seja ônibus convencionais, Sistema de Transporte Especial Complementar (Stec) – mais conhecidos como amarelinhos – ou mesmo com o metrô, pagando o valor de uma tarifa.

Por contar com uma faixa exclusiva, o passageiro que está no Shopping da Bahia poderá chegar à praça Nossa Senhora da Luz em aproximadamente 15 minutos com o BRT, estima a Semob. O percurso atual dura 45 minutos.