O Jornal da Cidade

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O prefeito Bruno Reis anunciou nesta sexta-feira (9) a volta do programa Domingo é Meia, que garante cobrança de metade do valor da passagem de ônibus aos domingos.

"Durante toda pandemia, e com toda dificuldade que o transporte vem enfrentando, tive que suspender o Domingo é Meia", falou ele, em evento na manhã de hoje. "A partir de domingo agora, o programa está de volta", anunciou, durante entregas de obras na Avenida 29 de Março, na região de Cajazeiras.

O prefeito falou de alguns problemas no setor do transporte público. "Queda enorme de passageiros transportados. Eram 28 milhões, caímos para 16. Aumento de mais de 130% do óleo diesel, por conta da pandemia e pela guerra. Isso gerou um desequilíbrio muito grande no sistema. O Domingo é Meia representa receita em torno de quase R$ 4 milhões por mês e as empresas não estavam tendo condições de suportar mais esse investimento", disse. "Segurei o máximo e hoje anunciei o retorno já para domingo agora, dia 11".

Bruno disse que a prefeitura entende que "é o momento" de voltar o programa, mesmo sem a garantia de liberação dos recursos do ICMS para o setor. "Seguramos o máximo".

Atualmente, a passagem está custando R$ 4,90 em Salvador. Com o benefício, é cobrada meia entrada todo domingo para qualquer pessoa.

O programa estava suspenso em Salvador desde 12 de março de 2021, por conta da pandemia de covid-19, anunciou a prefeitura na época.

"No domingo não terá esse benefício. É mais uma medida para desestimular as pessoas a saírem das suas casas ou se deslocarem pela cidade”, disse na ocasião Bruno.

Com a situação da covid-19 mais controlada na capital, a prefeitura vai retomar o benefício.

 

Domingo, 3 de novembro de 1968, 7h da manhã. Pela primeira e única vez, a Rainha Elizabeth II pisava em Salvador. O dia da visita histórica foi marcado por inúmeros compromissos oficiais, mas também por uma simplicidade surpreendente. Na Bahia, a majestade tomou suco de pitanga, comeu beiju com queijo ralado e quebrou protocolos de segurança, recebendo cumprimentos e presentes da população, que lotou as ruas da capital para recepcionar a monarca do Reino Unido.

A cidade certamente marcou a passagem de 11 dias de Elizabeth, então com 42 anos, pelo Brasil. No roteiro, outros locais como Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e Brasília. Em solo soteropolitano, foram pouco mais de três horas, porém suficientes para conhecer e sentir de perto o calor e a receptividade característica do povo.

Ao lado de seu marido, Príncipe Philip, a rainha desembarcou do Britannia, o iate real da Marinha Inglesa, e logo de cara visitou o Mercado Modelo. A recepção foi feita pelo prefeito da época, Antonio Carlos Magalhães, e o governador Luís Viana Filho.

“Que encantamento estar em sua terra”, disse a rainha para ACM.

No trajeto, esteiras de sisal com flores espalhadas por cima. A alteza recebeu uma penca de prata confeccionada pelo prateiro Gérson Viana. Cada barraqueiro teve o direito de levar três convidados, todos vestidos de paletó e gravata.

Cantor e compositor, Chocolate da Bahia ficou frente a frente com a rainha e tocou berimbau para ela. Ele relembra o momento. “Eu cantei uma música que fiz especialmente pra ela, e ela quebrou o protocolo. Nunca tinha se visto isso acontecer, uma rainha abraçar um tocador de berimbau. Eu era um galã, com 20 e poucos anos”, diverte-se.

A saída ficou caracterizada por dois fatos curiosos. Primeiro, o Príncipe Philip ganhou justamente um berimbau de presente. Depois disso, a rainha se dirigiu para o carro Lincoln Modelo K, de 1935, da Ford, pertencente ao governo de São Paulo, que a levaria para percorrer as ruas antes de chegar ao Palácio da Aclamação. Ao sentar no banco, um susto, como narrou a Revista Manchete da época. “A soberana sentou-se na poltrona de couro do carro, fechou a boca de repente, abriu os olhos com surpresa e se pôs de pé um pouco mais depressa do que deveria, provocando a paralisação do cortejo. O banco, exposto ao sol por horas e horas, estava muito quente”, diz o texto.

O passeio permitiu à Rainha Elizabeth II conhecer a essência da população, que a recebeu com muitos aplausos e acenos. A retribuição veio com sorrisos. As ruas estavam enfeitadas com bandeiras do Reino Unido e muitos prédios foram pintados. Algumas crianças, inclusive, conseguiram furar o bloqueio da segurança e se aproximaram do veículo oficial. Apesar do calor, a rainha veio preparada, pois estava vestida com um vestido leve de seda, de cor rosa, além de um chapéu com algumas flores, colar e brinco de pérolas.

“A cidade se preparou para receber a rainha. Pintaram o meio fio, colocaram tapumes em algumas obras para esconder o lado feio. Os baianos foram para a rua saudar a rainha, a representatividade que ela tinha”, lembra o jornalista e publicitário Nelson Cadena. “Ela veio com 18 malas e escolheu um vestido bem fininho por causa do calor”, completa.

Quando o cortejo passava pela Igreja da Conceição da Praia, os sinos tocaram o Hino da Inglaterra, o Hino do Brasil e o Hino da Bahia. A comitiva subiu a Ladeira da Montanha e chegou à Praça Castro Alves. “Dona Rainha, que o Senhor do Bonfim a proteja”, gritou um homem, de acordo com a Revista Manchete.

Cardápio simples

A passagem contou com a presença ilustre em diversos pontos de Salvador, entre eles o Clube Inglês, a Igreja de São Francisco, no Terreiro de Jesus, o Museu de Arte Sacra, além do mais importante, o Palácio da Aclamação. Neste último, a rainha e o Duque de Edimburgo foram apresentados a outros membros do governo e a 120 casais da sociedade baiana.

Elizabeth teve a oportunidade de fazer um lanche simples, com direito a suco de pitanga e beiju com queijo ralado, servidos em uma bandeja de prata do século XVIII. A fruta foi escolhida graças ao elogio feito por ela em sua passagem por Recife, dois dias antes, onde também bebeu o refresco.

Personalidades, intelectuais e artistas também se fizeram presentes na cerimônia que durou aproximadamente 35 minutos. Entre eles estavam Jorge Amado, Carybé e o arcebispo D. Eugênio Sales.

Curiosa foi a pergunta feita por Solange Viana, filha do governador, para a monarca. Ela questionou sobre a ausência dos filhos da rainha na viagem e recebeu a justificativa do motivo para eles terem ficado na Inglaterra.

“Estamos em pleno período escolar. As crianças perderiam muitas aulas se viessem”, teria respondido de acordo com os jornalistas presentes.

A despedida foi discreta, porém não menos importante. De volta ao iate real, Rainha Elizabeth II partiu rumo ao Rio de Janeiro, sua próxima parada. No mar da Baía de Todos os Santos, o Britannia foi ‘escoltado’ por alguns saveiros, numa espécie de procissão. Em diversos pontos da orla, os baianos acompanharam a partida, bem narrada em versos musicais pelo sambista soteropolitano Riachão, falecido em 2020 aos 98 anos. “Da Inglaterra veio direto ao Brasil/ Sei que você também viu/ (...) Seguiu para a Marinha/ A Bahia assistia/ Seu adeus final”.

A Secretaria da Saúde do Estado detectou uma nova cepa da dengue na Bahia. Chamada de dengue sorotipo 2 (DENV-2), a doença pertence ao genótipo II – cosmopolita. Até agora, já são oito casos confirmados no estado.

A Sesab emitiu um alerta para os núcleos Regionais de Saúde e para as secretarias Municipais de Saúde sobre a importância da detecção precoce de sinais e sintomas da dengue. A cepa foi identificada pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) em oito amostras, sendo seis em Feira de Santana, no centro-norte do estado, e dois Camaçari, cidade localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

De acordo com o alerta, este genótipo é o mais disseminado no mundo, mas ainda não há dados suficientes para associá-lo a maior transmissão e gravidade dos casos. A Sesab enviou uma equipe da vigilância epidemiológica em Feira de Santana para fazer o levantamento das pessoas que foram confirmadas com a nova cepa da dengue e obter mais informações sobre a doença.

Dentre as recomendações contidas no documento da Sesab estão a atualização e execução os planos municipais de contingência das arboviroses; mobilizar e orientar a população sobre a situação epidemiológica local e as estratégias de prevenção e controle da dengue; desenvolver ações de rotina no combate ao mosquito Aedes aegypti, como forma de conter a disseminação do vírus; atualizar profissionais de saúde em todos os níveis de atenção da rede pública e privada sobre os sinais e sintomas da doença, diagnóstico, diagnóstico diferencial e manejo clínico adequado.

A Inglaterra já tem um plano há anos que determinará o que acontece após a morte da rainha Elizabeth II.

A rainha morreu nesta quinta-feira aos 96 anos.

O roteiro detalha ações a serem tomadas em minutos, horas e dias após o falecimento. Em 2007, o jornal “The Guardian” publicou alguns trechos —provavelmente houve mudanças, porque esse plano foi revisto duas a três vezes por ano por funcionários do governo e do palácio, pela polícia, pelo exército e pelas emissoras de TV.

O plano é conhecido como “Ponte de Londres”. De acordo com o que se sabe desse roteiro, o que ocorrerá será o seguinte:

O primeiro-ministro será alertado sobre a morte da rainha, que vão dizer “a Ponte de Londres está inoperante”;
Será colocado um aviso nos portões da residência oficial da monarca, o Palácio de Buckingham, e logo em seguida o mesmo texto será publicado no site da família real e nas contas de redes sociais.
No plano, a data da morte representa o "Dia D", os seguintes são D+1, D+2, e assim por diante.

Dia D
O Centro de Resposta Global (FCDO) enviará a notícia para os 15 governos fora do Reino Unido onde a rainha é Chefe de Estado, e para os outros 38 países da Commonwealth, onde ela é respeitada.
Os ministros são imediatamente informados por e-mail do falecimento da rainha. Após isso, as bandeiras em Whitehall são abaixadas a meio mastro (em 10 minutos a partir do momento do anúncio)
Primeira-ministra Liz Truss fará pronunciamento oficial e programará evento com o novo Rei.

Dia D+1
O Conselho de Adesão deve se reunir com Charles para proclamá-lo rei;
Todos os trabalhos parlamentares serão suspensos por 10 dias;
Reunião entre a primeira-ministra, governo e o novo rei.

Dia D+2
O caixão da rainha retornará ao Palácio de Buckingham pelo trem real ou de avião.

Dia D+3
O rei Charles receberá a moção de condolências no Westminster Hall;
Em seguida, embarcará numa viagem de luto pelo Reino Unido, começando pela Escócia. Ele receberá uma moção de condolências no Parlamento escocês e participará de um serviço na Catedral de St Giles, em Edimburgo.

Dia D+4
Charles chegará à Irlanda do Norte, onde receberá outra moção de condolências no Castelo de Hillsborough e participará de um serviço na Catedral de St Anne em Belfast;
Haverá um ensaio para o transporte do caixão entre o Palácio de Buckingham e o Palácio de Westminster

Dia D+5
O caixão da rainha será transferido do Palácio de Buckingham para o Palácio de Westminster através de uma rota cerimonial por Londres. Quando chegar, haverá um serviço memorial no Westminster Hall.

Dia D+6
O corpo da rainha ficará no Palácio de Westminster por 3 dias recebendo visitas. Os ingressos começarão a ser comercializados;
Será realizado um ensaio para o cortejo do funeral de Estado.

Dia D+7
Charles viajará para o País de Gales, para receber uma moção do Parlamento galês e assistir a um serviço na Catedral de Liandaff em Cardiff.

Dia D+8 e +9
Milhares de pessoas devem prestar suas homagens à monarca mais longeva da história do Reino Unido

Dia D+10
Este dia será proclamado Dia de Luto Nacional;
Funeral de Estado será realizado na Abadia de Westminster;
Haverá 2 minutos de silêncio ao meio-dia em todo o país;
Serão 2 procissões, em Londres e Windsor;
A Rainha será sepultada no Castelo de Windsor, na Capela Memorial do Rei George VI (ao lado de seu pai).
Depois deste processo, o retrato da rainha ficará pendurado com uma fita preta em todas as prefeituras por um mês (o período de luto), até de ser transferido para um “local adequado” e trocado por um retrato do novo rei.

 

Quinta, 08 Setembro 2022 14:56

Rainha Elizabeth II morre aos 96 anos

A Rainha Elizabeth II morreu nesta quinta-feira (8) aos 96 anos no castelo de Balmoral, na Escócia. O anúncio foi feito pelas redes sociais da família real britânica.

"A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã", informou a Casa Real britânica.

Os quatro filhos da rainha, Charles, Anne, Andrew e Edward, foram até a Escócia quando foi anunciado que a rainha estava sob supervisão médica. Seu neto, o príncipe William, também foi até o castelo de Balmoral.

Com a morte da monarca, seu filho mais velho, o príncipe Charles, assume o trono de rei do Reino Unido e de outros 14 países que têm o monarca britânico como chefe de Estado, como Austrália e Canadá. No comunicado sobre a morte de Elizabeth ele já é tratado como rei.

A saúde da monarca foi motivo de crescente preocupação desde outubro do ano passado, quando foi revelado que ela passou uma noite hospitalizada para ser submetida a "exames" médicos que nunca foram detalhados. Desde então, ela reduziu consideravelmente sua agenda, com aparições em público cada vez mais raras e sendo observada caminhando com dificuldade, com o auxílio de uma bengala.

O evento preocupante mais recente foi a cerimônia de nomeação da nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, na terça-feira (6). Na ocasião, Elizabeth II transferiu, pela primeira vez na história, a cerimônia para o Palácio de Balmoral, onde ela estava. Até então, todos os premiês anteriores haviam sido nomeados no Palácio de Buckingham, em Londres.

Uma foto do encontro divulgada pelo Palácio de Buckingham, que mostra a rainha cumprimentando Truss, provocou inquietação porque, segundo analistas, a mão da rainha parecia muito arroxeada. 

Em maio, Elizabeth II foi substituída pelo príncipe Charles na abertura oficial dos trabalhos no Parlamento do Reino Unido. Também foi a primeira vez que um monarca não presidiu essa sessão.

A participação da rainha foi reduzida nas festividades do Jubileu de Platina, série de eventos que celebrou os 70 anos de seu reinado, no início de junho. Além da agenda enxuta, ela cancelou participação em uma missa durante o evento por se sentir indisposta.

Desde os primeiros problemas de saúde, no entanto, o Palácio de Buckingham falou muito pouco ou emitiu notas contidas sobre o estado de saúde da rainha, sempre se referindo aos problemas como indisposições.

A saúde da Rainha Elizabeth II teve uma piora e ela está sob supervisão médica, segundo comunicado do Palácio de Buckingham. Os médicos expressaram preocupação com a situação da monarca, que está com 96 anos.

Elizabeth II está no Castelo de Balmoral, na Escócia. Na quarta, ela cancelou uma reunião virtual após conselho dos médicos para descansar. O cancelamento repentino gerou comentários sobre o estado de saúde da rainha.

"Seguindo mais avaliações essa manhã, os médicos da rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestada e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica", diz o comunicado.

A rainha se reuniu na terça com a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, e aparentava fragilidade.

Truss usou as redes sociais para desejar melhoras. "Todo país ficará profundamente preocupado com as notícias do Palácio de Buckingham", escreveu. "Meus pensamentos, e das pessoas por todo Reino Unido, estão com Sua Majestade e família nesse momento", acrescentou.

O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) acumula 57,39% das intenções de votos para as eleições de 2022, de acordo com pesquisa do Instituto Séculus divulgada na manhã desta quinta-feira (8) pelo Informe Baiano. O ex-prefeito de Salvador manteve a liderança com ampla vantagem e venceria ainda no primeiro turno do pleito eleitoral.

A vantagem do ex-prefeito de Salvador para o segundo colocado é de quase 40 pontos percentuais. O candidato que aparece em segundo lugar apresentou 18,36% das intenções de votos, enquanto o terceiro candidato somou 6,89%.

Foram entrevistadas 1526 pessoas de maneira presencial, com 16 anos ou mais, de 72 municípios baianos. A margem de erro do levantamento é de 2,5% para mais ou para menos, e com intervalo de confiança de 95%.

A pesquisa foi realizada entre 01 e 04 de setembro, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob nº BA-08907/2022.

Após o hiato provocado pela pandemia da covid-19, que suspendeu o tradicional desfile do 7 de setembro por dois anos seguidos, os chefes do Executivo municipal e estadual, Bruno Reis (União Brasil) e Rui Costa (PT), respectivamente, retomaram a tradição de abrir com o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador o ato cívico-militar em celebração à Independência, que este ano completa 200 anos. Em cerimônia na Praça 2 de Julho, no Campo Grande, os gestores enalteceram a importância da data e evitaram conotações político-partidárias sobre o marco.

O governador Rui Costa classificou as manifestações tradicionais como “democráticas”. "No passado e no presente, significa sempre um desejo do povo brasileiro em reafirmar suas tradições democráticas. Segundo, o desejo de ter um país melhor, que ofereça comida, condições de trabalho, de renda e dignidade para pessoa humana. Essa é a alma e espirito do 7 de Setembro e dos 200 anos de Independência do Brasil", disse

Já Bruno Reis foi taxativo ao afirmar que a festa da Independência está “fora de qualquer disputa e polarização". "É importante a Independência ser celebrada e reverenciada nesse momento. A independência do Brasil se confunde com uma das principais características do nosso povo. O baiano é independente, autônomo. Celebrar essa data também é enaltecer o nosso povo", enalteceu o gestor.

A abertura do desfile cívico-militar no Campo Grande também contou com a presença do senador Jaques Wagner (PT), do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD) e do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), além do secretário da Segurança da Bahia, Ricardo Mandarino.

Candidatos ao governo

Apesar de terem ficado fora do ato institucional, os principais candidatos ao governo da Bahia nas eleições deste ano também se manifestaram sobre o bicentenário. Líder nas pesquisas de intenção de voto, ACM Neto (União Brasil) usou as redes sociais para enaltecer para relembrar o papel da Bahia na conquista pela independência do Brasil da colônia portuguesa.

“Hoje, após 200 anos da nossa independência, precisamos lembrar do orgulho que temos do nosso país. Essa foi uma luta conquistada na Bahia, pelos baianos, um povo com força para superar qualquer desafio. É por isso que vamos escrever, mais uma vez, um novo capítulo da história”, escreveu.

Jerônimo Rodrigues (PT), que reservou a data para fazer gravações de campanha, disse em seu perfil no Instagram que “independência é comida na mesa, criança na escola e emprego para a nossa gente”. A legenda acompanha um trecho do seu programa eleitoral no qual faz referência a nome da luta história como Maria Felipa e Maria Quitéria.

Kleber Rosa (PSOL) participou nesta quarta da 28ª edição do tradicional Grito dos Excluído -, que nasceu em contraposição ao “Grito do Ipiranga” -, também no Campo Grande. Em 2022 o evento tem como tema o questionamento “Independência para quem?”. O Grito dos Excluídos tem sido a nossa frente de comemoração da independência há muitos anos. Não é à toa que nós chamamos de Grito dos Excluídos com a finalidade de fazer uma contraposição política e demarcar nossa posição em relação a uma independência verdadeira e popular, um projeto de nação ponta Kleber Rosa.

João Roma (PL) participou de ato no Farol da Barra, em Salvador ,durante a manhã.

Apoiadores de Bolsonaro se reúnem no Farol da Barra em ato pró-reeleição

Enquanto o desfile cívico-militar acontecia no Campo Grande, o Farol da Barra foi tomado pelo verde amarelo, não só pelo bicentenário da Independência do Brasil, mas por ter se tornado palco de mais um ato pró-Bolsonaro em Salvador. Vestidos com camisas da CBF, abraçados a bandeiras do Brasil ou a toalhas com a foto do presidente da República, munidos com buzinas e outras indumentárias com as cores da bandeira brasileira, placas e cartazes com palavra de ordem, uma quantidade expressiva de eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição, atendeu ao chamado do líder político para atos públicos nesta quarta.

Presente no evento, e de cima de uma dos três trios estacionados em frente ao Farol, o candidato ao governo da Bahia João Roma (PL) deu ênfase ao tom religioso que a campanha bolsonarista tem adotado, reforçando a relação Deus-Pátria-Família ao dizer que “o Estado é laico, mas não ateu”. Ele também fez críticas ao PT. O uso de louvores evangélicos e do Hino ao Senhor do Bonfim foram pontos altos do ato.

A aquisição de armas pelo cidadão comum, críticas e até pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além das próprias manifestações pró-Bolsonaro deste 7 de setembro, que acontecem com maior expressividade em Brasília e no Rio de Janeiro, eram temas recorrentes nas conversas compartilhadas entre pequenos grupos e famílias que ocuparam o gramado do Farol da Barra em clima de euforia e confraternização.

Placas com frases como “Fora PT e coligados”, “Fora comunistas”, “Vai pra Cuba”, Supremo é o povo” também se destacaram em meio a multidão.

Após o ato, o grupo seguiu em caminhada até o Cristo da Barra ao som de paródias em prol do presidente da República e pelo fim do PT, e do Hino Nacional.

A Justiça suspendeu, na terça-feira (6), o concurso público da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) para preenchimento de 134 vagas de professores auxiliares nível "A". A decisão do juiz Marcelo de Oliveira Brandão, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, barra ainda a nomeação e posse dos aprovados até que as irregularidades apontadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) sejam esclarecidas.

Na Ação Civil Pública, ajuizada pelo MP-BA no dia 26 de agosto, o promotor de justiça Adriano Assis aponta uma série de irregularidades. Segundo o documento, após a realização da prova no dia 9 de junho, o MP-BA passou a receber diversas reclamações sobre as instruções dadas aos candidatos quanto a necessidade de identificação de todas as folhas de resposta com nome completo, rubrica ou número de CPF.

O MP informa ainda que procurou a Uneb para esclarecer as denúncias, mas não houve retorno. Por conta do "aparente desinteresse de cooperação por parte Universidade", o Ministério Público diz que decidiu proceder com a investigação por meio dos candidatos que fizeram as denúncias. No decorrer da apuração, também foram identificados problemas para composição das bancas examinadoras, modificações nas bancas durante o período de correção das provas
objetivas, uso irregular do caráter eliminatório da prova de títulos, entre outras irregularidades.

Com isso, a Justiça decidiu que a Uneb deverá apresentar, no prazo de 30 dias, cópias das folhas de resposta da prova escrita, além de um levantamento dos documentos reclamados de todos os municípios em que se realizou o exame. O CORREIO procurou o Tribunal de Justiça da Bahia e a Uneb para comentar a decisão, mas não obteve resposta até esta publicação.

 

Em mais uma tentativa de incentivar a imunização de crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde prorrogou, até o dia 30 deste mês, a Campanha Nacional de Vacinação que tem como foco a paralisia infantil. Em ofício enviado nesta segunda-feira (5) pela pasta a secretários estaduais e municipais da Saúde, o Ministério diz que a medida foi motivada pela baixa adesão da população à campanha. Apenas 34% do público-alvo de 1 a 4 anos tomou a vacina contra a poliomielite.

“O Programa Nacional de Imunizações permanece alertando sobre a importância e o benefício da vacinação do público-alvo das campanhas para a manutenção da eliminação da poliomielite, uma vez que a doença permanece como uma prioridade política, nacional e internacional, e a erradicação só será possível mediante esforços globais, e pela necessidade de proteger as crianças e adolescentes contra as doenças imunopreveníveis e respectivamente melhorar as coberturas vacinais”, destaca o documento.

O Brasil é considerado país livre da poliomielite desde 1994, mas, com a baixa adesão vacinal, médicos alertam para os riscos de volta da doença, especialmente após o registro de novos casos no exterior, em países como os Estados Unidos e Israel. O Brasil continua com a meta de imunizar 95% de um total de 14,3 milhões de crianças.

Vacinas
Estão disponíveis em todo o país 18 imunizantes contra várias doenças e, por isso, outro objetivo da ação é vacinar também adolescentes menores de 15 anos, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.

Além da VIP (vacina inativada poliomielite), 17 vacinas estão disponíveis para aplicação em crianças e adolescentes até 15 anos. As vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, disponíveis para atualização da carteirinha, são: hepatite A e B; penta (DTP/Hib/Hep B); pneumocócica 10 valente; VRH (vacina rotavírus humano); meningocócica C (conjugada); VOP (vacina oral poliomielite); febre amarela; tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba); tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba, varicela); DTP (tríplice bacteriana); varicela e HPV quadrivalente (papilomavírus humano).

Também estão à disposição para adolescentes as vacinas HPV, dT (dupla adulto); febre amarela; tríplice viral, hepatite B, dTpa e meningocócica ACWY (conjugada).

Segundo o Ministério da Saúde, todos os imunizantes que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A campanha de vacinação coincide com a imunização contra a covid-19, que está em andamento. Segundo o Ministério, as vacinas contra covid-19 podem ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo com as demais do Calendário Nacional, na população a partir de 3 anos de idade.