O Jornal da Cidade

O Jornal da Cidade

O ano está chegando ao fim e nesta quinta-feira (24) muitos brasileiros vão celebrar o Natal, data mais importante do calendário cristão. Com a aceleração do crescimento dos casos de covid-19, muita gente não vai fazer celebrações com pessoas de fora da casa em que vivem e houve diminuição nas festas. Pensando na orientação para esse momento, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma cartilha para ajudar a orientar durante as festividades.

Segundo o documento, a maneira mais segura de celebrar o Natal e o réveillon é ficando em casa com os familiares que já moram juntos, mas caso decidam comemorar com outras pessoas, algumas medidas podem ser tomadas para evitar a contaminação.

A cartilha, que traz orientações para convidados e anfitriões, também reforça que nenhuma ação é capaz de impedir totalmente a transmissão do novo coronavírus. Entre as principais recomendações estão evitar apertos de mão e abraços, usar a máscara quando não estiver comendo ou bebendo - e levar uma extra caso seja necessário trocar -, e lavar as mãos com frequência.

Quem não deve participar de comemorações
A Fiocruz recomenda que pessoas que façam parte de um desses grupos mantenham o isolamento domiciliar, não façam visitas ou frequentem eventos.

- Pessoas com sintomas relacionados à covid-19 ou que ainda estão no período de 14 dias desde os primeiros sintomas;

- Quem está aguardando resultado de teste molecular para a covid-19;

- Pessoas que tiveram contato com alguém que teve a doença nos últimos 14 dias;

- Quem faz parte ou mora com alguém do grupo de risco para a doença: portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos

Ambiente
Para quem vai receber familiares e amigos em casa, a recomendação é fazer pequenas adaptações ao ambiente. É indicado também levar em consideração o tamanho do espaço disponível na hora de montar a lista de convidados, para que seja possível manter a distância de dois metros entre eles.

- Evite música alta: quanto maior o esforço para falar alto ou gritar para ser ouvido, maior a chance de liberar partículas do vírus no ar;

- Escolha ambientes abertos ou bem ventilados; evite ar condicionado;

- Oriente os convidados a não se sentarem todos juntos. Organize espaços separados para pessoas que moram juntas;

- Disponibilize álcool gel nos ambientes;

- Não deixe que os convidados formem filas para serem servidos;

- Tenha sabão e papel para secagem de mãos disponíveis no banheiro. Evite o uso de toalhas de pano;

Alimentos
Tradicionalmente, a ceia de Natal é posta em uma mesa para que cada um dos convidados se sirva. Neste ano, a recomendação é apostar em pratos individuais para evitar que várias pessoas toquem nos mesmos objetos.

- Use máscara durante o preparo da comida;

- Se possível, peça aos convidados para levar sua própria comida e bebida;

- Caso ofereça bebidas, escolha embalagens individuais (latas ou garrafas);

- Ofereça condimentos e temperos embalados individualmente, sempre que possível;

- Evite o compartilhamento de utensílios para servir a comida. Pratos e bebidas em recipientes não individuais devem ser servidos por uma única pessoa.

Um bailarino foi morto na manhã da quarta-feira (23), na Pituba. Ajax Gonçalves Vianna, 60 anos, que atuava no Balé Teatro Castro Alves (BTCA), tinha sinais de espancamento. O corpo foi encontrado no apartamento em que ele morava, na Avenida Magalhães Neto. O suspeito, um homem de 27 anos, era companheiro de Ajax e foi preso em flagrante, segundo a Polícia Civil.

Policiais da 13ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Pituba) foram até o local após relatos de que um corpo havia sido encontrado no apartamento. Lá, chegaram a acionar uma equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a morte foi confirmada.

O suspeito foi detido no local. Ele já tem passagem por estupro de vulnerável e tinha mandado de prisão em aberto. O homem foi levado para a 1ª Delegacia de Homicídios, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuado. A Polícia Civil vai conduzir as investigações.

Nas redes sociais, amigos lamentavam a morte de Ajax. "Você brilhará sempre, em qualquer lugar que estiver", escreveu uma conhecida. "Descanse em paz", escreveu outra. Nas páginas, Ajax exibia fotos de apresentações como bailarino, além de imagens de viagens a países como Israel e França.

O bailarino e coreógrafo fazia parte do BTCA há 38 anos. Em nota, a Secretaria de Cultura da Bahia lamentou a morte e lembrou a trajetória de Ajax, que começou a estudar dança na década de 1970. "Entre fins dos anos 1970 e início dos anos 1980, chegou a ganhar 18 concursos de dança de discoteca, ritmo que imperava naquele momento, tanto que ficou conhecido como o "John Travolta da Bahia", diz o texto.

O BTCA também lamentou a perda e lembrou com carinho de Ajax. "Nesses 38 anos de histórias no BTCA, ele brilhou e voou nos palcos, se jogou em inúmeras criações, se lançou sem medo em movimentos e aventuras, com diversos coreógrafos e coreografias", diz a nota. "Nós nunca vamos esquecê-lo! Ele tornava todos os lugares muito mais divertidos, trazia os sorrisos e conseguia integrar todos à volta. Nunca perdia uma oportunidade de fazer rir, mesmo depois de horas cansativas de ensaio, ou durante viagens intermináveis".

Leia a nota completa do BTCA:

Ajax. De nome grego talvez tenha sido o mais baiano dos nos nossos. A alegria em pessoa, o companheirismo, a solidariedade, a hospitalidade tão próprios da nossa gente. Nesses 38 anos de histórias no BTCA, ele brilhou e voou nos palcos, se jogou em inúmeras criações, se lançou sem medo em movimentos e aventuras, com diversos coreógrafos e coreografias. Rodou pelo interior da Bahia, por outros Estados brasileiros, e em diversos países, dançando pelo BTCA, tornando os palcos mais iluminados para o público, e as turnês muito mais alegres para todos os colegas. Em Tamanho Único, era lindo ver o público completar a frase “Meu nome é... AJAX!”, e aplaudir o seu solo que brincava com os seus tempos de “John Travolta Baiano”. Nós nunca vamos esquecê-lo! Ele tornava todos os lugares muito mais divertidos, trazia os sorrisos e conseguia integrar todos à volta. Nunca perdia uma oportunidade de fazer rir, mesmo depois de horas cansativas de ensaio, ou durante viagens intermináveis. Ajax, com nome de guerreiro, era o descanso depois e durante batalhas. Era saúde, alívio. E é assim que nesse dia atônito nos confundimos entre as lágrimas e os sorrisos, misturando tudo no passado e no presente, nas lembranças e nesta hora exata inacreditável, nessa saudade imensa dos dias futuros em que teremos que construir nossa própria alegria para honrar o privilégio de tê-lo tido conosco. À família e aos outros amigos, deixamos o nosso mais terno abraço.

Leia a nota completa da Secult:

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia lamenta o falecimento do coreógrafo e bailarino Ajax Vianna, integrante do Balé Teatro Castro Alves (BTCA). Ajax Vianna nasceu em Salvador e começou seus estudos de dança na segunda metade dos anos 1970, na Escola de Ballet Ebateca. Passou ainda pela Escola de Dança Cultura Física e pelo Ballet Bahiano de Tênis. Também fez parte do grupo de dança Frutos Tropicais. Entre fins dos anos 1970 e início dos anos 1980, chegou a ganhar 18 concursos de dança de discoteca, ritmo que imperava naquele momento, tanto que ficou conhecido como o "John Travolta da Bahia". Entrou para o BTCA no ano de 1982, dedicando-se à instituição ao longo de 38 anos. A SecultBA manifesta suas condolências aos amigos, familiares, e a todo o corpo artístico do BTCA.

O Brasil vai proibir voos internacionais que tenham origem ou passagem pelo Reino Unido, como medida preventiva, por causa da descoberta de uma variante do novo coronavírus naquele país.

O anúncio da nova cepa do vírus fez mais de 40 países proibirem o ingresso de viajantes do Reino Unido, suspendendo voos, mas o governo de Jair Bolsonaro não havia tomado a mesma atitude.

Agora, uma portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta quarta-feira, 23, também restringe a entrada no Brasil de estrangeiros de qualquer nacionalidade, por rodovia, por outros meios terrestres e por meio aquaviário.

A posição do governo mudou. No início da semana, o Ministério da Saúde avaliava que não era necessário seguir as restrições a voos do Reino Unido, onde foi detectada a mutação do novo coronavírus.

O entendimento, até então, era de que a portaria exigindo a apresentação do teste RT-PCR negativo, tanto para brasileiros quanto para estrangeiros, seria suficiente para barrar a entrada de infectados vindos do Reino Unido. Uma portaria publicada no último dia 17 determinava que o viajante deveria fazer o teste com no máximo 72 horas de antecedência do embarque.

No entanto, depois que o governo do Reino Unido identificou risco maior de contágio, com uma segunda mutação da covid-19, o Brasil decidiu proibir os voos vindos daquele país.

“Excepcionalmente, o estrangeiro que estiver em país de fronteira terrestre e precisar atravessá-la para embarcar em voo de retorno a seu país de residência poderá ingressar na República Federativa do Basil com autorização da Polícia Federal”, diz a portaria, assinada pelos ministros Braga Netto (Casa Civil), André Mendonça (Justiça) e Eduardo Pazuello (Saúde).

Quinta, 24 Dezembro 2020 10:15

Baiano se endivida para comer

O mercado de mês que custava cerca de R$ 600 antes da pandemia, agora sai por R$ 900 e ainda é preciso deixar alguns produtos para trás. Esse foi o resultado do aumento do preço dos alimentos na carteira da empregada doméstica Marilene Ramos, 50 anos, que trabalha e mora em Salvador. Com mais gastos para se manter e o dinheiro apertado, o resultado foi uma série de dívidas. O problema é nacional, como aponta pesquisa feita pela Serasa em parceria com a Blend New Reserch para traçar o perfil do endividamento no Brasil. O estudo mostra que, durante período da pandemia, as despesas do dia a dia, como a compra de comida, cresceram e passaram a figurar como o terceiro maior motivo de endividadmento do consumidor, com 11%. Em primeiro e em segundo estão desemprego, 40%, e descontrole financeiro, 14%.

“Meu gasto é mais com comida mesmo, para minha família de 4 pessoas. Aquilo de faltar uma coisa em casa e ter que ir comprar. Com isso, já estou devendo R$ 447 e ainda peguei dinheiro emprestado com meu genro", conta Marilene. E a raiz do problema está mesmo na pandemia. O levantamento aponta que 73% das pessoas declararam que o coronavírus impactou a vida financeira. Dos ouvidos, 40% mantiveram as dificuldades já existentes para pagar as contas, outros 26% acreditam que terão dificuldades em manter o pagamento das contas após a crise.

Desde 2018, o desemprego se mantém como o maior fator de endividamento, segundo a pesquisa. Naquele ano, a falta de emprego foi responsável por 49% das dívidas. Desde 2019, o desemprego é responsabilizado por 40% do passivo. A desorganização financeira ocupa o segundo lugar do ranking desde 2018. Passando de 20% dos motivos para endividamento, há 2 anos, para 21%, em 2019, até chegar a 14%, em 2020. A grande mudança é realmente o impacto das despesas básicas na geração de dívidas, que, em 2018, representavam apenas 5% dos motivos para endividamento e nem apareceram no ranking dos principais motivos de endividamento de 2019.

O economista e educador financeiro Edval Landulfo argumenta que o endividamento é relativo à renda das pessoas. Em meio à pandemia, houve a queda ou a perda de renda gerando dívidas.Dois cenários são descritos por ele para explicar: o de redução ou a perda da renda, e o de ganho de rendimentos ao receber o auxílio emergencial. As famílias que perderam seus rendimentos e estão se mantendo com o benefício do Estado passam dificuldades para fazer as contas caberem no novo orçamento. “Quando pensamos nas pessoas que possuíam uma renda mais alta e passaram a receber menos, se inicia um processo de definir o que priorizar. Com a segunda onda, essas pessoas devem continuar com dificuldades. Ao receber o auxílio, esse valor é usado para alimentação e as dívidas ficam para a frente”, observa.

Por outro lado, existem as pessoas que não possuíam renda e passaram a receber o auxílio emergencial, isso pressionou o mercado, que não estava preparado para receber esses novos consumidores. A consequência, aponta Landulfo, é a dificuldade em encontrar certos produtos e o aumento da inflação. "Essas pessoas que passaram a ter mais renda (via auxílio), começaram a comer melhor e comprar produtos que não compravam antes. Além disso, a entressafra, o aumento da exportação pela desvalorização do real (frente ao dólar) e a cotação em moeda americana dos produtos, faz com que mercadorias faltem no mercado interno e tenham um preço mais alto. É a questão da oferta e da demanda. Nesses casos, as famílias de baixa renda sempre sentem mais impacto, especialmente, nos itens básicos”, analisa.

Dos ouvidos pela pesquisa, 42% receberam o auxílio emergencial e 27% fizeram o pedido, mas não tiveram o benefício recebido. Entre aqueles que receberam o auxílio, 64% usaram ou pretendem usar o valor para despesas domésticas. Já 39% usaram o recurso ou pretendem usar para quitar dívidas, mesmo que apenas parcialmente.

Alta dos alimentos
Independente do cenário analisado, o fato é que o consumidor tem sentido o encarecimento dos alimentos no bolso. A presidente do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia, Selma Magnavita, afirma que os preços só têm crescido desde o começo da pandemia. Ela calcula que, em média, houve um aumento de mais de 22% nas despesas no orçamento doméstico. “Os aumentos no preço dos alimentos, energia e telefonia foram bastante significativos para o orçamento previsto para 2020. O orçamento foi furado e vejo muitas pessoas tendo que atrasar pagamentos”, relata.

A aposentada Itaitara Magalhães, 70, diz que alguns produtos estão com valores “assombrosos”. O creme de ricota que sempre ia para o carrinho passou de R$ 4,49 para R$ 5,89 e foi excluído da lista de compras. Com os preços altos, com frequência, ela escolhe alguns produtos, mas acaba desistindo no caixa ao ver o valor da compra. “Eu percebo que acabo levando só 2/3 dos que coloco no carrinho, o resto vai sendo deixado no caixa para não ficar com um valor muito alto. Eu sempre me pergunto se a compra é necessária, inadiável e insubstituível", conta, "É assustador e o consumidor sofre demais com o preço e a qualidade das coisas. Acredito que as grandes redes colocam o preço mais caro porque vou no mercadinho aqui de Brotas e percebo uma diferença considerável entre os dois”, completa.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, que mede a inflação oficial do Brasil, em Salvador e Região Metropolitana, a alimentação em domicílio registrou a maior alta no acumulado de janeiro a novembro deste ano entre todos os itens que compõem o cálculo do custo de vida, atingindo 17,42%. Em segundo lugar está o acesso à internet, 12,18%, seguido do gás de cozinha, 10,58%, energia elétrica residencial, 5,13%, e plano de telefonia fixa, 4,12%.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que utiliza outra metodologia, aponta que, em novembro, a compra dos produtos da cesta básica, por uma adulta, consumiria 50,5% do salário mínimo líquido. No mês passado, a cesta saiu por R$ 488,1 em Salvador. A variação mensal da cesta (entre novembro e outubro) na capital baiana foi de 7,39%, e a anual 35,39% (novembro de 19 frente ao mesmo mês deste ano). Para comprar o conjunto de produtos na cidade, o empregado que recebe um salário minimo tem de trabalhar, em média, 102 horas e 46 minutos.

Sete produtos da cesta básica registraram alta de preço médio em relação a outubro, segundo a pesquisa do Dieese: tomate (44,30%), óleo de soja (9,80%), manteiga (6,80%), arroz agulhinha (6,48%), carne bovina (2,30%), pão francês (0,98%) e açúcar (0,79%). Já cinco itens tiveram queda nos preços em relação a outubro. São eles: banana da prata (-4,57%), feijão carioquinha (-3,17%), farinha de mandioca (-1,90%), café (-0,99%) e leite (-0,97%).

Procon-Ba denuncia abusos a três ministérios
Em outubro, o Procon-Ba recebeu denúncias da alta no preço dos alimentos, nas quais os consumidores afirmavam a cobrança de valores abusivos. Como o órgão na Bahia preside a Associação Brasileira de Procons, oficiou-se os Ministérios da Economia; Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e Justiça e Segurança Pública para tomar conhecimento da alta generalizada dos produtos da cesta básica. “O preço chegou a níveis absurdos, o que fez com que eles fossem denunciados dando fundamento para que o Procon fosse na busca pela defesa do consumidor”, informa o superintendente do órgão, Filipe Vieira.

Segundo ele, o Mapa respondeu que existe um momento de alta nas exportações dosalimentos, mas não há risco de desabastecimento. Já a pasta da Economia apontou que o interesse do exportador é causado pela alta do dólar. Por fim, a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, se comprometeu a acompanhar a alta. A Associação Brasileira de Supermercados também se comprometeu em se atentar ao preço da cesta básica, repassando aoconsumidor apenas eventuais aumentos dos produtores e da indústria.

“Nas reuniões, conseguimos que fosse zerada a alíquota de importação do arroz e foi firmado o compromisso de fazer o mesmo com outros itens da cesta básica. Há também uma movimentação do Governo Federal para incentivar a agricultura familiar. Outras políticas devem entrar em curso com o passar do tempo”, afirma Vieira. A expectativa é de que as medidas deem resultado prático, controlando os preços e até a abaixar os valores em relação à velocidade de crescimento dos preços a partir de meados de dezembro e em janeiro.

Sobre a conta de luz, o superintendente afirma que é estranho a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter mudado a bandeira tarifária para a cor vermelha na virada de novembro e dezembro, não em 2021. “Tentamos reverter esse aumento”, afirma Vieira.

Caso o consumidor acredite que exista cobrança de preço abusivo, é possível fazer a denúncia por meio do aplicativo Procon BA Mobile para que o caso seja investigado. “Existe diferença entre preço absurdo e abusivo. Para ser abusivo, o preço deve ter sofrido reajuste além dos índices oficiais ou sem um justa causa”, explica Vieira.

Cartão de crédito
A última grande dívida de Marilene foi no cartão de crédito, após uma bola de neve se formar por causa de um período pagando apenas a fatura mínima. Com os juros, ela teve que pagar cerca de R$ 1 mil para quitar a dívida. Mas ela conta que já está “de cabelo arrepiado” porque ainda não conseguiu pagar os R$ 447 da fatura deste mês.

“Os juros são muito altos, já pensei em cancelar o cartão porque com ele eu gasto mais do que devia. Não compro com dinheiro e fico passando no cartão. Uma pessoa com um salário mínimo não consegue pagar R$ 500 de fatura e ainda tem as outras dívidas”, diz.

Para o economista Edval Landulfo, parte das pessoas tem a falsa sensação de que o cartão é uma extensão do salário. Um dos grandes perigos do pla´stico é justamente as pequenas parcelas, que se perdem na cabeça do comprador, mas, juntas, podem virar uma grande quantia a ser paga no final do mês. “Não temos o hábito de fazer o orçamento e colocar todas as parcelas, mesmo as pequenas. Outra coisa importante é que, antes de comprar no cartão, é preciso ter o dinheiro para pagar a compra. Muita gente faz o oposto, compra sem ter o dinheiro e depois vê como paga”, fala.

Landulfo dá duas dicas para usar o melhor cartão, mas elas só servem para quem tem controle dos gastos. A primeira é fazer compras de mercado e combustível no crédito para receber milhas, a outra é pagar à vista sempre que for possível e conseguir um desconto nessa modalidade.

A pesquisa do Serasa aponta ainda que dois terços das pessoas têm dívidas com o cartão de crédito. Dentre os endividados, 70% ainda não conseguiram quitar a dívida, mas 58% acreditam que vão pagar o passivo. Já 10% desistiram de zerar a dívida. Limpar o nome é apontado como o maior objetivo dos que acabaram com os débitos, com 54% das respostas.

Serasa: 51% das pessoas voltam a se endividar
O reendividamento acontece em 51% dos casos, segundo a pesquisa, que aponta que o desemprego (54%), a falta de controle (24%) e a compra de mantimentos e gastos do dia a dia (18%) também são as principais causas da ocorrência de novas dívidas.

Landulfo explica que o reindividamento acontece porque as pessoas não têm um planejamento financeiro. De acordo com ele, é comum que os trabalhadores utilizem o dinheiro do 13º e das férias para quitar as dívidas, ter crédito e, assim, criar novos débitos. “É uma bola de neve, a pessoa prefere pagar uma dívida para ter acesso ao crédito para comprar algum produto financiado. Com isso, a renda sempre está comprometida e a pessoa não consegue pagar a parcela do novo financiamento, o que gera outra dívida”, explica.

O economista aponta ainda que existem famílias que vivem acima do padrão de vida permitido pela renda, mas optam pelo endividamento para manter o status. “Existem famílias com 4 pessoas que ganham entre 1 e 2 salários mínimos, nesse caso, existe mesmo um problema de renda que dificulta seguir um planejamento e pagar as contas. Mas outras pessoas se endividam por vaidade”, afirma.

De acordo com a pesquisa, 90% das pessoas fazem algum tipo de controle de gastos - a maioria (29%) anota todas as despesas em um papel ou uma planilha. Entretanto, 10% dos ouvidos não fazem nenhum tipo de controle. O estudo explica que, apesar de grande parte das pessoas terem controle, a renda baixa ou limitada não condiz com o volume de gastos dos lares do Brasil.

A pesquisa ouviu 3.994 pessoas entre 2 e 29 de outubro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2%.

Alimentos com as maiores variações acumuladas**

Óleo de Soja (98,08%)
Tomate (87,62%)
Arroz (71,3%)
Batata-inglesa (59,29%)
Cenoura (56,71%)

Os laudos contratados pelo próprio Bahia apontam que o atleta Ramírez não teria dito “seu negro” para o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, durante uma discussão acalorada que tiveram ao longo da partida que terminou 4x3 para o time carioca, domingo, no Maracanã. Em vez disso, o colombiano teria dito “tá quanto?”, em provocação e em referência ao placar do jogo naquele momento, que era favorável ao Bahia por 3x2.

Os laudos contratados pelo próprio Bahia apontam que o atleta Indio Ramírez não teria dito "seu negro" para o jogador Bruno Henrique, do Flamengo. Em vez disso, o colombiano teria dito "tá quanto?", em provocação e em referência ao placar do jogo.

A informação foi divulgada pelo site GE inicialmente e confirmada com o Bahia pelo CORREIO. O laudo faz parte da apuração que o tricolor instaurou sobre o ocorrido no jogo.

Na noite de terça-feira (22), o Flamengo apresentou o mesmo vídeo, acompanhado de um laudo apontando que Ramírez teria dito "seu negro" para Bruno Henrique. O Bahia, por sua vez, preferiu contratar ele mesmo especialistas de leitura labial.

Segundo o apurado pelo CORREIO, um dos especialistas consultados era argentino, e outro, chileno, na tentativa de fazer a leitura mais fidedigna do espanhol, idioma falado por Ramírez, que chegou ao clube no início de novembro e não domina o português.

O meia colombiano disse à diretoria do Bahia que teria falado “tá quanto?” no vídeo divulgado pelo Flamengo, ao passo que a direção do clube colocou a cena sob perícia e constatou a versão do atleta.

Antes disso, segundo o laudo obtido pelo Bahia, ele se vira para Bruno Henrique e provoca dizendo “qué pasó?”, algo próximo de “o que foi?” na língua materna, o espanhol.

ENTENDA O CASO
A confusão envolvendo Ramírez e o atacante Bruno Henrique não é o pivô da acusação de racismo feita sobre o jogador tricolor. Esta partiu do meia Gerson, em um lance que ocorreu no início do segundo tempo, logo após o Bahia diminuir o placar desfavorável para 2x1. Naquele momento, Gerson acusa Ramírez de ter dito a ele “cala boca, seu negro”. Acusação que o colombiano nega. Não há, ou ainda não apareceu, vídeo desse momento.

Por causa dessa situação, a Polícia Civil do Rio de Janeiro instaurou inquérito e Ramírez será intimado a depor, assim como o então técnico Mano Menezes e o árbitro da partida, Flávio Rodrigues.

Já a discussão com Bruno Henrique ocorreu quando o placar estava 3x2 a favor do Esquadrão e, esta sim, foi filmada. Nesta confusão, Bruno Henrique teria dito “gringo de merda”.

A Bahia registrou 28 mortes e 3.090 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (23). No mesmo período, 3.303 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

Dos 476.955 casos confirmados desde o início da pandemia, 458.619 já são considerados recuperados, 9.443 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,72 Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (10.194,62), Muniz Ferreira (8.218,81), Conceição do Coité (8.051,10), Pintadas (7.904,57), Jucuruçu (7.867,63).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 871.073 casos descartados e 124.658 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta.

Na Bahia, 35.714 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 28 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.893, representando uma letalidade de 1,86%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,54% ocorreram no sexo masculino e 43,46% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,86% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,61%, preta com 14,72%, amarela com 0,67%, indígena com 0,13% e não há informação em 11,00% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,21%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,54%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

A suspensão das atividades em cinemas, teatros e casas de espetáculo em Salvador foi prorrogada até o dia 6 de janeiro. Também ficam suspensos os eventos sociais nos clubes, inclusive recreativos e esportivos, a exemplo de festas, apresentações artísticas, aniversários, formaturas e casamentos, além do funcionamento de bares e lanchonetes nesses locais. Apenas as atividades esportivas estão mantidas nos clubes e o funcionamento de restaurantes que possuam entradas independentes.

O decreto prevê também a prorrogação, até dia 11 de janeiro, da proibição de atividades de classe da rede municipal de educação e da rede privada de ensino, bem como das medidas para a contenção do coronavírus nos estabelecimentos de call center.

Segue proibida ainda, até o dia 11, a realização de qualquer ação que implique em emissão sonora em locais públicos e estabelecimentos particulares, com exceção daquelas que já estavam liberadas.

Foi prorrogada também para a mesma data a determinação de fechamento do Mercado Municipal Antônio Lima, no bairro da Liberdade.

Um jovem de 25 anos foi preso em flagrante, suspeito de roubar e estuprar uma mulher que caminhava na Avenida Octávio Mangabeira, na orla do bairro de Piatã, em Salvador. Crime aconteceu na noite de terça-feira (22). A vítima foi ameaçada e levada à força até a areia da praia, onde foi violentada.

De acordo com informações Polícia Militar, policiais foram acionados após receberem denúncias de moradores que ouviram os gritos de pedido de socorro da mulher, por volta das 20h50. Quando os PMs chegaram no local, encontraram a vítima que relatou o caso.

Depois de estuprar e roubar a mulher, o homem fugiu, mas foi alcançado pelos policiais ainda na região de Piatã. O suspeito foi levado para a Central de Flagrantes, onde segue à disposição da Justiça.

A vítima foi socorrida para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itapuã e depois levada para a UPA do Marback, onde recebeu atendimento médico. Não há detalhes sobre o estado de saúde dela.

Mazola Júnior não é mais o técnico do Vitória. Ele foi demitido pelo clube na noite desta terça-feira (22), logo após a derrota por 3x0 para o CSA, no estádio Rei Pelé. Foi o terceiro revés em quatro jogos sob o comando do treinador. Rodrigo Chagas irá assumir a equipe até o fim da Série B, previsto para 30 de janeiro de 2021.

"O Esporte Clube Vitória comunica a decisão de efetivar Rodrigo Chagas como técnico do time e, consequentemente, o desligamento de Mazola Júnior. Os profissionais foram avisados após o jogo desta terça-feira (22) em Maceió. Rodrigo Chagas assume de forma definitiva o comando do time a partir de quinta-feira (24) para os jogos restantes do Campeonato Brasileiro. O ECV agradece ao técnico Mazola Júnior pelo profissionalismo e a dedicação no período que comandou o Rubro-Negro", informou o Vitória, em nota.

Mazola foi contratado pelo clube no dia 7 de dezembro e tinha vínculo até o término da Série B. Em apenas 15 dias de trabalho, comandou o Leão em quatro partidas, com três derrotas (para Cruzeiro, Oeste e CSA) e um triunfo (sobre o Juventude). O aproveitamento foi de 25%.

No último jogo do treinador, o rubro-negro teve atuação apática e foi batido sem dificuldades pela equipe alagoana. Com o resultado, o Vitória pode terminar a rodada a apenas um ponto de distância do Z4.

Rodrigo Chagas agora comandará a equipe pela segunda vez, a primeira de forma efetiva. Na passagem anterior, assumiu interinamente após Eduardo Barroca trocar o Leão pelo Botafogo, na Série A. Na ocasião, ele dirigiu o time por quatro jogos, com dois triunfos (sobre CRB e Paraná), um empate (com o Cuiabá) e uma derrota (para o Confiança), aproveitamento de 58,3%.

A próxima partida do Vitória só acontecerá em 2021. No dia 3 de janeiro, às 18h15, o Leão receberá o Operário-PR no Barradão, pela 32ª rodada da Série B.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, decidiu na noite desta terça-feira, 22, colocar em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). A nove dias de deixar o cargo, Crivella foi preso acusado de chefiar o "QG da Propina" instalado no Executivo carioca.

"Não obstante o juízo tenha apontado elementos que, em tese, justifiquem a prisão preventiva, entendo que não ficou caracterizada a impossibilidade de adoção de medida cautelar substitutiva menos gravosa", observou Martins.

Martins impediu Crivella de manter contato com terceiros, exceto familiares próximos, profissionais de saúde e advogados. O ministro decidiu sobre o habeas corpus do prefeito por ser o responsável pela análise dos casos considerados urgentes durante o recesso do STJ.

Segundo a investigação, ao menos R$ 53 milhões teriam sido arrecadados pelo esquema. Além dele, oito pessoas foram alvo de pedidos de prisão preventiva, incluindo o empresário Rafael Alves, apontado como operador. Ao todo, a denúncia atingiu 26 investigados. Os crimes imputados são corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Durante a eleição deste ano, quando perdeu o segundo turno para Eduardo Paes (DEM), Crivella afirmou várias vezes que a cidade não deveria eleger o adversário porque ele seria preso. O prefeito se agarrou ao bolsonarismo para tentar reverter a ampla rejeição durante o período eleitoral, apelando para temas morais Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro não se manifestou sobre a prisão do aliado.

Segundo o MP, o esquema foi mantido mesmo após duas operações policiais que cumpriram mandados de busca e apreensão neste ano em endereços de Crivella, de Alves e outros acusados.

Há dois anos, a política fluminense já havia protagonizado situação parecida com a prisão do governador Luiz Fernando Pezão (MDB). Prestes a deixar o cargo, Pezão foi detido em pleno Palácio Laranjeiras. O Ministério Público justificou a prisão neste momento com o argumento de que o prefeito ameaçava as investigações - ele tinha, por exemplo, fornecido um telefone celular que não era o seu quando foi alvo de buscas em setembro. De acordo com os representantes do MP, o tamanho do material investigativo também favoreceu a denúncia neste momento.

"Tivemos uma investigação que se desenvolveu desde 2018, com dois teras de tamanho. Imagina se a gente espera o dia 1º de janeiro e entrega toda a investigação para um promotor de primeiro grau", afirmou o subprocurador-geral de Justiça Ricardo Martins, referindo-se à perda de foro. "O errado seria ter empurrado com a barriga e deixado para um colega desenvolver sozinho uma denúncia dessa. Não teve nenhum cunho político, não temos nenhum viés político nessa história."

Na prática, a Promotoria calculou o momento da operação levando em conta o período eleitoral - quando também receberia críticas se prendesse o prefeito e candidato - e a perda do foro, que mudaria toda a competência do caso.

A operação de setembro foi central para acelerar o processo e resultar na prisão do prefeito. Uma das justificativas para a detenção preventiva, segundo a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, é que Crivella entregou um celular que não era seu aos agentes que cumpriram mandado na sua casa. A farsa foi identificada pelo MP após analisar dados do aparelho. Isso foi tido como uma forma de tentar atrapalhar as investigações.

Após esta operação, quatro citados na investigação resolveram procurar o MP para colaborar com as apurações: João Alberto Felippo Barreto, Ricardo Siqueira Rodrigues, Carlos Eduardo Rocha Leão e João Carlos Gonçalves Regado. Esses depoimentos são tidos como centrais para embasar as suspeitas iniciais levantadas pelo Grupo de Atribuição Originária Criminal (Gaocrim), comandado pelo promotor Claucio Cardoso.

Ao ser preso, Crivella se disse vítima de perseguição política, sem explicar quem teria interesse na sua detenção. "Lutei contra o pedágio ilegal, tirei recursos do Carnaval, negociei o VLT, fui o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro", alegou ele na Cidade da Polícia.

Além de Crivella e Rafael Alves, foram alvo de pedidos de prisão preventiva o ex-senador Eduardo Lopes, que está foragido, o ex-tesoureiro de Crivella Mauro Macedo, o delegado aposentado Fernando Moraes e outros envolvidos no esquema. Entre os denunciados, está também o marqueteiro Marcello Faulhaber - que, na última eleição, trabalhou na campanha de Paes.

Após cerca de quatro horas de audiência de custódia, a prisão foi mantida pela Justiça. Crivella seria encaminhado no início desta noite para o presídio de Benfica, na zona norte, espécie de porta de entrada do sistema penitenciário fluminense. De lá, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) iria determinar para onde cada preso vai ser levado.

Sucessor
Como o então vice-prefeito Fernando MacDowell morreu durante o mandato, quem assume a prefeitura até Paes assumir é o presidente da Câmara Municipal, Jorge Felippe (DEM), um veterano da Casa. Aos 70 anos e caminhando para seu oitavo mandato, Felippe terá como prioridades nesse curto período o pagamento do 13º dos servidores municipais e o combate à covid-19. Desde que foi comunicado da interinidade, Felippe já se reuniu com 12 secretários municipais. (Colaboraram Mariana Durão e Wilson Tosta)