O Jornal da Cidade

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Sexta, 04 Dezembro 2020 10:55

'Cira do Acarajé' morre em Salvador

A baiana de acarajé Jaciara de Jesus, mais conhecida como Cira, morreu na madrugada desta sexta-feira (4), em Salvador. A informação foi confirmada pela presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Mingau (Abam), Rita Santos.

Segundo ela, a quituteira estava internada há 18 dias no Hospital São Rafael. Cira tinha problemas renais e estava fazendo hemodiálise.

"Infelizmente perdemos mais uma estrela, de tantas que já perdemos esse ano", lamentou Rita.

Cira é uma das baianas de aracajé mais famosas de Salvador. O seu ponto principal de vendas é no bairro de Itapuã, mas a quituteira expandiu seus negócios também montou um ponto no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho.

O prefeito ACM Neto lamentou a perda e ressaltou a importância da baiana para a cultura. “A Bahia perde um patrimônio, um ser humano querido e amado por todos os baianos e por todas as pessoas que visitaram Salvador nos últimos anos. Ela herdou uma tradição, todo aquele conhecimento que vem de geração em geração, e soube acrescentar o seu toque especial, tornando o seu acarajé um dos preferidos da Bahia. Neste dia de Santa Bárbara e Iansã, nós sabemos que Cira será bem-recebida por Deus. Expresso aqui os meus sentimentos. Que Deus possa confortar a todos os seus familiares e amigos”.

Bruno Reis, prefeito eleito de Salvador, também comentou sobre a morte. "Nossa cultura e gastronomia perdem um dos maiores ícones da nossa cidade, Cira do Acarajé. Uma baiana daquelas que com seu carisma e suas delícias encantou todo mundo. Que Deus conforte a família e os amigos nesse momento de profunda dor!", escreveu nas redes sociais.

O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, também lamentou a morte de Cira. "Rainha da arte culinária da cidade, mulher de uma energia luminosa, que encantava a todos com seu talento e capacidade de trabalho. Salvador perde mais um dos seus ícones, que vai deixar saudades em todos que relaxavam ao final do dia com seus quitutes e seu sorriso", disse, em nota.

 

Em um mês, houve um crescimento de mais de 500% o número de registros de novos casos de covid-19 na Bahia. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) no intervalo entre 02 de novembro e 02 de dezembro foram registrados 55.374 novos casos da doença. Na comparação entre o primeiro e o último dia do período, o aumento foi de 505% com registros de 533 e 3228 casos, respectivamente.

Neste último mês, o dia com o maior número de novos casos foi o dia 28/11 que registrou 4.224 novos casos. 15 dias antes, a campanha eleitoral das eleições municipais entrava em suas últimas 24 horas provocando aglomerações por todo estado.

Em entrevista ao CORREIO, o secretário de saúde do estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas já reconhece que o estado chegou à segunda onda de contaminação.

“Tecnicamente uma segunda onda acontece quando o número de novos casos é maior 50% em relação ao período anterior. Nós temos um número maior do que isso e de forma sustentada nas últimas três semanas. Nós estamos começando essa segunda onda e a expectativa é que ela seja apenas um reflexo do que aconteceu no período pré-eleitoral e que ela se extingua ao longo do próximo mês”, disse Vilas Boas.

Para o secretário, no entanto, existem fatores que tornam esse momento ainda mais preocupante do que aquele de meses atrás, apesar dos números absolutos não superarem os de meses como junho e julho.

“No começo da pandemia, a onda foi avançando da capital para o interior e tivemos regiões que iam evoluindo ao longo do tempo. À medida que uma região apresentava novos casos, outra ia melhorando. Nesse momento, estamos com o estado da Bahia inteiro em surto, com taxas de ocupação maiores do que 70% em todas as regiões, começando a pressionar a capital, enfrentando uma dificuldade de remanejar pacientes entre as regiões. Além disso, estamos com casos de internações não covid. No começo da pandemia tínhamos acidentes de trânsito reduzidos e agora temos um novo perfil epidemiológico que é a coexistência de causas de internação covid e não covid”, explica.

As aglomerações causadas pelo período eleitoral somadas às diversas flexibilizações ao isolamento que foram permitidas nos últimos meses é o que, segundo especialistas, pode estar por trás do aumento grande no número de contaminações.

“São muitos os fatores que podem estar por trás, desde as aglomerações que tem várias origens, festas, eventos, campanha eleitoral, das próprias casas das pessoas que começam a relaxar seus cuidados e fazerem encontros sociais com amigos e famílias. Nesses encontros, quando acontecem, as pessoas geralmente baixam a guarda, dificilmente um neto vai falar com uma avó usando máscara. Existe um imaginário de que em família não é preciso tomar maiores medidas”, alerta Angelo Loula, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) pesquisador e cientista de dados do Portal Geovid-19.

Sistema de saúde
O novo cenário, já comece a refletir inclusive numa pressão maior no sistema de saúde, gerando dentre outras ações a reabertura de leitos desativados. Segundo as autoridades, no entanto, ainda não há que se falar em colapso. “Estamos preparando a rede para absorver esse volume aumentado de casos para que ninguém fique sem atendimento. Nesse momento, estamos reabrindo leitos que foram desativados dentro da própria rede estadual. Em Salvador, já foram reabertos leitos e já foi determinada a reabertura também em cidades como Porto Seguro e Juazeiro. Ainda é cedo para falar em risco de colapso, porque existem muitos leitos que podem ser reabertos ainda, se for necessário”, diz Vilas Boas.

Para os médicos que atuam diretamente no atendimento aos pacientes, nesse momento em que as pessoas estão com as medidas de isolamento mais flexibilizadas, a atenção aos cuidados individuais precisa ser ainda maior.

“Além da flexibilização que está acontecendo, das pessoas estarem saindo mais, elas não têm usado máscara corretamente, nem trocando a cada duas horas, deixaram de higienizar as mãos com frequência, de manter a distância mínima e tudo isso reflete no número de casos nos hospitais.. A doença é uma roleta russa e a gente não sabe como vai reagir e sabemos que agora, depois desse tempo todo, as pessoas estão tendo questões psicológicas sérias por conta do isolamento.

A Petrobras informou que concluiu a fase de negociação com o Grupo Mubadala no âmbito do processo para desinvestimento da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. Conforme prevê a Sistemática de Desinvestimos da Petrobras, o processo está, atualmente, em fase de nova rodada de propostas vinculantes.

Nesta nova rodada a Petrobras solicitou a todos os participantes que submeteram propostas vinculantes, inclusive o Grupo Mubadala, que apresentem suas ofertas finais com base nas versões negociadas dos contratos com o Mubadala.

A estatal espera receber essas ofertas em janeiro de 2021.

Em relação à Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) e à Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), a companhia informa que também já recebeu propostas pelos dois ativos.

A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina das pessoas, mas ela não conseguiu abalar a fé. Os devotos de Santa Bárbara e Iansã que o digam. A celebrações para a santa e a orixá marcam o início do ciclo das festas populares em Salvador, que este ano vão estar bem diferentes.

O tradicional caruru oferecido pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), de quem Santa Bárbara é padroeira, este ano vai ser em formato de quentinha. Nesta sexta (4), a corporação vai entregar as quentinhas com a iguaria a moradores de rua, acompanhado de um kit com álcool a 70%. Além disso, os militares vão doar cestas básicas, roupas e kits de higiene pessoal. Às 9h, uma missa vai ser celebrada na Paróquia do Quartel da Barroquinha que será transmitida pelo perfil da corporação no YouTube.

“Nos readequamos para conseguir manter a tradição e as homenagens. Para evitar a aglomeração, vamos levar as quentinhas e os kits diretamente para aqueles em necessidade alimentar em locais pré-definidos por nós. Estamos num ano de muita dificuldade, por isso resolvemos também levar cestas básicas e roupas para os mais necessitados”, explicou o comandante-geral do CBMBA, coronel BM Francisco Telles.

A fé da corporação foi uma das primeiras coisas que Gleisiane Silva, dentista e soldada do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, herdou quando passou no concurso em 2017. Para comemorar a aprovação, ela fez um caruru para a padroeira e, desde então, não passa a data em branco. Esse ano, não seria diferente, com tantas provações a saúde, agradecer é uma obrigação. “O primeiro caruru foi em casa mesmo, minha irmã gosta de decoração e arrumou tudo, foi só com a família e esse ano vai ser do mesmo jeito por causa da pandemia. Esse ano eu vou fazer para agradecer novamente, porque ela nos deu livramento várias vezes. Tem dado resultado, ela tem sido ótima comigo”, falou.

A devoção de dona Aída Valtrudes, de 81 anos, é bem mais antiga. Veio do pai, que no primeiro dia de trabalho em um açougue na Vitória, encontrou um quadro de Santa Bárbara todo empoeirado no local. Limpou, pediu ao colega pra ir nos canteiros próximos para coletar umas flores e colocou em um vaso ao lado da imagem. Desse dia em diante, ele se tornou devoto e daqueles fervorosos. Todo ano, fazia a festa para a santa. Quando dona Aída tinha três anos, se mudaram para o bairro da Liberdade e a festa ganhou ainda mais adeptos. Desde a morte do pai, é dona Aída a responsável por tocar a tradição. “Meu pai tinha uma fé muito forte, herdei dele. Tanto que quando minha filha nasceu, batizei de Bárbara”, revelou.

Mas, para tristeza dos familiares e amigos, dona Aída bateu o pé que com pandemia não tem caruru. “Só vou fazer um pequeninho pra botar nos pés dela, e só”, disparou. A festança, com aquela mesa farta, vai ficar pra quando o ‘antigo normal’ voltar a vigorar. “Assim que acabar a pandemia eu vou fazer outro, para compensar”, garantiu.

A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos pretos, no Pelourinho, é o local da tradicional festa da cidade. No entanto, também por lá as adaptações foram necessárias. O Prior da Irmandade dos Homens Pretos, Adonai Ribeiro, contou que a imagem não vai ser levada em procissão até o quartel. A celebração será cheia de restrições e apenas 70 fiéis poderão participar das missas.

Quem não conseguir entrar na igreja pode assistir à cerimônia no Instagram da igreja, onde também serão transmitidas três missas, às 7h, às 9h e às 11h.

A realização de shows e festas está suspensa em toda a Bahia. A decisão, que será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (4), faz parte do decreto nº 19.586. A informação foi divulgada na noite desta quinta-feira (03) pelo Governo do Estado da Bahia.

Conforme a publicação, ficam proibidos os "shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes". O decreto tem validade até 17 de dezembro, com indicativo de renovação.

Na última quarta-feira (2), o Governo do Estado já havia prorrogado o decreto, que também suspende as aulas nas unidades de ensino das redes pública e privada e proíbe eventos e atividades com presença de público superior a 200 pessoas.

A Bahia soma nesta quinta-feira (3) 11.734 casos ativos de Covid-19, situação em que o paciente permanece doente e pode transmitir o novo coronavírus. A elevação de infectados ativos impacta na ocupação hospitalar. A taxa varia de 49% (enfermaria adulto) a 70% (UTI adulto). Para atendimento pediátrico, a taxa encontra-se em 64% (enfermaria) e 59% (UTI).

Nas últimas 24 horas, o estado registrou 3.268 novos casos confirmados de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) e 3.284 recuperados (+0,8%). Mais 21 óbitos foram atestados tendo como causa o novo coronavírus. Dos 412.685 casos confirmados desde o início da pandemia, 392.615 doentes já são considerados recuperados.

O estado verifica ainda 114.924 suspeitas de contaminação em investigação. Do total de casos confirmados, 99.357 casos (24,38%) são de moradores de Salvador e os demais 306.107 (75,12%) ao interior e Região Metropolitana. Há 2.017 (0,50%) contaminações diagnosticadas de doentes de outros estados que foram atendidos na Bahia.

Durante toda a pandemia, 8.336 pessoas morreram vítimas da pandemia. Em 71,65% dos casos fatais, o paciente possuiam comorbidade. O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado informou que 2816 falecidos tinham hipertensão arterial, 2.585 sofriam de diabetes e 1.571 de doenças cardiovasculares.

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) está reabrindo vagas em unidades de terapia intensiva (UTI) para vítimas de covid-19, por conta do aumento da taxa de ocupação dos leitos destinados aos pacientes que estão com a doença. Em Salvador, o Instituto Couto Maia foi reforçado com 20 leitos e, no Hospital Espanhol, outros 20 devem ser abertos até o final de semana.

No norte baiano, em Juazeiro, a capacidade foi ampliada com 10 vagas. Em Porto Seguro, no sul, já houve a determinação para que 10 leitos sejam destinados à assistência à covid-19 e, em Feira de Santana, mais 10 leitos já estão sendo destinados aos pacientes com coronavírus.

O secretário Fábio Villas-Boas diz que se for preciso o Hospital Espanhol, em Salvador, pode expandir em até 80 novos leitos. “Estamos vendo um aumento do número de notificações da covid-19 e de internações. Precisamos continuar tomando todas as medidas de prevenção, como evitar aglomerações e o uso de máscaras. Enquanto governo, podemos garantir que situações excepcionais, como festas em locais públicos, sejam proibidas, mas é importante que todos colaborem”, afirma.

O cenário visto hoje é mais crítico do que em junho e julho, alerta. "Pela primeira vez, todas as regiões da Bahia estão com número alto de incidência, internação e ocupação de leitos. A sobrecarga no sistema é muito maior, uma vez que outros problemas como acidentes de trânsito também aumentaram”, acrescenta.

Mais cedo, em entrevista à TV Bahia, ele falou em "segunda onda" por conta desse aumento. "Nós já estamos completando três semanas sucessivas de crescimento progressivo e contínuo do número de casos. Portanto, é possível falar que já estamos entrando numa segunda onda, que vem num cenário mais grave do que o que enfrentamos o início da pandemia", disse.

Já o governador Rui Costa preferiu não falar em segunda onda, mas disse que o pico por agora pode ser o pior da pandemia. "O volume ainda não nos permite afirmar que temos uma segunda onda, mas o ritmo nos permite afirmar que, daqui a uma ou duas semanas ou nos próximos dez dias, se continuar nesse ritmo, podemos viver não só a segunda onda como a maior onda de casos que a Bahia viveu desde o início da pandemia", disse Rui, durante evento no CAB para entrega de novas viaturas.

Vacinação
Também hoje, Rui autorizou a montagem de uma rede de ultrafreezeres, equipamentos que podem chegar até -80°C, para que a Bahia esteja preparada para estocar e distribuir a vacina da Pfizer ou da Moderna — ambas sintéticas, de RNA, a mais avançada tecnologia de vacinas do mundo — quando forem aprovadas.

“Faremos o registro de preço para aquisição de até 100 ultracongeladores para montarmos, pelo menos nas grandes cidades, uma rede de frio com capacidade para armazenar seja a vacina da Pfizer, seja a vacina da Moderna. Essas vacinas, se estiverem disponíveis para a população da Bahia antes das demais, o Governo do Estado vai estar preparado para fazer aquisição e a distribuição”, diz o secretário.

Romana Novais deu à luz Raika, sua segunda filha com o DJ Alok, na noite da quarta-feira (2). A bebê nasceu em um parto prematuro, causado por complicações da covid-19, segundo textos postados pelo casal anunciando a chegada da caçula.

Ambos informaram no início da semana que estavam com a covid-19.

No início do ano, em 10 de janeiro, eles tiveram o primeiro filho, Ravi. A previsão era que a nova filha nascesse no mesmo dia que o irmão, segundo eles anunciaram em julho.

"Devido a uma complicação da covid, entrei em trabalho de parto prematuro. A Raika nasceu ontem a noite, de parto natural. Tudo aconteceu muito rápido e graças a Deus ela nasceu muito bem", escreveu Romana em um post na manhã de hoje.

"Nós duas estamos bem assistidas e em oração p/ uma boa recuperação. Nem tudo acontece como planejamos e os planos de Deus são sempre maiores e melhores que os nossos. Obrigado por todas orações e carinho de cada um de vocês", acrescentou.

Alok também publicou sobre o nascimento precoce da filha. "Jamais imaginei que meus dois filhos nasceriam no mesmo ano. Ontem minha filha Raika veio ao mundo mais rápido do que imaginávamos mas graças a Deus a Romana e ela estão bem e sob os melhores cuidados médicos", afirmou, definindo tudo que aconteceu como "milagre".

"Diante de tudo que estamos vivendo, presenciamos mais um milagre. Tudo muito intenso, mas nada acontece sem a intervenção Divina. Com fé em Deus logo estaremos todos juntos em casa", finalizou.

O primeiro dia com a volta dos testes rápidos para detectar covid-19 na Pituba e Brotas teve 55 casos positivo, segundo balanço divulgado pela prefeitura nesta quinta-feira (3). Foram feitos ontem 137 testes em Brotas, com 44 pessoas com resultado positivo. Na Pituba, foram 150 testes, com 11 resultados positivos. Os testes vão continuar sendo feitos diariamente por unidades móveis no fim de linha de Bortas e na Praça Ana Lúcia Magalhães, a partir das 8h.

Os testes devem ajudar a evitar a segunda onda da pandemia em Salvador, permitindo identificação de doentes para que cumpram o isolamento social e não disseminem a covid. O procedimento é feito através de uma punção digital (furo no dedo) após o paciente fazer um cadastro, e o resultado é encaminhado até as 18h do mesmo dia por meio de mensagem de texto para o celular da pessoa.

Em caso de resultado positivo para o coronavírus, o cidadão é orientado a fazer o isolamento e a contraprova. Por meio do teste é possível identificar se a pessoa já teve a doença e se ainda está com ela.

A retomada ocorre nesses bairros, devido ao número crescente de casos do novo coronavírus. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), entre os dias 24 e 30 de novembro foram contabilizados 113 novos casos em Brotas e 167 na Pituba. Outros bairros que apresentem alto índice de casos também podem receber as medidas no futuro.

Mais ações
Além dos testes, equipes da Limpurb fazem a desinfecção das ruas da Pituba e de Brotas com solução de hipoclorito de sódio e água e a Prefeitura-Bairro de cada região está distribuindo máscaras de proteção para a população. Segundo a gestão de cada Prefeitura-Bairro, cerca de 5 mil máscaras de tecido devem ser distribuídas ao longo dos sete dias de medidas de proteção à vida.

Além das ações nos bairros, a população pode fazer o teste em postos de saúde e em todas as 40 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs e PAs) da cidade. Desde o dia 28 de setembro, apenas as unidades básicas de saúde já realizaram 1.847 testes rápidos. Desse total, 269 exames tiveram resposta positiva para a doença.

Desde o início da pandemia, a SMS realizou 218.909 testes para detecção da doença . De acordo com dados obtidos no portal da Transparência da SMS, que mostra índices relacionados à covid-19, nesta quinta-feira (3) há 98.940 casos confirmados da doença na capital baiana, entre os quais 95.681 casos já estão curados.

Em Salvador, cerca de 62% das pessoas estão preocupadas com o aumento do trânsito no pós-pandemia da covid-19. O dado é apontado pela pesquisa do Datafolha, encomendada pela empresa de mobilidade urbana 99. A pesquisa de percepção da população de Salvador (BA) sobre o uso de aplicativos, hábitos individuais de transporte e integração dos modos de transporte também revela que 38% dos soteropolitanos estão insatisfeitos com a mobilidade urbana de maneira geral, 37% a consideram regular e outros 25% acham ótima ou boa.

De acordo com o gerente de Políticas Públicas da 99, Rodrigo Ferreira, a maior preocupação das pessoas entrevistadas na pesquisa é o aumento do número de carros nas ruas, principalmente com o medo da utilização do transporte público por causa da contaminação do novo coronavírus.

"Aí entra a importância dos aplicativos de mobilidade, já que eles reduzem a necessidade de se ter um carro próprio e possibilitam que as pessoas se locomovam neste período de insegurança. Sem um automóvel particular, além de economizar espaços urbanos de estacionamentos, as pessoas continuarão com um comportamento mais multimodal, o que reduz os congestionamentos", diz o gerente. Ele acrescenta que a redução de congestionamentos passa por incentivos a integrações entre diferentes modais. "Táxis, carros particulares, ônibus, metrô, bicicleta entre outros, [para facilitar o direito de ir e vir dos brasileiros, principalmente nas periferias", fala.

Como solução para melhorar esse quadro, 56% dos entrevistados acreditam que o uso de veículos particulares piora a mobilidade urbana e, consequentemente, 58% defendem que a existência de carro por aplicativo diminui a necessidade de ter veículo próprio. Ainda como alternativa para evitar a volta aos congestionamentos pré-pandemia, 79% acreditam que os aplicativos de mobilidade colaboram com a fluidez do trânsito em Salvador.

“A sociedade enxerga os carros compartilhados como ferramentas essenciais para contornar os gargalos da mobilidade em grandes cidades, como Salvador. Dessa maneira, os dados dessa pesquisa mostram que, cada vez mais, os aplicativos devem se integrar aos modos de transporte nas grandes cidades para termos uma mobilidade mais efetiva e inclusiva”, afirma Ferreira.

Com um esforço para viabilizar soluções para esta questão, Ferreira diz que a empresa busca fomentar discussões sobre mobilidade urbana e contribuir com o debate da multimodalidade nos centros urbanos, principalmente com incentivos aos transportes coletivos, ativos e compartilhados. "Essa pesquisa com o Datafolha é mais exemplo desse esforço, já que com ela em mãos é possível pensar o presente e o futuro das cidades com mais clareza . A empresa também procura manter boas relações com agentes da esfera pública e sociedade civil, aberta para conversas que colaborem com a integração do sistema de mobilidade das cidades, incentivem o comportamento multimodal e contribuam para maior democratização do acesso à cidade", conta.

Renda e economia
Outro dado importante foi apontado pela pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), ele mostra que a 99 adicionou indiretamente R$ 180 milhões ao PIB da capital baiana em 2019, o que agregou 0,29% ao PIB local no ano. Isso foi responsável pela geração do equivalente a cerca de dois mil empregos no ano apenas na cidade.

É a primeira vez que a Fipe analisa o impacto socioeconômico da 99 no Brasil. O estudo se baseia em dados da plataforma sobre as operações no país, dados do IBGE e análises anteriores produzidas pelo corpo técnico da fundação.

Boa parte dos efeitos positivos gerados na economia pela presença da 99 vem dos gastos das famílias dos motoristas que geram renda por meio do aplicativo de maneira complementar ou principal. Essa movimentação econômica estimula a cadeia produtiva e seus efeitos indiretos, o que consequentemente aumenta o índice de empregos gerados.