As preocupações e a ansiedade causadas pelo isolamento social e as incertezas da pandemia da Covid-19 têm impactado diretamente nos hábitos alimentares de algumas pessoas. Isso porque a instabilidade emocional pode gerar momentos de compulsão alimentar com o aumento do consumo de produtos ricos em açúcares, gorduras e bebidas alcóolicas. Esses fatores associados ao aumento do sedentarismo têm favorecido o ganho de peso.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos em 30 países revelou que os brasileiros estão em primeiro lugar entre as pessoas que acreditam ter engordado durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o estudo, 52% dos entrevistados no Brasil declararam ter ganhado peso desde o início da Covid-19. Os chilenos e turcos estão na sequência, com os índices de 51% e 42%, respectivamente.

Os picos de ansiedade cada vez mais recorrentes e o ganho de peso após o início da pandemia fizeram com que a estudante de História, Bárbara Luana, 24 anos, tomasse coragem e procurasse ajuda. A moradora da capital baiana encontrou nas equipes de Nutrição e Psicologia do Multicentro Carlos Gomes o auxílio que precisava para retomar o equilíbrio emocional e, assim, voltar a realizar as atividades diárias com mais confiança.

"As consultas com a psicóloga me ajudaram a desenvolver uma autoconfiança e fez com que melhorasse minha interação com as pessoas. Também mudei totalmente minha alimentação e voltei a fazer exercícios físicos. A ansiedade que era muito comum desde que ingressei na faculdade está cada vez menos intensa. Hoje tenho levo a vida com muito mais tranquilidade", descreveu a estudante.

Orientações – Para o psicólogo do Multicentro Carlos Gomes, Samuel Nunes, a saúde do corpo e da mente deve estar inteiramente equilibrada. Pequenos hábitos adotados na rotina podem ajudar a reduzir a compulsão alimentar. Separar um tempo de qualidade e organizar bem as tarefas do dia a dia são soluções simples que podem trazer bons resultados.

"Algumas pessoas têm usado a alimentação como uma válvula de escape para diminuir a tensão psicológica a que estamos expostos nesse momento. O primeiro passo para fugir desse ciclo é buscar o equilíbrio. Praticar atividades físicas, separar momentos de lazer, ler um bom livro, cuidar da espiritualidade e fazer meditação são alternativas para manter o equilíbrio emocional. Fazer o acompanhamento com um profissional especializado também é importante nesse processo de autocuidado com a saúde mental", destacou.

Dieta equilibrada – Além do sobrepeso, a má alimentação também traz impactos negativos para a saúde. O aumento do consumo de alimentos mais calóricos e menos nutritivos ao longo do tempo pode desencadear doenças crônicas e graves. Obesidade, agravos cardiovasculares, cânceres, hipertensão arterial e diabetes estão entre as patologias ligadas a uma dieta desequilibrada.

A nutricionista do Multicentro Carlos Gomes, Natália Andrade, orienta a adoção de um plano alimentar prescrito por um profissional de Nutrição como alternativa para auxiliar na mudança de comportamento. Fazer uma programação dos alimentos que serão consumidos nas refeições no decorrer da semana é uma medida que todos podem adotar para ter uma dieta equilibrada.

"Trata-se de criar uma disciplina na rotina, que pode contar com a inclusão de atividades físicas para cuidar da saúde. Isso vai elevar a autoestima e melhorar corpo e alma", completou Natália.

Atendimento gratuito – Os multicentros de Saúde Carlos Gomes e Vale das Pedrinhas, ambas unidades custeadas pela Prefeitura e administradas pelo ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, ofertam atendimentos gratuitos nas áreas de Psicologia e Nutrição aos pacientes do Sistema Único de Saúde da capital baiana. Para ter acesso aos serviços, o soteropolitano pode realizar o agendamento das consultas em uma das 156 unidades da rede básica de saúde por meio do Sistema Vida+, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Os pacientes já cadastrados nos multicentros podem realizar a marcação diretamente nas unidades. Para isso, eles precisam apresentar o cartão SUS, um documento oficial com foto e a requisição com a indicação do atendimento especializado.

Publicado em Saúde

O decreto que determina a prorrogação de medidas mais restritivas para a capital baiana e alguns municípios inseridos na Região Metropolitana de Salvador (RMS) está publicado na edição online do Diário Oficial do Estado (DOE) na noite deste domingo (28). Com a medida, apenas o funcionamento das atividades consideradas essenciais continuará permitido até as 5h de 5 de abril.

Itaparica, Vera Cruz, Madre de Deus, Pojuca e Mata de São João não aderiram à prorrogação do decreto e os serviços não essenciais poderão funcionar até as 17h durante a semana. Entre os dias 29 de março a 1º de abril, após as 17h, será permitido somente o funcionamento dos serviços essenciais nesses municípios.

Em Salvador, Camaçari, Candeias, Dias D'Ávila, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé e Simões Filho, somente as atividades relacionadas à saúde e ao enfrentamento da pandemia, à comercialização de gêneros alimentícios e feiras livres, à segurança e a atividades de urgência e emergência poderão ser realizadas.

Supermercados, hipermercados e atacadões poderão comercializar apenas gêneros alimentícios e produtos de limpeza e higiene. Já as farmácias somente poderão comercializar medicamentos e produtos voltados à saúde. A medida vale até as 5h do dia 5 de abril para os seguintes municípios: Salvador, Camaçari, Candeias, Dias D'Ávila, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho, Itaparica, Vera Cruz, Madre de Deus, Pojuca e Mata de São João.

Os estabelecimentos que funcionem como supermercados, hipermercados e atacadões deverão isolar seções, corredores e prateleiras nos quais estejam expostos os produtos não enquadrados como gêneros alimentícios ou produtos de limpeza e higiene. A medida tem validade até as 5h do dia 5 de abril.

Os estabelecimentos comerciais que funcionam como bares e restaurantes poderão operar apenas de portas fechadas, na modalidade de entrega em domicílio, até as 24h. A medida vale para Salvador, Camaçari, Candeias, Dias D'Ávila, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé e Simões Filho.

Em Itaparica, Vera Cruz, Madre de Deus, Pojuca e Mata de São João, os bares e restaurantes deverão encerrar o atendimento presencial até as 17h.

A circulação dos meios de transporte metropolitanos será suspensa das 20h as 5h até o dia 5 de abril.

Medidas válidas para toda a Bahia

Com exceção de deslocamentos por motivos de saúde ou em situações em que fique comprovada a urgência, segue proibida a circulação de pessoas entre 18h e 5h, até o dia 5 de abril, em todos os 417 municípios baianos.

O funcionamento dos serviços não essenciais está proibido em toda a Bahia entre as 18h de 29 de março até 5h do dia 5 de abril.

A restrição da venda de bebidas alcoólicas seguirá valendo, em todo o estado, a partir das 18h de 1º de abril até 5h de 5 de abril, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery).

Também segue vedada em todo o estado a prática de atividades esportivas coletivas amadoras até 5 de abril, sendo permitidas as práticas individuais, desde que não gerem aglomeração. O funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a prática de atividades físicas está proibido até 5 de abril.

Os atos religiosos litúrgicos podem ocorrer na Bahia, respeitados os protocolos sanitários estabelecidos, especialmente o distanciamento social adequado e o uso de máscaras, bem como com capacidade máxima de lotação de 30%, desde que o espaço seja amplo e tenha ventilação cruzada.

Ficam vedados, até 5 de abril, também em todo o estado, os procedimentos cirúrgicos eletivos não urgentes ou emergenciais nas unidades hospitalares públicas e privadas.

Segue proibida ainda, até 5 de abril, a realização de eventos e atividades que envolvam aglomeração de pessoas, independentemente do número de participantes, como cerimônias de casamento, solenidades de formatura, feiras, circos, passeatas, eventos desportivos, científicos e religiosos, bem como aulas em academias de dança e ginástica.

Para conter ainda mais os índices de novos casos e ocupação dos leitos de UTI na capital baiana, em vez de antecipar feriados, Salvador terá medidas ainda mais restritivas a partir de segunda-feira (29). A decisão foi tomada em conjunto entre o prefeito Bruno Reis, o governador Rui Costa e demais prefeitos da Região Metropolitana nesta quinta-feira (25). A ação será válida até as 5h do dia 5 de abril.

Com isso, a partir de segunda (29), apenas supermercados, padarias, farmácias, clínicas veterinárias e o sistema de saúde poderão funcionar, além dos bancos, postos de combustíveis, hoteis, pousadas e moteis. Os serviços que atuam em esquema de delivery também podem continuar funcionando até 0h. Já as lotéricas, borracharias, oficinas mecânicas, cartórios e casas de materiais de contrução, que antes estavam funcionando, passam a não poder abrir. Clínicas odontológicas poderão atuar apenas em casos de emergência.

Os gestores também concordaram na retomada das atividades econômicas no dia 5 de abril. No início da próxima semana, o prefeito Bruno Reis vai se reunir com empresários e representantes do comércio para discutir esse retorno, que ocorrerá de forma escalonada.

“Essa estratégia está dando certo e os números estão aí para provar isso. Então, vamos fazer esse último esforço para, no dia 5 de abril, termos condição de reabrir tudo de forma segura e com responsabilidade”, disse Bruno.

As medidas serão somadas às anunciadas pelo Governador Rui Costa para todo o Estado, suspendendo o transporte intermunicipal durante a Semana Santa.

A suspensão vale a partir da Quinta-Feira Santa, dia 1 de abril até as 5h da terça-feira, 6 de abril.

Com isso, todos os modais de transporte está suspenso: rodoviários e também o Ferry Boat, que fecha a partir de 20h do dia 31 de março de 2021, a circulação, a saída e a chegada de ferry boats e catamarãs, em todo estado, até as 05h do dia 06 de abril.

 

A fabricante de veículos Nissan se juntou a Volkswagen e a Mercedes-Benz e suspendeu a produção de sua fábrica por conta do agravamento da pandemia da covid-19.

A medida vai interromper o funcionamento da planta da montadora em Resende, no Rio de Janeiro, entre os dias 26 de março e 9 de abril. As atividades seriam retomadas na segunda-feira seguinte, dia 12.

“Buscando garantir a segurança de seus funcionários como parte do esforço de reduzir o impacto da pandemia, adaptar a empresa ao cenário atual dos desafios enfrentados pelo setor automotivo e garantir a continuidade do negócio, a Nissan decidiu adotar férias coletivas em seu Complexo Industrial de Resende de 26 de março a 9 de abril. Com isso, a produção será retomada no dia 12 de abril”, afirmou a empresa em comunicado.

Publicado em Economia

No dia em que o Brasil voltou a bater o recorde de mortes por covid-19 em 24h, o Ministério da Saúde alterou a ficha dos pacientes no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), segundo técnicos responsáveis por preencher diariamente as atualizações sobre novos óbitos confirmados pela doença.

As informações são da TV Globo, que procurou o Ministério da Saúde para confirmar se a mudança, ocorrida nesta terça-feira (23) em que Marcelo Queiroga foi nomeado ministro e o país registrou 3.158 mortes, foi combinada com as secretarias estaduais e municipais. A pasta não respondeu.

A nova ficha distribuída para as vigilâncias de saúde municipais e estaduais incluiu mudanças em uma série de campos, com inclusão de novos tipos de informações, como se o paciente pertence a uma comunidade tradicional, e a exclusão de outras, como o histórico de viagem internacional.

No entanto, outras alterações devem afetar mais diretamente o trabalho de preenchimento do sistema, como a obrigatoriedade de informar o número do Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS), se o paciente é brasileiro ou estrangeiro e se já foi vacinado contra a Covid-19. Todos esses campos inexistiam na versão anterior da ficha, em utilização desde julho de 2020.

Secretarias
Em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que as 20 novas mortes confirmadas em 24 horas não representam a "realidade".

"Nós estamos tendo muito mais óbitos que esses anunciados hoje. Mas é porque o sistema, chamado Sivep, está com oscilação, está dificultando a inserção de dados, e certamente amanhã nós vamos ter um número elástico de óbitos, já que a nossa média móvel já ultrapassou a 30 óbitos por dia. E a gente sabe que esse número de hoje está a menor, do que o que aconteceu nos últimos dias por essa oscilação do sistema do Ministério da Saúde", declarou Resende.

Além dos novos dados requeridos, o campo do número do CPF, que antes era considerado "essencial", também passa a ser obrigatório. Caso o paciente não tenha o CPF em mãos, é obrigatório preencher o Cartão Nacional do SUS. A única exceção para essa obrigatoriedade é para os pacientes declarados indígenas na ficha.

Nesta quarta-feira (24), além do governo do sul-matogrossense, São Paulo também relatou que houve queda na notificação de novas mortes devido às mudanças no sistema.

O governo paulista afirmou que "a medida -- segundo o Estado -- pegou os municípios de surpresa, fazendo com que muitas cidades não conseguissem registrar todos os óbitos no sistema nacional oficial. Além disso, muitas cidades reportaram à Secretaria de Estado da Saúde instabilidade do sistema desde a tarde de ontem, também dificultando a inserção de dados".

Na terça, São Paulo confirmou 1.021 óbitos, principalmente por causa do represamento no fim de semana, que é mais alto do que nos dias úteis. Nesta quarta, porém, foram 281 óbitos confirmados em 24 horas, o número mais baixo entre as quartas-feiras desde 17 de fevereiro, e bem mais baixo do que a média móvel registrada na terça, de 532 mortes diárias. Com a queda na produtividade, a média também caiu para 484.

Impacto
O Sivep-Gripe é o sistema oficial onde todas as novas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) devem ser compulsoriamente notificadas desde 2009. Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, ele passou a ser usado também como a fonte oficial das mortes confirmadas por covid-19.

A ficha do sistema é válida para todos os hospitais e vigilâncias municipais do país. Conforme o paciente evolui e novas informações são obtidas, como o resultado de exames, a necessidade de internação em UTI ou de ventilação mecânica, além da data da alta ou do óbito, a ficha dele vai sendo atualizada.

Segundo técnicos que são usuários do Sivep consultados pela equipe de reportagem, em mudanças anteriores da ficha, não houve necessidade de preenchimento retroativo de novos campos para pacientes que já constavam no sistema.

Os dois principais impactos da nova ficha, segundo eles, foram a falta de aviso prévio por parte do Ministério da Saúde e as secretarias, como ocorreu em julho passado, e a exigência de preenchimento obrigatório de novos campos, que pode aumentar o atraso entre a ocorrência das mortes e o registro delas no sistema, para que constem no balanço oficial diário. Com informações da TV Globo e do portal G1.

Publicado em Saúde

Além da eliminação de Carla Diaz, outra parte da edição desta terça-feira (23) Big Brother Brasil 21 chamou a atenção do público e dos confinados: a atualização sobre a situação da pandemia de covid-19. No comunicado, Tiago Leifert citou de maneira geral que alguns participantes estavam zombando do coronavírus, mas as palavras tinham Sarah como alvo.

A ex-favorita vem chamando a atenção do público nas redes sociais por conta do tom de deboche com que trata o vírus responsável pela morte de quase 300 mil brasileiros. Primeiro, afirmou que estava frequentando festas grandes e que soube que entraria no programa enquanto estava em uma dessas baladas clandestinas.

Nesta segunda-feira (22), no quarto, Sarah pegou uma máscara de mala e, ao conversar com Gil e João, afirmou que iria usar o item na edição ao vivo. "Só pensando nas vítimas do Covid", disse, em tom de piada.

Já na terça-feira (23), horas antes da bronca, chegou a afirmar que a pandemia já devia ter acabado e ainda contou que achava frescura fazer teste de covid antes de festas como a que frequentou no Ano Novo.

Publicado em Entretenimento

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), afirmou na manhã desta quarta-feira (24) que atualmente 38 pacientes esperam ser regulados no sistema de saúde da capital. Dessas, 23 aguardam por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19.

O gestor destacou que o “pior momento” da pandemia da Covid-19 já passou na capital baiana. “Podemos dizer isso com tranquilidade”.

“De 87 para 23 é uma queda expressiva. O número é alto, mas os números só vão cair quando os pacientes todos forem regulados. Isso reflete o esforço que todos nós estamos fazendo e mostra que o isolamento social surge efeito. Hoje podemos dizer que o pior momento da pandemia já passou. Não sabemos se poderemos ter outros piores momentos, mas atualmente o quadro é esse”, disse em coletiva virtual de imprensa.

O prefeito ressaltou ainda que avaliará entre esta quarta-feira e sexta-feira (26) em reunião com prefeitos e o governador sobre uma possível prorrogação das medidas restritivas. “Veremos também a antecipação dos feriados e sinalizar uma possível abertura do comércio após a semana santa”, salientou.

O Brasil registrou 3.158 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira, 23. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, bateu recorde pelo 25º dia consecutivo e ficou em 2.349. Pela primeira vez o País superou a marca de 3 mil mortes por coronavírus registradas em um único dia.

O número de mortes vem batendo recorde no Brasil e o número de casos também vem aumentando. Nesta terça-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 84.996. No total, o Brasil tem 298.843 mortos e 12.136.615 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Só que nos últimos dias os números brasileiros são os piores do mundo, seja em óbitos ou em casos, o que evidencia o agravamento da pandemia

"Temos uma piora progressiva, gradual, com aumento da intensificação da transmissão sem medidas de contenção da transmissão comunitária. Então não é nenhuma surpresa que chegamos a essa marca de 3 mil mortes, isso está no nosso horizonte chegando cada vez mais perto há semanas", afirma o médico e pesquisador da USP Márcio Bittencourt.

Ele reforça a necessidade de implementação de medidas para tentar frear o avanço da pandemia no Brasil. "As pessoas têm uma expectativa excessivamente positiva de que as coisas irão se controlar de forma automática ou espontânea, e esta não é uma expectativa razoável. Se a gente não faz essas intervenções a expectativa de controle é com muito mais sofrimento, muito mais mortes e complicações", comenta.

Segundo Bittencourt, neste momento é preciso ampliar as medidas de combate a covid-19 com "testagem ampliada, isolamento de casos, quarentena de contatos, de distanciamento, de controle de fronteiras e de aumento da capacidade hospitalar".

Com transmissão descontrolada do vírus, o País tem visto o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos têm recorrido a restrições ao comércio e até ao lockdown para frear o vírus. Já o presidente Jair Bolsonaro continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, e afirma temer efeitos negativos na economia.

Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 10.601.658 pessoas estão recuperadas.

São Paulo foi responsável por quase um terço dos registros de mortes nesta terça, com 1.021 óbitos por covid-19 registrados nas últimas 24h, um recorde desde o início da pandemia. O governo alegou que isso reflete um represamento de dados de domingo e segunda, quando foram registradas 144 e 44 mortes, respectivamente. Ao todo, 68.623 pessoas morreram de covid-19 no Estado. Com isso, a média móvel de mortes dos últimos sete dias chega a 532, um aumento de 33% em relação à última terça-feira.

Mas os números nacionais muito altos tiveram contribuição de outros Estados. A região Sul do País contou com 835 mortes no total, sendo 342 no Rio Grande do Sul, 311 no Paraná e 182 em Santa Catarina. Outros três Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Ceará (178), Rio de Janeiro (151) e Bahia (133).

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 82.493 novos casos e mais 3.251 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 12.130.019 pessoas infectadas e 298.676 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

Bahia

A Bahia manteve a alta no número de mortes por covid-19, que vem ocorrendo desde o final de fevereiro, e registrou 133 óbitos nesta terça (23). Nos últimos dias, o estado tem constantemente registrado números que ficam entre os maiores em óbitos durante a pandemia. O número de mortes desta terça é agora o quarto maior registrado na Bahia desde o começo da pandemia. O recorde foi registrado na quinta-feira (18), quando 153 mortes foram registradas.

Publicado em Saúde

Secretários estaduais e municipais de Saúde recomendaram a suspensão de cirurgias eletivas diante da falta de medicamentos para intubação de pacientes com a covid-19. O adiamento deve ser realizado enquanto não houver regularidade do abastecimento dos medicamentos e diminuição do número de casos e internações pela covid-19.

A recomendação de suspensão das cirurgias foi feita pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). As entidades apontam que houve "aumento abrupto" do consumo de medicamentos utilizados na intubação, como sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares.

Segundo os secretários, também há dificuldades na reposição de estoque. Documento do Fórum Nacional de Governadores indicou escassez desses medicamentos em 18 Estados. O documento diz que ao menos 11 medicamentos estão em falta ou em baixa cobertura.

Alguns Estados e municípios já suspenderam completamente as cirurgias eletivas diante do agravamento da pandemia. Hospitais particulares também estão adiando esses procedimentos. Na capital paulista, a Prefeitura anunciou a suspensão de cirurgias eletivas em hospitais-dia.

Segundo o Conass e Conasems, só devem ser mantidas as cirurgias eletivas inadiáveis - aquelas cuja não realização possa causar dano permanente ao paciente, tais como as oncológicas, cardíacas e os transplantes de órgãos.

Nesta segunda-feira, 22, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) já havia se posicionado a favor da interrupção do agendamento de cirurgias eletivas que utilizem os medicamentos que estão em falta. A intenção é poupá-los para as UTIs desabastecidas e também anestesias para cirurgias de urgência.

O governo federal afirmou que a aquisição desses medicamentos "é de responsabilidade de Estados, Distrito Federal e municípios", mas que, "de forma inovadora", monitora semanalmente a disponibilidade dos remédios em todo território nacional em reforço às ações da unidades federativas.

Publicado em Saúde

A Bahia manteve a alta no número de mortes por covid-19, que vem ocorrendo desde o final de fevereiro, e registrou 133 óbitos nesta terça (23). Nos últimos dias, o estado tem constantemente registrado números que ficam entre os maiores em óbitos durante a pandemia.

O número de mortes desta terça é agora o quarto maior registrado na Bahia desde o começo da pandemia. O recorde foi registrado na quinta-feira (18), quando 153 mortes foram registradas.

Além disso, a Bahia registrou 4.061 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%), em 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta terça. No mesmo período, 4.298 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%).

Apesar das 133 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta terça-feira. E demonstram o crescimento de casos graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs.

No começo da noite desta terça, a taxa de ocupação de leitos de UTIs para adultos é de 85%. Das 133 mortes registradas hoje, 120 ocorreram em 2021. Além disso, março, ainda no 23º dia já é o mês mais mortal da pandemia na Bahia.

De acordo com o órgão estadual, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.357, representando uma letalidade de 1,85%. Dos 774.491 casos confirmados desde o início da pandemia, 744.732 já são considerados recuperados, 15.402 encontram-se ativos. Na Bahia, 44.929 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19
Às 15h desta terça-feira, 283 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 81 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Publicado em Saúde